CARTAS DE BARALHO

Acreditas em destino? Reencarnação? Dom? Ligação entre almas? O poder que um ser humano é capaz de ter? Bem, cada um possui o seu talento mais especial, mas à certas pessoas nesse mundo que são diferente, que esse dom chega a um nível acima do possível para outras pessoas.

Não se sabe a quanto tempo "eles" existam, talvez seja desde o início da humanidade, e a cada geração eles se renovam, porém o espírito sempre é o mesmo. Há uma grande ligação espiritual entre eles, e cada um possui um dom a um nível tão elevado que chega a ser sobrenatural, absoluto. Pense nas cartas de um baralho: O Ás de Espadas tem o dom assassiner, assassinato. Se ele escolhe alguém para matar, não importa o que faça, ele não vai parar até que o escolhido morra. O Às de Paus tem o dom l'esprit, mente. Consegue saber facilmente o que a pessoa pensa apenas olhando as expressões........ E assim se segue.

Cada carta de baralho, que não seja um mero número, tem um dom, do qual é vinculado ao espírito, á alma, mas, para que propósito? Qual o objetivo deles? Para o que eles existem? Bem, isso dependerá de quem coloca as cartas. A pessoa acima de todas elas: A Cartomante.

A Cartomante é a única pessoa no mundo imune aos dons das cartas e tudo que ela as ordena é absoluto, a carta é incapaz de desobedecê-la, independente do própria vontade. A cada geração surge uma nova Cartomante e a partir de determinada idade ela possui as memórias de suas antecessoras e seu objetivo é ter as cartas dos nipes sobre seus comandos. O que faz com elas? Ela mesma que decide.

"Espere, foi dito 'nipes'?" Sim. Não são todas as 17 cartas não numeradas que surgem de uma vez em cada geração. Só pode haver uma carta de cada nipe, por exemplo, um rei de espadas, uma rainha de copas, um valete de ouro e um valete de paus. Quando uma carta de determinado nipe morre, surge uma outra do mesmo nipe, e não necessariamente o mesmo tipo de carta. Se um Ás de copas morre, pode ser que surja um Valete de Copas no seu lugar, mesmo podendo estar vivo algum outro valete.

Entretanto, apenas uma carta em todos os "ciclos" se repete. A única que vale por todas e não possui um nipe: o Joker (Curinga/Coringa). O dom do Joker é o mesmo da própria carta num jogo de baralho, ou seja, "ser" qualquer um. Em outras palavras, ele é "O Imitador". Porém, tal carta tão poderosa, que é capaz de imitar até mesmo sua mestra (A Cartomante) é difícil de ser encontrada.

Uns séculos atrás, houve um desentendimento entre o Joker e a Cartomante. A carta se recusou de obedecer as ordens dela e então, imitando um feiticeiro ele rompeu o laço e se libertou, porém, colateralmente, após sua morte, assassinado por uma das cartas por ordens da Cartomante, ele não era mais capaz de reencarnar, tornando-se uma alma solta, sem corpo fixo. A partir daí, de tempos em tempos a alma do Joker se instala em alguém mesmo a pessoa não sendo predestinada e, na maior parte dos casos, não faz a menor ideia de que é uma Carta, apesar de involuntariamente imitar certos dons às vezes.

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??????: O que está fazendo?

Yuzo

Eu estava tão distraído lendo que nem notei Valete chegar. Tenho que para com isso... Quer perder a vida, sr. "Estrategista"?

Yuzo: Apenas "xeretando". Sou curioso. (*Nat: Eita, menino "inocente"!)

Valete: Tsc! Me fale a verdade (xi! Lá vem ele querendo me manipular...), qual é o seu--

Cartomante: Ora, o que os dois rapazes fazem aí?

Yuzo: (Salvo pelo gongo!) Desculpe, sei que eu devi ter saído, mas acabei me distraído aqui. Sabe como sou.

Cartomante: Se sei, criança... Mas devia ir logo. Temos assuntos para resolver.

Yuzo: "Coisas de adulto", saquei, sei quando tenho que "sair de cena". Aliás, quem escreveu esse livro? - o mostrei sem receio algum.

Cartomante: Uma das minhas encarnações anteriores.

Yuzo: Entendi... E onde anda o Joker? Hum?

Rei: Não mencionamos esse traidor aqui.

Olhar do Rei foi assustador. Será que ele é um pouco puto com esse assunto por que não pode achá-lo? Pelo o que eu li, mesmo sem notar o Joker pode copiar a habilidade da Cartomante, inclusive ser imune ás outras cartas.

Yuzo: Certo, entendi, foi mal. Bem, até. Já paguei o que tinha que pagar, então, Tchau.

Coloquei o livro de volta na estante e segui entre eles em direção á saída. Sem que eles percebessem, deixei cair um mini robô com microfone. A distância pra eu captar o que ele pega é de menos de 500 metros, mas dá pra eu pegar um pouco na saída do prédio e captar a converça deles:

"Cartomante: Então? Quanto tempo dará para você encontrar uma outra carta de Ouros, Rei?"

"Rei: Creio que algumas semanas."

"Valete: Que merda ela morrer tão facilmente..."

"Ás: Tá putinho, Valete?"

"Valete: Cale a boca!!"

# Som de espada sendo tirada de bainha (eita! TRETA!)

"Cartomante: Por favor, Não usem seus dons uns contra os outros."

"Valete + Ás: Sim..."

"Cartomante: Além disso, o trabalho de vocês não está 100% Quero certeza de que nenhum dos alvos esteja vivo."

É... Realmente a Cartomante ordenou a morte. Os adultos sempre preferem que as coisas sejam resolvidas mais rápido e com eficiência, qual seria outra opção, não é mesmo?

Vou ter que pagar um táxi agora, então segui andando e programei pro robô me achar. Tive trabalho pra fazê-lo e não seria legal se descobrissem que fiquei bisbilhotando a vida alheia. Olhei para aquele céu sem estrelas. Não é nada bonito como em alguns jogos de fantasia que jogo. O universo é belo, mas não pode ser visto por essas pessoas que se escondem das trevas usando luzes artificiais.

Yuzo: Tenho certeza que você iria querer me arrebentar se soubesse o caminha que segui, irmã... Ei? Você não concorda, de que ela me faria em picadinho? Hum, sim...