Stars Auslly escrita por C H C


Capítulo 41
Ofertas & Finais


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo sumiço! A propósito, feliz ano novo extremamente atrasado para vocês! Eu tenho uma notícia nas notas finais e eu devo dizer, avisar a todos, que eu amo vocês todos *-* Enjoy, tudo bem?



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One week later.

Acenei para um dos fotógrafos que pedia uma foto comigo. Desde que eu havia me tornado famoso com a minha namorada, desde que eu recusara um contrato de gravadora para ficarmos juntos, e agora eu não tinha mais nenhuma dúvida sobre tal feito, desde que a minha vida dos sonhos começara, eu ainda não havia me enturmado completamente neste mundo diferente. Em um mundo mais Hollywood, que eu sempre esperei que me acolhesse.

Eu não tinha conhecimento se havia mudado em algum aspecto de minha personalidade. Para mim sempre fui o mesmo. De acordo com os xingamentos basicamente elogios de Trish, continuo o mesmo "lerdo de cabeça amarela com água oxigenada". Eu espero que possa ser alguma coisa boa, ao menos, algum dos adjetivos.

–Austin! Aqui! - virei-me na direção oposta ao que eu estava indo, tentando enxergar quem havia chamado-me perante o mar de paparazzis. Não encontrando o dono da voz grave, acenei mais uma vez sorrindo e corri, apressando-me diretamente para o Teatro.

Em pé, completamente quase afogada, estava Ally. Ela acenava para todos, posava com os fãs, sorria largamente e conversava com entrevistadores. Seus olhos brilharam um pouco mais quando pousaram em mim, o que era considerado um milagre - por ser tão pequena e ter conseguido enxergar-me naquela legião de coelhos que a cercavam.

Ultrapassei algumas pessoas que tentavam parar-me. Ainda assim, eu possuía um imã maior e altamente atrativo que me dirigia à Ally sem parar. Parei, completamente ofegante, ao seu lado, e apoiei o meu braço em seu ombro. Ela escorou em uma parede, rindo, e tentando tirar-me de cima dela. Puxei-a para um abraço gargalhando apenas para irritá-la.

–Como você 'tá? - beijei a sua bochecha, escutando alguns murmúrios comentando o quão fofos nós éramos juntos. Gargalhei para a imprensa, com Ally, e prestamos atenção um no outro.

–Um pouquinho melhor agora. Obrigada. E você? - sorriu, encostando a cabeça em meu peito. Acariciei o seu cabelo, esquecendo por um momento da mídia imposta a nós agora.

–Bem. - respondi. - Vamos entrando? A sessão vai começar daqui a pouco. Temos um show programado para daqui... - conferi o relógio preso em meu pulso e reparei que ainda havia câmeras sobre nós. Ally pareceu reparar também, pois nós nos soltamos rapidamente, ainda de mãos entrelaçadas. - ... daqui à duas horas. O concerto não demorará muito, de qualquer forma.

–Tudo bem! - ela deu alguns pulinhos. - Tchau! - e acenou para a imprensa. Ri enquanto repetia o seu gesto e nos esgueiramos para dentro do Teatro, com alguns seguranças ajudando-nos a entrar sem passarmos por problemas com fotógrafos. A grande maioria que nos seguia era completamente insana, o que nos deixava um pouco abismados. Alguns eram um pouco mal-educados e invadiam a nossa privacidade por completo, embora Ally sempre me dissesse que era o preço pelo sucesso e jamais reclamasse. - Você acha que vai demorar quanto tempo?

–Uma hora, no máximo. - beijei o topo de sua cabeça quando esta deitou em meu braço, sem alcançar o meu ombro. - Trish não está mais sentindo nenhuma dor?

De uns tempos para cá, Trish tinha alguns problemas com a gravidez. Nós resolvemos que ela tiraria umas férias por conta do bebê de nossos negócios, e nós mesmos estávamos lidando com todo o lado empresarial. Eu, não, para falar a verdade. Mas Ally daria uma boa empresária, se você quer saber.

Então, de uma hora para outra, Trish resolveu que não queria nenhum contato com Dez - e automaticamente acabou banindo-me também por um período de gestação. Eu me senti injustiçado, admito, porque eu sou uma boa pessoa. Mas Ally, sempre que via as minhas prováveis tentativas de aproximação, cortava-me tão diretamente que doía.

