Change your mind escrita por I am Gleek


Capítulo 15
Epilogo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora pessoal.



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Quinn sorriu enquanto mexia nos cabelos de Rachel, observando a garota dormir tranquilamente.

Fazia algum tempo que era basicamente rotina uma dormir na casa da outra durante o fim de semana.

Depois daquele almoço, sempre que possível se reuniam todos para algum programa durante a tarde. No fim do dia acabavam ficando para passar a noite juntas.

No começo, quando começaram a já levar uma bolsa com roupa para a casa da outra quando se reuniam, ou simplesmente quando saiam as duas, ou só quando iam ficar uma na companhia da outra – eram raros os finais de semana em que isso não acontecia – Leroy começou a reclamar e chegou a tentar ter “a conversa” com as garotas, que fugiram como o diabo da cruz. Rachel acabou não conseguindo escapar completamente, mas assegurou ao pai que não estavam fazendo nada alem de dormir, e, depois de levantar no meio da noite e ir olhar as garotas, ele sossegou.

– Hey, baixinha. – Quinn murmurou próximo ao ouvido da menor – Acorda pequena.

– Não quero.

– Nem se eu disser que te trouxe café na cama?

– Depende o que tem ai pra comer.

– Fiz suas panquecas vegans.

– Você sabe como me tirar da cama. – a judia brincou virando de frente para a namorada – Bom dia.

– Bom dia. – Quinn lhe deu um selinho.

As garotas ficaram mais ou menos meia hora ali, comendo e conversando, antes que alguém batesse na porta.

– Bom dia meninas. – Hiram sorriu, entrando no quarto da filha – Quem invadiu minha cozinha e fez aquele café? – brincou – Espero que não tenha sido Rachel.

– Hey! – a judia reclamou.

– Fui eu, Hiram. – Quinn sorriu.

– E vejo que Rachel tem direito a café na cama. – disse quando Leroy entrou no quarto – Por que não aprende com a Quinn?

– Você sabe que acordaria com a cozinha pegando fogo, certo? – Rachel caçoou.

– Como se você fizesse muita coisa. – Leroy revirou os olhos – Não sei cozinhar nem mesmo um café da manha, mas ainda posso te levar pra jantar. – deu um beijo na bochecha do marido – Ou ter algumas aulas com a Quinn.

– Você e minha namorada sozinhos em um lugar com facas? Não mesmo. – Rachel balançou a cabeça negativamente – Quero ela viva.

– Não mataria ela de propósito.

– Acidentalmente? – Quinn brincou.

– Com ele na cozinha? Não duvide disso Fabray. – Hiram brincou.

– Agora ofendeu. – Leroy reclamou – Vou provar que posso cozinhar. Vou fazer o almoço hoje. E nem adianta reclamarem.

Leroy saiu para a cozinha reclamando sobre a falta de confiança da família nele e Hiram riu.

– Vocês escolhem o restaurante.

***

– Droga. – Leroy reclamou jogando alguma coisa que, se não estivesse na panela, Quinn juraria que era carvão, fora e a loira riu.

– Quer ajuda?

– Não.

– Certeza? Hiram e Rachel já foram comprar seja lá o que eles queriam e eu disse que ia embora, e depois voltava... Eu posso te ajudar. Deixamos a maior parte pronta. Você fica apenas com algo simples para terminar enquanto eu vou para a casa pegar Beth, para que eles não desconfiem, e, qualquer coisa, você me liga. Eles não precisam saber. E eu... Realmente preciso conversar com você. Seria uma boa oportunidade.

Leroy encarou a água com aparência repugnante que virou o que deveria ser um molho e suspirou.

– Eles não vão saber, certo?

– Da minha boca não sai nada. – a loira sorriu.

***

– A casa esta inteira. – Rachel sorriu, descendo do carro – É um bom sinal.

– Não vá dizer algo que possa magoar seu pai, certo? – Hiram pediu – Mesmo que eu tenha certeza que vamos acabar em um restaurante.

– Tudo bem.

