Belive me escrita por Lady Lucy


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, mas eu estava muito ocupada com a minha nova fic o P.A. e não tive tempo de postar (sem levar em conta a preguiça)



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“Não se deixe dominar pelo passado;

Você vive no presente, caminhando continuamente para o futuro.”

Vongola Mansão

Presente

09:30 da noite

Com os olhos fechados e as mãos cerradas ele sentia a fria brisa noturna. Odiava tudo aquilo. Odiava ter que ficar naquele lugar, naquela mansão cheia de pessoas as quais queria bem e lutava por. Odiava ainda ama-los ainda mais do que gostaria de amar.

Gemeu de dor ao sentir a cabeça latejar novamente e pressionou os dedos indicadores contra as têmporas para aliviar nem que um pouco a dor. Deveria estar na festa, como todos os outros, mas não mais aguentava aquele tsunami que avia se alojado em sua cabeça. Pouco a pouco ela piorava. Não havia nada com que se preocupar, pensou consigo mesmo, Yuu estava bem, seu filho estava totalmente seguro. Vince havia o levado para o seu quarto e os dois haviam adormecido juntos. Ele havia conferido a algum tempo. Confiava em seu amigo. Então, porquê? Por que a dor de cabeça não passava? Por muito tempo amaldiçoou a intuição que tinha e as terríveis dores que vinham com ela.

Cuidado, sua mente gritava.

Cuidado com o quê, exatamente? O que iria acontecer? Por que ele não conseguia encontrar respostas? Ele estava confuso.

Um suspiro tremulo tomou conta dos seus lábios enquanto os olhos mel-dourados fitavam o céu noturno. Fechando os olhos novamente ele não notou a figura encapuzada que havia aparecido ao seu lado na varanda do seu quarto. O cano frio da arma encostou em sua nuca ao mesmo tempo em que notou a presença estranha daquele sujeito, ou melhor, a falta dela.

Pelo canto do olho Tsuna conseguiu ter um vislumbre dele. Era um homem algum centímetro maior que si próprio, talvez em plena meia idade. Conseguiria ganhar dele em uma luta corpo a corpo, mas o sujeito portava uma arma, e ainda mais, um silenciador

– Coopere e nada demais iria acontecer – ele grunhiu com a voz firme. Tsuna sorriu um sorriso sarcástico.

– Eu não o pretendia de qualquer forma.

– Bom, agora venha comigo – ele riu-se.

E assim o moreno se viu sendo levado da mansão Vongola para sabe-se lá onde.

Vongola Mansão

Presente

10:11 da noite

Lambo não gostava de festas, não das da máfia de qualquer modo. Era irritante ter que ver um monte de homens interesseiros tentando obter o melhor sobre o outro. Hipócritas que somente pensavam em si mesmos. Bocejou, cobrindo a boca com a mão direita. Tinha oito anos, era necessário que participasse de pelo menos uma ou duas festas.

Tsuna-nii não deixaria isso acontecer, pensou irritado, ele sempre foi contra que me envolvessem nessas coisas da máfia.

O garoto franziu a testa. Tsuna havia desaparecido com Vince por volta de umas nove horas. Será que ele já está dormindo? Pensou caminhando em direção a porta do quarto do moreno mais velho.

Bateu duas vezes com os nós da mão na porta de madeira polida branca e esperou. Nada. Nem um único sinal de vida de dentro do quarto. Endireitando-se bateu novamente, dessa vez mais forte. Novamente o silêncio o cumprimentou. Lambo levou sua mão até a maçaneta e encontrou o quarto destrancado, o que era estranho, já que Tsuna-nii sempre trancava o quarto.

– Com licença – falou adentrando o cômodo apenas para encontra-lo vazio. O sentimento de pânico foi tomando cada vez mais o corpo do Bovino até que ele se viu correndo em direção ao quarto do Vince.

Ele pode ter ido até lá para ver o Yuu, sua mente lhe forneceu em um lapso de esperança. Correu, tropeçando de vez em quando e não parando até que a porta do quarto de Vince estivesse à sua frente. Retomando a respiração bateu na porta, quase desesperadamente. Em dez agonizantes segundos a porta foi aberta.

– Lambo? Ei, você está bem? O que aconteceu? – Vince perguntou olhando preocupado para o menino, o maior estava de pijama.

– O Tsuna está ai? – perguntou enquanto sua mente entoava para si “ele tem que estar aqui” como um mantra.

– Não, ele estava no quarto dele desde a festa e, Ei, Lambo? – mas o menino já havia saído correndo.

