Chaos escrita por Eduardo Mauricio


Capítulo 1
Prólogo




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Emma Blair caminhava pelo píer de madeira de um porto em Miami, na Flórida. Estava indo em direção ao cais, perto de onde estava estacionando o grande barco onde ela viajaria. Aquele era um grande dia, pois estava prestes a desvendar um grande mistério da humanidade. Ela e sua equipe tinham quase certeza de que sua teoria era verdadeira e, depois de meses de pesquisa, finalmente estavam no caminho certo para provar seus métodos.

Ela avistou alguns de seus colegas conversando, perto de uma pequena escada que levava ao grande barco. Três homens e uma mulher.

- Ei, Emma! – Um deles exclamou ao vê-la. Seu nome era Matt Richards – Finalmente!

- Desculpem-me, eu tive que dar uma palavrinha com a professora do Jack – Disse ela.

- E então, animada? – Perguntou Gwen, uma mulher de pele morena e cabelos negros.

- Nunca estive tão animada!

- Nunca esteve? – Louis, outro dos amigos dela, que estava bebericando uma garrafa de cerveja, brincou – Nossa, sua vida é cheia de emoções, hein?

- Cale a boca, isso é importante! – Retrucou ela, sorridente. Louis era um palhaço mesmo.

- Caramba, cadê o Joey? – Gwen perguntou.

- Eu liguei para ele há alguns minutos, estava saindo de casa – Respondeu Ezra, um homem alto de cabelos castanho claro.

- E demora tanto assim para chegar aqui?

- O cara mora do outro lado da cidade, Gwen, não se preocupe, ele está chegando – Matt respondeu.

- Eu espero.

- Os mergulhadores já chegaram? – Emma perguntou.

- Sim, estão lá dentro.

- Vamos conhecê-los – Disse Gwen, segurando a mão dela – Tem um deles que é um gato.

- Até aqui você precisa me arranjar alguém?

- Eu não disse que era pra você – Ela sorriu maliciosamente e, em seguida, as duas subiram as escadas, entrando no barco.

Matt, Louis e Ezra continuaram conversando.

- Você deveria ir falar com ela, cara – Disse Louis.

- Vocês acham? – Ezra perguntou.

- Claro – Respondeu Matt – Essa viagem é perfeita, ela vai estar animada, você também, vai que rola alguma coisa.

- Eu não acho que isso tenha futuro.

- Tá – Louis revirou os olhos – Ela é muita areia pro seu caminhão, mas você pode dar um jeito... Só... Compra um caminhão maior, sei lá – Deu um um gole em sua cerveja.

- Muito engraçado – Ezra deu uma risada falsa e logo ficou sério novamente.

- Ah, olha quem chegou! – Exclamou Matt, ao ver chegar o último cientista que faltava, Joey.

Joey caminhava pelo píer em direção à eles, usando sandálias, bermuda de tecido e camiseta sem mangas.

- Não sei você sabe, mas não estamos indo pra praia não, ok Joey? – Zombou Louis.

- Nem para uma festa, Lou – Ele retrucou, dando uma olhada na roupa de Louis. Calça jeans, sapatos e uma camisa branca, sem estampas.

Louis deu uma risadinha e voltou a beber sua cerveja.

- Onde estão as garotas?

- Já estão no barco – Matt respondeu.

- Então, vamos entrar? – Ezra perguntou.

- O motorista ainda não chegou – Louis respondeu, jogando sua garrafa de cerveja em um lixeiro a alguns centímetros deles.

- Primeiro, é piloto – Matt corrigiu – E segundo, ele está bem atrás de você.

- O que?

Louis olhou para trás e deparou-se com um homem alto com um boné verde na cabeça.

- Puta que pariu! – Ele exclamou – Que susto.

Os outros caíram na gargalhada, assim como o piloto do barco.

- Pois é – Disse o homem, sorrindo – Então, vamos entrar?

- Sim, vamos.

Os cinco homens entraram no barco. O piloto foi o último a entrar, guardando a pequena escada que formava o caminho até o interior.

***

O interior do barco não era muito grande. Havia alguns bancos de madeira e uma pequena mesa para colocar papéis e outros materiais de pesquisa. Gwen, Emma e dois mergulhadores estavam sentados em bancos do lado esquerdo, conversando e rindo. Ezra, Louis, Matt e Joey sentaram em bancos do lado esquerdo.

- Garotos, esses são Ryan e Jake – Gwen apresentou – Ryan e Jake, esses são Ezra, Louis, Matt e Joey – Ela disse, apontando para cada um dos homens.

Eles se cumprimentaram com apertos de mãos.

- Então, qual a teoria de vocês? – Perguntou Jake, um dos mergulhadores.

- Elas não contaram? – Louis estranhou.

- Ah, não, nós estávamos conversando sobre outra coisa – Ele olhou de lado para as garotas. Elas acharam engraçado.

- Então – Matt começou – Nós achamos que os constantes desaparecimentos estão relacionados ao gás metano presente no subsolo oceânico dessa região.

- É – Ezra continuou – A liberação do metano reduz a densidade da água, fazendo com que os barcos percam a sustentação.

- E quanto aos aviões? – Perguntou o mergulhador.

- O metano é liberado na atmosfera em forma de gás e, como todos sabem, ele é extremamente inflamável, então, qualquer faísca do motor do avião pode causar uma explosão.

- E o nosso papel nisso é...

- Vocês vão mergulhar e gravar o que há lá embaixo, queremos saber se há destroços de navios ou aviões em um raio de um quilômetro, ou seja, vocês irão mergulhar em dois pontos diferentes.

- Estamos muito animados com isso – Disse Emma – Seremos os primeiros a gravar um mergulho no Triângulo das Bermudas.

- Os primeiros?

- Sim – Gwen respondeu – É estranho que ninguém nunca tenha feito.

- Vai ver as pessoas que tentaram gravar foram engolidas por algum monstro que vive lá, ou abduzidas por extraterrestres.

Todos eles caíram na gargalhada.

***

Já havia se passado meia hora de viagem. Emma estava sentada em um banco, virada para o mar, observando.

- Lindo, não é? – Perguntou Ryan.

- Muito – Ela respondeu, encantada com a imensidão azul do oceano.

- Minha filha adoraria ver isso aqui de perto.

- Você tem filha?

- Sim, ela tem 5 anos, é apaixonada pelo mar.

- Assim como o pai.

- É – Ele sorriu.

- Você já veio antes ao Triângulo das Bermudas.

- Não, nunca – Ele respondeu.

Ela deu um leve sorriso e olhou para ele.

- Só espero que tudo dê certo.

- O que poderia não dar?

- Eu não sei, nossa teoria pode estar errada.

- Sabe o que eu acho?

- O que?

- O triângulo não é perigoso.

- Como você pode achar isso? E os acidentes?

- Não sei, acho que são simples coincidências... Na verdade, acho que vocês também pensam isso.

- Como assim?

- Se achassem que o triângulo fosse tão perigoso assim, nunca embarcariam nessa viagem.

Emma não respondeu, apenas voltou a olhar o mar.


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