Kami no namida- interativa escrita por PsicoPonei, Alec Azaroth


Capítulo 19
Decições rp


Notas iniciais do capítulo

REPOSTEI POR MOTIVOS DE NÃO PRESTEI ATENÇÃO
Recebi tantas fichas nocas -três-q *-*
eu realmente estou empolgada com essa fic, espero que vocês me ajudem a dar um rumo legal aos nossos personagens.
E Ricchan, eu simplesmente amei sua recomendação, realmente me deixou tão



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1796-40, pé da montanha de Luui, Thartaro;

Mesmo com feridas grotescas e membros decepados, eles não paravam de se erguer. Com sorrisos demoníacos nos lábios, aqueles que deviam ser humanos lutavam como se não se importassem com as feridas; e de fato não se importavam. James já tinha sua lança encharcada de sangue e até mesmo sobre si tinha o líquido rubro. Brandia de um lado a outro, cortando e estocando inimigos que não recuavam. Bateu de costas com As'sucena:

–Isso não esta dando certo - confessou à loira.

–Tem algo em mente? - perguntou antes de berrar qualquer coisa e cravar seu machado no crânio de um homem: este parecia ter recebido a visita da arma de As'sucena anteriormente.

James pensou e então gritou aos outros guardas:

–Soldados, juntos! Formação de defesa!

Alguns dos soldados pareciam perdidos, outros já estavam feridos, mas ainda sim tentaram fazer uma formação mantendo os feridos no centro e os mais aptos ao combate formavam uma muralha de defesa, contudo aquilo não duraria muito, ao contrario de seus inimigos, os soldados logo estariam cansados, feridos ou até mesmo mortos. Frederik já não tinha mais o cavalo sob si:

–Senhor, se não atacarmos o pecador, não temos como vencer - dizia ao comandente entre um ataque e outro

–Eu sei Mouret, - girando a espada, o comandante decapitou um dos inimigos, sua cabeça rolou até ser pisoteada entre as lutas, contudo o corpo sem manteve de pé - não pretendo continuar nessa brincadeira de açougueiro. Você consegue chegar até ele?

–Acho que sim, mas terei que ter ajuda - atravessou a lança em uma mulher, esta conseguiu segurá-la tempo suficiente para que um de seus aliados pudesse enterrar a espada no ombro de James.

Frederik cortou o braço do homem e James teve de largar a lança. Sentiu uma dor insuportável e foi de joelhos ao chão. Nos lábios da morta viva, sangue e um sorriso sádico. Retirou a lança do moreno de seu corpo, como se tivesse tirando uma peça de roupa. Os cabelos de James caíram levemente sobre seu rosto, suor escorreu de sua testa, a respiração era um arfar doloroso. A mulher empalaria a cabeça de James em sua própria lança, se não fosse o machado de As'sucena a chegar primeiro. A loira desferia golpes nos braços da mulher até que só sobrou metade de ambos os membros.

Os soldados mantinham a formação que James intonara, ao menos aquilo fez com que James fosse rapidamente ajudado pelos companheiros.
–Acredito que essa seja a hora Mouret - Disse o comandante - recuaremos!
O jovem lanceiro levou a mão direita sobre o ombro esquerdo lesionado. Sentia o sangue escorrer mais rápido do que esperava. Olhou para o alto da montanha e o pecador já não estava mais lá. Tentou por se de pé, cabaleou e sentiu o braço de As'sucena a ajudá-lo:

–Ei, eu vi uma garota com a metade da sua idade, sem um braço e não estava tão abatida - brincou a loira

O comandante gritava para os soldados restantes, a ordem era ajudar os feridos e recuar o mais imediatamente possivel

–Senhor - James gritou para Frederik, mas este estava longe de mais

–O que é? - perguntou a loira

–A floresta não é segura... Vale... - o vale da cachoeira ficava um pouco mais longe dali, contudo era o mais certo - Daria para se restabelecer e assim reunir forças para um futuro contra ataque

Diria mais coisas, iria até o comandante se possível, contudo apenas fechou os olhos. No mundo de escuridão ela o esperava. Seu sorriso era terno e seus olhos brilhavam, ela sempre estava lá, esperando, em seus sonhos.

