Para o Meu Amor, Emmett escrita por thysss


Capítulo 79
Capítulo 79




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- Correndo – meu pai gritou.
Grande novidade.
Mas hoje havia algo de novo, três novatos e nós deveríamos mostrar como se faz.
- Emmett – ele gritou jogando-me uma arma em minha direção.
Não era uma dessas pistolas pequenas e leves, e sim uma dessas estilho espingarda, que tem um alcanse maior.
- Demonstração.
Algo que esses novatos tinham de entender desde já, nesse campo de concentração meia palavra basta para bom entendedor. Literalmente. Nada de frases completas e explicativas, e coitado de quem não entendia.
O que me pegou de surpresa foi esse negócio da arma, nós estávamos sempre treinando meu condicionamento, melhorando e fortalecendo, era correr de um lado ao outro e coisas assim, pular obstáculos, desviar. Aquele era meu primeiro contato com uma arma... E justamente para me mostrar para os novatos.
Obrigado papai.
Havia um alvo fácil há alguns metros, círculos em seu rosto e peito.
- Sim senhor – respondi dando um passo a frente com o objeto em minhas mãos.
Pelo olhar dele para mim, era bom que eu fizesse direito.
Logo me lembrei de quando era mais novo e ficava atirando em latas ou garrafas, isso logo me dirigiu as lembranças com Jasper e Edward, há anos eu não os via... Mas não era o momento para pensar em saudade dos amigos.
Mantive os dois olhos abertos – dois veem melhor que um – e ergui a arma, apontando direto para sua cabeça, um pouco acima do ponto central, devido a distância a bala deveria desviar um pouco do curso, então, era esperar e ver.
Todos mantiveram silêncio – mais do que nunca – e quando puxei o gatilho pude ouvir como um ou outro prendiam o ar.
- Errou – um murmurou vendo como minha arma estava mais alta que o ponto central. Eu decidi ignorá-lo.
Abaixei a arma alguns centímetros usando da mesma técnica no peito.
Resultado: dois tiros centrais.
Não exatamente no centro, mas havia atingido o círculo central, isso que importava.
- Façam igual – meu pai gritou apontando para o depósito onde ficava o armamento e munição. Não que eu considerasse muito seguro ter aquilo guardado assim, claro que o lugar devia ficar acorrentado, mas hoje em dia se faz de tudo nessa cidade.
Em ordem seguiram um atrás do outro para o depósito, enquanto eu fiquei ali me pondo na frente do mesmo boneco novamente. Havia vários deles espalhados pelo campo, alguns mais visíveis, outros escondidos atrás de pneus ou árvores, somente a cabeça ou pernas a mostra.
Logo meu pai dava novas ordens, todos em posição – menos os novatos que ainda teriam de sofrer um pouco no treinamento físico – cada um mirando para um boneco.
Revirei os olhos me pondo em posição novamente, não era como se meu pai realmente fosse me elogiar por ter acertado quando não – tecnicamente – não havia tido nenhuma aula sobre isso, ainda.
Não levou muito para que eu entendesse, ele havia me dado aquela arminha quando eu era criança na esperança de que isso um dia acontecesse, que o filho do oficial Cullen pudesse mostrar como seu pai havia feito um bom trabalho em sua educação e blábláblá. Baboseiras.
No final, eu já devia estarcostumado, tudo tinha que acabar direcionado para ele.
Isso só me fazia, cada vez mais, pensar no que ele havia contribuído na minha existência, porque ficava cada vez mais difícil de identificar qualquer gene dele em mim.
Não que eu estivesse reclamando. Nunca.
Só me fazia agradecer também por estar aqui, poupando meu filho de futuramente ter de aturá-lo, porque por mim ele não chegaria nem perto de Victor.
Ergui a arma mirando diretamente no centro, só para ver se minha teoria tinha algum fundamento, na cabeça eu acertei, no peito ela desviou alguns milímetros, mas que já foram suficientes para sair do círculo central.
- Foco – ele gritou em meu ouvido.
Voltei a olhar para o boneco, mirando bem na testa como se ali estivesse meu pai, por ironia talvez, acertei em cheio.
E eu não conseguia entender do que ele tanto reclamava, eu havia me saído melhor do que qualquer um ali – alguns que inclusive já haviam tido contato com armas. Mas parecia nunca ser o bastante para ele, dei de ombros, que se danasse então. Não era como se esse lugar tivesse muita importância para mim mesmo. Era bem ao contrário.
Por isso, cada vez mais, eu não via a hora de acabar e voltar para casa.


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Notas finais do capítulo

n/a: continuem não gostando do pai dele HUASUHAAUHSAHUSHAUS
logo eu posto mais!

beijos.
e não esqueçam de deixar um review!!!



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