In your arms – The Last Goodnight
http://www.youtube.com/watch?v=1kmd3m9PAL4

- Por que eu? – ela voltou a perguntar com os olhos ainda fechados. – Aconteceu tudo aquilo, e eu sentia meu corpo sujo, eu me sentia suja para você tocar em qualquer parte que fosse... Eu queria gritar, naquela noite quando você me salvou, eu queria gritar que não, que não poderia ser você porque eu já estava machucada o bastante para ter a sua compaixão...
- Eu cuidei de você – voltei a afastar uma mecha de seu cabelo que caía sobre seu rosto. – Eu cuidei do meu amor.
- Mesmo eu já tendo te machucado tanto – ela respirou fundo. – Você estava ali.
- Eu prometi que estaria.
- Você poderia estar melhor com outra mulher, alguém que não possuísse tantos problemas...
- Não seria você...
No calor do momento eu a deitei na cama, ficando sobre seu corpo nu, mas a nudez não atraía a minha atenção naquele momento, suas palavras penetravam por meus ouvidos de um modo que seria impossível ignorá-las.
- Eu não me contentava com nada menos que você – acariciei seu rosto vendo seus olhos fechados. – Eu não aceitaria menos que você... Aquele maldito a machucou, machucou o meu amor, mas eu sabia que poderia cuidar de você. Foi o que eu quis, foi o que eu fiz. Eu cuidei de você, porque eu sempre amei você.
Suas mãos pousaram sobre meu rosto e foi minha vez de fechar os olhos.
- Eu sinto cada dia mais como se meu peito fosse explodir, porque esse sentimento tem tomado conta de mim a mais tempo do que eu posso lembrar – ela murmurou, seus lábios próximos dos meus. – Então eu voltei a me lembrar de como sempre houve tantas garotas interessadas em você, sobre como sempre houve alguém com olho grande para cima de nós dois... Eu comecei a repensar em tudo, e tentar entender o que me fez merecedora do seu amor. O que me fez merecer que você esperasse por mim...
- Tudo – eu murmurei com um sorriso colando meus lábios aos dela. – Não seria você, e isso acabaria com tudo.
De repente o roçar de nossos corpos fez o calor brotar, meu membro novamente pulsava por ela. Assim como o sexo de Rosalie pulsava por me receber.
- Feche os olhos querida – eu murmurei.
Meu membro roçou em sua feminilidade e ela gemeu.
- Porque querida – eu sussurrei em seus olhos. – Porque nenhuma outra seria você, e com nenhuma outra eu teria essa conexão – a penetrei ouvindo seu gemido manhoso. – Com nenhuma outra isso seria tão bom... Assim como nenhuma outra poderia me dar um filho tão precioso.
Ela abriu os olhos para encarar o brilho nos meus, e gemeu sentindo como eu voltava a penetrá-la. Gemi também.
- Não seria você e isso já era o bastante para me fazer desistir...
Segurei sua mão a trazendo até meu peito novamente, para meu coração que continuava pulsando forte.
- E aqui dentro, em alguma parte, eu sabia que você voltaria – eu beijei seu rosto. – Você me disse que voltaria, eu acreditei.
Virei na cama trazendo-a para cima de meu corpo.
- Eu disse que você era minha, e se eu disse isso é porque era. Não importa quantos tenham tocado seus lábios, o que importa é com quem você vai acabar, e vai ser comigo querida...
Fechei os olhos erguendo seu corpo pela cintura, deslizando-a sobre meu membro.
Era só amor ali. Você sabe, não é?
- Deixe eu lhe contar querida – eu sussurrei e ela abriu os olhos para me encarar. – Se ninguém lhe contou isso antes, se ninguém a informou – minhas mãos apertaram sua cintura um pouco mais forte, até escorregar e pousar em suas coxas. – Por tudo que nós passamos, eu culpei e condenei você – ela gemeu. – Condenei você a estar atada para mim, e saiba que é comigo que você vai ter o seu “feliz para sempre”.
O sorriso que ela abriu poderia iluminar meu dia.
- Então fique sabendo que não há escapatória – ela gargalhou enquanto eu voltava a me deitar sobre ela, suas costas roçando contra o lençol macio.
Voltei a penetrá-la, sentindo como meu membro a enchia, completava.
- E eu não a libero por nada no mundo – ela gemeu em concordância.
Quando o orgasmo nos atingiu, foi arrebatador.
- Agora me diga mesmo, por que eu? – ela perguntou segurando meu rosto.
- Porque nenhuma outra pode ser comparada – eu respondi e ela negou com a cabeça.
- Por que eu?
- Porque você nasceu para mim – eu respondi investindo outra vez, fundo, forte, fazendo Rosalie fechar os olhos e gemer antes de poder continuar. – E eu nasci para você.
O sorriso em seu rosto me dizia que era exatamente o que ela queria ouvir.
- Eu não poderia passar mais um ano com essas besteiras na cabeça – ela murmurou, minutos mais tarde, ao se aconchegar entre meus braços.
Agora me deixe dizer querida, que eu lhe fiz um filho aquela noite... Porque o que nos impedia era o medo, e não havia mais nada em nosso caminho.
Minha alma estava mais exposta que nunca para você... Um livro aberto já não era o suficiente para definir.