Ordinary Girl escrita por Weasley and Malfoy


Capítulo 2
Run, Rick




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A peruca que Richard comprara para mim ficou perfeita. Combinava com meus olhos e tornava-me outra pessoa. Ajeitei o cabelo falso mais uma vez e passei rímel. Uma buzina soou.

–Oi. – disse ele –Você está linda – havia malícia em seus olhos.

–Obrigada docinho. Sei que estou fabulosa. – joguei o cabelo no rosto dele. – Agora que filme vamos ver?

Ele tirou os últimos fios do rosto, buscou ar e ofegou. Por um segundo, pensei que ele estivesse sufocando. Não pude reprimir um olhar de desespero.

Ele viu minha expressão e começou a rir.

–Idiota. Agora vamos antes que eu mude de ideia – entrei no carro – o que é bem provável.

Ele deu uma piscadinha e ligou o carro.

–O que acha de romance?

Romance com ele? Nem pensar.

–Não estou com humor para isso hoje. Pode ser outra coisa? Tipo terror.

–Não acho que haja algum filme de terror em cartaz agora, mas se realmente quiser ver um, tem um cinema à la carte daqui a dois bairros. Topa?

–Pode ser. – qualquer coisa menos romance.

Ele dirigia muito devagar. Comecei a desconfiar das intenções daquela velocidade.

–Dá para ir mais rápido ou seu carro é velho demais para isso?

Ele sorriu.

–Calma gatinha. Quero prolongar o momento. Você não? – ele se aproximou.

–Não. – afastei-o. – Quero ver o filme e voltar logo para casa.

Ele voltou a focar na rua.

–Chegamos – ele estacionou e saiu – Senhora. – ele abriu minha porta e estendeu-me a mão.

–O que está fazendo?

–Imitando o seu motorista.

Sai do carro sozinha e ajeitei a bolsa no ombro.

–Vamos.

Ele tentou pegar minha mão, mas eu temia os olhos treinados dos paparazzi.

–Não – sussurrei, em tom ameaçador, na esperança de que aquilo não se repetisse.

Entramos no cinema. Era quase como outro qualquer, com bilheteria, bomboniere e cheiro de pipoca, mas não havia cartazes nas paredes.

–Eu escolho o filme e você pega a pipoca? – propus.

Ele fez que sim e foi em direção a bomboniere. Girei nos calcanhares e andei até a bilheteria.

–Sexta-feira 13 – falei.

–Aqui está. Sala 7.

Quase tive um ataque cardíaco quando virei-me para ir atrás de Richard e ele estava lá, esperando.

–Fila curta. – justificou-se, vendo minha cara de espanto. – Sabia que você fica linda assustada?

Estava para chama-lo de imbecil, mas a mulher atrás de nós lembrou-nos de entrar. Encontramos nossos assentos e colocamos pipoca e refrigerante no lugar. Esqueci de contar a ele que já havia visto esse filme, pois ele passou o braço em volta de mim como se não houvesse chão e eu estivesse prestes a cair.

–Estou bem. Não precisa disso.

–Se sentir medo, me abrace.

2 HORAS DEPOIS...

–Não acredito que você não teve medo nenhuma vez! – reclamou ele, entrando no carro – Você é feita de quê? De ferro?

–Não tolinho. – eu ri. – É que eu já vi esse filme.

Quando ele chegou na minha casa, eu falei:

–Obrigada. Foi... Incrível. Gostaria de entrar e comer alguma coisa?

–Ah, sim, pode ser espaguete?

–Claro, vamos lá.

Fomos fazer a comida e eu o levei até o terraço.

–Nossa aqui é... Bem alto né?

–Tem medo de altura Stevens?

–Não. É só estranho. Uma casa tão alta só para você.

Foi ai que tudo aconteceu rápido demais. O salto quebrou, a tigela de molho caiu em cima de mim, vi um flash e Richard caiu.


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