Hunters&killers Caçadores Paranormais - Interativa escrita por Slendon6336


Capítulo 9
#9 Sangue dos bons


Notas iniciais do capítulo

Sumi, mas voltei - -'
Desculpem-me pelo longo tempo sem postar, só fui ver agora que fazia um tantão de tempo que eu não atualizava. Bem, aí está o capítulo. Aproveitem.
~Boa Leitura o/



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Por Curt C. Wallace/Kill Bleed

Tanta coisa boa para se acontecer comigo e teve que ser isso... Além de estudar na Hunters&killers agora vou ter que praticamente morar naquele colégio. Perdi meu apartamento confortável num dos melhores bairros da cidade onde se pode viver além da minha paz. Serei obrigado a ver aquelas... Coisas todos os dias de manhã, tarde e noite. Principalmente daquele Dark e suas palhaçadas. Arg! Isso me dá nos nervos. Detesto gente que só sabe fazer palhaçada e coisas sem noção.

Encosto-me no parapeito do meu apartamento, observando um pouco da movimentação da cidade. Está anoitecendo e o final da tarde traz consigo suas cores vibrantes que quase me cegam. Acendo um cigarro e já o levo à boca, tragando profundamente. Isso era uma de minhas manias... Se bem que não tenho muitas. Pode então se dizer que os cigarros são meus vícios e nunca deixo de ter um maço sequer no bolço.

Ao soltar a nuvem de fumaça já me sinto um pouco mais relaxado. Como se os problemas tivessem sido levados pelo vento.

Ainda me lembro daquela aula com o professor Nancy. Eu poderia ter acabado com Demon of Dark naquela hora se não tivéssemos sido interrompidos por aquele infeliz de olhos heterocromáticos. Para falar bem a verdade, Nancy sempre acabava com meus prazeres nas suas aulas práticas. Sabe quando você está perto de finalizar um jogo de videogame e a energia acaba? Pois era assim que eu me sentia todas às vezes. O único lugar onde eu podia realmente terminar meu trabalho e matar os oponentes era nas caçadas; esse era um dos únicos motivos pela qual aturo a Hunters&killers e seus alunos insignificantes. Por mim todos morreriam.

Apago o cigarro no cinzeiro e me impulsiono novamente para dentro do apartamento. Ah... Agora sim. Tudo o que eu mais gostava: Paz, silêncio e... Onde estava minha namorada naquele instante?*

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Por Sebasthian Allan Reinsenberg/Dark Prince

O cheiro estava bom pelo menos. Abri o forno e deixei um sorriso de canto de boca aparecer. Além do cheiro a aparência da minha torta estava ótima. Eu estava na casa dos meus avós tentando preparar um belo café da tarde em forma de agradecimento a tudo que eles já fizeram por mim. Claro, já fazia um bom tempo que não moro mais com eles, porém como eu os amava muito, agrados nunca eram demais.

Deixei o doce em cima da mesa da cozinha e caminhei até a sala de estar onde minha vó se encontrava, assistindo um programa de televisão. Já meu avô estava quase dormindo no sofá. Dei um sorriso:

— O café está na mesa.

— Sim, sim. O cheiro está ótimo Sebasthian — E passou por mim entrando na cozinha.

— Vovô? O senhor não vem?

— Ã? Ah, sim. Estou indo.

Servi o dejejum para eles sem desfazer aquele sorriso do rosto. Felizmente aparentaram terem realmente gostado da receita, e isso só contribuiu para que minha expressão durasse mais. Mas estava escurecendo e eu precisava ir embora.

Despedi-me de ambos e depois de muita hesitação já estava caminhando pelas ruas. A noite estava fria, acompanhada de ventos fortes que balançavam as copas das árvores. Parecia que uma tempestade estava prestes a chegar então coloquei o capuz da minha jaqueta sobre a cabeça. Olhei para o céu e percebi que este estava sem estrelas, coberto por densas nuvens. Eu gostava de chuva, afinal a água iria colaborar com a fertilidade das muitas terras das florestas.

Estava passando pela Hunters&killers quando avistei uma figura parada no portão do colégio. Estranhei já que hoje o lugar estava fechado. Como estava muito longe não pude distinguir de quem aquela sombra pertencia. Curioso, resolvi aproximar-me.

A cada passo, o corpo do rapaz podia ser visto com mais facilidade. Então percebi que eu nunca o havia visto em toda a minha vida. Tinha cabelos loiros, cobertos pela touca de sua blusa e um ar meio triste. Justo nessa hora começara a chover.

