O relógio batia 23h30 quando Rosalie suspirou com a cabeça apoiada em meu ombro, já havíamos nos enrolado em uma coberta há algum tempinho e a lareira estava acesa – sorte de ter deixado algumas toras por ali. Um ambiente perfeitamente agradável.
A luz deu outra piscada quando Rose se abraçou a mim e eu ri.
A neve continuava caindo e eu suspirei, não havia mais jeito mesmo de chegarmos a tempo do tradicional brinde a meia noite.
- Amanhã nós explicamos o que aconteceu – eu disse beijando sua testa e ela assentiu me abraçando.
Eu sentia saudades de ficar assim, abraçadinhos no sofá só namorando, porque ultimamente ela se esquivava ou inventava de que teria de ir embora logo, tudo para me deixar confuso e sem saber o que fazer – no fim eu sempre acabava fazendo o que ela queria. Nenhum arrependimento quanto a isso.
Ela sorriu beijando minha boca e eu sorri de volta, feliz por ter sido ela a começar os beijos, porque sinceramente eu ficava mais “esquivado” devido às últimas reações dela.
- Viu? – eu disse depois de beijá-la. – Não vai ser tão ruim assim!
Ela gargalhou concordando comigo.
- Feliz Natal – ela sussurrou se jogando sobre mim, de modo, eu acho, inocente a seu ver.
- Feliz Natal – retribui o abraço.
- Eu amo você – ela disse e meu sorriso se alargou.
Tudo intenso demais para ignorar meus sentimentos.
- E você sabe – eu disse tocando seu rosto. – Eu amo você