Toda a noite e a parte da manhã que passamos adormecidos, Rosalie se mexeu, tendo um sono inquieto ora ou outra eu acordava para vê-la e acalmá-la. Só quando já amanhecia é que ela pareceu, realmente, relaxar. E então eu poderia dormir também. Mas eu não me importava de continuar meio acordado desde que ela continuasse ali e, intimamente, eu rezava para que aquela não fosse a nossa última vez... Rezava para que um dia, e que não demorasse muito, em que eu pudesse tê-la assim, entre meus braços, mas por outras circunstâncias, porque ela iria querer ficar ali.
Uma batida na porta me fez levantar, certifiquei-me de cobrir bem Rosalie porque ainda fazia frio e porque meus pais não poderiam vê-la. Até que deu certo.
- Emmett – minha mãe chamou do outro lado e eu sorri abrindo apenas uma frestinha da porta.
Havia tirado a camisa para dizer que estava indo pro banho.
- Você sabe que eu não gosto quando você tranca essa porta – ela disse e eu maneei a cabeça negando, não importava o quanto eu crescesse, minha mãe continuava me tratando como se eu ainda fosse uma criancinha
Não que agora, com quinze anos eu fosse exatamente um adulto...
- Eu estava indo tomar banho – eu disse passando a mão no cabelo.
- Você já perdeu o café da manhã – ela disse esticando uma mão para tocar meu rosto. – Achei que você poderia ter adoecido...
- Não mãe – eu disse rindo, ela sempre tinha de fazer esse drama todo. – Eu só estava cansado...
- Tudo bem então – ela disse. – Tem almoço dentro do forno! Eu vou passar o dia com as mulheres da sociedade, e seu pai já voltou ao trabalho.
Perfeito.
- Eu sei me virar sozinho!
- Não apronte nada – ela disse antes de sair.
Só que mamãe havia se esquecido de que eu só aprontava quando Rosalie estava comigo, porque com Edward e Jasper não era mais a mesma coisa, e agora que Rosalie havia voltado ela não parecia bem para aprontar.