A Melhor das Reações escrita por Luana Rosette


Capítulo 1
Capítulo 1




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Sou jovem.

Isso é algo que aparentemente todas as pessoas ao meu redor – principalmente as mais velhas – fazem questão de sempre me lembrar.

Mas mesmo com minha pouca experiência uma coisa eu aprendi.

Só existe uma coisa realmente ruim quando escondemos uma “bomba”:

Que mais cedo ou mais tarde teremos que revela-la a alguém.

Infelizmente para mim foi mais cedo do que eu gostaria.

Com certa impaciência, Draco olha pela terceira vez o relógio em seu pulso. Deveria fazer exatos vinte minutos que estávamos sentados na mesa do refeitório da universidade.

Ele observando-me me contorcer em um ridículo nervosismo enquanto minha inútil pessoa se digladiava com uma bisnaga de katchup.

E eu... bem, eu tentava achar as palavras para melhor iniciar o assunto que me fez convida-lo para lá.

Mas aparentemente seu último pingo de tolerância foi para as cucuias, e arrancando o pacote de condimento da minha mão, o abre sem maiores cuidados para entregá-lo de volta acompanhado de um ultimato:

- Agora daria para o senhor me dizer por que raios me fez perder vinte minutos do meu intervalo para observar a sua inaptidão manual? – Draco leva a sua xícara com chocolate quente a boca para em seguida acrescentar ainda munido de um olhar maligno – e seja o que for, espero que seja algo que valha a pena.

Bem, ele pediu.

Deixando de lado a pobre bisnaga aberta, abandono meus sonhos de comer o suculento hamburguer a minha frente, e com certa dramaticidade, admito, respiro fundo.

- Estou grávido – Digo sem maiores preparações.

Os olhos do meu companheiro ex-Slytherin se arregalaram ao ouvir a frase que eu havia dito com tamanha tranqüilidade.

Talvez eu devesse ter ido com mais calma.

A xícara, que na hora do meu anuncio havia estado na altura dos seus lábios, tremeu levemente nos dedos finos de Draco.

Mas não chegou a cair.

Nem uma gota de chocolate quente havia tocado a superfície de plástico da mesa, pois o seu dono havia respirado fundo, engolido o pouco liquido que havia entornado em sua boca, para em seguida colocar a xícara novamente sobre a mesa.

A perfeita imagem de um herdeiro Malfoy, mesmo diante de tamanha bomba.

Devo lhe dar os devidos créditos à etiqueta puro sangue.

- E por que exatamente você esta contando isso para mim? – o olho esquerdo de meu acompanhante havia começado trair sua imagem de frieza ao sucumbir a um ligeiro tic – Nem que eu fosse o pai dessa pobre criança.

- Eu sei, eu sei – revolvo os cabelos, nervoso – Mas eu não sabia muito bem para quem falar.

- Eu tive uma idéia!!! – de maneira cruel Draco simula uma face de excitação – Que tal para o que deveria ser o suspeito número um para ser o pai do seu filho?

Ok, alguém me diga por que exatamente eu escolhi esse cubo de gelo como amigo?

Creio que esse diabo loiro insultava bem menos a minha inteligência quando éramos inimigos no colégio.

Mas por hora, o melhor que eu faço é relevar.

Releve Harry, apenas releve.

Juntando todo e qualquer resquício de minha maturidade eu retomo o assunto.

- É exatamente para saber como vou dar essa noticia para o Severus que eu te chamei aqui.

- Por favor... – Draco abana a mão com desdém quase na minha cara – desde que vocês começaram a sair vem se atracando em cada canto que tem chance. Sendo você um mago fértil acha mesmo que meu padrinho não poderia calcular que mais dia ou menos dia você acabaria engravidando?

- Pois é, o problema é exatamente que ele pensou nisso!!! – Exclamo ao me por de pé em um pulo – E por isso eu venho tomando poções anti-conceptivas, mas não sei por que aparentemente...

- Falharam?

- Estrondosamente. – volto a me sentar e escondo minha cabeça entre os braços – O ponto é: se ele me fazia tomar essas poções, quer dizer que logo de começo ele nem sonha em querer ter um filho comigo, ao menos não agora.