— Posso ajudar? — Indago levantando uma de minhas sobrancelhas.

— Só estou procurando o responsável por este colégio — Respondeu ríspido.

— Bem, posso não ser o responsável, mas sou um aluno... Mas você sabe que a Hunters&killers-

— É um colégio para caçadores paranormais — Me cortou — Sim. Sei muito bem disso.

Tentei encara-lo, mas a touca escondia seus olhos da minha visão. Esse cara tinha um jeito meio esnobe, e eu francamente detestava pessoas assim.

— Só irá abrir na segunda. Então porque não resolve voltar amanhã? — Respondi com a mesma amargura.

— Hm — E se virou, voltando a andar na mesma direção que eu estava indo. Bufei. Aquela curta e despreocupada resposta havia realmente me tirado do sério. Sabe quando você espera uma coisa e se decepciona com outra totalmente diferente? Era mais ou menos isso. De repente ele parou, tentando encarar-me por cima do ombro — Você disse que era um aluno?

— Disse.

— Ah, tá. Posso saber o seu nome?

— Sebasthian Allan Reinsenberg.

— Nos vemos por aí... Reinsenberg.

Que cara estranho...

— Espere! — Chamei, ele voltou a me encarar — Acho justo eu saber o teu nome.

O rapaz não me respondeu por algum tempo, ficando apenas o som da chuva gélida caindo na rua e me molhando.

— Sou Nick.

Não o vi novamente naquela noite.

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Por Manson Nightmare

Está de noite e eu resolvo sair de casa para caçar minha janta. O melhor lugar que conheço é onde sempre estive: no meio do lado norte da floresta da Hunters&killers. Aquele pedacinho de grama baixa era como um local onde você poderia me invocar. Antes de entrar no colégio, toda noite eu ficava lá na esperança de arranjar sangue dos bons. O – era meu tipo favorito, e o mais difícil de encontrar também. Porém minha saída daquela noite tinha outro propósito: Esquecer-me do Demon of Dark.

Depois que ele havia saído da minha casa, eu praticamente fiquei largado em cima da minha cama tentando adivinhar os pensamentos dele na nossa conversa de mais cedo. Percebi que eu não tinha chance nenhuma com ele, afinal, até me parece que ele resolveu se tornar homofóbico de repente. Isso porque eu fui o primeiro namorado dele...

Em pouco tempo, eu já estava pendurado num galho de árvore, observando o espaço sem troncos de cabeça para baixo. Controlava a respiração e mantinha meus olhos sempre bem abertos. De vez ou outra escutava sons de passos apressados amaçando as folhas secas da floresta, e isso me fazia lamber os beiços. Quase podia sentir o cheiro de sangue que logo estariam manchando meus dentes.

Lembrei-me de como Demon não gostava quando eu bebia sangue humano... Desculpe querido... Mas não consigo viver só de sangue animal. Bem, ele não precisa saber que eu ainda faço isso. Não quero ser considerado um Effusus.

Os passos estão se aproximando para minha felicidade, e então vejo minha vítima da noite no círculo sem árvores. Era um homem molhado pela chuva. Pelo modo de se vestir, deduzi que era um feiticeiro. Resolvi me revelar.

Pulei de um galho para o outro, deixando explicito que o meu feiticeirozinho Merlin não estava sozinho. Vi quando ele procurou desesperadamente por minha pessoa.

— Quem está aí?! — Indagou. Não respondi de imediato, apenas soltei uma risada debochada e continuei com a brincadeira. Gostava de ver as pessoas loucas.

Levantou seu cajado de madeira e começou a disparar magia na minha direção. Errando em todas as tentativas. Dei um jeito de fazer com que tudo se tornasse silencioso novamente. Apenas o som dos raios e da chuva ficou a preencher nossos ouvidos.

Espiei por entre um arbusto, sabendo que o Merlin encontraria meus olhos brilhando como faróis de carro em meio aquele breu.

— Quem é você? — Perguntou sem abaixar o cajado.

— Eu sou você — Brinquei, rindo logo em seguida — O que faz andando sozinho na floresta jovem Merlin?

— Meu nome não é Merlin — Ele parecia zangado. Que gracinha. Dava vontade de apertar até aquela carinha vermelha ficar roxa.

— Aww... Achei que fosse — Comecei a sair aos poucos, mas sempre escondido nas sombras, de maneira que ele só visse minha silhueta e os olhos — Sempre que vejo um feiticeiro imagino que o nome dele é Merlin ou Baltazar... São tão... Como posso dizer? Originais?

