POV Levy

No começo eu realmente não sabia oque era, mas acho que foi até bom descobrir esse tal de “beijo” claro que eu já tinha feito muitos outros acordos antes, mas beijar, não, isso era diferente, tinha gosto, tinha emoções e era...era bom, o acordo era muito diferente, era só um contrato, uma coisa como um aperto de mão, não tinha todo aquele significado. Mas eu tinha que admitir, o beijo é muito melhor...

– Você ta aprendendo, em baixinha? – Gajeel se separou de mim, não sei, paresia impressionado?

Bom, ou foi o que eu pensei, tanto que não achei que seria mal nenhum responder.

– Bom, não é mesmo minha primeira vez, não é? – ri.

Claro que eu não sou tão indelicada assim, eu estava me referindo aos beijos que ele tinha me dado antes, mas acho que quando ele empalideceu ficou bem claro que ele não tinha pensado nisso.

– Você já tinha beijado outro garoto?

Não sei que tipo de pergunta foi aquela, mas ele paresia ansioso “garotos são todos assim?” mas eu achei melhor deixar pra lá e não pensei que tinha motivos pra mentir, não é? Mas talvez se eu tivesse mentido tivesse evitado toda essa confissão.

– Sim, alguns outros anjos. – disse naturalmente, não sei se era possível Gajeel ficar mais branco, só sei que estava começando a ficar preocupada. – Você esta bem?

Ele não respondeu “será que eu fiz alguma coisa?”

– Q-quantos? – disse um pouco receoso, mas pelo menos ele estava falando isso me deixou aliviada, só que o susto da primeira vez não foi o bastante para eu aprender, ou seja, eu disse a verdade de novo...

– Deixa eu ver...- coloquei a mão no queixo, fazia tempo que eu não pensava nisso, mas por ser uma anja da guarda já tinha feito muitos outros acordos, mas só porque era assim, os anjos guerreiros ou anjos mais fortes resolviam tudo com lutas, e nós, anjos mais fracos ou anjos da guarda resolvíamos com conversas e acordos. – Acho que foram uns... 7?

Falei bem assim, perguntando, mas não sabia que ia tombar pra trás... nessa hora não sabia se ria ou se chorava “qual o problema dele?”

–x-

POV Autora

Demorou um pouco mas eventualmente Gajeel se recuperou, ou não... acho que foi um baita choque, que sua anjinha já tinha sido beijada por tantos caras... ou melhor, por 7...

Mas ele teria que pensar nisso outra hora, pois não imaginava oque acontecia fora do galpão.

– Esta vendo. – uma voz sombria, porem calma disse apontando para o galpão.- Lá esta a anja pecadora e o demônio culpado por isso.

Mais adiante dele pousou uma forte criatura alada, um anjo guerreiro, ou melhor, uma anja...

– E porque eu deveria confiar em você? – a anja ruiva não demonstrava nenhum medo na voz, apenas desdém.

Das sombras ela pode ver ele sorrir.

– Não pode, mas vai deixar aquela anja sofrer mais nas mãos desse demônio?- Ele sabia como conduzi-la a fazer o que queria e isso era extremamente perigoso.- Afinal você tem uma divida com ela, não é?

Ela abaixou a cabeça, de fato ela devia estar lá para proteger Levy, ela prometeu que estaria, mas não estava e por sua culpa, agora sua amiga estava presa a um demônio e estava infectada pelo pecado. Ela tomou folego e ficou em posição, por mais que sua consciência falasse que tinha que ir atrás de Levy imediatamente, ela tinha um outro caso pra resolver antes disso.

– Será que a poderosa Titania esta com medo? – disse tentando não disfarçar o sarcasmo, mas sim o desespero.

Ela prontamente desembainhou a espada, cercando o ser das sombras.

– Tome cuidado com oque fala...- “vamos Erza se contro-le, você deve a ele, infelizmente...” disse a si mesma e guardou a espada, antes de fazer qualquer coisa ela já tinha um trabalho pra fazer, depois disso cuidaria dele e de Levy.

