Fluorescent Adolescent escrita por bru


Capítulo 1
Suck It and See


Notas iniciais do capítulo

Fic nova e eu estou realmente empolgada escrevendo essa fic, mas amanha cedo eu vou viajar e vou ficar uma semana sem postar eu queria hoje escrever dois capitulos a mais e deixar programado mas tive um imprevisto. Espero que gostem.



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Como eu odeio esse emprego do meu pai, ok ele faz com que as contas sejam pagas e eu tenha tudo o que eu quero, mas graças a ele eu tenho que me mudar em média três vezes ao ano, já morei por todo o canto em cidades grande e cidades pequenas. No que meu pai trabalha? Eu não tenho ideia ele pode ser um grande mafioso que eu nem desconfio (risos), ok senhor Will não tem cara de um mafioso ele é alto com ‘tudo no lugar’ cabelos negros com alguns fios grisalhos e os belos e invejáveis olhos que em momentos são verdes em outros azuis. Ao menos nisso minha genética maravilhosa me ajudou. Depois da morte de minha mãe, quando eu tinha apenas 6 anos, ele sai sempre com várias mulheres, por onde moramos uma nova namorada mas graças a isso ele larga do meu pé, eu sou Melissa Gandear ou apenas Lis tenho 15 anos, pelos colégios que eu passo não ligam muito para as minhas notas já que sabem que logo vou embora e me pai da uma ajudinha. Depois de tantas mudanças passei a não me apegar muito, claro que sempre rola um ou outro, mas eu evito ao máximo e então eu acabo virando a garota do "foda-se" se você quer falar comigo venha eu nunca vou it até você. Para qual a cidade que eu vou agora? Não tenho ideia, Will falou que seria surpresa a única coisa que adiantou é que já morei nela, mas isso não ajuda em nada, pois já morei em 26 cidades diferentes.
“Senhores passageiros aqui quem fala é Valter Santos o piloto que irá comandar esse avião ate Los Angeles..."
Ele continuou todas as recomendações mas eu não terminei de ouvir pois eu estava indo para L.A baby, eu amo esse lugar, morei lá aos meus 13 anos durante 4 meses, é um das melhores cidades que morei queria comemorar e agradecer meu pai mas como sempre ele não estava lá. Minutos antes de entrar no voo ele disse que tinha um compromisso e me encontrava no apartamento que agora seria nossa casa e que existia uma senhora que ia me esperar no aeroporto com uma plaquinha, qual a necessidade de uma plaquinha isso é extremamente ridículo, mas quem se importa? É Los Angeles. 4 horas e meia de voo eu passei toda a viagem dormindo, fui acordada por alguém que não sei quem foi, mas imagino que deve ter sido alguma comissária de bordo. Eu estava empolgada em passar essa temporada em L.A, sim eu denomino isso uma temporada. Peguei minhas malas e fui ao saguão a procura da tal senhora com uma placa ridícula. E lá estava ela, uma senhora baixa de cabelos grisalhos definitivamente é uma senhora, quando meu pai falou que era alguém do sexo feminino logo imaginei que seria alguma de suas novas namoradas, mas acho que não ela era um pouco velha para ele.

–Olá querida, você deve ser a Melissa.

–Olá, podemos ir ou estamos esperando mais alguém?

–Claro o motorista esta esperando ali fora, posso te ajudar com as malas?

–Claro. –Ok, eu sei que ela era uma senhora e que eu não devia ter dado alguma coisa para ela levar, mas estava pesada.

Do aeroporto ate o apartamento não levou mais que quarenta minutos que foram muito bem utilizados por mim, no meu celular, eu passei mais de quatro horas sem me informar de nada e isso para uma adolescente é no mínimo complicado. Ao descer do carro já sem as bagagens já que o motorista iria levar até o andar de cima. Depois de muita procura achei no meio da minha bolsa minha carteira de cigarros estava levando a boca quando a tal senhora arranca de mim.

–Você não acha que esta muito nova para estar usando drogas?

–É apenas tabaco e não é da sua conta o que eu uso ou deixo de usar.

–Realmente, mas ate seu pai chegar eu sou sua responsável e você não vai fumar. –Ela saiu em disparada para dentro do apartamento, parando apenas para falar algo com o porteiro e seguimos em direção ao 7º andar. Entramos em uma porta que indicava 703 entramos, ela me entregou uma chave e me indicou o meu quarto. –Não vá fumar, eu sinto cheiro de longe.

O meu quarto era como o de costume, minha cama de casal um aparelho de som, uma mesa para o meu notebook e coisas escolares um closet e um banheiro, sem contar os pequenos detalhes. Não iria dormir, aula somente amanha e eu precisava sair, mas a velha chata não iria deixar, a não ser que ela não visse. Procurei na mesinha por um papel e uma caneta sai sem que a velha percebesse deixando um bilhete.

“Vou sair, sei me virar. –Melissa” Deixando um cigarro em cima do bilhete.

++++++++++

Eu não estava perdida na cidade apenas não sabia para onde ir. Talvez devesse ir ate o shopping comprar alguma roupa nova, conhecer algum guri, e não eu não quero um namorado nem ninguém para me apegar apenas dar uns beijos na boca. Entrei em um taxi e pedi que me levasse ate o shopping mais perto. Eu não estava a fim de comprar roupa a velha tinha acabado com qualquer paciência existente em mim, fui ate uma sorveteria e depois a uma banca de revistas do shopping atrás de um cigarro o que não achei, eu teria de ir ate um posto de gasolina que não ficava muito longe, apenas umas duas quadras. Quando estava chegando ate o posto já havia escurecido comprei duas carteiras Black, comecei a fumar e observar o movimento havia um grupo de jovens bebendo provavelmente mais velhos, mas quem se importa? Me aproximei e alguém ali me chamou.