**

A peça em si não havia sido ruim. O problema eram as poltronas. Muito confortáveis. Eu provavelmente perdi-me na segunda linha dos atores e adormeci. É claro que Ally não deixaria que o meu cochilo passasse batido, e acordou-me com um sussurro extremamente alto em minha orelha. Eu chutei, acidentalmente, o banco da frente. O homem havia me xingado, sem nem ao menos reconhecer-me. Os outros gritavam para fazermos silêncio e quase fomos expulsos. E não me culpe.

–Estamos chegando, Trish. Você deveria estar descansando. Não, eu não... Boa noite? - virei-me para Ally, que suspirou, desligando o celular. O show seria em menos de meia hora e tínhamos acabado de chegar ao local. O taxista nos encarou com os olhos apertados, como se nos conhecesse e não nos reconhecesse. Dei um sorriso amarelado enquanto pagava, ainda não libertado de seu olhar desconfiado. - Trish dormiu enquanto conversávamos.

–Grande novidade. - gargalhei, arrancando-lhe um sorriso pequeno de canto e um olhar de repreensão. Fiz cócegas nos lados de seu corpo, e ela riu. - Então, a Miss Simpatia sabe sorrir?

–Você não merece! - gargalhou, ainda sem livrar-se de meus dedos. - Vem, vamos pelos fundos. Precisamos nos preparar.

–Só porque você me pediu. - fiz um muxoxo. Ally selou os nossos lábios delicadamente, e eu a puxei para mim em um ato suave. Embarcamos em um beijo profundo, ainda sem retirar o romantismo.

–Oi, eu estava... Oh. - O cabelo ruivo de Dez apareceu por entre algumas árvores. Nós quebramos o beijo, e Ally encostou as nossas testas por um momento. - Eu não sabia. Isso é tão lindo! - Dez choramingou. Rolei os olhos e desprendi-me de minha namorada voltando a encará-lo.

–Tudo bem, Dez. Nós temos outras chances. - beijei a testa de Ally. Dez riu. - Por que você está aqui?

–Show? Lembrados? - bati em minha própria testa. Dez e Ally abraçaram-se. Por conta de Trish, eles não tinham se visto nos últimos três dias. - Vamos. O público não canta sozinho.

–Mas... - Ally iria corrigi-lo, mas Dez bufou trazendo-nos pela mão.

**

–Você foi incrível! - Ally e eu descemos do palco, abraçados lateralmente. - Eu amo você, eu amo você. - sussurrou, apoiando-se em meu peito. Os meus braços foram diretamente ao seu redor, apertando-a fortemente ainda não machucando-a.

–Não. - encarei os seus olhos castanhos brilhantes. - Eu amo você.

–Nós nos amamos, então? - perguntou, sorrindo. Eu assenti e a puxei para um beijo. Uma batida na porta de nosso camarim compartilhado fez com que nos separássemos. - Pode entrar! - permiti. A porta abriu-se rapidamente.

Um homem bem apessoado - nessas horas nós percebemos a influência de Ally em meu modo de falar. - entrou. Trajava um terno cinza extremamente profissional. Seu olhar era sério, igualmente com a sua expressão. Eu e Ally permanecemos um ao lado do outro, e aos poucos a compreensão chegou a seu rosto.

–Ronnie Ramone? - Ally estendeu a mão. Reconheci o sobrenome e repeti o gesto, ainda surpreso. Ronnie Ramone da Ramone Records. Não podia ser uma coincidência, uma troca de camarins, um engano, poderia? - O que deseja?

–Conversar. Eu vou direto ao ponto. - começou, aceitando os nossos cumprimentos. - Ally, eu quero você em minha gravadora. Austin, eu também o quero.

Direto e curto.

–Espera... Nós dois podemos continuar como um casal? - a minha pergunta receosa pareceu tê-lo confundido. - Jimmy havia nos oferecido um contrato. Mas disse que não poderíamos namorar se assinássemos.

–Aparentemente, eu mudei de ideia. - a voz grossa inundou o nosso camarim. Não era nenhuma festa da Mãe Joana, era? Reconheci a sua figura morena adentrando o quarto. Ally engasgou ao meu lado, e eu a segurei mais contra mim. - Eu gostaria de assinar com os dois. Como vai, Ronnie? - os dois se cumprimentaram com um breve aperto de mão, sem resposta de Ronnie.