Eles entraram em casa e se encararam quando um cheiro que realmente não se parecia com nada que considerariam Leroy capaz de cozinhar os atingiu.

– Pai? – Rachel chamou indo para a cozinha e seu queixo caiu ao vê-lo colocando uma salada na mesa já cheia.

– Hey Rach. – ele sorriu.

– Quem cozinhou? – Hiram perguntou, entrando na cozinha.

– Eu disse que ia provar que consigo. – sorriu orgulhoso.

– Você fez isso sozinho?

– Basicamente. – realmente, Quinn mal havia colocado a mão em nada ali. Mas indicara como ele deveria fazer cada coisa.

– Basicamente?

– Eu só não sabia as receitas de cabeça.

– Desculpe dizer, mas eu duvido. – Rachel murmurou – Você experimentou tudo?

– Sim.

– E está bom?

– Se não estivesse, eu não colocaria na mesa. Vão lavar as mãos e vamos comer.

– Temos que esperar a Quinn. – Rachel o lembrou.

– Eu sei. Falei para ela trazer Frannie, Judy e Beth também.

– Então, ligue par... – Hiram foi interrompido pela campainha.

– Eu atendo a loira.

– Já voltamos. – Hiram e Rachel correram escada acima e Leroy foi abrir a porta.

– Ola Leroy. – Judy sorriu, o cumprimentando – Quinn disse que você nos convidou.

– Claro. Entrem. Hiram e Rachel já vão descer. – o homem sorriu – Hey Beth. Como vai?

– Eu to bem, vovô. E o senhor?

– Eu to ótimo pequena. Por que você não corre lá em cima e da um susto na sua mamãe?

– Eu posso?

– Não Beth. – Quinn disse, seria.

– Pode sim. Eu deixo. – Leroy piscou. Beth não pensou duas vezes antes de subir correndo.

– Você a mima muito. – Judy riu, indo para a sala seguida de Frannie.

– O que eu posso fazer? É minha primeira netinha. – deu de ombros fazendo as mulheres rirem.

– Eles desconfiaram? – Quinn sorriu, ficando para trás com o sogro, que a impediu de seguir a mãe e a irmã.

– Não.

– Isso é bom.

– Ok. Agora, me mostre antes que alguém apareça.

***

– Ok. Definitivamente, não foi você quem fez isso. – Hiram acusou quando terminaram de comer.

– Concordo com o papai.

– Que bom que confiam em mim. – Leroy disse, irritado.

– Oh, querido, não fique bravo. Mas você lembra o que aconteceu da ultima vez que você tentou cozinhar, certo?

– Bom, o que importa é que a comida estava boa. – Quinn disse – Mesmo se ele tiver pedido em um restaurante, ou algo assim.

– Oh! Obrigado pela confiança. Mas você me viu cozinhando quando saiu.

– Isso é verdade.

– E a comida ao menos se parecia com a que acabamos de comer? – Hiram perguntou.

– Sem duvida.

– Acho que devo lhe dar os parabéns, então. – Hiram deu um selinho no marido.

– Por que não mudamos o assunto? – Quinn sorriu – Por exemplo... O que aniversariante pretende fazer amanha?

– Sem planos. – Rachel sorriu para a namorada.

– Agora você tem.

– E quais seriam eles?

– Não te interessa. – riu quando Rachel revirou os olhos – Os senhores também. – Quinn sorriu para os sogros – Não marquem nada para amanha. Passo para buscá-los por volta de meio dia.

– Estaremos prontos. – Hiram sorriu.

– O que eu devo usar? – Rachel perguntou.

– Fique tranqüila com isso. Não vamos a nenhum lugar sofisticado.

– Eu diria que vocês vão lá pra casa, para um almoço preparado pela melhor cozinheira da família. – Frannie disse.

– Você sabe manter a porcaria da boca fechada?

– Mas eu nem contei a melhor parte.

– Franciele. – Quinn reclamou e a mais velha riu.

– Ok, agora eu fiquei curiosa.

