Stars Auslly escrita por C H C


Capítulo 19
Repetições & Colares fotográficos


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu recebi mais uma recomendação e favorito! Muito obrigada!! You're awesome!
Aqui vai, e por favor leiam as notas finais!



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Acordei assim que o despertador ligado pelo celular de Ally tocou. Tentei encontrar a garota movendo as mãos pela cama, porém havia apenas o vazio frio. Levantei a cabeça alarmado e notei um pequeno bilhete feito a partir de post-it colado na tela do dispositivo.

Não estou em casa; saí para me encontrar com dois amigos meus e volto em dez minutos (a partir do momento em que você ler isto). Não se preocupe, eu nunca irei lhe trocar, Aus, são uns filhos dos amigos de meu pai. Preparei um café da manhã exclusivo para cada um de vocês três e organizei a casa, também. Há algo debaixo de seu prato, espero sinceramente que você goste. Eu gosto muito de você.

Nunca jamais pergunte-me como coube tantas palavras em apenas um pequeno post-it, eu também jamais entenderei. Sorrindo com suas palavras finais, guardei o bilhete em meu bolso dianteiro direito, juntamente com o que eu quero entregar-lhe esta tarde.

Eu faria alguma coisa romântica para Ally. Ela sempre havia estado ali quando eu mais precisava, quando eu havia perdido a confiança em mim mesmo, Trish, Dez e Ally estavam sempre ao meu lado, apoiando-me. E fora por um conselho seu que eu resolvi superar aquilo.

Em um momento desnecessário de sanidade, saquei novamente o papel. Eu encarei, com certa irritação, a frase em que Ally dizia que estava em um encontro com seus amigos. Seriam meninas? Se fossem, certamente estaria ali "Elas". Senti certa queimação em meu peito, provavelmente o ciúme, e apenas joguei-me de volta na cama de lençóis amarrotados.

Eu deveria ter confiança nela. Estaríamos fora por três meses, eu não a veria todos os dias, e, é claro, Ally tem amigos. Eu não deveria querer que se isolasse em uma cidade quente e boa como Miami.

No entanto, talvez somente meu lado possessivo, estou ardendo por dentro com uma vontade enorme de comprovar se seus amigos são confiáveis. Ignorei esse sentimento, pensando na vez em que eu a havia traído - se Ally o fizesse, não seria injusto.

E é claro que Ally não o faria. Ela havia me perdoado por tantos erros, até mesmo a traição que ocorrera em nosso primeiro mês, com Beth. Eu jurara que jamais me encontraria novamente com a garota em minha vida, e cumpri com o juramento.

Resolvi esquecer a desconfiança, afinal, Ally era a minha namorada. Lembrei-me de quantas vezes a havia magoado antigamente, e das palavras doces que ela continuava dizendo para que eu não permanecesse sentindo-me mal.

Meu celular vibrou ao lado do de Ally e eu o fisguei rapidamente. Era um número desconhecido para mim, entretanto, não bloqueado. Pressionei para atender.

–Alô?

–Aus? - reconheci a voz de Ally. Alguns gritos femininos e histéricos no fundo chamaram-me a atenção. - Oi! É o celular de uma das minhas amigas, Chelsea. Ela é uma fofa. Enfim, eu sei que você acabou de acordar e eu queria saber como você está. - um silêncio surpreso de minha parte fez-se. - Sinto sua falta. - sussurrou. Eu sorri.

–Eu estou bem. E eu também sinto sua falta, mesmo que não nos vemos há, uh, eu não sei há quanto tempo você saiu. - ela riu do outro lado da linha e eu a acompanhei distraidamente com sua risada. - Então, quem está com você?

–Chelsea, Dallas e algumas amigas deles. - diz inocentemente, sem reparar em meu ciúme. - Estou indo para casa em cinco minutos, continuem aí. Trish e Dez já acordaram?

–Não sei, na verdade. Estou indo conferir. Ainda nem vi a sua surpresa, estou morrendo de vontade, pena que alguma pessoa chata não está me deixando ir. - brinco, rindo em seguida. Posso assisti-la mostrar a língua e rir em minha cabeça.

