Só podia ser você! escrita por Malia Marescotti


Capítulo 8
Se mantenha forte !


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, desculpa por ter demorado mas como eu disse, foi o meu niver e não consegui postar. E só pra deixar mais interessante meu pc caiu e estragou a entrada do negocinho de carregar o pc, e o meu ta com a bateria viciada, não liga sem estar na tomada.
Espero que gostem desse capitulo. Tem o primeiro POV da Silena ! Até lá em baixo.



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(Finjam que esse homem atrás dela é o pai, ok ? )

Annabeth POV

Não sei o que dizer. Esses dias tem sido bastante tristes. O avião do pai de Silena caiu, e todos os passageiros morreram. Pelo menos era um avião da empresa então os presentes eram apenas o piloto, o co-piloto, uma comissária de bordo, o Sr. Beauregard e sua assistente. Ontem foi o funeral, e Silena chorou o enterro inteiro. Ela e sua mãe nunca foram tão próximas, pois os pais se separaram quando pequena e ela foi morar com o pai. Mas, menos de dois anos eles voltaram e Si voltou a falar com a mãe, como mãe e filha deveriam se falar. — Temos que fazer alguma coisa gente. — Thalia disse. — Já estou preocupada, ela não come desde ontem.

— E desde o funeral ela não saiu do quarto e nem parou de chorar. — completou Piper aflita.

— Meninas, vocês se lembram da Clarisse ? — eu perguntei e elas assentiram.

— Apenas confirmando. Clarisse, aquela menina nova meio gordinha e super violenta, e que esta tendo aulas de historia com agente ?

— Essa mesma. Ela me ligou ontem depois do funeral, eu perguntei por que ela tinha ido até lá, e ela disse que ela e Silena eram amigas, mas se afastaram depois que ela se mudou.

'' Ela também disse que estava combinando uma reunião de alunos do primeiro ano que perderam algum dos pais para que dessem apoio à nossa amiga. Ela também disse que quando perdeu a mãe, Si a ajudou a superar e que agora ela vai devolver o favor.

— Então ela te chamou Annie ? — Thalia perguntou pondo a mão no meu ombro. Eu apenas assenti e ela me deu um sorriso forçado. — O que não sai da minha cabeça é como essa menina que entrou na escola esse ano, já sabe quem perdeu algum dos pais.

— Isso não importa, nós temos que falar com Silena e convence-la a ir. — Piper disse confiante. As vezes quando Piper fala uma coisa qualquer por mais idiota que seja, é como se você sentisse a obrigação de cumpri-la. Eu acho que ela usa o charme como sua mãe Afrodite.

— Vamos fazer um pouco de brigadeiro pra ela, ela ama brigadeiro. — eu disse sorrindo.

— Eu também amo brigadeiro sabe Chase. — Thalia estava dando uma indireta super direta dizendo que quer brigadeiro também. Eu sorri mais ainda. — Me diz uma coisa comestível que você não ame Lia ! — Piper disse a provocando.

— Verdade, vamos apenas ir fazer logo esse brigadeiro, por mais que eu queira, acho que Si precisa mais do que eu. — Thalia confessou.

***

Silena POV

Eu estou me sentindo muito mal. Meu pai era como meu melhor amigo. Eu nunca tive um relacionamento muito normal com a minha mãe, ela e meu pai se separaram quando eu tinha cinco anos, mas faz mais ou menos dois anos que eles estavam juntos de novo, e nesse tempo eu me aproximei dela novamente.

Estava deitada na cama conversando com Clarisse por mensagem no celular quando ele tocou, era a minha mãe. Eu atendi e ela estava chorando, eu fiquei preocupada perguntei o que estava acontecendo e ela pediu pra que eu fosse até a casa do meu pai, onde os dois estavam morando. Me despedi de Clarisse e avisei as meninas que estava saindo. A preocupação já estava me controlando e eu senti como se essa fosse a viagem mais longa que eu já estive.

Quando cheguei no portão da casa dos meus pais o porteiro acenou e o abriu. Ele também estava com uma cara triste e isso me deixou mais aflita. Parei o carro em frente a porta de casa, ela estava meio aberta então só tive que empurra-la. Quando a atravessei olhei envolta e minha visão se focou em um grupo de pessoas sentadas com as mãos na cabeça. Andei até eles e quando meu olhar encontrou o de minha mãe ela se levantou em um pulo e correu para me abraçar. Eu não estava entendendo nada e minha mãe apenas deixava lágrimas caírem em minha blusa.

Eu a perguntei o que ouve e ela se afastou apenas o bastante para me olhar nos olhos e disse que o avião do meu pai caiu e que não houveram sobreviventes. Eu entrei em estado de choque e não consegui me mexer, era como se meu mundo estivesse ruindo e eu não pudesse fazer nada para salvá-lo. Minhas pernas ficaram bambas e a única coisa que me lembro foi de cair de joelhos e ver apenas a escuridão.

