— Essa é a sua primeira lição: nunca ouça o que os dizem. — A loira sussurrou no ouvido da melhor amiga. — Se continuar a ouvi-los irá se tornar o que você menos deseja.

— Mas eu não gosto do jeito que me tratam… — Marley suspirou se sentando no colo da amiga. — E também odeio fingir que nós não temos nada, na verdade, eu não vejo motivo para fazermos isso.

Quinn não queria admitir, contudo ela não achava nada bom para sua imagem ser conhecida como a "lésbica da escola". Não que ela fosse uma garota sem alma, mas uma das coisas mais importantes para ela em seu último ano na escola era se manter no topo. Nenhum erro, nenhuma falha. Era um tanto desconcertante ver Marleychorando a cada vez que é tratada mal ou tentando fazer com que o relacionamento das duas virasse algo aberta a todos, porém Quinn não deixaria de modo algum.

— Você costuma pensar que as coisas são fáceis, mas prefiro que continuemos com nossos encontros escondidos. — Quinn passou sua mão pelas coxas de Marley acariciando-as. — Você já ouviu as pessoas dizerem que tudo o que é escondido é mais gostoso? Então, aproveite isso. Quando crescermos tenho certeza que vamos rir disso tudo.

— Ainda não sei por que ouço o que você diz, mas eu gosto de te encontrar toda vez aqui. — Marley parou as mãos da amiga. — Gosto de sentir o seu perfume doce, ainda mais de sentir o gosto de morango do seu beijo….

— Mas, lembre-se, acima de tudo somos amigas. — Quinn interrompeu a morena, segurou o queixo dela e a puxou para um beijo calmo.

Marley não respondera nada, afinal seria inútil. Embora ela amasse Quinn, para a loira tudo isso não passaria mais de pura amizade, entretanto, enquanto elas estivessem juntas não haveria problema algum manter aquilo escondido. Era apenas uma grande besteira continuar tentando fazer a loira amá-la.

As duas garotas passaram horas aos beijos em uma casa da árvore abandonada — a qual elas haviam encontrado por acaso em um de seus passeios proibidos. Os pais de Quinn eram extremamente religiosos, sendo assim, não deixavam a garota andar com nenhum garoto, mas para a sorte dela, eles deixavam que ela fosse para qualquer lugar com Marley.

Após anos passeando juntas, Quinn havia descoberto que não precisava ficar com garotos escondido. Era apenas chamar sua melhor amiga e trancar a porta de seu quarto. Porém como a loira amava a natureza, resolvera que ir para um lugar mais ameno para beijar sua melhor amiga.

— Marls, o que você acha de tentarmos algo novo? — Quinn mordeu o lábio inferior, deitando a morena no chão e instigando as partes intimas da mesma. — O que você acha? Não quero te forçar a nada.

— Você não precisa nem perguntar, Quinn, eu já me entreguei a você faz um bom tempo.

Quinn sorriu satisfeita. Com cuidado ela tirara a calcinha da morena e começara uma sessão de carícias. A loira sabia que Marley era virgem, então tomara todo o cuidado do mundo com a garota, mas era muito melhor que a morena perdesse sua virtude com ela ou com um garoto qualquer. E Marleysabia que Quinn iria tratá-la com todo o respeito do mundo.

***

— Eu te amo. — Marley sussurrou no ouvido de Quinn.

A loira não respondera nada, apenas sorrira e dera um longo beijo na morena.

Ambas estavam nuas, abraçadas uma a outra, e mesmo que aquilo parecesse mais um filme lésbico pornô, para Quinn aquele era um dos melhores momentos de sua vida.

Enquanto isso Marley se martirizava mentalmente por ter expostos seus sentimentos novamente, ela deveria lembrar primeiramente que as duas eram somente amigas, aporta da casa de madeira fora aberta bruscamente.

As duas garotas levaram um tremendo susto, como alguém havia ido parar lá? A garota que havia acabado de entrar estava com trajes surrados, descabelada e estava com os olhos vermelhos – provavelmente por chorar. Ela de princípio não ligou por Quinn e Marley estarem sem roupas, parecia que havia algo mais importante para que ela pudesse se importar.

— Vocês não deveriam estar nessa floresta, ela é amaldiçoada. — Ela fechou a porta fortemente, aproximando-se de Marley e beijando-a. — Prazer, Santana Lopez.

— O que você pensa que está fazendo? — Quinn estava pronta para dar um soco na intrusa, porém logo esqueceu o que faria ao ver que Marley estava soltando faíscas pelas mãos.

— Estou salvando minha vida, meu bem. — Santana dera um sorriso perverso, deixando que Marley pela porta da frente. — Se eu fosse você, loirinha, fugiria agora. As coisas vão ficar um tanto quentes por aqui.

Quinn não conseguia mais se mover ao ouvir um barulho vir de fora, apenas vestiu seu vestido e saíra para fora da casa da árvore para ver o que Marley estava fazendo.

Ela não conseguia acreditar que sua melhor amiga estava fazendo fogo sair de suas próprias mãos. Era um absurdo ver aquilo. Num piscar de olhos, ela vira Santana sumir. Em pouco segundos Marley estava tacando fogo para um lugar que elas nunca haviam ido na floresta.

Quinn gostaria de ficar para ver o que estava acontecendo, mas o medo falara mais alto. Sua melhor amiga havia sido possuída?