–Preciso ir; Chelsea está reclamando do custo da ligação, é uma pena. Aproveite o seu café, noivo. - diz ela, desligando em seguida. Sorrio internamente, percebendo o quão realmente confio em Ally.

Coloco o celular em meu bolso e saio pela porta discretamente para não ser pego por Trish ou Dez no quarto de Ally. Eu já nem imaginava qual seria minha desculpa se exigissem uma explicação, ou apenas diretamente deduzissem que nós reatamos, o que é a verdade, porém não podemos dizer-lhes.

O corredor está livre, dando-me passagem, portanto apenas sigo até o quarto de hóspedes rapidamente e bato na porta, encostado na parede, como se não estivesse muito feliz por ter acordado.

–O que é? - Trish abre a porta, caindo pela mesma. EU a pego antes que escorregue ainda mais, desta vez para o chão. - Por que está acordado tão cedo? São... sei lá. Desembuche logo.

–Ally me ligou e disse que iria sair com alguns amigos e que já volta. E eu vim ver se você tinha morrido ou não depois das confusões de ontem.

–Eu queria saber se você tinha morrido! Dez foi até o eu quarto há pelo menos vinte minutos e você não estava lá, santa criatura! Quase saímos para te procurar, mas aí decidimos que você poderia estar com Ally em seu quarto ou algo do gênero, então deixamos vocês dois aproveitarem!

–Não foi isso! - retruco, estranho. - Deve ter sido o momento em que caí da cama.

–Eu disse a ele para olhar pelos lados da cama, mas "por que o Austin se jogaria?" Ah, francamente. Estou de mau humor, tem algo a mais para falar?

–Espera. - paro a porta quando noto que Trish não está realmente esperando que eu diga algo. - Preciso que me dê cobertura.

–Por quê? - debocha cinicamente. Realmente, ela não está em seus melhores dias. -Estou apenas brincando. Diga.

–Sairei com Ally hoje, fiz uma reserva em uma restaurante à beira do mar. Eu quero conversar com ela sobre nós, mesmo que nossa viagem de volta está planejada e marcada para amanhã às cinco e meia da tarde. - peço, ocultando o verdadeiro motivo. Também serve para discutirmos nossa relação, porém nós não estamos indo para uma conversa triste.

–Certo. Você precisa que eu o esconda de Dez, estou certa? - assinto com a cabeça, empolgado. Trish sorri pela primeira vez no dia, e me sinto bem por ela. - Certo. Eu vou proteger você.

–Obrigado, Trish, você é a melhor. E como está você? Faz um pouco de tempo que nós não falamos sobre isso.

–Muito bem, realmente. Trent me liga a cada doze horas para ter notícias do bebê, mesmo que seu pai seja contra o nascimento. Não tenho mais nenhuma esperança de nós voltarmos, afinal, nem eu mesma quero isso. E eu conheci... uma pessoa muito interessante. Na verdade, Ally me apresentou para ficarmos amigos pois disse que talvez nós nos déssemos bem e, na verdade, ele me chamou para sair. Não sei se era esse o plano de Ally, mas eu realmente agradeço se não for.

–Estou tão feliz por você, Trish! - digo e nós nos abraçamos, rindo. - Ele sabe sobre... a gravidez? E que estamos indo embora?

–Sim, e sim. Na verdade, Jace mora perto tanto quanto daqui de Miami e de Nova Iorque assim nós podemos nos ver aos finais de semana e feriados, nas férias e quando o colégio dele estiver em reforma. Ele tem os mesmos interesses que eu, então talvez vamos para a mesma faculdade.

–Uou. - exclamo, surpreso. - Eu nunca te vi sequer fazendo planos para o próximo segundo por conta da preguiça, quanto mais para o futuro em uma faculdade.

–É, você sabe, a gravidez me mudou um pouco. De qualquer forma, nós só iremos sair quando eu voltar para Nova Iorque. Jace me disse que, qualquer problema que eu tiver com o bebê posso contar com ele para qualquer coisa. - seu rosto se aproxima mais do meu, claramente em uma tentativa de sussurro. - Ele já até me disse que, se o pai, o Trent, não fosse assumir, ele assumiria por mim.