1796-40, flecha, soka;

Suas mãos estavam encharcadas de sangue e seus olhos brilhavam naquele mar de chamas e gritos. Soka estava sofrendo novamente, sangrando. O que não fora levado no primeiro ataque, agora estava sendo esmagado. A lança de Khan precipitou-se, um arremesso preciso e um dos saqueadores teve um fim rápido. O moreno pegou sua lança, retirando-a do cadáver e voltou a correr, vez ou outra esquivando de uma flecha ou ataque. Estava quase chegando a sua ruína em chamas quanto uma lança atravessou sua perna. Khan caiu sobre a perna machucada, não se deu ao luxo de praguejar, apenas voltou; e lá estava ele correndo novamente, desta vez, esquivou da lança.

Dez segundos, esse era o limite atual para Khan voltar no tempo. Pode ser, considerado por muitos, algo inútil, até mesmo Khan, no começo de sua vida como pecador subestimou sua própria habilidade, contudo depois de algumas batalhas e feridas fatais evitadas, Khan passou a perceber o quão precioso podem ser esses "míseros" dez segundos. Já havia evitado uma facada nas costas, um golpe no abdômen e duas lanças enterradas em seu corpo graças aquele tênue tempo; contudo já estava cansado.

Chegou a ruína do antigo templo, mesmo sendo um local de escombros e um meio prédio marcado pelo ataque anterior, os saqueadores não deixaram de passar por ali; e novamente o templo voltou a arder. Parecia um castelo infernal. Uma parte do que sobrara do arco de concreto que ficava na entrada cedeu no exato momento em que Khan passara, por pouco não teve seu corpo banhado em chamas; ele fora mais rápido, dando um salto para frente, rolando no chão em seguida. A fuligem e o ar pesado fizeram os olhos do jovem lacrimejarem e uma crise de tosse o atacou. Quando se levantou, sentia seu corpo pesado e uma leve dor de cabeça começou a incomodá-lo. Deu passos largos, queria correr, contudo não tinha fôlego suficiente para isso.

Quando encontrou Nyma, a jovem sacerdotisa deslumbrava as chamas como se fossem um dos nove deuses em pessoa.

–Nyma! Nós temos que sair daqui.

Quando a sacerdotisa se virou, seus olhos não eram humanos. Khan não teve outra reação se não abrir e fechar a boca sem pronunciar uma palavra se quer. Nos últimos dias ficara amigo da jovem sacerdotisa, sempre a ajudando a restaura - ou simplesmente não deixando desmoronar - aquilo que sobrara do templo. De certa forma Khan passou a se apegar a jovem e se sentia feliz sempre que via um vislumbre leve de esperança nos olhos de Nyma, era como u impulso para continuar a ajudá-la; contudo jamais desconfiou que aquela jovem era uma pecadora como ele. Ela sempre mostrou afeição com os pecadores, contudo aquilo nunca lhe trouxe a mínima desconfiança do que a jovem realmente era.

–Ir pra onde? - lágrimas caiam dos olhos amarelados, estes pareciam jóias que refletiam as chamas - Eu vivi minha vida como humana, com medo de ser castigada caso eu usa-se meus poderes. Me purifiquei, me tornei uma sacerdotisa exemplar, jamais feri alguém, jamais deixei meus olhos brilharem e... pra que? - uma expressão desesperadora se formou naquele rosto que um dia fora angelical - Para queimar nesse inferno

–Não - Khan respirou profundamente, queria pegá-la pelo braço e arrastá-la dali, apesar disso, tinha de convencê-la - não temos tempo pra isso. Temos que sair daqui!

–Eu não devo fugir do meu destino. É inútil fugir da vontade dos deuses. Vá você, meu destino já esta traçado aqui. Se os deuses me querem nas chamas, é nelas que eu encontrarei a paz - ela voltou o olhar para aquilo que uma vez foi o altar do pátio

Um vento forte fez as chamas se erguerem, formando garras que se erguiam à mais de dois metros de altura; o fogo realmente parecia querer devorá-la.

