Ex-amigos escrita por Aivillapot


Capítulo 2
Capitulo 2 - Susana


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo conta um pouco sobre a história do Lucas e da pra conhecer um pouco mais do doidinho do Kal. Boa leitura, ou não.



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Kaleb chegou em casa naquele dia, teve uma deliciosa discussão com a mãe do tipo:

– Que merda você fez na sua cara, moleque? – Perguntou Susana ainda enfiada em seu jaleco.

– Nada não mãe. – Ele andava calmamente. – Você fez gelo?

– Eu fiz, mas da pra você me explicar o que houve? – Dona Susana é a típica mãe solteira, que trabalha, cuida da casa e tem um filho ingrato que só sabe dar trabalho e depois ainda pedir colo.

– Gelo! – Kaleb disse em tom alegre pegando um copo com gelo no congelador e despejando seu conteúdo num saco plástico. – Mãe... – Ele sorriu.

– Anda, leb, me conta. – Ela cruzou os braços.

–Mãe, a senhora cortou o cabelo? Ta tão bonita hoje, mais que nos outros dias, se é que isso é possível. – Ele sorriu e beijou sua testa.

– É eu cortei, você ... Você ta tentando me comprar? – Ela riu pondo as mãos na cintura.

– Eu to sendo sincero. – Ele disse pondo o saco de gelo no nariz. – Isso – Ele apontou para o próprio nariz. – Foi o seu filho idiota, dando de cara num poste.

Ela riu e o abraçou, depois os dois subiram ao quarto dele e ficaram conversando sobre a família, a escola, o trabalho e até sobre o vizinho irritante que estava dando em cima dela.

Apesar de gostar de ficar sozinho, a companhia de Dona Susana é sempre a melhor escolha para Kal. Eles são muito amigos e apaixonados um pelo outro, ‘’carne e unha’’ e por isso ela ficou muito feliz com a noticia de que Laila não era mais sua nora.

Depois de um bom banho e uma pizza pro jantar, eles foram dormir. Na manhã seguinte repetiram o processo e foram cada um pra seu canto, Kaleb para a escola e Susana para hospital onde tinha seu consultório pediátrico.

A aula passou como sempre. Kaleb não conversava muito nas aulas e com a noticia sobre o termino do namoro passando de boca em boca na escola, tudo o que ele não queria era conversar com alguém. Então com o fim das aulas Kaleb pode respirar aliviado.

– Kal! – Lucas gritou para o amigo assim que ele apareceu na porta da escola.

– Merda... – Kaleb pensou alto.

O moreno foi até o tímido e agora irritado rapaz de roupas escuras que era única pessoa que evitava olhar para ele.

– Eu sabia que você não ia lá em casa hoje, porque isso já aconteceu antes. – Lucas passou o braço em volta do pescoço de Kaleb que bufou.

– Então você já deveria ter entendido que eu não quero ser seu amigo. – Kal virou o rosto.

– Hum, que pena, por que eu já avisei a tia Susana que você vai almoçar lá em casa. – Lucas apertou mais o braço no pescoço do amigo.

– Eu não.. – Tentou dizer Kaleb.

– Eu fiz lasanha quatro queijos, com massa verde. – Disse Lucas soltando o pescoço de Kaleb e fingindo desinteresse. – Pensei que fosse a sua preferida, mas você vai estar ocupado, não é mesmo?

– Merda... Porque todo mundo me compra com comida? – Pensou alto o loiro.

– Por isso que você está fora de forma! – Lucas deu um enorme e irritante sorriso, depois uma risada. – Então vamos, porque não quero que a lasanha passe do ponto.

Eles foram até suas bicicletas e pedalaram até a casa de Lucas, que ficava a um quilometro da escola de Kaleb, da qual Lucas foi expulso quando sua professora de inglês se apaixonou por ele e disse para diretora que ele a agarrou. Lucas falava de coisas aleatórias, só pra não deixar o silencio constante de Kal o incomodar.

– Pode entrar. – Lucas disse olhando para o amigo loiro e estressadinho. – Eu só vou trocar de roupa, você pode ficar a vontade, sabe onde fica tudo aqui. Nada mudou muito.

