Estava caminhando tranquilamente, quando uma garota pulou na minha frente, me assustei com aquilo.

XXX: você ficou maluca garota? É proibido fumar aqui! (Não me lembro do verdadeiro diálogo)

__Desculpa, sou nova, não sabia. –disse e depois joguei o cigarro no chão.

__Como você é imbecil, pessoas sentam aqui, comem aqui! –disse e pegou o cigarro. __Engole! –disse e veio com o cigarro na minha direção tentando me fazer engolir.

__Não! Para com isso! Engole você! –respondi e a empurrei. Depois sai correndo.

Bom, depois disso foi a mesma coisa. As mesmas aulas chatas, professores chatos, pessoas chatas.... uma chatice eterna...

Assim que deu o sinal da última aula sai correndo da sala e fui em direção ao portão. Já tinha decorado o caminho, então peguei outro cigarro e fui fumando para casa.

Quando cheguei, encontrei minha mãe na cozinha.

__Oi! Como foi seu 1º dia?

__Uma merda...

__Ah querida, no começo é assim mesmo...

__Não comigo mãe. Onde esta meu pai?

__Esta com um paciente.

Meu pai iria trabalhar em casa, seu consultório era o escritório que tinha na casa. Quem será que seria o paciente? Por pura curiosidade, fui indo em direção ao escritório. A porta estava aberta, pude ver um garoto loiro e os dois conversavam, nem prestaram atenção em mim ali, de onde eu estava não conseguiriam me ver, eu acho. Fiquei observando o garoto por um tempo, era simplesmente lindo como disse era loiro e bem branquinho, os olhos eram negros e intensos, estava sorrindo e pude ver suas covinhas. (*.*) estava admirando a beleza do loiro quando percebi que ele estava me olhando. Que beleza, pega no flagra, arregalei os olhos e pude sentir minhas bochechas quentes. Sai dali e corri para meu quarto. O sangue estava bombardeando rapidamente em meu coração. Porque isso? Só porque viu um garoto bonito? Que idiota. Peguei meu iPod e coloquei os fones, a musica estava alta e não escutava mais nada. Fechei os olhos e um sorriso com covinhas fofas vieram em minha mente. Os abri rapidamente e balancei a cabeça para desviar aqueles pensamentos. Depois cai no sono.

Um pouco mais tarde, quando acordei fui procurar minha mãe, mais ela não estava em casa. Fui procurar meu pai então, fui até o escritório e me arrependi na mesma hora. Meu pai estava agarrado a empregada no sofá do escritório. Quando me viu Ben arregalou os olhos e veio em minha direção.

__Violet... espera me deixa explicar.

Não dei bola e corri para meu quarto novamente. Fui para o banheiro e peguei uma lamina. É, eu me mutilo sim, esse é o único jeito que encontrei para libertar toda dor e coisas ruins que habitam dentro de mim. Estava fazendo meu terceiro corte, quando uma voz masculina atrás de mim me disse:

__Você esta fazendo errado. Se quer se matar corte na vertical. – a voz era rouca e sexy. Quando me virei vi o garoto de hoje mais cedo. Estava escorado no batente da porta de braços cruzados.

__O que você esta fazendo aqui? –perguntei

__Se quer realmente se matar, não se esqueça: feche a porta. –disse e foi fechando a porta.

Depois que ele saiu, olhei para a pia que estava cheia de sangue, e depois para o espelho. Me vi cortando minha garganta e um monte de sangue saindo para logo depois eu cair no chão morta. Pensei em fazer isso, mais algo me impediu. Não sei o que. Como se tivesse acordado, limpei aquela sujeira e sai do banheiro.