As duas taças vazias, assim como a garrafa pela metade, estavam no chão, enquanto eu deitava sobre Rose, acariciando seu rosto, seu cabelo, sua pele macia debaixo da minha. Todo seu corpo tentando o meu.
Beijei suas bochechas e ela sorriu, para me empurrar para o lado e deitar sobre meu corpo, passando a mão sobre minha barriga mais firme – depois de tanto exercício – e arranhar meu tórax.
- Eu já disse como você é bonito? – ela perguntou dedilhando meu rosto.
Com um sorriso, segurei seus dedos e os beijei.
- Você é que é.
Ela sorriu arqueando para frente, seus lábios tocando os meus em um gesto calmo.
- Querida – eu afastei o cabelo de seu rosto e ela me encarou. – Você acha que temos como cuidar de dois bebês? – ela enrolou um dedo em meu cabelo cacheado e sorriu. Seu rosto corado, seus olhos brilhavam. – Vendo você junto com a Anne, eu lembrei porque queria tanto ter um irmão – dei de ombros. – Mas eu nunca tive, e eu não quero que isso aconteça com Victor – ela me dedicou um sorriso emocionado e continuou acariciando meu rosto.
- Você quer outro filho comigo? – ela sorria e eu não entendi.
Talvez fosse seu medo de dar errado, nós já havíamos perdido um bebê...
Querida, isso nunca fez muito sentido para mim.
- Eu só quero outro filho se for com você – eu a empurrei para o lado ficando sobre seu corpo, ela enlaçou as pernas ao redor de meu quadril, sua camisola escorregando para baixo conforte ela afastava um pouco mais as pernas. – E nós combinamos, lembra-se? Nada de parar no primeiro...
- É só esperar acontecer querido – ela voltou a acariciar meu rosto e me beijou.
Isso sempre foi muito estranho para mim, não havia algum método contraceptivo ou eu que nunca soube, mas, ainda assim, era como se as mulheres pudessem controlar seu ciclo. Meu pai queria apenas um filho e, por mais que eles continuassem tendo relações, nunca houve um irmão para mim. A mãe de Rose quis duas meninas, e tanto antes de Anne – que demorou se ver a diferença de idade entre as duas – nem depois dela. E agora éramos nós dois, parecia que tinha de haver alguma permissão para dar certo.
Com um sorriso eu deixei de pensar nisso, se tinha que ter alguma permissão, a minha já estava dada. Agora, como dizia Rose, era questão de tempo.
- Eu só quero que ocorra naturalmente, promete? – ela assentiu acariciando meu rosto. – Uma hora você sabe que vai dar certo.
- Vem – ela se firmou no colchão e eu continuei por cima. – Eu amo você.
- Eu quero só você – sussurrei sobre seus lábios.
E eu teria, principalmente, até a virada do ano para fazer acontecer, no meu período de férias. Depois, nós continuaríamos tentando do mesmo jeito.
Tirei sua camisola de uma vez e acariciei seus seios, eles continuavam inchados pela amamentação, por mais que Victor tivesse diminuído as vezes de mamada, e eu adorava isso. Os mordisquei sentindo como Rose agarrava meus cachos, todo seu corpo reagindo as minhas carícias.
Fiquei de pé um instante, para puxar sua calcinha e arrancar minha cueca. Meu membro ereto pulsava por senti-la, e ela sorriu mordiscando o lábio ao me ver nu a sua frente – não era a primeira vez, mas Rose sempre corava, como se fosse.
Abrindo um pouco suas pernas, eu me sentei na cama, puxando-a para o meu colo. Seus braços ficaram sobre meus ombros, seu rosto colado ao meu erguido, suas mãos se esticaram para agarrar em meus cachos e eu gemi ao primeiro contato de nossos corpos.
Ela arqueou enquanto a fricção aumentava, meu corpo preenchendo o seu, completando-a.
Deitei-a na cama, sentindo como a pressão aumentava, o ritmo aumentava. Seu rosto possuía uma fina camada de suor, e meu cabelo na nuca começava a grudar. Ela ofegava enquanto eu ia e via, invadindo seu corpo. Meu coração batia descompassado.
Intenso como nós sempre podíamos ser.