Era uma vez em uma terra magica um reino muito distante uma cidade que emanava alegria onde todos estavam transbordando felicidade. O motivo? Simples, o príncipe ia se casar Canaban e Serdin dois reinos que se uniriam futuramente em uma junção sólida para o triunfo de seus habitantes.

Comemorações eram vistas em todos os lugares, todos extavam animados com a união todos exceto uma pessoa logo a pessoa que mais precisava estar contente se achava em um incrível dilema em seu interior. Sim o grande príncipe Ronan Erudon não conseguia ficar feliz com seu próprio casório! Como poderia acontecer tamanha insanidade?

Em mias um dia no reino e Canaban pessoas sorriam e conversavam tudo ocorria como outro dia qualquer, no meio das pessoas um homem agasalhado com um manto que lhe cobria todo corpo caminhava estava cabisbaixo, perdidos em seus próprios devaneios. Certamente parecia um estrangeiro, onde numa terra sorridente ele cobria-lhe a face tristonha, algo deveria ser feito apenas a sua presença, por mais discreta que fosse já perturbava o clima de alto-astral que pairava sobre o reino e seus habitantes.

Andando pelas ruas, becos e parques do reino não importando com o que esbarra, o homem permanecia com seu olhar baixo e passos lentos até que então ele ouve algo que poderia dar um fim ao seu estado de solidão.

-Corações! Vendem-se corações! Alguém gostaria de comprar corações!?- uma pequena garota de cabelos e olhos violáceos com um manto roxo que lhe cobria suas roupas e uma cesta em uma das mãos com vários corações que tentava vender para pessoas que passavam por seu campo e visão- Poxa estão todos tão felizes que cada um já tem seu próprio coração- Então a pequena garota fazia um bico.

O homem que observava a cena atentamente arregalou seus olhos mostrando suas grandes orbes azuis que de fato a algum tempo já não tinha um brilho de esperança como agora, involuntariamente em seus lábios formaram um sorriso seguido de passos do príncipe em direção a pequena vendedora, com uma certa pressa afinal poderia ser a resolução de seus problemas. Quando se viu de frente para a vendedora que lhe enviou um sorriso quando percebeu a aproximação do homem.

-Gostaria de comprar um coração- ela pega um dos corações e oferece ao homem a sua frente

-Oh! Perdão jovem senhorita, porém eu não preciso de um coração novo pelo contrario eu necessito que conserte o meu, a senhorita poderia conserta-lo?

-Sinto muito senhor- ela guarda o coração e olha para seus pés- eu não sei consertar corações, me desculpe- faz uma pequena reverencia ao homem.

-Sim eu entendo- ele suspira e já se prepara para sair- muito obrigado de qualquer maneira- quando ele se vira a garota fala.

-Espere!- o homem se vira- eu sei de alguém que pode ajuda-lo.

O brilho da esperança volta aos olhos do homem que não perdeu tempo.

-Quem? Onde esta? Pode mesmo consertar um coração?- euforicamente perguntava a vendedora.

-Sim ele pode!- ela então pega a mão do homem e começa a guia-lo pela cidade.

O homem não parava de sorrir, poderia finalmente se livrar do seu fardo? Guiado pela pequena vendedora foi correndo pela cidade esbarrando em pessoas e quase tropeçando ainda sim se sentia feliz a solução extara tão perto podia sentir.

-Chegamos- a criança para de correr em frente a uma loja de nome “Ferreiro de Corações”- é aqui que ele trabalha.

-Muito obrigado... hm... ér... senhorita....?

-Arme- ela sorri- Arme Glenstid.

-Prazer Arme- o homem retira seu capuz revelando seus longos cabelos azuis- sou Ronan Erudon- e beija a mão da menor.

A criança fica paralisada, poderia o príncipe estar ali beijando sua mão? Seu corpo apenas lhe permite soltar um rubor em suas bochechas enquanto observava o homem entrar na loja.

-Com licença- ele abre a porta e o sino em cima da mesma bate revelando sua presença para o outro na loja.

-Ah! Um cliente- o homem que estava sentando com um coração em mãos se levanta- Bom tarde- quando olha para o cliente sua expressão se paralisa-p-príncipe? O que esta fazendo aqui- ele passa as mãos sem seus cabelos ruivos e retira o óculos revelando seus olhos dourados.

-O senhor que é o ferreiro de corações? Uma garota falou que você poderia conserta-los- o príncipe mal respondeu as perguntas o ruivo.

-S-sim eu sou o ferreiro, o senhor esta com algum problema no seu?

-Eu receio que sim- ele coloca sua mão sobre seu peito e como magica seu coração vai para sua palma da mão- olhe- seu coração estava quebrado ao meio com varias rachaduras.

-Hm- o ruivo começa a observar o coração com a mão no queixo- esta bastante danificado, mas- ele olha o homem e sorri- eu consigo.