–Eu vou direto ao ponto: deveríamos deixá-los escolher a gravadora. - Ronnie comentou. O meu coração disparava. Tínhamos duas ótimas e importantes gravadoras oferecendo-nos um contrato.

Jimmy sempre havia sido o meu sonho. Assim como eu tinha certeza de que Ally amaria assinar com Ronnie. Mordi o meu lábio, cutucando Ally levemente. Ela encarou-me, a indecisão passando em seus olhos. Fiz um gesto com a minha cabeça, indicando que conversássemos a sós. Ela assentiu.

–Podemos ir com o Ronnie, se quiser. - ofereço. Ela arregala os olhos.

–Não! Vamos com o Jimmy. É o seu sonho. - recusa. Balanço a cabeça negativamente.

–Jimmy parece instável. E se ele mudar de ideia?

–Bem, não temos certeza com Ronnie também.

Permanecemos em um silêncio conspiratório. Jimmy e Ronnie não pareciam estar desconfortáveis com o silêncio grotesco pairando entre os dois. Pareciam agir como se não conhecessem um ao outro, ou apenas cantando vitória silenciosamente. Um deles sairia um pouquinho decepcionado.

–Eu tenho uma ideia. Fique aqui, tudo bem? - Ally pôs as mãos pequenas em meus ombros, fixando-me em meu lugar, embora não exatamente. Eu assenti, um pouco assustado, e observei-a correr até os dois. Eles pareciam entretidos com a sua fala, as sobrancelhas levantadas. Dois minutos depois, Ronnie e Jimmy entreolharam-se por alguns momentos, como se debatessem, quietos.

Os dois murmuram algo, sorrindo. Como se houvessem chegado a um acordo satisfatório. Ally deu um pulo animado, e abraçou os dois, como se fossem velhos amigos. Ergui uma sobrancelha quando a vi caminhar em minha direção rapidamente, sorrindo tão largamente quanto o possível.

–Eu ofereci um combinado. - contou quando nos aproximamos mais. - Nenhum sairá decepcionado desta vez. - seu sorriso diminuiu um pouco, para um tom mais suave. Incentivei-a com um sorriso grande. - Cada um de nós assina com um deles. Você pode seguir o seu sonho, ir com Jimmy. Eu posso ir com Ronnie. - ela fez um mistério, embora eu já desconfiasse. Sem deixá-la terminar, puxei-a para um beijo empolgado. - O melhor é que poderemos continuar juntos. - sussurrou, assim que nos separamos, com a falta de ar.

–Eu amo você. É perfeita, sabia disso? - sussurrei, pressionando os nossos lábios mais uma vez.

–Não. Eu amo você. - imitou-me mais cedo. Eu ri, baixo. Ela sorriu mais. - Você é perfeito. O garoto perfeito. - e encostou as nossas testas. Selei os nossos lábios mais uma vez, tão lentamente quanto pude, sentindo sua respiração quente misturar-se à minha.

Caminhamos até os dois produtores, satisfeitos, em pé ao meio de nossa sala. Eu assenti, com um sorriso pequeno atualmente, e estendi a minha mão para Jimmy ao mesmo tempo em que Ally e Ronnie fechavam um acordo.

–Feito. - murmurei.

Virei-me para Ally, puxando-a para um abraço comemorativo.


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Notas finais do capítulo

Esse basicamente foi o último capítulo. Não exatamente. Eu tô meio triste com a finalização de Stars Auslly, e me desculpem por não ter avisado o fim! Ainda escrevei o Epílogo e um Extra, que narrará um ano após o último.
Eu gostaria de agradecer a todos que acompanharam até aqui. Que comentarem, que favoritaram, que recomendaram, que tudo. Vocês são tão importantes, e, são especiais na vida de cada autor, e vocês são na minha *-* Amei escrever Stars Auslly até aqui porque conheci pessoas maravilhosas que se tornaram meus leitores!
Eu tenho uma pequena despedida nas Notas Finais do Epílogo. Eu espero que vocês tenham gostado da história. Eu amei. Foi a primeira que eu me senti um pouco realizada. Então... Até mais! Vejo vocês nos comentários! Se tiverem alguma dúvida, por favor, me procurem.



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