– Amanhã, pequena. – Quinn sorriu e se inclinou para dar um beijo em Rachel.

– Hey! Eu to aqui. – Beth reclamou.

– Acho que ta na hora de você começar a sentar sozinha. – Quinn riu.

– Acho que ela ta no lugar perfeito. Continue com ela no colo e a boca longe da minha filha. – Leroy disse fazendo os outros rirem.

– Ainda estou curiosa. – Rachel reclamou.

– Menos de vinte e quatro horas, Rach. Tenha paciência.

Mas paciência era algo que a judia não tinha.

Depois do almoço, Quinn e Rachel cuidaram da louça, com Rachel perguntando sobre o dia seguinte a cada cinco minutos.

A loira foi embora com as outras Fabrays logo depois, dizendo que tinha coisas para fazer, mas não escapou de pelos menos cinqüenta mensagens da namorada perguntando o que ela estava aprontando.

No dia seguinte, os Berry chegaram à casa de Quinn no horário combinado – já que, de acordo com a loira, Frannie tinha estragado a menor parte da surpresa – e Quinn ouviu coisas como “Q, por favor, me diz”, “Quinn, baby, por favor”, “Amor, por favor, você sabe que eu odeio surpresas”, “Pra que tanto suspense Q?”, “Vamos lá amor. Me diga o que é”, “Você quer me matar de curiosidade, Quinn?” e, quando estavam sozinhas na cozinha... Bem, Quinn quase perdeu um dedo enquanto tentava continuar cortando a salada enquanto Rachel a provocava.

A loira tinha certeza que a judia só não a provocou durante o almoço também, por que Beth estava na cadeira entre elas.

– Mãe, a gente já pode entregar os presentes da mamãe? – Beth pediu, depois que acabaram de comer, com os olhos brilhando.

– Por que não? – Quinn sorriu – Vai lá em cima pegar eles e a gente te espera na sala, pode ser?

– Mas eu não consigo trazer todos.

– Poxa. To vendo que alguém exagerou. – Leroy piscou para Quinn.

– Beth esta exagerando. – Quinn riu.

– Vamos lá Beth. Eu te ajudo. – Frannie riu – Q, aquele, em especifico...

– Comigo.

– Do que vocês estão falando? – Rachel tentou mais uma vez.

– Até eu estou curiosa. – Judy disse – Ela não quis me contar também, Rachel. – Judy suspirou.

– Só você e Frannie sabem? Estou começando a ficar com medo.

– Seu pai também. – Quinn piscou para Leroy que riu.

– Espera. O que? Isso é traição, pai!

– Não é não. Você nem me perguntou nada, em minha defesa.

– Por que não vamos para a sala, e acabamos mais rápido com essa curiosidade de vocês? – a loira riu, levantando.

Quando chegaram à sala, encontraram Frannie e Beth já colocando alguns presentes sobre o sofá.

– Ok. Os pais começam. – Hiram disse, indo pegar o embrulho que ele e Leroy haviam entregado para que Quinn levasse no dia anterior.

– Obrigada. – Rachel sorriu para os pais, abrindo o embrulho.

Depois de ganhar uma câmera de seus pais, uma bolsa de Judy, uma blusa e uma saia de Beth, e um colar de Frannie – os olhos da diva brilharam ao ver o pingente de estrela com seu nome gravado – Rachel sorriu para a namorada.

– Acabe com minha curiosidade. – pediu fazendo os outros rirem.

– O que? E quem disse que esse é o meu?

– É meu, mamãe. – Beth pulou do sofá, pegando o embrulho e entregando a diva.

– Fui eu quem escolheu. – a garota sorriu e Quinn piscou para a namorada, que riu vendo a estrela de pelúcia, com seu nome no meio – Você adora estrela, daí eu pedi pra mamãe mandar colocar seu nome.

– Eu adorei Beth. – Rachel apertou a menor que riu.

– Ok, agora não sobrou nenhum. Fabray, o que você esta aprontando pra minha filha? – Hiram brincou.

