Alvorecer escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 2
1. Recomeço




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–Você tem certeza que quer ir Lanna?-minha avó havia me perguntado essa mesma pergunta milhares de vezes e como sempre falava a mesma resposta.

–Sim vó, vai ficar tudo bem.

Se ela me pressionar mais não iria conseguir fingir, todo mundo sabe quando eu minto.

–Vou telefonar sempre. Eu amo você.

–Eu também, meu amor. Cuide-se e mande um beijo para sua tia.

–Vou mandar.

Foi à melhor coisa que podia dizer, eu queria gritar e sair correndo, mas ao mesmo tempo queria deixar Washington, a cidade que matou minha família. Em Washington eu era a pobre órfã pianista Lanna Marie Santclarie Scofield, filha de um grande pianista e uma empresaria de sucesso, mas em Forks só seria Lanna Scofield, sobrinha do braço direito do Dr.Carlisle Cullen, esperava por isso.

Eu contava com isso.

Mas a voz de uma mulher anunciando meu vôo me tirou de meus devaneios.

–Esta na hora Marie, se não quiser ir posso arrumar tudo com a sua t...-por favor, meu avô ainda insiste, eu o interrompi rapidamente.

–Eu vou, já tomei minha decisão vovô!.-disse delicadamente, mas decidida.

–Tudo bem, mas sabe que pode voltar a qualquer hora, minha querida Marie.

–Sim. Amo vocês para sempre. Adeus.

Entrei pelo corredor de embargue e dei meu ultimo adeus aos meus avôs, dando um passo para minha nova vida.

O vôo foi tranqüilo, minha tia estava lá me esperando.

–Como foi o vôo, querida?

–Foi bem tia Louise.

–Bom tomara que goste de Forks, e alias tenho duas lindas surpresas para você.

–Que legal. -disse desanimada, ela não sabia que eu odiava surpresas?!

Ainda mais duas?!

–Não vejo à hora de vê-las. –disse tentando passar algum entusiasmo.

Colocamos as minhas seis malas no carro, minha tia me perguntou para que tanta mala, eu lhe disse que eram algumas roupas extras de inverno que meus avôs me deram. Entramos no carro e saímos, à viagem foi bem calma e sem conversa, adorava o jeito da minha tia, ela nunca nos interroga se fosse meus avôs ou minha mãe e meu irmão.... Parei por ai, lembrar deles me dava vontade de chorar e eu deveria controlar isso na frente da minha tia ,ela já esta sofrendo pelo meu pai,não quero que ela sofra por mim.

–Chegamos Lanna.-ela disse e pisquei confusa.- E olha seu primeiro presente, ai.

Olhei um carro lindo, perai eu conheço esse carro.

Cinza. Volvo. Xc60. Meu volvo. O que ele estava fazendo ali?

–Meu volvo?!-arfei incrédula. - O que ele esta fazendo aqui meu avô me disse que... -mas ela não deixou que eu terminasse.

–Seu avô mudou de idéia e o mandou para você, ele disse abri aspas “Se minha neta vai para aquele buraco que se chama Forks que vá com algum conforto”, fecha aspas. Minha tia riu muito ao fazer a voz do meu avô.

–Me desculpe pelo o que ele disse.-disse envergonhada.

–Eu estou acostumada, Marie.

–Posso lhe pedir uma coisa tia?-perguntei hesitante

–O que quiser?

–Não me chame nunca de Marie, por favor.

–Claro.

Subimos as escadas e olhei o segundo presente. Minha herança.

Era o piano de cauda do meu pai, onde aprendi a tocar aos quatro anos, todos diziam que eu era um prodígio.

–O piano do meu pai?!Eu achei que meu avô o tinha vendido, dado sei lá o que. Ele ameaçou que o queimaria ele disse que não queria nenhuma lembrança dele por perto, eu... eu... eu... eu... -não sabia o que dizer então chorei e comecei a soluçar.

Minha tia me abraçou e começou a falar que tudo iria ficar bem. Depois do meu ataque, ela me mostrou a casa e meu quarto que era lilás a cor do meu antigo quarto na casa de meus pais.

–É lindo tia obrigada.

–Sei que você gosta de lilás.

–Vou deixar você arrumar suas coisas, querida e depois te chamo para o jantar.

–Tudo bem. -ela me deixou sozinha e comecei a ver meu quarto.

Era menor que o meu antigo quarto, mas era lindo e simples como o meu era, e tinha um pequeno, eu disse pequeno, esquece. Minúsculo banheiro, mais eu estava feliz. Arrumei tudo, os meus vestidos de apresentação ficaram na mala e a minha pasta com minhas partituras e a pasta do meu pai com as partituras dele também. Não coloquei na sala, pois prometi a mim mesma que jamais voltaria a tocar em um piano novamente. Tomei um longo banho, escovei os dentes e vesti um vestido lindo de algodão, teria que aproveitar, pois só usaria ele e os outros em casa, pois com o clima de Forks não se saia de vestido por ai.

Quando desci tia Louise estava arrumando a mesa e se assustou ao me ver.

–Já estava indo te chamar Lanna, temos uma deliciosa lasanha de quatro queijos para o jantar, espero que goste.

–Sim, é meu prato predileto, a pesar de eu ser metade francesa e metade americana.- disse e ela riu muito.

–Então vamos comer?

–Claro.

–Lanna, amanha você vai para a nova escola, como esta se sentindo?Recomeçar não deve ser fácil para você?

–São muitas perguntas tia Louise?- disse e ela sorriu.-Mas vai ser bom ficar fora de Washington, por um longo tempo.

estiquei a palavra “logo” para ela sentir que eu nunca mais voltaria.

–Amanha vou te esperara para tomarmos o café da manhã juntas, mas depois vou ter que sair primeiro que você,para ir ate ao hospital. Tudo bem ?

–Hmm, Mas quando vou conhecer o famoso Dr. Carlisle cullen?

–Ainda esta muito cedo para isso, mais talvez você veja os seus filhos na escola. Bom a conversa esta ótima, mas alguém tem que descansar para amanha.

–Esse alguém seria eu?

–Sim.

–Mas tia só mais uma pergunta sim, por favor!?

–Ta, só mais uma.

–Quantos filhos ele tem?

–Nove. Cinco rapazes e quatro moças, todos lindos por sinal.

–Meu Deus, ele queria colonizar Forks?!-arfei incrédula.

Como alguém poderia ter tantos filhos, isso e inacreditável.

E minha tia cai na gargalhada.

–Onde ta a graça?

–Meu anjo eles são todos adotados.

–há.-senti que estava corando de vergonha.

–Você fica bonitinha quando esta sem graça.

–Tia. – respondi ainda mais sem graça e muito vermenha. -Acho que esta é a minha deixa.

–Boa noite Lanna, sonhe com os anjos.

Coloquei meu pijama e fui para a cama.

Toda noite eu sempre fazia o mesmo ritual.

Me deitava na cama feito uma bola e colocava o travesseiro em cima da minha cabeça para abafar meu choro. Eu ainda sentia muita falta da minha família.

Era apenas uma adolescente que precisava dos pais e do irmão mais velho e isso me foi tirado violentamente.

Essa dor jamais passaria. Eu podia sorrir, conversar e tentar esquecer o dia inteiro,mas a noite essa dor voltava com força total e toda vez que pegava no sono, a noite da tragédia voltava em forma de um pesadelo que me acompanhava desde a noite que minha a minha família havia morrido.


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