Só podia ser você! escrita por Malia Marescotti


Capítulo 24
Um Sonho com Morangos


Notas iniciais do capítulo

Oi! Aproveitem esse capítulo de um POV só! Muahahahaha!!! Beijinhos...



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Percy POV

Atena não conseguiu mais parar de soluçar, então Grover teve que terminar de enfaixar a minha mão. Meu pai toma de mim meu celular e fica olhando para ele com uma expressão de dor.

—Já chega. — meu pai joga o meu celular com toda sua força no chão. Apenas a tela ficou rachada... O celular vibra no chão e a tela acende deixando bem claro que sua tela está quebrada. É uma mensagem. Eu me apresso até o aparelho aos pés do meu pai e escrevo a minha senha para desbloqueá-lo.

— É outra mensagem do Luke. — eu sussurro. Abro a mensagem, tem outra foto. Dessa vez tem uma imagem da Annie ainda amarrada, mas a diferença é que ela está com marcas roxas no pescoço e nos seios. É isso mesmo o que vocês pensaram... — AGORA EU MATO ESSE CARA!

Me levantei apressado e fui correndo até a cozinha onde estavam as chaves do meu carro. As peguei e corri até a porta.

— Me deixa sair daqui! — Gritei para o Reyn que bloqueou a passagem.

— Me desculpe, senhor, mas você não pode se arriscar vindo conosco. — meu pai me pega pelos ombros e me coloca sentado no sofá, mas ele tem que me segurar, pois estou tentando sair de seus braços. — Nós já pegamos o endereço do local onde estão e já estamos indo, mas não podemos deixá-lo vir conosco, porque se isso acontecer vamos ter que nos preocupar com a sua segurança também.

— Ele está certo, Percy. — Atena se aproxima de mim esfregando os olhos vermelhos e se senta ao meu lado. — Temos que pensar no que vai ser melhor para a Annie.

Abaixei minha cabeça até encostá-la nos meus joelhos. Estou me sentindo impotente. Não posso fazer nada para ajudar a salvar minha garota indefesa. Alguém me puxa pelos ombros e me coloca sentado novamente. É Atena quem está fazendo isso.

—Precisamos ficar aqui pelo bem da Annabeth, Percy. Não pense que você não está ajudando só porque não vai participar da ação. — Atena seca meus olhos com os dedos e depois se posiciona de frente para Reyn. — Vocês já podem ir. Cuidem bem da minha filha e liguem quando estiverem com ela.

— Sim, senhora. — disseram juntos e partiram para salvar a minha Annabeth.

— Agora vocês policiais. — disse meu pai se levantando do sofá. — Já falaram com Hermes?

— Sim, senhor. — o policial chefe engoliu em seco. — Ele disse que está a caminho daqui.

— Muito bem. Vocês podem ir agora. — Poseidon caminha até a porta e a abre mostrando a saída para os policiais de merda. Os três homens andam até onde meu pai está e a sala está sobre um silencio desconfortável. Todos os presentes estão olhando para o mesmo lugar, onde meu pai coloca os policiais para fora.

Atena segura meus ombros de novo e me coloca com a cabeça em suas coxas, como se fossem um travesseiro. Ela fica mexendo no meu cabelo por um tempo, minhas pálpebras ficam pesadas e eu não consigo mais as manter abertas.

Estou em uma grande plantação de... morangos? Sim, são definitivamente morangos. Estou sentado no chão de terra em meio aos pequenos pés de morango. O sol está quente em meio a um céu sem nuvens. A minha direita consigo ver alguns chalés e a minha esquerda um estábulo bem grande. Percebo que lá na frente tem uma praia, o som das ondas quebrando me acalma muito.

— PAI! — escuto um gritinho de uma voz familiar vindo da direita. Quando olho nessa direção vejo um garotinho, de no máximo quatro anos, correndo até mim com os braços abertos. Eu instintivamente abro meus braços e o menino loiro de olhos azuis se joga no meu colo.

— Ei, carinha! Cadê a sua mãe? — eu pergunto sorrindo para o garoto em meus braços.Olho bem pro rostinho dele e vejo que ele se parece muito comigo, menos o cabelo que é muito parecido com o da Sabidinha.

—Ta ali! — o menino aponta para frente e então eu vejo. É a minha sabidinha, aparenta ter uns anos a mais do que eu me lembro, mas ainda sim é a minha garota com uma garotinha de cabelos negros e olhos cinza tempestade agarrada em sua perna.

— PAI! — grita a garotinha se soltando de Annie e vindo correndo até mim. Ela se joga em cima de mim e esmaga o menino que já está no meu colo.

— Crianças, vocês vão matar o pai de vocês desse jeito. — Annie fica na minha frente e coloca as mãos na cintura enquanto encara as pequenas pessoas no meu colo.

—Desculpa mãe. — eles falam juntos. Perai... se eles me chamaram de pai e chamaram a Annie de mãe, quer dizer que eles são nossos filhos!

