Hunters&killers Caçadores Paranormais - Interativa escrita por Slendon6336


Capítulo 11
#11 Uma nova vida - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Trouxe cedo este aqui ^^
Tentei fazer mais comprido, quem disse que a criatividade deixava?
~Boa Leitura o/



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Por Sebasthian Allan Reinsenberg/Dark Prince

Ao fim da palestra, caminhei sem muita pressa para os quartos da ala masculina. Pelo o que eu li nas listas coladas na parede, meu quarto seria dividido com Jordan Cury, ou Lightless como gostava de ser chamado. Dan era um anjo... Bem, na verdade ele era um nephilim, filho de anjo caído com uma mulher humana. Mas mesmo assim, era educado como um anjo. Além de tudo, era o típico nerd jogador de LOL e que entendia tudo sobre informática.

Virei-me tomando rumo ao meu novo quarto, porém mal havia me virado quando trombei com alguém. Recuei um passo para ver quem era e demorei um pouco para me lembrar de onde eu o conhecia.

— Nick? — Indaguei meio surpreso.

— Reinsenberg — Continuava de cabeça baixa, o capuz sempre escondendo o rosto.

— Então você realmente se matriculou — Não me preocupei em ser seco nas palavras, só faria o contrário quando ele mostrasse que gostaria de ser tratado de bem.

— Nunca minto — Respondeu.

Encarei-o por um instante. Nick realmente era muito estranho. Ele... Deveria ter seus motivos. Depois de muito hesitar, comecei:

— Sabe; deveria passar boa impressão no seu primeiro dia.

— Como assim?

— Pessoas que andam assim, iguais a você, pedem para serem sozinhos neste colégio. Tipo Annie Blanc.

— Não faço a mínima de quem é essa garota — Olhou para os lados e suspirou — O que eu faço para melhorar?

— Bem... Mostre o rosto — Tomei a liberdade de tirar o capuz de sua cabeça. Ele levantou os estreitos olhos azuis claros para mim, sob a franja loira — Acho que isto é um começo.

Ele não respondera nada, apenas ficou a me encarar, inexpressivo. Percebi depois de alguns poucos segundos, seus punhos cerrados caídos ao longo do corpo, como se tivesse se lembrado de algo muito ruim ou coisa do tipo.

— Eu... Tenho que ir agora — Declarei, já me afastando de costas.

Suspirei de alívio quando me afastei o suficiente dele. Fora um clima tenso.

Cheguei à porta do meu quarto que já estava entreaberta, ou seja, Jordan já se encontrava lá dentro. Dei meu melhor sorriso, queria começar essa nova vida sem problemas com o meu colega de quarto. Afinal, necessitaríamos de amizade para podermos conviver.

Abri a porta e lá estava Lightless, sentado na escrivaninha do quarto, plugando dois computadores. Ele era mais baixo que a mim. Tinha cabelos escuros e olhos cinza sob as lentes dos óculos bifocais. Usava uma camisa social preta, agora com as mangas dobradas na altura dos ombros e calças da mesma cor. Mas apesar do jeito social de se vestir, os tênis esportivos verdes quebravam o look.

Lightless terminou seu trabalho e enxugou a testa com as costas da mão. Logo depois olhou para mim e sorriu mostrando os dentes cercados pelo aparelho removível.

— Esses computadores — Riu sem graça — Não importam o quão novo eles sejam, sempre há mil fios para serem conectados.

— É... — Não sabia o que responder. Passei a mão no cabelo, nervoso. Lightless empurrou os óculos com o dedo indicador e se aproximou estendendo a mão.

— Sebastião não é mesmo? — Apertei sua mão.

— Na verdade é Sebasthian.

— Sebastian.

— Não — Ri embaraçado — É Sebasthian, com “h”.

— Ah me desculpe à confusão. Sou péssimo com nomes.

— Olha só. Você é péssimo em alguma coisa.

E voltamos a rir, ainda nervosos. Ele deu espaço para que eu entrasse.

— Meu nome é...

— Jordan Cury — Completei por ele — Você é bem conhecido no colégio pelo QI super acima da média.

— Opa! Estou lisonjeado. Há, há, há. Prazer em conhecê-lo, eu vejo que nos daremos bem.

Nesse momento a porta foi aberta mais uma vez, me dando um susto. Mas a garota que abriu a porta aparentava estar mais assustada ainda ao perceber o engano que cometera.

Ela deveria ter mais ou menos dezessete anos de idade. Cabelos compridos e negros iguais aos de Lightless, porém com mechas coloridas. Tinha os olhos contornados por lápis e delineador e usava um conjunto de roupas negras. Também usava cruzes pelo corpo inteiro. Mas o que a diferenciava da maioria das meninas deste colégio era que essa garota estava um pouco acima do peso.

— Está perdida? — Indaguei amigavelmente.

— Mil perdões — Atrapalhada, deixou os cadernos que trazia consigo caírem — Aí meu Deus!

Minha intensão era ir ajuda-la, mas Jordan fora mais rápido.

— Pam, o que você está fazendo aqui? — Ele quis saber.

