Um surto de consciência e, então, eu me dei conta do que estava fazendo, enquanto minha mão passeava por seu ombro não coberto pelo vestido leve de verão, enquanto meu dedo dedilhava a sua pele a fazendo se arrepiar e suspirar. Enquanto meus beijos insistiam em descer um pouco para derem distribuídos pela pele clara e tentadora de seu pescoço.
Mas eu não poderia fazer isso, então eu a tirei de cima de meu corpo e me sentei. Nós dois estávamos ofegantes e o sol se pondo lá fora dava um toque romântico ao momento, mas não era o momento certo.
- Eu não quero machucar você – eu disse rapidamente. – Eu... Argh... Eu não sei o que me deu!
- Não fala nada – ela disse pondo um dedo sobre meus lábios. Tão sexy. – Eu também quis isso...
- Mas eu já ia passando dos limites! – eu disse me pondo de pé, aproveitando enquanto ainda havia como conter meu membro. – Eu preciso de um banho...
Bem frio de preferência.
E, enquanto a água corria sobre meu corpo, era inevitável não pensar no que havia começado a acontecer, e eu me culpava por ter sido tão fraco, mas também, eu estava resistindo desde que o “incidente” com Royce aconteceu. Eu também tinha meus desejos. Eu só lamento por serem tão intensos...

No dia seguinte eu preferi não aparecer, deixando claro que eu tinha que pensar em algumas coisas. Ela simplesmente me entendeu, exatamente como eu pensei que seria.

O verão estava acabando... E era justamente quando tudo começava a acontecer.

- Você vai continuar agindo assim? – ela perguntou na manhã seguinte quando eu passava em sua casa, como em todas as outras manhãs, para irmos juntos.
- Assim como? – eu perguntei me fazendo de não entendido, mas eu sabia muito bem sobre o que ela falava.
- Desse jeito estranho... Me evitando! – eu suspirei.
- Eu só queria que não tivesse acontecido – logo arregalei os olhos para tentar consertar. – Não! Eu queria que tivesse acontecido, mas não sei, eu sabia que as coisas ficariam estranhas e eu já ia passando dos limites – baguncei meu cabelo demonstrando o nervosismo.
- Eu também queria que acontecesse – ela me disse e eu sorri.
Eu a encarei assim que chegamos à frente do prédio pequeno com salas padrões que chamávamos de escola.
- Depois nós conversamos – ela disse dando um beijo em minha bochecha, eu apenas assenti.