–Ele não está indo muito rápido? - pergunto com ciúmes. Trish é minha melhor amiga, e Trent havia meio que quebrado seu coração há algum tempo atrás. Se isso ocorresse novamente, e agora com esse cara, Jace, eu o mataria sem ao menos deixar vestígios.

–Você está com ciúmes de mim! - gargalha ela e sinto minhas bochechas avermelhadas. - Está tudo bem, Austin, eu também não gosto de te ver com garotos, senão a Ally. - adiciona ela na última parte. Eu rio e lhe dou um tapa leve em suas costas, abraçando-a. Ela retribui. - Tudo bem, chega dessa melação, eu ainda estou com sono e grávida. Tem algo para comer aí?

–Ally nos preparou um café da manhã. Que tal irmos descer e comer? - sugiro, repreendendo o riso. Sua expressão não é das melhores, é engraçada, com a preguiça contaminando-a.

–Está bem. Chame o Dez enquanto eu desço para depois subir de novo.

Rio enquanto me direciono para o quarto onde Dez ainda dorme. Observo pela fresta da porta que ele não está realmente adormecido, somente semi consciente. Bato três vezes em sua porta, chamando-lhe a atenção.

–Dez. - cumprimento-o com nosso high-five tradicional.

–Onde você estava, Austin? Eu me preocupei.

–Caí da cama. - insisti na mentira que contei a Trish. Dez, como sempre, pareceu acreditar. - Vamos descer para tomar o café que Ally preparou para nós?

–Ela me surpreende, cara. - comenta, e eu concordo com a cabeça.

Descemos as escadas e encontramos prontamente Trish, devorando vorazmente o caldo que Ally preparou a ela. Talvez seja uma receita especial que satisfaz as grávidas ou algo do tipo, pois ouço Trish sussurrar algo como "ela sempre sabe o que fazer".

Espiei debaixo do meu prato assim que me sentei, exatamente como indicado por Ally em seu bilhete. Há um colar pequeno, mas não como um de namorados ou das garotas de Best Friends. É uma palheta preta, e noto que há uma abertura pequenina. Rapidamente, retiro o colar do prato e o apoio em meu colo, examinando o fecho.

Minhas mãos agem, abrindo-o. Dentro dele, há uma foto de um casal: eu e Ally. É uma montagem, pequena, porém nítida e bem visível. Há três fotos minhas e de Ally: uma quando havíamos nos conhecido, outra quando estávamos namorando, e uma atual.

Sorri e fechei a palheta, colocando-a em meu pescoço sem ser notado. Para não chamar a atenção, guardei por debaixo da blusa, sentindo o material frio da corrente. Eu não o tiraria, não enquanto estivesse e gostasse de Ally – bem, talvez apenas para dormir ou tomar um banho.

Trish saiu correndo e me preocupei instantaneamente. Era... talvez enjôo de grávidas. Antes de perdê-la por completo para o andar acima, lancei-lhe um olhar questionando-a; o que recebi em troca era apenas a confirmação.

Dei de ombros, ainda tenso, pois sabia que era algo normal durante a gestação. Entretanto, os ataques de vômito que Trish tinha estavam deixando-me preocupado.

Ouvi a porta abrir e bater quase ao mesmo tempo. Uma Ally esbaforida irrompeu na sala, os cabelos bagunçados pela ação do vento. Sua respiração estava acelerada e seus braços seguravam sacolas que pareciam pesadas. Antes que eu pudesse mover-me, Dez tomou a dianteira e ajudou-a a equilibrar e levar as compras para a cozinha.

Minutos após, ambos juntaram-se a mim novamente na mesa, e Trish veio em seguida com um sorriso fraco. Em um incompreensível momento feminino, as duas trocaram olhares, um leve aceno de cabeça, mais um olhar e ambas gargalharam. Eu e Dez nos entreolhamos confusos, sem saber o motivo de tanta risada.