— Me confundi, foi automático, ao invés de virar para a esquerda virei o corredor para a direita e... Ai! Que confusão.

Ao perceber minha cara de desentendido, Lightless se levantou e disse:

— Sebasthian, está é minha irmã Pamela.

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Por Ashley Forbes/Ash

Nem me preocupei em ver quem seria minha parceira de quarto. Nada poderia ser de tão grave, certo? Errado! A porta do quarto que eu acreditava ser o meu revelou aquela... Bruxa!

Katherine Megias Black se encontrava sentada na cama, mexendo no celular. Olhou-me com desdém ao perceber minha presença na porta. Lancei lhe um sorriso só para provocar:

— Acho que você está no meu quarto.

— Cai fora vampira — E voltou a se concentrar no celular.

Segurei-me para não voar em cima dela com a mão fechada.

— E o que tu tem contra os vampiros? — Ergui uma sobrancelha — Não sei se você sabe, mas o teu “puxa saco” é um dessa raça.

Megias pareceu ter se irritado. Largou o celular de lado e me encarou descentemente.

— O que você disse sobre o Kill?

— O que você escutou, queridinha.

— Sai. Do. Meu. Quarto. AGORA!

— Se não o que, hein Bruxa? — Dei um passo para frente, entrando por completo no cômodo e fechando a porta. Porque ia rolar treta.

— VAI PRO INFERNO! — Gritou ela.

— VAI VOCÊ FERRAR COM O TEU NAMORADO!

— VOCÊ SABE MUITO BEM FAZER ISSO NÉ?! É ASSIM Ó — Esfregou um dedo indicador no outro — COM AQUELE EXORCISTA DE MERDA!

— OLHA COMO TU FALAS DO DEMON!

Não deu para segurar. Larguei minha bolsa no chão e parti para cima dela usando minha super velocidade. Descarreguei socos e tapas ao mesmo tempo em que ela. Megias então partira para o golpe baixo, puxando o meu cabelo. Devolvi com a mesma moeda.

Por causa da gritaria e dos vários xingamentos que saiam das nossas bocas, a professora Hanna entrou no quarto e nos pegou no flagra.

— O que diabos está acontecendo aqui?! — Quis saber ela.

[...]

No fim tudo que eu ganhei foi advertência do diretor Ronald. Ele começou a reclamar que mal começara os novos dias na Hunters&killers e eu já estava arranjando encrenca, e que eu só sabia fazer confusão, para eu agradecer por não ter sido expulsa ainda, blá, blá, blá. Aff... Que pé no saco!

Acabei deixando uma risadinha escapar enquanto andava de volta para o meu quarto. Se o Demon tivesse ouvido isso com certeza defenderia o diretor.

Em falar no Logan... Onde ele estava?

Parei por um instante no meio do caminho. A última vez que eu o vi foi com aquele outro vampirinho. Nossa. Demon gosta de um vampiro não é mesmo? Tem amizade comigo, com o diretor e mais aquele baixinho até que fofinho...

Mas então... Eu estava na procura pelo meu amigo. A pergunta que rodava em minha mente era: “Se eu fosse um exorcista com um amigo de maneiras suspeitas, para onde eu iria?”.

Não sei por que, mas algo me dizia que o caminho certo era em direção ao jardim. Todavia o tempo estava tão feio... Alguém acabaria resfriado.

Abri a porta que levaria para o lado externo e me deparei com uma cena... Suuuuuuuuper normal.

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Por Manson Nightmare

— Só me responde com sinceridade! — Pedi para Demon, ficando de joelhos no banco e apoiando as mãos em suas pernas, não ligando para a proximidade de nossos rostos. Ele me encarou surpreso, talvez ainda tentando processar minhas palavras. Após alguns poucos segundos, Demon balançou a cabeça e desviou o olhar, corando. Nossaaa! Meu Demonzinho fica tão fofinho vermelhinho desse jeito.

Esperei ansioso pela resposta, gostaria que ele tivesse olhado em meus olhos enquanto falava, maaas tudo bem.

— Só com você — Balbuciou.

Ao falar tais palavras, palavras aquelas cujo significado me fazia voar nas nuvens de tanta felicidade, ele fechou os olhos com força, como se estivesse com medo do que viria em seguida. Mas eu não fiz absolutamente nada. Fiquei paralisado como uma pedra, de boca entreaberta e os olhos gigantes encarando o ar. O que responder? O que responder produção?

Pisquei algumas vezes temendo que aquilo fosse apenas um misero sonho. Porém, para a minha felicidade, eu estava muito bem acordado.

— Sérinho’ mesmo? — Indaguei.

Ele assentiu com a cabeça, sem parar de apertar os olhos.

Eu abri um sorriso de orelha a orelha. Tão grande que se poderia ser visto de costas. Nem liguei em mostrar todos os dentes da boca. Voei para cima do Demon o apertando com os braços:

— EU TE AMO DEMOOOON! — Gritei. Gritei mesmo.

— Não exagera Manson! — Como sempre ele tentou me empurrar, ainda com as bochechas coradas.

