Princesa industrial escrita por AmanteSolitária


Capítulo 10
Minha casa, minhas regras.


Notas iniciais do capítulo

ta aí gente. O primeiro cap de hoje. Assim que tiver dois ou mais comentários eu posto o próximo. Obrigada a Mandy Hunter e Sol Azevedo por comentarem o cap.



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Na quarta-feira fui direto para o apartamento de Felipe. Toquei a campainha e aguardei. Depois de dez minutos liguei em seu celular:

–Desculpe, princesa. Eu já estou quase chegando. Tive que passar num lugar antes. A chave está embaixo do tapete. Pode entrar. Beijo. - Foi uma ligação rápida e eu nem tive tempo de falar antes que ele desligasse.

Entrei no apartamento. Coloquei minha mochila no sofá e fui lavar o pouco de louça que tinha na pia. Quando estava enxaguando o ultimo prato, senti alguém me abraçar por trás e arrepiei. Virei de frente para Felipe e o beijei. Ele me levantou e me colocou sobre a bancada se afastando. Ele terminou de enxaguar o prato.

–Ei! Isso foi golpe sujo. - Olhei para ele.

–Minha casa, minhas regras. Você não lava louça aqui, mocinha. - Respondeu olhando para mim.

–Estava só passando o tempo até você chegar. E nem era tanta coisa assim.

–Agora eu cheguei e nós vamos almoçar. - Ele pegou dois pratos e os secou. Abriu a sacola que tinha trazido. Comemos e assistimos um filme. No meio do filme eu decidi falar.

– Eu não quero. - Disse. Ele pausou o filme e olhou para mim. - Eu não quero passar o final de semana inteiro sozinha com ele naquela casa. Ele deixou bem claro que vai forçar a situação.

–Calma. Como assim? Que casa? Quando? Me explique direito, Milena.

–Nós temos uma casa. Eu e ele. Os pais dele nos deram no dia do noivado. Eles trancam todos os quartos e nos obrigam a dormir na mesma cama todos os finais de semana. Nós ficamos lá sozinhos. No domingo, depois que você me deixou em casa, eu discuti com ele e ele deixou bem claro que se eu não deixasse ele me tocar por vontade própria ele forçaria. Foi por isso que eu decidi olhar o contrato no dia seguinte. Eu não quero ir, mas não tenho muita escolha. - Meus olhos marejaram.

–Princesa, eu sinto muito. Eu queria poder fazer alguma coisa, mas nessas circunstancias eu posso acabar preso. Eu queria poder ter você só para mim, mas pelo visto alguém chegou antes e estragou tudo. Você vai conseguir passar por isso. Eu sei que vai. Eu entreguei uma copia alterada para o meu professor e ele está trabalhando nela agora mesmo, mas por enquanto não tem muito que eu possa fazer. - Ele me puxou pra perto e acariciou a minha cabeça.

Ficamos daquela forma até acabar o filme. Eram quase cinco horas quando ele me deixou em casa. Eu entrei, fiz as tarefas, tomei banho e desci para o jantar. Os pais de Felipe estavam lá. Escutei a mãe dele falando com ele ao telefone. Assim que ela desligou o telefone eu entrei na sala.

–Milena, minha querida. Como você está? - Eu adorava a mãe de Felipe, ela era sempre tão gentil.

–Estou bem, e você senhora Donavan? - Dei um beijo em sua bochecha.

–Você sabe que pode me chamar de Linda. Eu estou bem querida. Felipe está a caminho. Vai ser bom vocês se encontrarem, faz tanto tempo que não se veem.

–Com toda certeza, Linda. Agora se me dão licença, eu não sabia que tinhamos visita.

Subi para o meu quarto, me troquei (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=167688459) e desci para a sala novamente. Felipe já estava lá. Quando me viu, ele me olhou de cima a baixo e sorriu. Quando todos nos levantamos para jantar, ele se aproximou de mim e disse no meu ouvido:

–Eu sei que você não gosta desse papel de princesinha do papai, mas você fica linda assim. - Sorri.

Sentamos lado a lado na mesa de jantar. Meus pais sentaram um em cada ponta da mesa e os pais de Felipe sentaram a nossa frente.Felipe colocou a mão por cima da minha embaixo da mesa e eu entrelacei meus dedos nos dele. Minha mãe começou o assunto do casamento.

–Estamos todos muito felizes com o noivado. - Felipe apertou minha mão e a soltou. - Apesar de acharmos que ela é muito nova para casar. De qualquer forma, Miguel vai manter a casa com o emprego que já possui e nós vamos bancar a faculdade e metade dos custos do casamento. Será ótimo para todos nós. - Sorri com sarcasmo. Para mim aquele casamento não era ótimo. - Hoje fui olhar algumas igrejas e alguns locais para a festa. Estou pensando em agendar para a semana seguinte ao aniversário de Milena. Será uma grande festa.

