Durante o domingo Rosalie e Victor passaram o dia comigo, meu filho principalmente, cada vez que eu pensava que teria de me afastar dele a vontade era de ficar, então eu lembrava de meu pai. Maldito.
O que me consolava era saber que pelo menos por uns seis meses, ou um ano, eu não poderia ir para campo algum, ficaria perto de minha família... Pelo menos eu ainda veria o início do crescimento de meu herdeiro.
Não que ir treinar e algo do gênero me desse arrepios ou medo, mas acho que toda paranóia que minha mãe criou, e logo em seguida Rosalie, acabaram afetando-me um pouco. – mas logo eu me recuperava.
Naquele dia nós não fizemos muito, claro, não se tem o que fazer com um bebê, mas mesmo assim era um momento especial, ainda mais por ser um dos poucos em que minha mãe ou sogra estavam em cima de nós tentando nos ensinar como era o certo a se fazer, considerando que com o passar dos dias nós já estávamos bem mais experientes no assunto. Pelo menos eu não tinha mais medo de deixar meu filho cair no chão, ou segurá-lo torto.
E Rosalie já havia deixado claro que nascera para ser isso – mãe.
Eu achava engraçado ver como nosso filho possuía o horário tão cronometrado, segundo Rosalie era igual com todos os bebês, mas não tenho culpa se nunca tive irmãos e é meu primeiro filho, por isso tudo continuava parecendo incrível. – Exceto as noites que nós continuávamos sem dormir direito.
Victor a todo momento nos dedicava sorrisos, e Rosalie babava – não literalmente – vendo-o em meu colo. Ela tocou o ventre, que possuía pouca diferença de antes da gravidez, e sorriu, eu sorri também entendendo o quão feliz ela estava, ainda mais por que em alguns momentos nós acreditamos que esse dia nunca chegaria, e agora ali estávamos.
Vê-la tocando o ventre, de repente, me deu uma saudade de quando ali havia um bebê. A maioria dos homens diz que não, que o bom é depois que nasce que a mulher volta a ser nossa – machistas –, mas eu gostava quando nosso bebê estava ali e nós o sentíamos mexer e chutar.
Isso me lembrou de todos os planos que fizemos na noite anterior, durante a madrugada pouco antes de Victor chorar para mamar, eu a havia abraçado e prometido que tudo sairia bem. E quanto aos nossos planos, teriam de ser postos em prática...
O único decidido a não ser posto em prática quase que imediatamente foi nosso outro bebê, porque eu sei que Rosalie quer uma casa cheia, e eu quero ainda mais, principalmente por ter sido criado sozinho eu sei como pode ser chato. Mas Victor ainda é um bebê, por isso demos alguns meses...
Já quanto a ela aprender a dirigir, não importava o quanto eu insistisse contra ela decidiu que sim. É querida, você realmente sabe quando teimar... e sinto que Victor será igual a você nisso. Por isso combinamos de, no dia seguinte, começarmos com as aulas, até porque tínhamos certeza de que pelo menos uma de nossas mães não nos daria mais que três dias de sossego – o que foi os três últimos dias – e logo apareceriam para nos “ensinar” a cuidar de nosso próprio filho.
- Nós vamos fazer tudo que combinamos – eu sussurrei em seu ouvido quando Rose estava sentada no sofá amamentando Victor.
E eu sou um homem de cumprir a minha palavra...
- Isso inclui não deixar nosso filho crescendo sozinho – ela sorriu ao me ouvir dizer isso.
A noite anterior havia sido nossa noite de confissões e Rose deixara claro que tinha medo de custar a engravidar, eu sorri acariciando seu rosto ao me lembrar disso e ela suspirou segurando um dedinho de Victor, pois então se ela poderia demorar a engravidar era apenas mais um motivo para me fazer ficar por perto por mais tempo.Você gostou dessa resposta...