– Não se preocupe Hiram. Se fosse algo... Indevido, Leroy não deixaria. - brincou.

– Isso me decepciona. – Rachel murmurou no ouvido de Quinn a abraçando.

– Vamos ao tão falado presente. – Frannie disse e Quinn se afastou da namorada rindo.

– Certo. Sentem, e esperem.

– Pensei que tava com você.

– Esta. Você não sabe de tudo Frannie.

– Magoou. – a mais velha brincou.

Quinn voltou para a sala com um bolo – que ela jurou ser vegano, o que causou reclamações da Frannie, até ela experimentar – e, depois de cantarem parabéns para Rachel, a judia reclamou por Quinn a estar enrolando.

– Eu só quero deixar pra mais tarde, ok? É engraçado te ver assim. – Rachel fechou a cara e se afastou da namorada, que suspirou e a puxou para si, a abraçando – Tudo bem. Mas não fique brava comigo.

– Então pare de enrolar.

– Certo. – Quinn se afastou um pouco de Rachel, que se virou para ela, e pegou algo no bolso na blusa.

– Hum... Espero que goste. – Quinn abriu a caixinha, e Rachel ofegou.

– Ai meu Deus. Você... Você está...

– Não é um pedido de casamento. Ainda. – Quinn sorriu.

– Então...

– Quando eu vi essa aliança, eu achei sua cara. Não é uma aliança de noivado, mas... Eu quero que todos saibam que você é minha. Uma aliança parece mostrar isso. Da próxima vez que algum rapaz solteiro te ver por ai, vai pensar duas vezes antes de se aproximar. – disse fazendo a menor rir.

– É linda Quinn. – Rachel deu um selinho na namorada, que sorriu colocando o anel no seu dedo – Céus! Por que me sinto casada se o pedido nem foi feito ainda? – Rachel brincou fazendo Quinn rir.

– Tudo há seu tempo.

As garotas pareciam ter esquecido que não estavam sozinhas na sala quando Rachel puxou Quinn para si.

– Eu não quero ver isso garotas. – Frannie disse, as fazendo se separarem, vermelhas – Vão para seu quarto Quinn.

– Quieta Frannie.

***

A formatura das duas não demorou para chegar.

Quinn foi aceita em Columbia, com uma bolsa de cem por cento – tanto o glee club quanto as Fabrays e os Berry passaram uma semana comemorando a mais nova conquista da Fabray – e Rachel já tinha sua passagem em mãos. Não foi surpresa para ninguém que a baixinha tenha sido uma das três primeiras aceitas em NYADA.

Menos de um mês depois de se formarem já tinham uma casa para onde ir – presente de formatura de Leroy, Hiram e Judy – próxima a faculdade de ambas, uma boa conta bancaria, que daria conta de mante-las por pelos menos um ano e meio – alem da promessa de uma ajuda financeira de seus pais, mesmo que as meninas estivessem determinadas a conseguirem um emprego – e a companhia de Santana Lopez, Kurt Hummel, e, de algum modo que ninguém saberia explicar, Brittany Pierce e Noah Puckerman – aceitos em Columbia, NYADA e Julliard, respectivamente – que também já tinham onde ficar – seriam praticamente vizinhos, e Quinn estava apostando que isso tinha sido armado por seus pais, mesmo que esses jurassem ser coincidência. – Kurt era o único que moraria sozinho no próximo ano, enquanto esperava que Blaine se formasse, alem de Puck, que, ninguém sabia dizer como – a não ser Will, mas isso é outra historia –, também havia sido aceito em Julliard, e cursaria teatro.

Os cinco estavam entrando no avião, acompanhados de Beth, que moraria com as meninas – que planejavam pagar uma baba – enquanto eram observados pelos pais e os membros do glee, que sorriam orgulhosos para eles.

– Sabe de uma coisa? – Leroy murmurou para o marido, enquanto limpava uma das lagrimas que insistiam em cair – Eu não poderia escolher alguém melhor para Rachel.


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Notas finais do capítulo

E isso ai gente. Acabou :(
O que acharam da fic?