O homem sorri como não fazia há dias, talvez até mesmo semanas.

-Muito obrigado ferreiro.

-Bom é para quando?- e pega o coração com cuidado

-Semana que vem- responde com animo em sua voz.

-O casamento, não?

-Sim ele mesmo- o animo em sua voz some deixando espaço apenas para um suspiro.

-Bom- ele se senta e coloca o coração danificado sobre a mesa- sente-se e conte o que houve.

-Como você sabe eu irei me casar em breve- ele acha uma cadeira e se senta- o problema é que a noiva é a uma amiga muito importante para mim que na verdade sempre amei

-Eu não compreendo se você sempre a amou o porquê de estar tão aflito?

-Isso que eu não entendo, eu não consigo ama-la como sempre a amei.

-Conte-me desde o começo para eu tentar entender

-Tudo começou quando a rainha de Canaban foi visitar a rainha de Serdin e eu tive de acompanhar minha mãe.

---------------------------------------- -

-Mãe falta muito para chegar?- falava o garoto esparramado em seu banco na carruagem

-Calma meu filho, logo chegaremos- a rainha respondia com uma amável voz.

-Certo- ele se endireita no banco e observa pela janela a paisagem

O Tempo passava e a criança ficava cada vez mais impaciente brincava com os dedos, suspirava se remexia no banco, olhava para fora tudo era valido para se livrar do tédio até que sua mãe anuncia.

-Chegamos- ela falava com um sorriso em seu rosto achando graça de seu filho se livrar do tédio

A criança desceu da carruagem e rumou ao castelo acompanhado de sua mãe, estava admirado com a imponência que o castelo de Serdin mostrava, porém quando achou que seu tedio avia acabado estava plenamente enganado. Deveria acompanhar sua mãe em sua reunião era o príncipe tinha o dever de fazer isso, porém mesmo sendo príncipe ainda era uma criança estava sentado em uma cadeira ao lado da mãe quase dormindo sentado até que sua mãe percebe.

-Querido- o garoto olha sonolento para a mãe- a rainha tem uma filha, por que você não vai chama-la para brincar?

E como um passe de magica a energia volta a criança que sorri para a mãe e acena positivamente e sai do salão correndo em busca da princesa, não demora muito e ele já se perde no castelo e é obrigado a pedir informação a um dos empregados do castelo que o leva para o quarto da princesa.

-Com licença- ele abre a porta- aqui que fica a princesa?

-Quem é você?- ele olha para uma garota sentada numa cadeira lendo um livro, ela tinha seus cabelos brancos e os olhos azuis claros.

-Ah!- ele desperta dos seus pensamentos- sou Ronan filho da rainha de Canaban

-Sou Edel Frost- ela desce da cadeira e guarda o livro- o que você veio fazer aqui?

-Eu vim te chamar para brincar- ele estende a mão para ela

-Brincar?- ela hesita

-Sim vamos- ele pega a mão dela e a leva para fora do castelo

As crianças juntas correram se esconderam, se sujaram enfim brincaram o dia todo até que a reunião acabou e a mãe do garoto o chamou.

-Mas já mãe?- insistia o garoto

-Outro dia nos voltamos, mas por hoje acabou agora vá se despedir da princesa

-Certo-ele suspira e vai ao encontro da princesa- Edel eu vou ter que ir embora, mas minha mãe falou que outro dia volta.

-Então tchau Ronan

-Tchau

Os anos iam se passando e todas as vezes que assuntos a tratar com Serdin em relação a Canaban a rainha sempre levava o príncipe o que acabou unindo os dois príncipes ao ponto do amor um pelo outro

----------------------------------------------------------------------------------- -

-Até que um dia um mensageiro chegou e anunciou nosso casamento- ele ri com a memoria- eu fiquei tão feliz que acabei abraçando o mensageiro, porém quanto mais próximo a casamento esta mais distante desse amor eu fico.

-Eu entendo- se levanta- bom nada impossível para mim

-Muito obrigado ferreiro- ele se levanta e se prepara para ir embora

-Jin- o homem lhe olha curioso- eu sou Jin Kaien e pode vir pegar seu coração no final da semana

-Muito obrigado Jin- e sai

Um ia já havia se passado o ruivo estava concentrado em seu trabalho que no momento era consertar o coração do príncipe, o que era um grande trabalho o coração estava deveras danificado, porém ainda tinha tempo, tempo mais que o suficiente para achar uma solução. Sua concentração era tanta que nem percebeu p sino tocando.

-Jin?- o príncipe chama

-Príncipe?- ele se desvia do trabalho e vai atender o cliente- o que devo a honra e sal presença?

