Mudanças involuntárias escrita por Ani


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Mais um Capitulo espero que gostem.
eu mudei a classificação para 16 anos, espero não ter prejudicado ninguém.
Comentem!!!!
Vou adorar saber o que vocês acharam.



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O percurso até o apartamento foi rápido ele não ficava muito longe. Em pouco tempo já estavam entrando no mesmo, ambos sorriam ao entrar no local Sara por finalmente se sentir em casa e Grissom por poder estar ali sem aquela aura deprimida que sempre lhe acompanhava.

Ele havia dito a verdade a casa estava do jeito que havia deixado, inicialmente ele havia conservado a casa da mesma forma porque sabia que Sara gostava de como ela era e não queria que ela visse mudança alguma quando voltasse mas infelizmente não conseguia ficar muito tempo naquele local sem que lembranças o atingisse e o machucasse por serem apenas lembranças. Então contratou uma pessoa para manter o local limpo e conservado e passou a morar no apartamento que sua mãe junto com a mesma, sua mãe ficou feliz por sua presença mas triste pelo motivo. Conforme o tempo foi passando e as esperanças de uma melhora se Sara se esvaindo frequentar aquele apartamento passou a ser de alguma forma menos dolorido do que a realidade sem ela.

Os dois ali juntos naquele apartamento como a muito não acontecia, era com se nada tivesse acontecido, como se tivessem acabado de chegar de mais um dia cansativo de trabalho.

Eles andaram por toda a casa em silêncio visitando cada comodo deixando o quarto por último, optaram por ficar ali mesmo deitados na espaçosa cama juntos ouvindo musica clássica aproveitando a companhia um do outro não era preciso nada ser dito. Sem perceber Grissom acabou pegando no sono com Sara deitada em seu peito, ela ficou o observando por longos minutos para depois adormecer também.

Ambos despertaram algum tempo depois com o toque insistente de um celular, era o de Sara que estava no bolso de sua calça de moletom. Não olho o identificador de chamadas apenas atendeu.

– Sara.

–Até que enfim Sara. Onde você está?

– Leni?

– É sou eu. O que aconteceu? meu amigo não te encontro.

– Acho que é porque ele chegou muito atrasado e eu não estava mais lá. Estou na casa de uma amigo -disse olhando para Grissom que acariciava seus cabelos enquanto observava ela falar.

– Nossa menos mao, achei que tivesse acontecido algo ruim mas ainda bem que estava enganado.

– Não se preocupe Leni - disse sorrindo achando graça de sua preocupação.

– É inevitável - também sorria - Quer que eu vá te buscar?

– Me buscar... - repetiu a pergunta para que Grissom a ouvisse e em resposta ele balançou a cabeça negativamente - Não precisa meu amigo vai me levar.

– Ok então vou deixar você se divertir, até mais tarde.

– Até.

– Quem é Leni? - questionou Grissom assim que ela finalizou a ligação e colocou o aparelho na mesa de cabeceira.

– Filho de um amigo do Enry ele mora conosco.

– Hum interessante - disse se aproximando e roçando nos lábios um do outro dando leves selinhos e lentamente chupando e dando mordidas lentas e suaves ficaram nessa brincadeira por um tempo antes de capturarem os lábios um do outro em um beijo calmo , um apreciando a textura dos lábios do outro mas quando Sara aprofundo o beijo ambos se perderam nas sensações. Gentilmente ele separou as pernas dela sem interromper o beijo e se acomodou entre elas sem deixar muito de seu peso nela, as mãos de ambos passeavam pelos corpos conhecidos . Sara rodeou o pescoço dele com o braços e puxou os cabelos dele aprofundando ainda mais o beijo e ambos deram um gemido de prazer. Grissom desceu um pouco suas mãos acariciando as coxas dela logo depois as apertando recebendo como resposta mais um gemido porém não era de prazer, ele rapidamente se afastou dela a olhando com preocupação.