–Ei loira. –Eu olhei para ter certeza que era comigo. – É você, vem aqui.

Chegando mais perto percebi que eram no máximo uns dois anos mais velhos, provavelmente identidades falsas para estarem bebendo ao ar livre. Sentei na calçada ao lado deles. Eram duas garotas e quatro garotos. O negro cabelo Black Power começou a falar e se apresentar.

–Eu sou Mike, aquela é Clarissa. –Apontou para a loira, que se eu não visse ela bebendo jogada em uma calçada nunca acreditaria, já que ela faz do tipo meiguinha. –A outra é Julia. –Essa eu já não duvidaria, era uma ruiva com algumas tatuagens espalhadas pelo corpo. –Aquele é Joe. –Um gordinho loiro e branquelo. –Miguel o moreno e Daniel o ruivo. E você?

–Marcela. –Não eu não vou dizer meu nome real para um bando de jovens bêbados que conheci na rua, com quem provavelmente vou fazer alguma besteira e nunca mais ver na vida.

Eles me passaram uma das garrafas de cerveja que acabei recusando, por motivos eu teria aula amanha e a velha surtaria. Oh droga eu tenho que ir para o apartamento.

–Eu tenho que ir, adeus vocês.

–Mas já? Você mal chegou. –Falou Daniel, que era um garoto um tanto interessante.

–Mas infelizmente eu ainda tenho que ir pro inferno conhecido como colegial e não tenho ideia pra onde eu tenho que ir ate chegar em casa. –Ok talvez eu estivesse tentando fazer com que o ruivo me acompanhasse e rolasse uns beijos.

Eu passei me despedindo de todos com um beijo no rosto e quando estava saindo Daniel falou para espera-lo que ele me ajudava a chegar em casa só ia pegar algo no carro.

–Então, para onde temos que ir?- Falou ele se posicionando ao meu lado, as ruas movimentadas já eram mais calmas e a cidade que faz barulho esta silenciosa.

–Annn... Espere. –Fui atrás do endereço que tinha anotado em algum lugar do meu celular. –Avenida Hosterdan¹

Caminhamos em silencio por algumas quadras até infelizmente chegamos ao destino, eu quis puxar assunto durante o trajeto já que normalmente tenho facilidade com isso, mas hoje eu não estava no meu melhor dia.

–É aqui, então obrigada.

–De nada Marcela.

–Sobre isso... Bem... Eu me chamo Melissa.

*MERDA DE SILENCIO*

–Não me olhe assim.

–Por que?

–O que?

–Você mentiu?

–Bem, eu não sou do tipo que faz amigo porque não gosto. Então essas ‘amizades’ que nunca mais vou ver na vida eu simplesmente não tenho que ser a Melissa apenas sou quem eu quero ser.

–Por que me falou a verdade?

–Porque você me trouxe até em casa e seria muita filha da putagem mentir, e se quiser fale para o seus amigos.

–Por que acha que essas amizades vão durar apenas uma noite e nunca mais vamos nos ver?

–Você tem oito anos por acaso?

–17 e por que você acha isso?

–Crianças de oito anos tem a mania de perguntar o ‘por que’ de tudo.

–Ainda espero a minha resposta.

–Do que?

–Você é confusa, o por que acha que nunca mais vamos nos ver ou por que você não gosta de fazer amizades.

–Porque sou complicada.

–Confusa complicada e atraente. Garota você é problema.

–Você também é atraente.

–Poderia te beijar.

–Você pode me beijar.

–Mas eu não vou te beijar.

–Por que você não vai me beijar?

–Se você beijar como eu imagino vou querer te beijar de novo, mas não vamos mais nos ver.

–Então não vai tirar a prova de como eu beijo? Vai ficar apenas na vontade? Então vou indo, boa noite.

–Ou talvez você fique e eu te beije.

Então ele deu um passo se aproximando de mim, inclinou um pouco sua cabeça passando apenas a língua sobre meu lábio ainda fechado, se aproximando um pouco mais, colocou uma de suas mãos em minha nuca e outra um pouco abaixo da minha cintura então me beijou pedindo passagem com a língua e eu dei, foi um beijo de inicio calmo, então ele me encostou no muro da casa ao lado do apartamento, aprofundando o beijo o deixando mais frenético, quando nós dois aclamávamos por ar ele soltou nossas bocas e voltou a passar a língua sobre meus lábios até minha nuca. E então eu acabei com o encanto o empurrando.

–Você até que é boa.

–Não fale assim, foi meu primeiro beijo. –Ok, eu estou querendo rir da cara dele.

–Sério, por que você não me disse isso antes?

–Você e seus por quês.

–Fazia tempo que não dava o primeiro beijo de alguém. –E eu comecei a gargalhar ele estava com uma expressão do tipo eu sou o fodão e do nada mudou para uma cara confusa e oh Deus, era tão linda. –Do que você esta rindo?

–Você acreditou que foi o primeiro cara que eu beijo? Oh Deus, tão iludido.

–Garota você é louca.

–Mas eu sei que você adorou. Boa noite ruivinho.

–Boa noite Melissa, depois de você rir da minha cara podemos ao menos repetir?

–Não hoje, um dia a gente se vê. Tchau ruivinho.

–Ruivinho? Você não acha que eu sou um pouco maior e um pouco mais velho?

–Nem tanto, boa noite. –Me aproximei deixando um beijo no canto de sua boca e entrei.

É eu estava precisando beijar alguém.


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Notas finais do capítulo

Oi, não sei se alguém chegou até aqui, mas se chegou não esqueça de um comentário ♥ Beijos de luz
¹eu não lembrei de nenhuma avenida então essa foi inventada.



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