-Vim lhe trazer doces- ele estende uma cesta com doces para Jin

-Oh! Doces, ninguém nunca havia me trazido doces- pegava a cesta e abocanhava um doce

-É o mínimo que eu posso fazer para aquele que vai consertar meu coração- falava já se sentando

-Você esta exagerando seu coração esta danificado, porém com o tempo eu posso conserta-lo- e comia mais um doce

-Isso era outra coisa que eu deveria falar com você- ele hesita um pouco- o casamento foi antecipado para daqui dois dias

O ruivo se engasgou com a noticia depois e se recompor ele olha para o homem que estava com um olhar apreensivo, ele sabia muito bem o porquê e não deixaria ele se abalar

-Um dia não? Tudo bem eu consigo- o azulado olhou espantado para o ruivo que em resposta sorriu- agora vá e volte amanhã que seu coração já estará pronto

E assim o azulado fez e quando ele saiu o ruivo voltou a se concentrar no trabalho que estava ainda mais difícil agora. Uma, duas, três, quatro, sete, nove, doze, quinze, horas trabalhando sem parar e nenhum resultado o ruivo estava ficando sem tempo e isso não era bom quando se viu já estava no meio do dia novamente, o príncipe logo chegaria e ele ainda não teria terminado, ele parou um tempo e olhou para o teto se lembrou da historia do príncipe não poderia desaponta-lo, mas não tinha como consertar um coração tão danificado

-Mas e se?- ele sussurrou para si

Colocou a mão em seu peito e um coração radiante flutuou em sua palma da mão, ele fitou o coração e rezou para dar certo em seguida recomeçou o trabalho

-Jin?- o príncipe chega de noite receoso pelo resultado

-Príncipe!- ele responde animado- eu consegui, olhe- então ele mostra o coração já consertado

O azulado se aproxima e se surpreende, o coração estava perfeito como se nunca tivesse quebrado seus olhos se enchem de lagrimas que ele limpa rápido e depois abraça o ruivo

-Obrigado... Jin- se solta e pega seu coração para colocar em seu peito de novo- você salvou meu casamento e eu vou poder amar minha noiva novamente, eu te convido para meu casamento.

-Será uma honra estar lá- ele suspira- agora vá que eu tenho que dormir ainda

-Certo- ele começa a sair- muito obrigado mais uma vez- e sai

O ruivo se senta em um banquinho e se permite finalmente relaxar o que faz um lagrima escorrer pelo seu olho certamente estava doendo, porém valeu a pena para ver a felicidade nos olhos de Ronan.

Então o sino toca mais uma vez e de frente para ele a vendedora violácea começa

-Você fez de novo não?- seu tom era de reprovação e ele suspira em resposta- você não pode dar parte do seu coração para consertar os dos outros

-Falou a garota que vende corações sem nem ter um- ele olha para ela agora

-É só que eles não cabem em mim- ela cora e faz um bico

-Ei Ame hoje é seu aniversario né?- ela se surpreende

-Você lembrou?

-Claro e eu tenho um presente esse ano- ele coloca a mão no peito e retira seu coração radiante, porém em um tamanho menor do que era antes- para você

-M-mas ele é seu e-eu não posso aceitar

-Vamos aceite ele agora é muito pequeno para mim e eu sei que você vai cuidar bem dele- a garota começa a lacrimejar e da um abraço no ruivo

-Brigada ferreiro esse é o melhor presente de todos

------------------------------------------------------------------------ --------------------

Ele corria pelos corredores estava ansioso para dar a noticia, esse era um dos melhores momentos que sua carreira podia lhe dar, desviava de todos para chegar ao quarto mais rápido. Ate que ele chegou olhou a porta número 30 era essa, então ele abriu

-Arme!!- ele estava eufórico, porém se acalmou quando percebeu que a menor estava dormindo com um livro em seu colo se aproximou e leu o titulo “O Ferreiro de Corações”- Arme, acorde Arme- ele a balançava de leve

-D-doutor Ronan?- ela estava sonolenta e coçava seu olho

-Conseguimos Arme, finalmente conseguimos- ela o olhou curiosa- seu coração conseguimos um para você- ela piscou algumas vezes e despois sorriu o maior sorriso de todos seguido de grossas lagrimas de felicidade- você finalmente vai poder sair do hospital- ela a abraça

-E-eu vou sair?... Vou poder brincar com todos?... Correr?... Se esconder?...- ela perguntava entre soluços

-Sim pequena vai fazer tudo isso- ele não conseguiu segurar mais suas lagrimas e as libertou junto com as da menina

-Eu Sei... Eu sei quem me deu o coração- ela falava se soltando do doutor

-Sabe?- ele tentava limpar as suas lagrimas

-Foi o ferreiro- ela respondeu com um sorriso gigante

-O ferreiro?- ele a olhou curioso

-Sim ele me deu um coração para eu poder viver- ela respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo

-Claro pequena depois nós agradecemos a ele- então ele abraça a criança mais uma vez e compartilhando a felicidade que era da criança;