– Desculpe queria, eu te machuquei?

– Não... Não foi nada, minhas pernas só estão um pouco sensíveis... Não se preocupe Grissom - completo ao ver seu olhar de preocupação.

– Tem certeza?

– Sim. Agora vem que eu quero matar a saudade que sinto de você - disse o puxando pela camisa para se deitar sobre ela novamente, ele foi para agrada-la mas não como antes, ele a beijou com calma mantendo ao mão apoiadas no colchão ao redor dela e quando ela tentou aprofundar o beijo ele se esquivou sutilmente encerrando o beijo.

– Esta com fome? - disse com os lábios próximos aos dela.

– O que? - disse com a respiração um pouco descompassada.

– Perguntei se está com fome,

– Não faz isso tá - e se aproximou roçando seus lábios nos dele - Eu disse que não foi nada.- disse e tentou capturar os lábios do amado mas conseguiu apenas roça los novamente.

– Eu sei, eu ouvi.

– Então porque está fazendo?

– Só não quero que faça esforço desnecessário - quando ela ia rebater ele uniu seus lábios rapidamente e se levantou em seguida já pegando o celular do bolso e se dirigindo a saída do quarto - vou pedir comida.

Mas na verdade precisava ficar um pouco longe ou cederia aos pedidos dela.

Frustrada a unica coisa que Sara pode fazer foi descontar sua raiva nos travesseiros que eram a única coisa que conseguia alcançar porque estava presa aquela cama e não podia ir a lugar nenhum nem mesmo atrás de Grissom, que estava tão próximo, para tirar satisfação pelo que ele acabou de fazer, e isso a irritou mais ainda e quando percebeu já estava chorando de raiva e no mesmo momento que notou isso limpou as lágrimas rapidamente e segurou o choro. Era melhor deixar para chorar em seu travesseiro onde ninguém a vera e não terá ninguém para sentir pena dela. Isso mesmo pena, esse era o sentimento que via no olhar de todos que a cercavam. “A coitadinha da mulher que ficou cinco anos em coma, o amor da sua vida a trocou por outra e para completar ainda estava invalida dependendo de estranhos porque não tem família.”Quando achou que Grissom a queria, com todos aqueles beijos e toques, após tanto tempo e mesmo estando com outra percebeu que se enganou redondamente. Porque não seria como era antes, fazer amor, e pelo visto isso o incomodou. Ele não a queria mais. A constatação disso fez com que um buraco nascesse em seu peito e mau conseguia respirar.

Decidiu ir embora não queria se desmanchar em lágrimas na frente dele para que sinta mais pena ainda dela. Sua cadeira não estava muito distante da cama apenas uns dois passos se conseguir ficar em pé por mais que meros dois segundos, como havia ficado na sua última sessão com Jon, poderia puxar a cadeira e se sentar e depois ir para casa, pegaria um táxi e quando chegasse lá Lani pagaria é o mínimo que ele pode fazer pelo atraso do seu amigo.

Se arrastou até a beirada da cama ficando bem perto do criado mudo então com certa dificuldade colocou sua perna esquerda para fora da cama logo depois fez o mesmo com a direita, então aos poucos foi se arrastando para o pé da cama quando chegou lá respirou fundo e antes de se levantar pode ouvir o interfone, a comida deve ter chegado, mas se concentrou na sua tarefa. Só conseguiu ficar em pé na quinta tentativa, agora era só esticar a mão e puxar a cadeira mas quando fez isso suas pernas, que tremiam, fraquejaram e acabou indo ao chão, como sua mão esquerda estava puxando a cadeira a mesma também foi ao chão e ela acabou batendo a cabeça na cadeira e depois caiu ao lado dela com um grito de dor que não conseguiu reprimir.

Grissom que terminava de arrumar a mesa para almoçarem, ao ouvir o barulho e o grito rapidamente foi ao quarto encontrando Sara caída ao lado de sua cadeira de rodas, que também estava no chão, com a mão na cabeça.

