Beacon People Story escrita por Guga673


Capítulo 2
Capítulo 2 - O que está acontecendo aqui?


Notas iniciais do capítulo

O momento aqui de Teen Wolf é após os eventos da Season 3B e antes da 4, com algumas pequenas mudanças ao gosto do autor aqui.



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Malia e Ruby caminham pelas ruas de Beacon Hills. Malia havia até sugerido que elas duas corressem na forma de lobo, como se fosse a coisa mais usual do mundo e caminhar com as pernas algo que Malia não estivesse acostumada ainda, mas Ruby recusou a ideia hipotética.
— Então deixe-me ver se entendi, você é a chapeuzinho vermelho?
— Basicamente. — Diz Ruby um tanto lisonjeada e surpresa por Malia conhecer a história dela.
— Mas eu achei que a chapeuzinho tivesse sido atacada pelo lobo mau e não que ela fosse um. Se bem que eu lembro da história vagamente. Meu pai me contava quando eu era criança mas isso faz um tempo.
— É. Na verdade não foi bem assim. E eu não quero falar sobre isso... Envolve um cara por quem eu me apaixonei uma vez.
— Não se preocupe. Eu sei o que é causar o mal em quem você mais ama. Mas eu te garanto que não foi escolha sua.— Ruby vira o rosto para ela atenciosamente e Malia encontra o seu olhar. — O que eu quero dizer é que, você provavelmente ainda não tinha controle sobre isso então você estava fora de si. Eu aprendi muito esses tempos.
Ruby volta a olhar pelo caminho da calçada vagando pelos seus pensamentos e sentimentalmente responde:

— Pois é. Foi algo mais ou menos assim.
O silêncio continua enquanto as duas andam.

— Então. Para aonde você vai me levar exatamente? — pergunta Ruby.

— Para a casa dos McCalls. Scott vai adorar te conhecer. Ele é um cara legal.

— Hm, não sei se ele pode realmente me ajudar no meu problema mas, ter um lugar para ficar parece ser legal.

— Ah e ele também é um lobisomem.

— Outro lobisomem? Vocês são uma família?

— Na verdade não. Somos parte da matilha dele.

— Ele é tipo o líder?

— O Alpha. Para ser exata.

— Minha mãe era uma, assim como meu avó. — Ruby trava ao imaginar sua avó de volta para a Floresta Encantada provavelmente se perguntando se ela está viva. — Minha avó foi já mordida mas a transformação não foi nem completada. Ela tem um olfato sensível como de um lobo.
— Bom, eu fui mordida por um coiote quando eu tinha cerca de nove anos de idade. E fiquei naquela forma por mais oito anos...
— Oito anos? Quanto tempo.
— Sim. Mas Scott me achou e ele me trouxe de volta.
Malia para repentinamente de andar quando ao ver a casa de Scott, mais a frente, ele estava seriamente ferido, carregando Isaac nas costas que parecia desacordado. Scott vê Malia e pede por socorro para ajudá-los a chegar na casa deles. Malia corre na direção de Scott para alcançá-los e ela percebe que Scott está ferido perto das costelas e então, passa o braço direito de Isaac pelas costas para apoiá-lo melhor. Ruby abre a porta, logo ajuda a colocar Isaac deitado no sofá da sala. Scott caí no chão da sala, se rasteja para ficar de barriga para cima, procura por Malia e diz:
— Liga para Derek. Agora.
— Tá só me diz o número dele.
Ruby ajeita a cabeça de Isaac no sofá. Ela pressiona seu pescoço procurando sinais de batimentos cardíaco e fica aliviada por encontrar. Mas logo não faz ideia de como fazer para acordá-lo. — Ele está bem? — Pergunta ela. Isaac apresenta graves ferimentos de tiros, alguns cortes e grandes hematomas por todos os lados. Seja lá quem for, a pessoa domina um estilo de luta muito bem. Ruby alcança Scott e o coloca em uma das almofadas do sofá para apoiá-lo. Scott a encara com uma expressão surpresa já que nunca viu ninguém igual a ela.
— De onde você veio?
— Eu sou Ruby.
Scott sente algo diferente nela. Algo que vem do seu instinto de lobo.

— Derek quer saber como você está. O que eu digo a ele? — diz Malia.

— Ah que tal dizer que eu estou muito bem, sorrindo e saltitando num campo de Wolfsbane. —Diz Scott revirando os olhos e quase perdendo o ar. Malia revira os olhos e diz algo no telefone para que Derek se apressasse.
Ruby não entende muito bem o que está acontecendo, na verdade ela se sente um pouco deslocada e sem saber o que fazer exatamente, mas ao ver um líquido preto escorrer da boca e dos ferimentos de Isaac ela entra em um certo estado de desespero:

— Me diz que ele não vai morrer.

— Não se Derek não demorar muito. — Diz Scott ainda arfando.

— O que aconteceu com ele? — Pergunta Ruby em um tom de preocupação.

— Eram muitos e quando eles abriram fogo, Isaac se jogou na minha frente.

— Ruby pensou em algo do tipo “instinto de proteção do Alpha” mas ela nunca chegou a ver o que realmente era em ação.

— Ele está envenenado, não podemos deixar que o veneno chegue ao coração. — Diz Malia pegando alguns pedaços de pano mas sem soltar o telefone do ouvido.

— Tudo bem, mas o que fazemos?

— Veja os membros onde as balas entraram. Tente achá-las e tire elas de lá.

— Malia fala num tom de simplicidade um tanto assustador.

— Como?

— Você tem garras. Temos que tentar algo.