–E quando você pretendia me contar a data do meu casamento? Aliás, quando me perguntaram se eu queria me casar? - Disse já revoltada. Felipe abaixou a cabeça.

–Não é mais uma questão de querer, Milena. Ninguém me perguntou se eu queria ser avô. - Disse meu pai começando a se irritar. Felipe olhou para mim abismado. Eu encarava meu pai. Estava com a boca aberta sem saber exatamente o que dizer.

–É essa a desculpa que você está dando para as pessoas? Que eu estou grávida e por isso vou me casar com Miguel? Ai meu deus, pai. Você passou dos limites. Linda, senhor Donavan, eu realmente não sei o que meus pais falaram para vocês, mas eu não estou grávida. Eu estou me casando pura e simplesmente por conta da ganância dos meus pais. Eles estão me obrigando a casar com alguém que eu acabei de conhecer apenas para ficarem mais ricos. Sinto informar a vocês, mas seus amigos não sabem o que é querer apenas a felicidade da filha deles.

–Besteira, Milena. Nós queremos que você seja feliz, é por isso que estamos garantindo um futuro para você. - Disse minha mãe calmamente.

–É isso que você diz para si mesma antes de dormir? É uma boa desculpa para ficar com a consciência tranquila.

–CHEGA, MILENA. - Gritou meu pai. - Você já foi longe demais esta noite. Cale-se antes que eu te tranque no quarto até o dia de seu casamento. Você não tem escolha. Você vai se casar com Miguel de qualquer forma. Você é só uma criança e não entende a vida como ela é.

Abaixei a cabeça e meus olhos marejaram. Depois disso o clima ficou pesado. Comi pouco e meus pais se esforçavam para fazer os assuntos durarem. Assim que terminamos, dispensaram a mim e a Felipe e foram conversar no escritório. Meu pai provavelmente inventaria uma grande historia e eu sairia como a garotinha mimada e grávida que não gosta de obedecer.

Eu e Felipe fomos ao meu quarto. Tampei a câmera de segurança com uma meia. Me virei para ele para me desculpar, mas ele se adiantou:

–Desculpe por não ter falado nada durante o jantar, mas se eu falasse qualquer coisa iria nos expor e você ficaria em sérios problemas. Você está grávida ou não? Eu estou confuso. Nada disso faz o mínimo sentido. Eu já li aquele contrato diversas vezes e não encontro nenhuma brecha, é quase como se ele já existisse antes e tivesse sido apenas reescrito. Eu não gosto nem de pensar o que aquele monstro vai fazer com você neste um ano. E cada vez que penso nisso eu queria mais e mais estar no lugar dele para poder te proteger. Acho que eu sempre senti algo por você, pela verdadeira você, mas nunca percebi. Eu quero você só pra mim ao mesmo tempo que sei que isso nunca vai acontecer. Eu não sei o que eu faço.

–Desculpe por ter feito aquela cena no jantar, eu não queria que aquilo acontecesse. Não, eu não estou grávida e é estranho pensarem isso. Você tem razão, nada disso faz sentido e cada dia que passa faz menos sentido ainda. E eu também tenho a sensação de que sempre senti algo por você, mas nunca percebi. Eu só quero poder estar com você. - Eu me aproximei, mas sabia que a qualquer segundo algum dos seguranças invadiriam meu quarto para descobrir porque a câmera não estava funcionando. Pedi para Felipe entrar no closet e tirei a meia que cobria a câmera. Entrei no closet. - E eu sei que isso é péssimo, mas é o único jeito de te tocar do jeito que eu quero. - E o beijei.

–Você sabe que meu apartamento está sempre a disposição, não sabe? - O ouvi sorrindo.

–E você sabe que neste momento eu estou na minha casa e… - Me interrompi. - Tive uma ideia.

Saí do closet, tampei a câmera novamente enquanto Felipe saia do quarto. Numa folha de papel escrevi: “Mãe, sinto muito, mas preciso de um tempo pra mim. Vou dormir na casa da Ana esta noite. Felipe me deu carona. Volto amanha a tarde. Mais uma vez desculpas. Milena.”. Mandei uma mensagem para Ana pedindo que me cobrisse, peguei uma muda de roupa e desci as escadas montando na moto de Felipe. Entramos no apartamento de Felipe:

–Sinto muito, senhorita Depuleto, mas você será só minha esta noite. - Disse Felipe tirando minha mochila e desligando meu celular.

Ele me abraçou por trás e beijou meu pescoço. Me virei para ele e abracei seu pescoço. Ele me levantou e me levou até o quarto me deitando na cama. Ele ficou sobre mim e me beijou. Esse foi apenas o começo de uma ótima noite.


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Notas finais do capítulo

Gente, por favor me falem o que estão achando... Eu estou mudando muita coisa e queria saber a opinião de vocês.



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