– Sara!!! - disse se aproximando, a pegando no colo e a colocando na cama - o que aconteceu querida?

– Nada eu só me desequilibrei - disse em olha-lo.

– Deixe eu ver isso - disse colocando a mão sobre a dela que ainda permanecia sobre a testa.

– Não foi nada, só bati na queda - disse se desviando das mãos dele, e logo deu um resmungo de dor pelo movimento brusco.

Ele suspirou e puxou com um pouco de força a mão dela assim a obrigando a deixa-lo ver o estrago.

– Acho que não precisará de pontos - disse examinando o corte ensanguentado a cima de seu olho esquerdo - mas precisará de um curativo. Não se mexa eu já volto.

Ele entrou no banheiro e logo saiu com o que precisava e começou a trabalhar no curativo. Sara o encarava enquanto fazia seu trabalho concentrado ele percebendo o olhar sobre si a encarou e sorriu mas em troca recebeu apenas um sorriso amarelo.

– Está doendo querida?

– Não - na verdade estava apenas ardendo mas não queria prolongar o assunto.

– Você ia ao banheiro? - pergunto voltando a trabalhar no curativo.

– Não.

– E por que se levantou sem me chamar?

– Eu não queria a sua ajuda - saiu antes que ela pudesse medir suas palavras. Imediatamente ele a encarou novamente, sem entender o porquê.

– Posso saber o motivo?

– Só não queria ajuda. - disse apenas o encarando.

– E você pretendia ir a algum lugar específico? - Grissom estava começando a se aborrecer com a forma que ela estava lhe respondendo.

– Sim.

– E para onde ia?

– Para casa.

– Por que?

– Porque eu quero.

– Mas você não vai agora, vamos almoçar antes - disse se irritado com a atitude infantil e mimada dela.

– Eu não estou com fome.

– Mas vai comer ou ficará aqui até ter fome e comer. - ele a encarou severamente até ela desviar o olhar sem questiona-lo, após terminar o curativo ele a colocou na cadeira e a guiou para a cozinha acomodando sua cadeira onde ficava uma das cadeira da mesa..

Ela ficou alguns segundos olhando o pedaço de lasanha vegetariana que ele havia colocado em um prato a sua frente. Era sua comida preferida, mas queria tanto ir embora que nem se importava. Antes de pronunciar mais uma vez que queria ir embora olhou para Grissom e percebeu que ele acompanhava cada um de seus movimentos e ao deduzir o que ela diria apenas levantou a sobrancelha sugestivamente. Isso a calou de imediato, e comeram em silêncio cada um com seus pensamentos. Por mais que pensasse Grissom não conseguia entender o porquê dela estar agindo daquela forma, a não ser pelo que ouve no quarto logo após acordarem, isso com certeza era isso, pensou, mas não havia motivo para ela ficar com tanta raiva afinal futuramente quanto estiver mais recuperada não faltará oportunidades de fazerem amor.

– Já terminei - disse Sara o tirando de seus pensamentos - Você poderia pegar o meu celular, eu o deixei na mesa de cabeceira.

– Porque está agindo dessa forma?

– Eu só quero ir embora.

– Por que? Porque nós não fizemos amor?

– Não é só por isso.

– Por que então?

– Porque você não me ama...

– O que? - disse se levantando e indo até ela, sentando em uma cadeira que estava mais próxima a ela - É claro que amo Sara, de onde tirou isso querida?

– Cinco anos é muito tempo Grissom.

– Mas não pra mim..

– E a Sofia?

– O que tem ela ?

– Você ama ela ?.

– Não, ela me ajudou em um momento muito difícil e acabamos nos envolvendo. Mas quem eu amo é você Sara - disse colocando o rosto dela entre suas mãos - sem você eu não conseguia respirar e ela é como minha bomba de oxigênio que substitui mas não é a mesma coisa. Nunca será. Nunca vou amar alguém como eu te amo querida.