Precisava avisar o Nono ou Reborn, até mesmo Iemitsu serviria, apenas precisava avisar alguém que Tsuna havia sumido.

Local desconhecido

Presente

10:26 da noite

Estalou a língua contra o céu da boca em irritação. As algemas que haviam colocado em si apertavam a ponto de formarem marcas vermelhas sob a pele branca.

Mas apesar de tudo, aquilo não era novidade. Ele era considerado um príncipe. Ele era o herdeiro da Famiglia com maior poderio econômico do mundo, até mesmo maior que a Vongola. Ele tinha tudo o que queria. Poder, respeito, lealdade e até mesmo amizade. E ele tinha o conhecimento de que ele nunca iria ser feliz, nunca mais iria amar e ser amado em troca. A esperança em seu coração havia morrido junto com Sophia, dando à luz a um monstro dentro de si, que, desde então, vivia com ele e estava o matando.

Ele era poderoso e as pessoas haviam tentado mata-lo. Faziam amizades com ele e depois traiam-no. As pessoas eram gananciosas e falsas. Mas ele sabia melhor agora.

Nunca se arrependa de nada, sempre tente o seu melhor.

– Olha só, o que temos aqui? – veio a voz esganiçada de algum lugar da escuridão – Se não é o herdeiro da Scacchiera Famiglia. Me diga, o que você estava fazendo na Vongola?

Apenas o silêncio o respondeu. Se irritando a pessoa deu alguns passos a frente mostrando o rosto já não em seus tempos de juventude mas em seus quarenta e tantos anos.

– Vai ficar quieto?

Silêncio novamente e em seguida o alto som de um tapa. Ele havia tido força o suficiente para que a cabeça do moreno fosse jogada contra a parede em que o mesmo estava escorado. Tsuna sentiu uma leve vontade de acariciar a bochecha vermelha de onde escorria um filete de sangue proveniente do anel que estava na mão de seu agressor.

– Olha aqui menino – vociferou o homem agarrando o rosto do moreno e o forçando a olha-lo nos olhos. Azul contra laranja – Não me interessa que você acha que seja. Não me interessa se você é da Scacchiera, somente me interessa que você estava na Vongola e tem informações de lá de dentro, então, se você cooperar e me dizer tudo o que sabe talvez possamos entrar em um consenso.

– E se eu não cooperar? – finalmente a voz do moreno foi ouvida e sendo ela calma, sem nenhum sentimento – O que você vai fazer?

– Não é que ele tem presas? – resmungou o velho sarcasticamente rindo – Então, Tsunayoshi, eu teria que apaga-lo.

E em seguida ele se encaminhou para a saída, deixando a frase suspensa no silêncio continuo.

– Pense bem, vou voltar daqui a algumas horas e espero que você tenha sua resposta – e saiu deixando o moreno com seus pensamentos.

Vongola Mansão

Presente

10:30 da noite

– APENAS O QUE VOCÊ QUER DIZER COM “ELE SUMIU”? – vociferou Iemitsu assustando o jovem bovino, o mesmo, que já tinha grossas lágrimas enfeitando seu rosto contorcido em agonia.

– Eu não sei – ele sussurrou – Ele simplesmente não estava lá quando eu fui atrás dele.

– EU NÃO QUERO SABER SE – Iemitsu foi parado por Timóteo que tinha o cenho franzido e um olhar de reprovação.

– Se acalme, per mio Dio Iemitsu, não vamos resolver nada assim – ele exclamou em tom calmo, repreendendo o loiro.

– Lambo – começou Yamamoto, repentinamente sério – O que você se lembra?

– Eu estava cansado da festa e como o Tsuna-nii já havia saído a algum tempo eu fui atrás dele, queria alguém para conversar mas quando eu cheguei em seu quarto ele não estava mais lá.

– Ele tinha saído? – perguntou Federico – Não percebi.

– Nenhum de nós percebeu – resmungou Mukuro – Chrome?

– Eu vi – ela sussurrou admitindo – ele estava com dor de cabeça, saiu lá pelas nove horas da noite, foi direto para o quarto do Vince que estava com o Yuu e depois foi para o seu próprio – ela disse, cansada de falar tanto em uma só frase.

– Então faremos o possível para encontrar pistas de quem fez essa barbaridade – disse Timóteo – Quero que procurem e não parem até encontra-lo.

Um grito de concordância foi escutado dentro daquela sala quando cada um saiu atrás de seus meios para encontrar um certo moreno.


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Notas finais do capítulo

Até logo, e não deixem de falar o que vocês estão achando da fic :3



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