— Mas eu não consigo nada entre a forma humana e a forma de lobo. Isso é impossível para mim. Eu sou diferente.
Scott joga a cabeça para cima e encara o teto:

— Não podemos perder mais um. Não o Isaac. — Scott pensa um pouco mais e volta com uma ideia. — Eu acho que consigo te ajudar.
Scott pega na mão esquerda de Ruby, que fecha os olhos para se concentrar, ele abre os olhos e esses brilham numa tonalidade vermelha profunda. Com algum esforço, Ruby consegue transformar sua mão parcialmente numa mão de lobo com garras grandes.

— Como isso aconteceu?

— Eu sou um Alpha! Essa é a única explicação que eu tenho para dar.
E ela puxa o corpo de Isaac inclinando-o para alcançar um furo na altura de suas costelas do lado esquerdo. Ruby introduz os dois dedos, mesmo que sem jeito, no formato de pinça e começa a procurar a bala. Isaac respira profundamente e se contorce um pouco. Após uns segundos ela a encontra e retira o projétil de dentro de Isaac. Faltam mais duas. Ruby observa um furo na calça de Isaac, na lateral da Coxa direita. Ela rasga o tecido todo ensanguentado e procede da mesma forma, e com menos caretas.

— Consegui. — Diz Ruby um pouco enojada com a quantidade de secreção preta que sai das feridas. A última se encontra no ombro direito. Ruby tem mais dificuldade nesta e Isaac parece sofrer com dores lancinantes mas está inconsciente ainda.

— Acho que essa é a última.
E Scott solta um suspiro de alívio ao ouvir aquilo. Malia retorna da entrada da casa acompanhada de um cara de olhos claros e com uma espessa barba por fazer.

— Ruby este é Derek. — Derek trava o seu olhar em Ruby por alguns segundos mas depois retoma à situação. Derek se ajoelha perto de Isaac e entorna algo na sua boca e o força a engolir mesmo quando ele começa a tossir.

— Valeu pelo que você fez. Ajudou ao veneno parar de se espalhar. — Diz Scott.

— Bom eu não sei bem o que é isso tudo. Acabei de chegar.
Malia pega uma das balas que Ruby tirou e pede para que Derek possa vê-las. Ele segura a bala na ponta dos dedos:

— É... Foram eles... Terceiro ataque que nos atinge em três semanas.
Ruby conseguiu perceber uma certa frustração no olhar de Derek e se pregunta o que aconteceu por aqui antes dela ter chegado em Beacon Hills. Malia se aproxima de Ruby e diz com um sorriso e uma expressão de ironia por conta do que aconteceu:

— Olha, aquele cara ali no chão está disposto a oferecer um dos quartos mas você vai ter que cuidar deles.

— Sem problemas, eu cuidava de uma lanchonete. Não deve ser muito difícil de cuidar deles. Mas você pode me dizer o que ou quem os atacou?
Malia solta um suspiro e Derek diz:

— É uma organização governamental secreta chamada Ultra. Porém essa é uma divisão meio nova pelo que eu andei descobrindo, chamada Hunt, que caça seres sobrenaturais em nome da proteção da raça humana.
Ruby engole em seco, e começa a pensar que Regina talvez não fosse o maior problema do mundo.

— O que é um exagero da parte deles. Nós é que protegemos os seres tanto sobrenaturais quanto os humanos faz um tempo. — Protesta Scott abraçando as costelas. — Eles não possuem o menor direito de invadirem a cidade e começarem a nos caçar. Derek o puxa de volta para a almofada dizendo:

— Acalme-se. Você ainda tem que se curar. — Mas Scott, aparentando uma boa melhora se rasteja e deita no chão, sobre o tapete, próximo de Isaac. Ele agarra o braço de Isaac logo quando Isaac respira profundamente. Em suas veias, algo de aparência escura sobe pelo braço de Scott. Ruby ainda não compreende o que acontece e Malia começa a subir as escadas:

— Scott está tirando a dor de Isaac e absorvendo-a. É uma das habilidades de Alpha dele. Venha, vou te mostrar o quarto onde você vai ficar por esta noite, eles ficarão bem ali.
Ruby e Malia sobem as escadas, e Malia mostra o quarto que Ruby vai ficar.

— Impressão minha ou tem algo além entre eles dois?

— Scott e Isaac? Sim eles possuem uma certa ligação forte. — Malia para na porta, se encosta no batente e encara profundamente os olhos de Ruby. Logo Ruby fica corada e sem saber o que fazer. — Scott mesmo ficando estável com Kira, percebeu que não podia ficar longe das lembranças de Allison, assim como Isaac, que também teve algo por ela. Isaac viu que o único jeito de manter viva as memórias de Allison, era seguir o novo código dos Argents...

— É o tal código que Scott mencionou mais cedo?

— Exatamente este. Proteger aqueles que não podem se proteger. — Malia entra no quarto e senta na beirada da cama — Mas Isaac viu quem ele precisava proteger integralmente. Scott. Esse era o desejo de Allison, e nessa ambos sentiram que não poderiam deixar um ao outro. E assim o amor nasceu.

— Ual, realmente muita coisa aconteceu. — Malia assente com a cabeça. — Enfim. Você tem certeza que eu posso deixá-los lá?

— Tente descansar. De onde você veio, muita coisa deve ter acontecido. Qual era o nome do lugar mesmo?

— Storybrooke.

— É. Completamente estranho.

— Não estranhe... Mas e você? Não vai ficar?

— Não hoje. Vou continuar na floresta pela noite e amanhã volto para casa. Mas talvez eu venha amanhã para ver como você está.

— Bom então boa noite para você.

— Boa noite Ruby. E não esquenta. Você vai achar seu caminho para casa. Mesmo estando em outro reino. Nós damos um jeito. Como sempre.
Ruby sorri timidamente e Malia sai pela porta e a fecha.


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Notas finais do capítulo

Volto a dizer que críticas e sugestões eu aceito tranquilamente.



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