–Que se fodam os deuses, Nyma, eu não direi novamente! - Khan berrava, tinha medo de que ela simplesmente se jogasse nas chamas, contudo também queria sair dali; ele se sentia sufocar-se naquele círculo de fogo

Uma gargalhada saiu de Nyma:

–Apenas os pecadores se fodem

A jovem abriu os braços de deu seu primeiro passo para dentro do véu de chamas.

1796-40, Bairro da lama, La F´gahr;

–Nos encontraremos depois - era um homem alto, com uma barba mal feita e um sorriso que poderia deixar qualquer mulher apaixonada; se ele não gostasse tanto de chupar bolas

–Como quiser, meu senhor - Valyrius retribuiu o sorriso e acrescentou o gracejo vazio, aquele jamais seria "seu senhor"

O homem se juntou a seus capangas e assim partiram. Não demorou muito até que Llyene estivesse em sua sombra:

–Eu realmente não entendo por que ainda come ele - resmungou a jovem

Llyene era uma pecadora da solidão, sua pele era bronzeada e seus cabelos passavam a cintura, num tom azul escuro. Era uma mulher decidida que adorava realizar missões perigosas; ela também adorava se meter em sua vida.

–Tão ciumenta - retrucou

–Não é ciúmes!- bateu o pé no chão, o movimento brusco fez os seios da jovem balançarem

Valyrius suspirou, deu um tapa na testa da jovem enquanto passava por ela:

–Se você se comportar, te como um dia desses

O jovem humano subiu as escadas da antiga construção, uma das poucas de mais de dois andares que ainda se mantinham de pé. Atrás dele Llyene resmungava dizendo que não o amava - por mais que fosse algo de conhecimento público - e o quanto aquele homem era descartável e todo aquele papo que Valyrius já havia decorado de cor.

Cansado, sentou-se na sua cadeira no segundo andar e logo tinha a jovem do outro lado da mesa, ainda a falar. Llyene não era do tipo que dava sermões às pessoas, "perturbação" era uma habilidade que a pecadora guardava especialmente para Valyrius.

–Ei, esta me ouvindo!? - bateu uma das mãos sobre a mesa

–Não - desabotoou a blusa, deixando o abdômen descoberto, sentia calor e sabia que aquilo faria Llyene se calar

E tão logo a jovem corou e virou o olhar para qualquer outro lugar, resmungando algo que Valyrius não se importou em ouvir.

–Se não tem mais nada a dizer...

–Na verdade - a morena assumiu um tom sério - eu vim falar sobre o que você decidiu - Valyrius levantou uma das sobrancelhas, deu um olhar entediado para a pecadora que logo percebeu que ele não sabia exatamente do que se tratava - Sobre a rainha

–Rainha? - meia gargalhada saiu do humano - Ela não é rainha

–Você devia considerar uma aliança! - seu tom foi mais de súplica do que persuasão - Ela é a única semi autoridade daqui

–Confesso que ela merece méritos pelo que fez, afinal, foi a única que conseguiu unificar tantos bairros, mas - com uma das mãos e humano arrumou os cabelos, jogando as mechas que estavam sobre o rosto para trás - eu não preciso dela

–E pretende fazer o que? Continuar comendo aquele rabo cabeludo do Muhar? Ele nem se quer tem a metade a força política que Anne tem. E Huto? E o aliado mais inútil que você tem e mesmo assim ele age como se fosse o melhor pecador daqui. Já viu o poder dele? - Llyene levantou ambas as mãos, balançando-as como se estivesse espantando moscas - Ele se acha foda por ter uma maldita cauda!

Aquilo tinha alguma verdade, contudo a ideia de procurar Anne para uma aliança ainda lhe soava como se fosse a ele para pedir esmolas; de fato poderia até precisar dela, mas aquilo não o deixava confortável.
–Ele pode ser uma inimiga, não uma aliada - ponderou

–Só vai saber se ir até ela. Você tem pecadores fortes ao seu lado, fortes para uma batalha, não para uma guerra - mais uma verdade. Uma irritante verdade

Um sorriso se formou nos lábios de Valyrius. Sua situação atual era confortável, contudo sabia que se não fizesse nada, as coisas logo mudariam.