Erza esticou suas grandes asas branca e alçou voo, as asas de um anjo guerreiro eram muito fortes, ela poderia ir a qualquer lugar em segundo com aquelas belas asas. podia-se dizer que ela admirava muito as asas dos anjos, mesmo as pequenas asas dos querubins eram lindas, oque aquele demônio fez com Levy seria considerado um terrível pecado por qualquer um, mas especialmente e principalmente para Erza.

–x-

Sem demorar muito ela chegou ao centro da cidade, mas procurava um ponto especifico, um fonte.

A alguns meses ela tinha ouvido rumores sobre um demônio assombrando a fonte, mas a principio não acreditou, um antigo companheiro de guerra tinha sido mandado pra quela fonte para guardar os desejos das pessoas, então ele já devia ter cuidado do demônio, mas aparentemente Erza estava errada.

Ela caminhou até lá com muita calma, não importava se o tal demônio fosse forte, nunca teria a menor chance contra ela, mas quando chegou a fonte a grande guerreira levou um susto.

Viu seu antigo amigo Gray sentado na beirada da fonte, e ao lado de...de uma súcubo? “Que isso?” a indignação a subiu, Gray era um anjo, mesmo que tivesse sido dispensado da classe de guerreiros a luta dele contra os demônios ainda devia continuar, esse era o dever deles.

Ela se aproximou batendo os pés no chão firmemente, fazendo toda sua armadura pressionar o chão antes de dar outro passo, queria ser notada, e conseguiu, ao vê-la Gray congelou de medo.

–Er-Erza...? – ela pressionou sua lamina contra a garganta do anjo, mas sem machuca-lo, ainda...

– Como vai... traidor. – Ela jogou a lamina para trás, pegando impulso para um forte golpe.

Com toda força que tinha a lamina da espada seguil seu caminho até a garganta do anjo semi nu, mas algo estranho aconteceu em seguida, antes da lamina atingi-lo a mesma foi jogada para longe por uma energia escura, muito escura.

– Você não vai machucar Gray-sama! – Gritou a súcubo agora de pé, também conhecida como Juvia.

Erza não achou que ela reagiria, mas aceitou o desafio, paresia fácil, ela fez outra espada com sua própria energia, mas a súcubo não pareceu se intimidar, alias ela ficou imóvel “Fácil demais...”pensou Erza, ela disparou em direção de Juvia que nem teve tempo de desviar, a espada atravessou seu peito...

– JUVIA!!!- Gray finalmente descongelou, mas ele ainda tinha um ponto fraco, a cruz em seu peito, Erza a estava usando para mantê-lo parado, anjos não podiam lutar contra o poder de uma cruz, ninguém podia.

A anja sorriu vitoriosa, mas quando tentou puxou a espada de volta, não conseguiu, ela estava presa no corpo de Juvia, a mesma também ria.

– Você não pode ferir Juvia com armas assim...- ela se desfez, como se fosse feita de gotas de chuva. – ...pingo, pingo, gota...- ela ressurgiu atrás da anja.- ... o corpo de Juvia é como a água, você não pode matar Juvia assim!

A súcubo paresia muito seria, mas a anja apesar o susto momentâneo riu com desdem.

– Tsc – ela sorriu para Juvia, mas não era um sorriso amigável, era o tipo de sorriso de quem poderia te comer vivo se quisesse. -E você acha que eu nunca enfrentei demônios como você?

Erza desfez a espada e a transformou, uma Luminosa cruz se fez nas mãos da anja.

– A arma derradeira contra os demônios é, e sempre será Deus. – A crus em sua mão começou a brilhar suprimindo a energia da súcubo, fazendo-a cair no chão. – Mas é uma pena que não seja tão divertido...

Juvia não aguentaria muito tempo, Gray não podia fazer nada contra a cruz, mesmo para um anjo a ira de Deus era algo perigoso. Mas por sorte, acontece que não era para todos os tipos de anjo...

– ERZA PARE AGORA!