Tive uma sensação de estar sendo observado. Demon parecia não perceber, estava ocupado demais tentando se livrar de mim. Funguei o ar prestando atenção em cada aroma. Havia os das árvores que cercava o colégio, o da água parada na fonte... E o forte cheiro feminino de uma vampira. Encarei os olhos de íris vermelhas atrás de um arbusto. Era Ashley.

Um pequeno sorriso malicioso escapou dos meus lábios. E continuei agindo como se não a tivesse visto. Queria mostrar para ela de quem o Demon pertencia. Ele era meu. Inteirinho meu. E ninguém o roubaria de mim.

Abracei-o com mais força:

— Eu poderia te dar um beijo!

— O- O QUÊ?!

— Qual é amor? Não precisa ser tão duro consigo mesmo. Ninguém está olhando — Cochichei a última parte — E está na cara que você quer. Pode recusar o quanto quiser, mas sabe muito bem que não pode esquecer o que fizemos há anos.

Ele parou de se debater tanto. Afastei-me um pouco para poder olhar aqueles belos olhos cinza. Demon me encarou pensativo, depois bufou, finalmente cedendo.

— Se eu te beijar agora, me promete nunca mais me pedir isso?

— Claaaaro — Que não, completei mentalmente.

Ele respirou fundo e tomou meu rosto em suas mãos, puxando-me para um agressivo beijo. Aiii! Demon... Assim eu gamo mais ainda! Resolvo aproveitar, afinal era um dos únicos beijos que ele me dera por vontade própria. Apesar de parecer fazer tudo do modo mais dolorido que tinha, por exemplo, me morder algumas vezes quase arrancando sangue, ou enfiando a língua com tamanha brutalidade, eu não ligava. Claro que preferiria ser tratado com carinho, mas também já estava acostumado com esse tipo de tratamento.

Fiquei um pouco decepcionado quando ele se afastou. Não era o que eu esperava. Faltavam coisas ali. Faltavam muitas coisas.

Quando procurei pela Ash com os olhos, não a encontrei na posição de antes. Talvez tivesse entendido o recado...

— Está feliz? — Indagou Demon com a cara fechada. A voz mais seca que antes.

— Bem, eu... Não esperava assim.

Ele se levantou, começando a caminhar para dentro da Hunters&killers.

— Não se pode esperar algo bom vindo de uma pessoa forçada — Respondeu me deixando sozinho no jardim.

Justo nessa hora começara a chover, like filmes em modo drama. Fiquei olhando por onde Demon havia passado, pensando e pensando... Ele realmente me odiava né?

O jeito que ele havia dito aquilo foi... Estranhamente diferente. Tá certo que ele vive me dando uns foras e quase sempre é grosso comigo, mas... Pensando melhor, assim sozinho, me lembrei daquele ditado: “Quem ama liberta”.

De maneira nenhuma eu ia parar de insistir no meu Demon, porém parecia que eu estava incomodando ele. E também não queria isso.

Meu Deus! Como estou confuso e molhado.

Fazia sentido. Quanto mais tempo passava, mais eu o amava, todavia quanto mais isso acontecia, mais o ódio do Demon por mim parecia aumentar.

Quando percebi as gotas mornas rolarem no meu rosto, se diferenciando das geladas, eu afastei os pensamentos e enxuguei os olhos. Finalmente resolvi voltar para dentro da Hunters&killers, substituindo a cara de tristeza pelo cotidiano sorriso infantil de sempre, como uma máscara.

Descobri o número do meu quarto sozinho, e só mudei de expressão novamente quando cheguei nele. Joguei-me na primeira cama que vi para logo depois voltar a fazer o que eu estava fazendo lá fora.

— Por que está chorando? — Alguém perguntou.

Olhei para o rapaz loiro parado ao meu lado.

— Quem... Quem é v- você? — Indaguei tentando controlar os soluços.

— Seu colega de quarto... Acho.

Sentei-me na cama, fungando.

— Acha?

— Nicolas Tyler — Estendeu a mão — Ou simplesmente Nick.

Apertei-a, cumprimentando.

— Manson... Manson Nightmare.

Então ele soltou minha mão e voltou a coloca-las nos bolsos.

— Você está na minha cama Manson... Manson Nightmare.

Levantei-me de prontidão.

— Desculpe!

Nick deitou-se nela, sem se importar em colocar os coturnos em cima do lençol. Virou-se de costas para mim.

— Gosto de ficar sozinho.

Espantei-me e voei de novo para a cama que sobrara.

Que rapaz estranho. Uma hora está cumprimentando e preocupado com os outros, na outra está praticamente te expulsando do próprio quarto. Que tipo de raça será que ele é?

Este é o Lightless:


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Notas finais do capítulo

Gostou? Não deixe de comentar, tentarei responder a todos ^^

A separação dos quartos por enquanto está assim:
Duca-----Dark
Megias-----Ash
Cora/Yssa-----Annie (Vou escrever sobre elas no próximo cap.)
Sebasthian Allan-----Lightless
Mansonzinho-----Nick
Kill Bleed-----????
Pamela------????
Demon-----????


Kkkkkkkkkkkk tentei disfarçar, mas vocês já viram que mais tretas ocorrerão no próximo capítulo >,>

Até o/



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