Lucas morava sozinho em uma casa de dois andares, dês dos dezesseis anos, quando seus pais decidiram mudar para o Rio de Janeiro. Ele queria muito ficar e tem muito parentes na cidade, sem contar que seus pais, vem de mês em mês visitá-lo. Kaleb Decidiu arrumar a mesa do almoço. Lucas ficou, por que tem muitos amigos e a certeza de que uma dessas lindas meninas da cidade vai ser seu grande amor um dia. Dourados é uma cidade bem calma no interior de Mato Grosso Do Sul, Brasil, e por isso Seu Otávio e Dona Eduarda foram sem muitas preocupações para nova cidade, deixando o filho para trás, com um pouco de saudade.

– Pronto! – Disse o moreno entrando na cozinha. – Ah! Eu tinha mesmo razão, você não se esqueceu de onde ficam as coisas.

– Pois é, realmente não mudo nada. – Riu Kaleb.

– Como assim nada? – Lucas arregalou os olhos. – Eu mandei trocar aquela cortina de renda, brega pra caralho e por essa persiana super masculina aqui e você diz que não mudou nada?! – Ele riu e Kaleb o acompanhou.

– Ah! Claro, bem másculo mesmo você se preocupar com as cortinas... – Disse Kaleb em um tom debochado e um sorriso bobo nos olhos.

– Vamos almoçar! – Lucas riu e foi até o forno. – Você não colocou o porta panelas! –Ele arregalou os olhos. – Ta quente isso aqui. – Cara de dor.

Kaleb esticou o braço e pegou o porta-panela em cima da bancada, o mais rápido possível e colocou sobre a mesa.

– Valeu. – Disse o moreno colocando a lasanha sobre a mesa. – Tem coca na geladeira.

– Eu pego. – Disse Kal fazendo o que disse que faria.

– Vamos almoçar então. – Eles disseram juntos e riram.

Lucas era um ótimo cozinheiro, sua mãe sempre deixou ele mexer na cozinha sobre supervisão dela e depois dos doze anos ele já podia até mesmo fazer o almoço sozinho. Por isso Kaleb já tinha água na boca quando serviu seu primeiro pedaço. Eles comeram em silencio e depois de lavarem a louça, foram até a sala jogar x-box.

– Eu queria te pedir desculpa por ontem, Lucas, eu não sei o que deu em mim. – Dizia Kaleb enquanto jogavam.

– Eu sei o que deu em você. – Lucas riu. – Recalque por eu ser mais poderoso. – Dizia Lucas em tom brincalhão.

– Cala boca. – Kaleb riu. – Mas eu acho que no fundo deve ser um pouco disso. – Ele corou.

– Kaleb, nem uma das meninas que você citou ontem já foram minhas namoradas, nem nada parecido. – Lucas riu.

– Não, mas me diziam que elas sempre vinham dormir aqui..?! – Kal ergueu as sobrancelhas.

– E vinham, mas só como amigas mesmo, fazíamos exatamente o que estamos fazendo agora. – O moreno ria.

– Seu viado! – Kaleb ria.

– Ah! Cala boca, eu só não vejo nada de mais em nem uma delas. – Disse o moreno, sério. – Ganhei! – Gritou.

– A claro, a não ser o fato de que elas eram minhas namoradas, lindas e com um corpo incrível. – Kaleb bufou e deixou o controle de lado.

– Ah! Claro, Kal, elas só se apaixonaram por mim, porque eram, suas namoradas. – Lucas riu. – Realmente faz total sentido. – Ele deu dois tapinhas nas costas do amigo.

– Eu achava que você fazia de propósito. – Kaleb torceu os lábios.

– Eu não gosto de ver você triste. – Lucas encarava Kaleb, com um olhar preocupado.

Silencio.

– Eu fiquei muito mal quando deixamos de nos falar. – Lucas ergueu o rosto corado de Kal.

– Eu também, mas eu estava realmente muito magoado com você. – O loiro levantou os olhos.

– Quer ser meu melhor amigo de novo? – Lucas estendeu a mão para Kaleb.

– Uhum, mas fica longe das minhas namoradas? – Kaleb riu de canto de boca.

– Tem a minha palavra. – Lucas pois uma das mão sobre o peito e levantou a outra na altura do rosto.

Kaleb sorriu e abraçou Lucas, como se os garotos que eram antes estivessem de volta.


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Notas finais do capítulo

Eu amo a Susana, ela não é um doce?! O que acharam?
Comentem por favorzinho.
Beijinhos sabor Lasanha.



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