— Ei, que tal vocês irem brincar com o tio Leo lá na oficina? — pergunta Annie. As crianças se levantam num pulo e correm juntos pelos campos de morangos. Annabeth me abraça e encaixa a cabeça entre o meu ombro e o meu pescoço.

— Feliz Aniversário de casamento, Percy! — O que? Como assim? Eu me casei com a Annie, tenho filhos com ela e nem me lembro?

—Só uma perguntinha básica. — ela se afasta só o bastante para olhar em meus olhos. — A quanto tempo estamos casados mesmo?

— Cinco anos, Cabeça de Alga. — ela sorri e se aproxima mais de mim colando os nossos lábios. — Cinco maravilhosos anos que nos renderam duas pessoinhas muito fofas.

Me sento novamente e puxo Annabeth comigo. Agora estamos lado a lado, ambos sentados de perna de índio. Puxo um morango e retiro as folhas dele, o coloco em minha boca e me aproximo de Annie. Ela sorri e coloca a mão na minha cara me afastando dela. Seguro o morango na mão e digo:

—Eu te amo, Sabidinha!

— Eu também te....

Um som de telefone tocando me acorda e eu me sento rapidamente. Minha cabeça gira, quando meus olhos se focam vejo meu pai e um homem loiro encarando o celular em cima da bancada.

— Ei, vocês não vão atender? — caminho até eles e vejo que na tela do celular está escrito Reyn. Aperto o botão para atender a ligação e puxo o celular até o eu ouvido. — É o Percy! O que está acontecendo?

— Nós conseguimos prender os homens que estavam ajudando o Luke, senhor. — diz Reyn.

— Pare de enrolar. Como está a Annie? — eu pergunto aflito.

— Quando chegamos, senhor, encontramos Luke injetando algo nela, achamos que pode ser um tranqüilizante ou anestésico.

— Por... Por que?

— Bem, assim que ele tirou a agulha dela sua cabeça tombou para baixo e seu corpo ficou mole, senhor.

— Onde ela está?

— Ela está em uma ambulância a caminho do Hospital Mount Sinai. Estou seguindo a ambulância nesse exato momento, senhor.

— Já estamos indo encontrá-los lá. E o Luke, você o pegou? — pergunto com raiva crescendo novamente.

— Quatro pessoas da minha equipe ficaram na cena do crime junto dos policiais. Estão fazendo perguntas, prenderam os ajudantes e Luke foi levado até a central da polícia de Nova York.

— Muito bem. Já estamos saindo de casa. Não perca Annabeth de vista. — digo isso e encerro a chamada sem nem ao menos esperar por uma resposta.

— Onde está minha filha? Ela esta bem? —pergunta Atena, aflita, do mesmo jeito que eu estava.

— Ela está sendo levada para o Hospital Mount Sinai, Reyn está seguindo a ambulância. Temos que ir para lá agora. — eu respondo. Caminhamos até a porta, mas me lembro do homem loiro e paro. —Você é o pai do Luke? —me viro para encará-lo. Ele balança a cabeça afirmando. — Senhor Hermes, Luke está sendo levado para a central de polícia de Nova York, acho melhor você ir para lá.

— É também acho. — Hermes suspira. — Não sei mais o que fazer com esse garoto. Desculpa por todo esse transtorno. Sei que um pedido de desculpa não vai melhorar nada, mas mesmo assim, me perdoem.

— Você não tem que se desculpar Hermes. Você não fez nada errado. — meu pai diz e coloca uma mão no ombro do pai de Luke.

— Talvez... Mas não vamos prolongar isso. É melhor vocês irem encontrar a garota no hospital.

—Tudo bem, é melhor irmos mesmo. — eu digo caminhando até os elevadores.

Nos dividimos, primeiro quem está descendo sou eu, meu pai, Atena, Hermes, Thalia e Nico, depois virão: Grover, Juniper, Silena, Leo, Jason e Piper.

Chegamos ao térreo e Hermes se despede pedindo desculpas mais uma vez. As portas do elevador se fecham e só abrem na garagem. Caminhamos até o meu carro e eu o destranco. Abro a porta do motorista, mas paro.

— Pai, acho melhor você dirigir. — ele olha para mim e parece ver o meu sofrimento interno. — Não estou em condições de...

— Tudo bem. — dou a ele as chaves e entramos no carro. Meu pai no banco do motorista e Atena no banco do passageiro. Na parte de trás ficou Thalia no meio, Nico do lado esquerdo e eu no direito. Encosto a cabeça na janela e fico olhando para o nada durante todo o trajeto.


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Notas finais do capítulo

Foi um pouco pequeno... eu sei, mas é porque eu estou sem tempo hoje. Então achei que seria melhor postar o que eu já tinha escrito (O POV do Percy) e escrever o resto mais tarde. Gostaram desse capítulo? Xoxo



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