Regina dá o primeiro passo. A sala estava um tanto escura, abafada e apertada. Regina usa sua magia para acender algumas tochas. Do chão ao teto, as paredes da pequena sala eram lotadas de caixas pequenas com um coração dentro de cada pulsando. O ar denso daquela sala era o mesmo de um corredor estreito de estantes de livros em uma biblioteca antiga. Snow faz uma certa careta ao analisar a cena onde ela esperava uma múmia sair de qualquer lugar a qualquer instante. Anastasia se aproxima de uma das paredes para analisar melhor o conteúdo das caixas.

— Como eles ainda pulsam? — Questiona Ana.

— Tudo ainda por magia. Típico de minha mãe mas mesmo assim tem algo de errado por aqui.

Snow negava a si mesma porém ela sentia a presença de Cora naquele lugar. Ela não se sentia bem com isso.

— Regina eu não acho que sua mãe ainda guarde o coração dela aqui. Depois do que aconteceu.

— Como assim?
Snow encarava uma caixa pulsante com o nome de Cora.

— Isso seria impossível se o coração dela já está com ela.

— Espere um pouco. — Disse Regina. Ela pressiona a caixa para dentro até algo começar a brilhar. Um certo tremor toma conta da sala apertada e as caixas, começam a se deslocarem entre si para o lado, para baixo, se deformando e construindo uma passagem para outra sala ainda maior. Ana fica impressionada.

— Will e eu nunca tivemos tempo de olhar por todos os cantos do castelo. Talvez haja mais a ser descoberto do que se imagina.

A sala era espaçosa e com janelas altas, haviam um divã e uma mesa com acessórios para poções. Os olhos de Regina brilharam. Finalmente algo que seja realmente útil para ela.

— Você sabe como usar isso, Regina?

— Mais ou menos. Algumas receitas estavam em um dos livros dentro do meu cofre. Mas outras eu sei de cabeça e consigo fazer com os ingredientes certos.

Um espelho que ocupava o tamanho de uma parede inteira chamou a atenção de Regina, junto com uma roca de fiar onde parte do fio estava transformado em ouro. Regina fica curiosa pois ela nunca suspeitou que sua mãe tivesse esse hobby. Um hobby tão cara de Rumpelstinski. Regina solta um riso irônico ao lembrar de Rumple. O temido Dark One, morto. Claro que apenas ele que poderia se destruir. Mas Regina tinha suas dúvidas sobre Rumple.

— Regina, olhe! — Exclama Snow.

— O que?

— Esse chapéu pendurado ali era um dos que Jefferson fazia. É o estilo dele.

— De fato. Pegue-o. Talvez possamos usar um dos feitiços de localização para rastreá-lo.

A sala instantaneamente se tornou um silêncio abafado e pressurizado demais para a cabeça de Regina.

— Regina!

— O que houve? — Pergunta Regina a Snow levando um susto.

— Regina! Regina!

— Pare de gritar o meu nome, eu estou aqui na sua frente. — Algo estranho estava acontecendo. Como se o mundo estivesse se desfazendo sob os pés de Regina. — Snow?

Um clarão foi surgindo aos poucos e...