Pelo que fiquei sabendo fiquei desacordada por apenas quinze minutos, quando acordei, abri os olhos lentamente pois a luz me incomodava. Me deparei com três cabeças em cima de mim, eram Lia, Annie e Pip. Elas me ajudaram a levantar e eu fui capaz de ver que estava no meu quarto deitada na cama.

Quando me levantei fui em direção a cozinha e lá encontrei minha mãe sentada no chão chorando com a cabeça entre os joelho. Me sentei ao seu lado e a abracei, ela se virou e eu tentei parar de chorar mas assim como ela era impossível. Eu sabia que tinha que ser forte por ela, mas não é nada fácil. Ficamos assim por um longo tempo e ela me disse que o funeral seria no dia seguinte e me pediu para ficar em casa com ela. Eu concordei e me despedi das meninas que me deram fortes abraços e palavras confortantes. Annie era a única que sabia como eu me sentia e me disse que isso não iria passar em um piscar de olhos mas que a vida continua e que devemos ser fortes.

Eu subi ate o meu quarto enquanto minha mãe tomava um banho e liguei para Clarisse. Eu e ela éramos grandes amigas até que o pai dela decidiu se mudar depois que a esposa veio a falecer. Eu e ela mantivemos contato pelo primeiro ano e depois paramos de nos comunicar. Contei a ela o que tinha acontecido e ela me ajudou a parar de chorar.

No dia do enterro as meninas vieram aqui pra casa e fomos juntas. Estava tão triste que Piper teve que escolher minhas roupas, Thalia fazer algo para mim e minha mãe comermos, o que não adiantou pois não conseguimos comer, e Annie teve que me ajudar no banho. Eu parecia uma morta-viva, não fisicamente e sim emocionalmente.

Já no cemitério, eu encontrei com Clarisse e ela me abraçou, eu consegui não chorar durante a cerimônia, apesar de que na hora em que coloquei uma rosa em seu caixão antes dele ser coberto eu não pude me conter e as lágrimas desceram. Na hora de ir embora minha mãe disse que ia pra casa da minha avó e perguntou se eu queria ir. Recusei e fui pra casa com as meninas. Desde que chegamos eu não sai do quarto e a única coisa que eu fiz foi tirar aquela roupa preta que usei no funeral ontem e chorar. Não consegui dormir e tenho que admitir que eu estou com fome mas sem vontade de comer e ir na cozinha. Escutei umas batidas na porta e a mesma se abriu revelando Annie segurando uma vasilha de alguma coisa marrom e Thalia e Piper acompanhando logo atrás.

— Podemos entrar ? — Annie perguntou. Eu apenas fiz que sim com a cabeça e limpei as lágrimas quase secas no meu rosto. Elas se sentaram na minha cama e fizemos uma rocinha deixando a vasilha no meio. Acho que era brigadeiro. Eu amo brigadeiro.

— Fizemos brigadeiro pra você. — Piper disse batendo na mão da Lia que já estava tentando pegar o brigadeiro.

— Você se importa de eu pegar um pouco Si ? — Thalia perguntou com uma cara de cachorrinho que caiu da mudança.

— Hahahaha, claro que pode Lia. — Não sei porque mas eu comecei a rir e não consegui mais parar. Devia ter passado uns três minutos e a minha risada se transformou em soluços. Annie estava do meu lado esquerdo e veio me abraçar e logo estávamos em um abraço em grupo. Quando nós separamos Annie nos deu as colheres e começamos a comer o brigadeiro.

— Si, a Clarisse organizou um encontro para alunos do primeiro ano que perderam os pais hoje na aula. — Contou Annie. — E como não fomos, ela me ligou e eu aceitei ir, mas não adianta irmos se você não for.

— Olha Annie acho legal a Clarisse ter feito isso, e sei que ela fez para me compensar e com a melhor das intenções. Mas não acho que vai ser uma boa eu ir. Ainda é muito recente.

— Eu posso não entender o que você ou a Annie sentem sobre isso, mas tenho certeza de uma coisa. — Pip segurou nas minhas mãos e me olhou nos olhos, tenho certeza que ela está usando o charme dela. — Você vai se sentir melhor depois, se a Annie concordou, e olha que ela é inteligente. — Eu sorri. — Vai ser bom pra você e pra ela.

— Eu vou, mas vou fazer isso pela Clarisse e você Annie. — Eu disse olhando pra ela. — E eu vou pra casa dela amanhã depois da reunião.

— Então como a Annie vai embora ? — Lia perguntou e Annie respondeu logo depois.

— Eu pego uma carona ou vou de taxi, não precisamos ir em dois carros por causa disso.

— Agora que esta tudo combinado. Vamos tomar um banho colocar os pijamas e fazer uma festa do pijama na sala. — declarou Piper. — Cada uma escolhe um filme, dormimos na sala mesmo e amanhã vamos pra escola.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Profundo esse POV. da Silena né ?! Como falei antes meu pc estragou e eu estou usando o iPad, não consegui por a foto então ela está daquele jeito. Desculpa
Até a próxima ! Bjs !!!