Ele se aproximou e capturou seus lábios em um beijo calmo passando através dele tudo que sentia por ela. Encerraram o beijo apenas quando precisaram respirar mas não se afastaram mantiveram suas testas unidas.

– Você pode não ama-la mas é com ela que você está.

– Sim estou, mas não por muito tempo - ele se afastou um pouco para ver a reação dela quando disse se - o último mês foi muito esclarecedor para mim e decidi deixar a Sofia. Não faz sentido ficar com ela se quem eu amo é você querida.

Ela nada disse ficou apenas o olhando, ele disse tudo que ela queria ouvir mas por algum motivo essas palavras não a deixou feliz como gostaria afinal no momento ela era uma mulher com limitações e isso o faria ser um homem limitado, não queria isso para ele mas também não quer ficar sem ele.

– Você tem certeza? - disse alisando o rosto barbudo e encarando os olhos azuis.

– Mais do que tudo na vida - disse sorrindo - falarei com Sofia hoje mesmo querida.

Ela sorriu feliz em saber que logo ele seria somente dela novamente. O restante da tarde passou rapidamente com um apreciando a presença do outro. Cerca de duas horas antes de seu turno começar Grissom levou Sara para casa mas antes pegou o número de seu celular prometendo ligar em breve quando se despediram.

Quando chegou em sua casa naquela noite não encontrou Sofia então tomou banho se arrumou e rapidamente se dirigiu ao laboratório. Conversaria com ela amanhã. Antes de descer do carro para entrar no laboratório ligou para Sara para desejar boa noite.

Seu turno passou rapidamente e quando voltou para casa, no momento em que abria a porta seu celular tocou era Sofia viu pelo número no identificador.

– Oi Sofi acabei de chegar..

– Desculpe mas não é a Sofia - disse a voz de um homem.

– Quem é ? E o que faz com o celular da Sofia?

– Sou Jonathan enfermeiro, Sofia deu entrada aqui no hospital ontem e estou tentando entrar em contato com algum parente

– O que? Como? Ela está bem? - disse preocupado.

– Ela está bem sim, você foi a última pessoa que ela entrou em contato você é parente dela?

– Sim sou namorado dela.

– Poderia vir até aqui a médica responsável gostaria de falar com você.

– Ok já estou indo, pode me passar o endereço?

– Sim claro, fica...

Assim que chegou no hospital uma enfermeira o levou até o quarto onde Sofia estava em observação dizendo que logo a médica viria. O supervisor se sentou em uma cadeira próxima a cama e ficou observando a loira por um tempo, ela parecia bem estava apenas um pouco pálida. O que deve ter acontecido para ela estar aqui, pensava temendo que algo de ruim possa ter acontecido a ela.

– Gris? - disse olhando na direção dele com os olhos semi serrados.

– Estou aqui.

– O que aconteceu?

– Não sei, me ligaram dizendo que você estava aqui. Se lembra do que aconteceu?

– Não exatamente, eu estava no mercado comprando algumas coisas e tudo ficou escuro...

– Deve ter sido uma queda de pressão. Não é nada.

Foram interrompidos pela médica que antes de entrar deu leves batidas na porta.

– Boa noite, você deve ser Grissom o namorado certo?

– Sim.

– Sou a Dr.Grit, bom como devem ter percebido não foi nada de mais apenas uma queda de pressão e você está com um leve caso de anemia mas é normal em alguns casos no início de uma gravidez, mas não se preocupe lhe receitarei algumas vitaminas e é essencial ficar alguns dias em repouso.

– Gravidez? Eu estou gravida?

– Sim - disse os encarando desentendida, mas depois deu um leve sorriso - E pelo visto vocês não sabiam, desculpem, você está de seis semanas meus parabéns.

– Isso é maravilhoso! ! Vamos ter um bebê Gris!

– Um bebê...


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Notas finais do capítulo

Então gostaram ???



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