— Mostre tua face criatura sobrenatural!

— Ai! Você me chamou de criatura? — Falei manhoso. Mesmo assim resolvi me revelar por completo. Saí das sombras das árvores com um “bico infantil”, como diz o Demon — Isso me machucou.

Ataquei, praticamente voando em cima do velho. Ele conseguiu desviar e tentou contra-atacar. Duas bolas azuladas passaram bem perto de me acertar.

— Me parece que você precisa de um óculo, vovô — Sorri jovial.

— E me parece que você precisa de uma estaca no coração, vampiro — Respondeu ríspido.

— Deu pra notar? — Passei a língua pelas minhas presas, mostrando com orgulho os dentes — Pretendo dar uma deliciosa mordida nesse seu pescoço...

O jovem Merlin arregalou os olhos por um instante. Talvez estranhando meu jeito de falar... Um tanto... Malicioso.

— Deixe-me cruzar a floresta e volte para a tua prole. Assim você evita a tua morte.

— A única coisa que você vai matar aqui é a você mesmo, Merlin — Fechei a cara, desfazendo o sempre presente sorriso. A sede estava ganhando da minha paciência.

— MEU NOME É TRENT!

Ao gritar estas palavras, correu em minha direção. A luta se desenrolou ali. Foi quando ele conseguiu me derrubar no chão que percebi o colar com uma pedra laranja cintilante pendurado em seu pescoço. Eu conseguia sentir que aquilo tinha algo de místico, como se muita energia estivesse presa ali. Era tão bonitinho... Tive a brilhante ideia de tomar aquilo para mim e talvez dar para Demon de presente mais tarde.

O cajado de Trent estava armado bem perto de meu rosto. Eu não fazia ideia de como aquilo me afetaria, mas sabia que iria ser doloroso. Se bobeasse, me tornaria um vampirinho morto em questão de minutos.

— Últimas palavras? — Perguntou ele. A bola de poder começara a se concentrar na ponta do cajado.

— A única pessoa que eu deixo me matar é o meu Demon! — Empurrei o objeto de madeira de modo com que no último segundo a bola de magia acabasse acertando o próprio feiticeiro. Trent voou para trás até acertar um tronco de uma árvore, logo depois caído de bruços no chão.

Levantei me recompondo. Caminhei até ele que tentava se levantar. Engraçado. Estava com cheiro de carne queimada. Estava conseguindo cumprir seu objetivo com muito esforço, porém sentei-me em suas costas, fazendo com que ele voltasse a cair no chão.

— Des... Graçado...! — Balbuciou — Ainda te pego!

— Hey, agradeça a chuva — Olhei para o céu escuro — Acho que se não fosse por ela, você estaria queimando agora. Aliás, me deve roupas novas. Você manchou as minhas com a lama e grama molhada — Puxei o colar de seu pescoço, arrebentando a corda e pegando a pedrinha para mim. Lancei um sorriso satisfeito — Mas acho que você vai me pagar essas coisas no inferno.

...

Por incrível que pareça o sangue dele era bom. Não sei se era O -, mas sei que saciou muito bem a minha sede. Quando acabei, pedi para a chuva lavar aquela grama manchada. Lambi os cantos da boca, onde se escorriam o líquido vermelho. Larguei o corpo de Trent ali, não ligando para as consequências.

Caminhei para fora da floresta analisando a pedra laranja em minha mão. O que será que ela fazia?

Amarrei as pontinhas arrebentadas e puis o colorar em meu próprio pescoço. Até que ficou bem.

Após algum tempo de caminhada, cheguei a minha casa. Eu estava ensopado de água e um pouco de sangue. Nada que um banho pudesse resolver. Todavia, resolvi ir para a cozinha primeiro, sem nem ao menos sabendo o motivo. Dei um pulo quando acendi as luzes e vi Demon sentado na mesa, rodando as chaves de sua casa no dedo.

— Não é um Effusus, né? — Indagou sarcástico.

Engoli em seco. Sabia que tinha que tomar um banho primeiro... Agora não tinha como mentir. O cheiro de sangue humano é beeeeem’ diferente do animal.

— Ér... Oi Demon querido...? — Sorri nervoso.


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Notas finais do capítulo

*Lembrando a JayLynn sobre aquela pequena observação...
Bem, foi difícil continuar este capítulo, então não hesitem em comentar ^^
Até o/