Ally encarou-me por alguns segundos, e eu movi minha mão até o colar escondido sob a blusa. Um sorriso imenso abriu-se em seu rosto, e sorri de lado quando seus lábios formaram um “eu gosto muito de você”.

“Eu também gosto muito de você”, respondi, sem dizer nada. Ela piscou para mim, e notei que éramos os únicos que se olhavam. Trish e Dez pareciam conferir algo juntos no iPad e gargalhavam como se fossem os melhores amigos do mundo – aqueles que não brigam a todo momento.

Dei um sinal a Ally para que me esperasse do lado de fora da casa, e a mesma entendeu perfeitamente. Dei um aceno para Trish, indicando que estava na hora em que iríamos sair, e sem previsão de horário para retornarmos. Ela rolou os olhos e fez um sinal positivo com o dedo.

–Eu já estava com saudades de você. Muitas, sendo sincera. – Ally me cumprimentou certamente com um selinho tímido. Passei meu braço por seus ombros, sentindo-me estranho, como se houvesse algum barulho em minha mente; ela sempre tivera esse poder em mim.

Caminhamos de mãos dadas pelo fim da rua até encararmos o sol quente. Antes, as casas altas haviam acobertado-nos, porém agora não havia como escapar. Coloquei minha mão acima dos olhos para encarar Ally, embora não fosse preciso.

–Aonde estamos indo, exatamente?

–Sonic Boom? – eu assinto, sorrindo, e a puxo para mais perto de mim sem nenhum esforço.

Conversamos sobre assuntos aleatórios, e comentamos um pouco sobre o encontro entre amigos que Ally tivera. Contou-me que eles já haviam marcado há muito tempo, e somente agora haviam conseguido encaixar, e então nós chegamos, e Ally resolveu que o horário seria mais cedo enquanto nós estivéssemos dormindo.

A rua que nos levava até o Shopping Mall parecia-me muito mais movimentada do que naquele dia, entretanto permaneci com meu silêncio. Ally sacou as chaves da loja, ansiosa, e abriu.

Dentro da loja, tudo permanecia intacto desde o dia anterior. Andei, seguindo-a, e mexi em alguns instrumentos sem que ela notasse. Observei Ally caminhar para o escritório no andar de cima com algumas explicações vagas e apenas dei de ombros.

Com uma ideia repentina, retirei a pequena caixa de aliança em meu bolso. Eu queria dá-la a Ally à tarde, porém já não estava aguentando mais. Eu queria algo especial.

Planejei nosso encontro perfeito em apenas questão de dois minutos, tempo suficiente para que Ally descesse e viesse até mim com grande empolgação.

Eu sorri, lembrando da última noite, e apenas devsiei de seu abraço. Uma expressão confusa cruzou seu rosto, e eu gargalhei.

–Austin?

–Espere um pouco, apressada. – vou até ela novamente e deposito um selinho extremamente rápido, correndo novamente para cima. No alto, equilibro um rádio pequeno no batente da madeira do andar de cima e aperto o play.

A música lenta recomeça, e eu apenas vou até Ally novamente e estico meu braço. Um sorriso estampa-se em seu rosto.

–Nós nunca realmente tivemos uma dança lenta. Com direito a música. O que você diz? – pergunto, com meu braço intactamente estendido.

–Eu adoraria. – ri, e entrelaça o meu braço com o meu, para iniciarmos uma outra música lenta.

Desta vez, a valsa que planejei possui letras em sua melodia. Permanecemos olhando nos olhos um do outro, beijando-nos sempre que possível.

And this is why I like you... – canto com a letra, o último verso. Desse modo, nós nos beijamos novamente, sem pressa, somente nós.


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Notas finais do capítulo

Enfim, eu sei que os capítulos estão meio grandes, por isso eu queria perguntar se vocês querem que eu comece a repartir. É que eu estou com muta inspiração esses dias para coisas românticas, e quando Stars Auslly terminar, irei iniciar outra!! :D O que acharam do capítulo?
—CHC



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