–E pensar que você não se resume apenas em um par de tetas - provocou

A jovem levou ambos os braços na direção dos seios, tentando tapa-los: -E-eles não tem nada a ver com isso!

Valyrius se recostou nas costas da cadeira, fechando os olhos por alguns segundos. Precisava pensar, calcular, formar uma estratégia para dar seu próximo passo.

–Eu prometo que vou pensar - respondeu assim que abriu os olhos.

Um sorriso se formou nos lábios da jovem:

–Obrigada, por hora, é a melhor resposta que você poderia me dar.

1796-40, Fooht;

Tinha o lobo negro a seu lado, corriam na escuridão daquele céu nublado. Quando chegaram na pequena aldeia, ambos estavam cansados, contudo ainda tinham fôlego. Aquela era uma vila do interior de Fooht, era uma vila grande, apesar de estar entre duas grandes florestas. Alguns moradores olharam torto para Anryu, mas esses eram poucos. Uma senhora a cumprimento, trocaram algumas palavras e a jovem voltou ao seu caminhar nas ruas de terra batida da vila. A noite estava fria, contudo os moradores de Solitário - como alguns chamavam a vila - ainda caminhavam ou conversavam com os vizinhos. Quando terminou o noivado, Anryu pensou em deixar a vila, o boato de ser "filha de Satã" realmente fez alguns dos moradores se afastarem a jovem e alguns até foram hostis, mas esse boato logo acabou se tornando uma fofoca boba de um jovem assustado que não queria se casar com uma pecadora.

No fim das contas, Anryu decidiu ficar na vila, tinha uma casa aconchegante, alguns vizinhos simpáticos e uma vida relativamente boa; ah e seu fiel lobo sempre consigo. Já seu ex-noivo deixou a vila duas luas depois de terminar o noivado, e nunca mais o viu. Não sentia saudades dele, tão pouco falta, também não sentia raiva; na verdade, a jovem morena sentia que logo se esqueceria dele.

Passou num mercadinho, comprou algumas fatias de carne de macaco e foi para casa. Aquela foi uma noite calma, jantou ao lado do lobo negro e, depois de ter o estômago forrado, sentou-se perto da janela, olhando o céu sangrento meio coberto de nuvens.

–Ainda não entendo por que os deuses fizeram isso - disse ao lobo

–Vocês, humanos, ligam muito para deuses - resmungou seu fiel amigo - Deviam se preocupar mais com o futuro de vocês

Anryu podia se conectar com a alma de animais, esse era o dom que a solidão lhe deu. Podia entendê-los, conversar com eles e até mesmo partilhar da visão que sua alma tem, embora essa fosse uma parte de seu poder a a jovem ainda não sabia de fato controlar

–Bom, eles tem mexido tando em nossa vida, que nos faz pensar no que eles realmente querem - deu de ombros - mas eu não vivo pensando nisso

–Não é a primeira vez que me diz isso - retrucou o lobo

–Oh, é? - já havia dito aquilo ao amigo algumas vezes, mas sempre fingia se esquecer do que falaram antes - Eu não tenho uma memória muito boa

–Sínica - o lobo se deitou próximo a lareira, o fogo era aconchegante naquela noite - E o seu futuro Anryu, o que pretende fazer nas próximas luas?

A pergunta fez a pecadora pensar. Deu um ultimo olhar vagaroso para o céu, fechou a janela e deitou-se na cama:

–Não sei, meu bom amigo, realmente não sei.


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Notas finais do capítulo

Gurasame, não consegui encaixar seu personagem nesse cap. mas ele estará no próximo o/
James, a resposta da sua interação, espero que não me mate por isso :c

INTERAÇÕES

Khan: Você vai salvar Nyma?

Valyrius: O que você fará em relação a essa tal aliança?

Anryu: O que pretende fazer daqui pra frente

Senhora Safena, Comente ou Atenas sairá da história...

Obrigado queridos e até a próxima



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