O beijo de Mark era calmo e suave, demonstrava todo o carinho que ele tinha por a garota, demonstrava principalmente amor, mas justamente esse sentimento Natalie realmente não queria que ele tivesse, Mark não poderia gostar dela, não dessa maneira, seu beijo era tão diferente daquele que não saia dos seus pensamentos, a última coisa que poderia dizer é que era um beijo calmo e suave, a maneira que ele a tocava era única, a sensação que seus lábios causavam nos dela não poderiam nunca ser descritas com simples palavras, para ela Sebastian não era o monstro que quer destruir o mundo, mas para ela era diferente por mais que tentasse não conseguia vê-lo assim.

Quando percebeu que seus pensamentos voaram novamente para ele, ela gentilmente se separou de Mark, não queria magoá-lo, mas não gostava dele dessa maneira.

– Agora você vai me prometer que vai tentar dar um jeito nisso que você fez –ela disse

–Prometo, mas eu preciso saber que me perdoa, eu só me juntei a caçada porque pensei que vocês tinham morrido, você entendeu isso não é? –ele disse

– Claro que entendi, e te perdoo, pensei que estivesse morto –ela disse e ele a abraçou

– Senti sua falta –ele disse de maneira que só ela escutou

– Eu também –ela disse

– Por favor não vai, volta pra Idris lá você vai estar segura –ele disse

– Sabe que não posso –ela disse

– Então por favor fique viva e quando tudo acabar volte, eu preciso de você –ele disse

Natalie entregou sua pedra enfeitiçada a ele, então Mark foi embora sendo engolido pela escuridão.

Ninguém falou nada sobre o que havia acabado de acontecer e eles continuaram o caminho que estavam fazendo antes de Mark aparecer, e finalmente chegaram a uma espécie de vórtex composto apenas por escuridão.

E ela sem esperar ou pensar em nada apenas entrou na escuridão.

Estava indo em direção ao instituto, usava como de costume roupas bem mundanas, uma blusa xadrez vermelha, saia preta, all star preto e uma bolsa preta,(http://www.polyvore.com/natalie/set?id=132086615), por um momento ela olhou para o braço, estranhou ao não ver nenhuma runa lá, mas por mais estranho que isso parecesse ela ignorou, na verdade tentou ignorar.

Tudo pareceu ainda mais estranho quando ao chegar no instituto o lugar parecia uma igreja, mesmo assim ela entrou, percorreu o caminho que já conhecia tão bem e encontrou os Blackthorn e Emma treinando, ficou ali um tempo apenas observando-os Então eles perceberam sua presença

– Quem é você e como entrou aqui? –Mark disse

Ela não podia acreditar no que havia acabado de ouvir Mark não a conhecia como isso poderia ser possível.

– Sou eu Natalie –ela disse como se isso pudesse fazer ele se lembrar ou dizer que isso era apenas uma brincadeira

– Como entrou aqui mundana? –ele perguntou

– Eu não sou uma mundana, eu sou uma caçadora de sombras como vocês –ela disse

– Se é uma caçadora de sombras onde estão suas marcas? –ele perguntou

Nesse momento Natalie podia dizer que estava conhecendo a dor, Mark a pessoa que ela quis ter como parabatai não a conhecia. Seu maior sonho havia se realizado ela era uma mundana, deveria ficar feliz por isso, mas definitivamente feliz era o último adjetivo que ela poderia usar para se caracterizar naquele momento.

Fechou os olhos esperando acordar de um pesadelo e então ela sentiu pousar no chão . Estava em um lugar que parecia a superfície da lua, o céu do lugar era cinza e amarelo o sol estava em um tom laranja e baixo não havia nuvens ali.

Procurou os outros, e depois de alguns segundos de caminhada encontrou Jace sentado no meio de algumas pedras, se aproximou dele, por o estado que ele estava não podia imaginar o que ele havia visto.

– Jace –ela disse fazendo ele focar-se nela Ele estava com um olhar perdido, realmente ele havia visto algo terrível

– Não vai me perguntar o que vi é o que qualquer pessoa faria –ele disse tentando soar sarcástico

– Primeiro eu não sou qualquer pessoa, segundo sei que se perguntasse não me responderia então não pergunto –ela disse

E a cada momento ele percebia o quão no fundo Alec e Natalie eram parecidos, por mais que ela conseguisse ser muito irritante ela o conhecia muito bem, ela talvez fosse a única pessoa que conseguia perceber o que ele estava sentindo mesmo que ele escondesse muito bem, talvez ela percebesse por que o mesmo acontecia com ele, ele sempre percebia o que ela estava sentido por mais que para todos ela conseguisse esconder.

– Vamos temos que procurar os outros –ela disse