Para o Meu Amor, Emmett escrita por thysss


Capítulo 125
Capítulo 126




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Os dias que antecederam a volta para casa foram, sem dúvidas, os mais longos da vida de ambos. Mesmo que os pais de Rose houvessem levado as crianças para verem o pai, além do mais Elle ainda mamava e, exigente do jeito que era mesmo com tão pouca idade, não aceitava ficar longe da mãe mais tempo que o necessário.

- Ainda não acredito que você está aqui – Rose murmurou beijando seu rosto mais uma vez naquela tarde.

Já fazia vários dias desde que chegara ali, e podia dizer que pensava que seria cada vez mais fácil, mas não era bem assim. Ela chegara achando que se Emmett estava bem, então o que viria a seguir seria fácil de aceitar, mas a situação não era tão simples assim, ele havia sido ferido no ataque que o comboio sofreu e as seqüelas o acompanhariam pelo resto da vida. A cirurgia que sofrera na perna havia sido fundamental, e mesmo que agora ele estivesse voltando a sentir a perna direita, o médico já lhe dissera que ele teria de conviver com a dor, o machucado havia sido feio e, quando o comboio foi abatido, uma das peças se soltou fincando na coxa de Emmett, além da hemorragia que causara, uma parte do músculo fora seriamente danificada, e provavelmente ele mancaria pelo resto da vida.

Agora Emmett agradecia, afinal ainda estava vivo, mas durante as sessões de fisioterapia que tinha de fazer diariamente – e que começaram naquela semana, só depois de seu corpo estar saudável novamente, a ponto de aguentar a carga que viria pela frente – o deixava irritadiço e com dores, que o faziam xingar e pedir por analgésicos.

Mas nem sempre os analgésicos faziam efeito rápido.

Naquele fim de tarde ele se encontrava mais relaxado, a dor na perna o incomodava, mas ainda era suportável. Então com um sorriso Emmett resolveu afastar os pensamentos negativos de sua mente e esticou os braços, chamando a filha para se deitar em seu colo.

Certamente aquele não era um lugar agradável para um bebê, mas Elle era uma bebê esperta demais para aceitar ser separada dos pais quando via que não estava nada errado, eles ainda podiam segurá-la, então qual o problema em ficar ali?

Nos primeiros dias Rosalie fizera de tudo para afastá-la, para que sua mãe a levasse para casa, mas Elle não se deixava vencer e chorara praticamente a noite inteira, deixando claro a todos que sua vontade era ficar com os pais.

Já Victor conseguia entender melhor a situação, não que não chorasse, mas o avô conseguia dobrá-lo com doces e brincadeiras, a irmã de Rose também ajudava na situação.

- Não quis ficar longe do papai? – Emmett perguntou com uma voz infantil, beijando a bochecha rosada da filha que soltou muxoxos em gracejo. Ela adorava estar com o pai, e isso era inegável.

- Nas primeiras noites que você não a pôs para dormir, pensei que ela não deixaria ninguém na vizinhança dormir de tanto que chorava – Rosalie comentou mais uma vez, observando como Elle se aconchegava com prazer ao peito do pai, agarrada a um dedo dela, agora a menina que sempre estava agitada mantinha os olhos fechados, rendendo-se finalmente ao sono.

- Agora você sabe como eu me sentia quando via você com o Victor – Emmett comentou piscando para ela, que franziu o cenho como que não querendo entender ao que ele se referia.

Mas ela claramente sabia, ele se referia a essa adoração cega e infinita que Elle parecia demonstrar por ele, mesmo ainda sendo só um bebê.

- Victor ficava exatamente assim com você – ele continuou falando. – Bastava você aparecer que ele não queria mais ninguém.

- Nada mais justo – Rosalie disse com um pequeno sorriso. – Fui eu que o carreguei por nove meses, você só fez o trabalho fácil – ele gargalhou passando uma das mãos pelas costas da filha.

- Isso é ciúme? – perguntou com uma sobrancelha arqueada, só para provocá-la.

- Não – Rosalie revirou os olhos. – Mas aposto que se eu saísse vocês nem sentiriam minha falta.

Ele voltou a rir esticando a mão livre para que Rose se aproximasse, meio contrariada ela se aproximou, fazendo um bico de pura manha, tudo porque sabia que ele iria beijá-la e amansá-la até que cedesse.

Nesse aspecto ele era tão previsível, ela pensou com um sorriso. Mas adorava!

- Digo o mesmo em relação a você e o meu filho – ele sussurrou em seu ouvido, mordendo o lóbulo da orelha dela.

Isso fez um arrepio lhe percorrer o corpo, e a saudade que sentia de ter Emmett de forma mais íntima só acendeu, fazendo-a se recostar a cadeira em que estivera sentada até agora, querendo por uma certa distância entre eles.

Durante toda a semana havia sido assim, ele se aproximava e a beijava desse modo mais íntimo, algumas vezes no pescoço, a fazendo querer desejar tê-lo novamente, para então ambos lembrarem que se encontravam em um hospital, e que o leito de Emmett ficava em um quarto junto a de mais outra meia dúzia de homens, que também recebiam suas mulheres e filhos diariamente.

Aquele não era, nem nunca seria, o lugar ideal para estarem juntos.

- Estou com saudade – Emmett murmurou voltando sua atenção para a filha, como se assim pudesse mudar os pensamentos em sua mente e fazer seu corpo esfriar.

Cada vez mais ele mal podia esperar para voltar para casa.

- E com o desejo que eu to, se prepare que vou lhe fazer outro filho – ele disse piscando para ela, que gargalhou alto com as bochechas coradas.

Ela não duvidava que isso aconteceria mesmo, seu corpo se encontrava tão saudoso e desejoso, que sabia que só parariam quando não houvesse mais força nem sequer para se virarem.

E com tamanha saudade e desejo, facilmente ela estaria grávida novamente.

- Só se me der outro menino – ela disse ouvindo-o gargalhar alto. Olharam para os lados, de repente envergonhados por tamanho falatório em um lugar nada privado, mas cada homem estava mais atento a sua própria família, matando uma saudade sem tamanho e um alívio maior ainda, ocupados demais para se preocuparem com os planos dos outros.

- Duvido mesmo que essa baixinha aceite dividir a atenção com outra princesa – ele disse voltando a lhe piscar, e Rosalie sorriu acertando um tapa em seu braço, já prevendo a comparação que logo viria. – Ela é igual a você...

E mais uma vez ele iria incomodá-la por quando mais nova não ter querido ter uma irmã.

Mas desta vez tinha de concordar, se Elle não fosse só um bebê, se ela tivesse idade suficiente para entender, tinha certeza de que a filha reagiria exatamente igual, não querendo ter irmãos mais novos, querendo sempre ser a princesa do pai, nada de dividir as atenções.


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Notas finais do capítulo

N/a: que isso? sempre que eu entro aqui o nyah tá off '-'
já não tá fácil postar sem ter meu próprio computador (pq ai fico trocando, as vezes to sem o arquivo pra continuar a escrever e blábláblá) ai quando consigo adiantar algum post o nyah sai do ar
._.
espero que agora esteja resolvido!



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