POV Levy

Medo, a muito tempo eu não sentia medo, desde que eu recebi asas pelo menos, mas agora vendo os seus corpos desmaiados no chão sem poder fazer nada, sim, eu estou com medo.

Logico que eu gritava, mandava aqueles idiotas baderneiros se afastarem, mas eu era só uma anja da guarda, não tinha poder de interferir diretamente em questões terrenas.

POV Autora.

Levy viu os seus dois protegidos inconscientes no chão, Jet e Droy, seus antigos amigos, era dever dela protege-los e guia-los como anja, assim como fazia quando estava viva, mas agora impotente ela não conseguia fazer nada para que o grupo de agressores se afastasse deles.

– Parem!- gritava, mas sem nenhuma reação da parte deles que riam e debochavam dos dois adolescentes atirados no chão.

O desespero começou a tomar conta dela.

–Tem que ter alguma coisa que eu possa fazer Deus...- apertou os olhos desesperada, naquele momento sabia que faria qualquer coisa pra ajuda-los, qualquer coisa...

Foi quando ele apareceu.

Grande e alto, um cabelo preto bem comprido que combinava com a terrível aura negra que trazia consigo, vermelhos e ameaçadores olhos, olhos de um assassino, com detalhes de metal na roupa e piercings no rosto e nos braços. Primeiro ela não prestou muita atenção nele, julgando ser mais um dos idiotas da gangue, porem ele olhou para ela, não, ele não apenas olhou para ela, ele a viu. Não disse nada apenas ficou olhando a cena com um sorriso malicioso.

–Gi hi hi, esses fracotes não duraram nem um segundo, que vergonha, não?

Ela viu então a verdadeira natureza dele, um demônio.

“Isso é mal” ela pensou, quando pensava em demônio tudo que vinha em sua mente era, um demônio, criatura das trevas, levavam as pessoas para o mal caminho, jogavam pragas na humanidade, possuíam corpos humanos para interagir através deles... ”Espere, interagir através deles? É isso que eu preciso!”.

– Por favor...- disse se dirigindo a ele. -... ajude-os por favor! - suplicou.

–Porque eu faria isso?- disse cruzando os braços. - Eu até que estou me divertindo assistindo essa chacina.

–Por favor...- insistiu, ele estava prestes a negar, rir, fazer qualquer coisa, mas tudo isso se foi quando ela voltou a falar -...eu faço qualquer coisa!

Ele a encarou surpreso, mas ainda sem estar convencido, mesmo assim alguma coisa naquela situação o divertia.

– Esta pedindo favores a um demônio?- disse irônico.

Ela assentiu o mais rápido que pode.

– Tudo bem, então temos um pacto anjinha?

Ela arregalou os olhos, ele riu divertindo-se.

– Pacto? - toda sua coragem paresia ter se esvaído. – NÃO, ISSO NUNCA! – Disse zangada.

Ele apenas voltou a olhar para os dois rapazes que ela protegia com um sorriso nos lábia, isso a incomodava.

– Tudo bem, então vai ter que achar novas pessoas pra proteger. - Levy gelou “novas pessoas?” não, ela não queria isso, mas um pacto? Isso ai contra tudo que ela acreditava, mas então ouviu um grunhido, um dos agressores chutando mais uma vez a barriga de Jet, foi então que ela entendeu do que o demônio estava rindo, ela não tinha escolha.

– Eu faço...- sua voz falhou, saindo tão fraco que o demônio em sua frente quase não conseguiu ouvir.

– Pare de murmurar baixinha!- disse irritado. – Fale alto!

–Eu disse que faço!- disse sem vacilar.

Ele riu mais uma vez vitorioso e lentamente fez seu caminho para perto da onde os agressores estavam, quando estava prestes a possuir um deles Levy o parou.

–O que foi? – disse perdendo a paciência. - Não quer que eu os salve?

– O que você quer entronca?- perguntou determinada, ele se fez de desentendido então ela completou. – O pacto, oque você vai querer em troca?

– Gi hi hi, depois falamos disso...- Levy estava prestes a negar, mas ele a cortou.- Esses bobões que você tanto gosta não vão durar muito tempo.

hesitante ela o soltou, e assistiu silenciosamente ele possuir uma dos adolescentes e com a força sobre-humana de um demônio não foi difícil para ele lutar contra a gangue e em seguida fugir carregando os dois jovens nos braços.

Quando tudo acabou, ele deixou Jet e Droy largados algumas quadras da casa deles, Levy ficou preocupada “E se eles não forem encontrados?” mas isso se foi quando uma garotinha de cabelos azuis apareceu, sendo seguida de uma senhora de cabelos rosa.

– Mamãe olha!- ela gritou, a mulher se aproximou deles.

– Wendy chame ajuda rápido! – disse olhando para os ferimentos dos dois.

Os dois ficariam bem, ela sabia disso agora. Um alivio tão grande tomou conta de Levy, que ela nem percebeu quando pulou abraçando o demônio.

– Obrigado, obrigado, obrigado...- disse abrasando-o.

Ele imediatamente a abraçou de volta, ela não se importou, seu coração de anjo era puro demais para ver alguma maldade nisso, porem o dele não, apertando-a com mais força ele sussurrou em seu ouvido.

– Não agradeça ainda anjinha... - sua voz áspera e grosa fez o corpo dela enrijecer de medo. -... você ainda tem um pacto comigo...