- Certo – o loiro teve que concordar comigo – isso realmente é um ponto. Mas por que você vem falar isso para mim? Por que não foi correndo para a bainha da saia da sabe-tudo e do pobretão?

- Eu vou contar para eles mais tarde, por hora você é o único amigo que eu tenho que passou pela mesma experiência.

Isso mesmo.

Pasmem.

O jovem e nobre representante da família Malfoy, sentado a minha frente, é um mago tão fértil quanto eu!!!

Devo dizer que isso não surpreendeu muito os pais de Draco, esse fator em nosso DNA é detectado desde o momento em que nascemos, mas eu não acho que o “todo correto” Sr. Lucius Malfoy esperasse que seu primogênito fosse se apaixonar perdidamente pelo primogênito da família Weasley.

Tanto não esperou que tomou a primeira providencia mesquinha que lhe veio a cabeça quando descobriu que se tornaria vovô de um lindo, pequeno e ruivo William Arthur Weasley Jr.

Deserdou Draco.

Não que meu amigo tenha se importado muito, Bill ganha em Gringotes o suficiente para manter uma família de maneira mais do que confortável.

E saliento que eu nunca vi meu amigo mais feliz do que nos últimos três anos de casado.

- Bem... hum – Draco tenta disfarçar a vergonha – de fato não foi fácil, mas eu meio que pedi isso, quero dizer, quando se sai com um Weasley você corre o risco de engravidar apenas deles te tocarem no braço.

Aparentemente se casar com um Weasley não impediu Draco de ainda falar da família de ruivos como se eles fossem coelhos.

Fazer o quê?

Velhos hábitos não se perdem tão facilmente.

- Como Bill reagiu quando você deu a noticia? – tento manter o foco do assunto.

- Da maneira mais “Bill” possível – o loiro revira os olhos, mas não pode dissimular um sorrisinho abobalhado – primeiro perguntou de quem era, nessa hora eu quase meti um soco naquela cara abobalhada, mas logo ele se recuperou do choque e se desculpou. Ele mau sabia o que falava... Gaguejou, remexeu as mãos, nervoso e por fim me beijou.

Ai ai... A típica ceninha de filme de romance água com açúcar...

Que inveeeeja

- Isso não parece algo que Severus faria.

- Não acho que adiante muito você pensar sobre como ele vai reagir. Severus é um homem racional. Seja lá como você escolha dar a noticia, ele vai sempre se ater ao ponto principal, medir os pros e os contras e dar uma resposta – o loiro olha para mim substituindo seu ar arrogante por um mais compreensivo – e seja qual for a resposta, não seria nada que sugira tirar isso aí que cresce dentro de você. Uma criança, por mais inoportuna que possa parecer à época de sua vinda, sempre representa, no final, uma grande alegria para os pais.

- Duas – o corrijo envergonhado.

- Desculpe? – o loiro me encara com receio

- Duas... são duas crianças que vou ter.

- Duas? – Draco por segundos pareceu não saber o que dizer, então abanou a cabeça – você realmente sabe como complicar as coisas – suspira – mas não acho que na situação em que você esta ter um ou dois filhos vá fazer muita diferença – da entre ombros – não acredito que ele te renegue nem mesmo se você dissesse que teria trigêmeos. Já que antes de tudo serão crianças suas.

Não pude evitar de sorrir diante daquela rara mostra de gentileza.

Sorriso que não durou muito.

Ao menos até que ouvi uma voz conhecida as minhas costas.

- Crianças? Harry está esperando uma criança? De quem?

Aparecendo no meio da conversa, nos tomando de surpresa, apareceu Rony.

Merda.

Meu amigo ruivo olhava desconfiado de mim para Draco.

Ele nunca aprovou muito a nossa amizade, nem o relacionamento do seu irmão mais velho com o loiro, mas aparentemente sua palavra nunca contou muito nesses dois temas.

- E então? – o ruivo insistiu diante do nosso silêncio.

- Bem...

- Weasley, sei que seu diminuto senso comum deve impedi-lo de associar situações lógicas, mas tendo Potter saindo por quatro anos com meu padrinho as opções de pai para o filho dele se tornam bem pequenas.

- Seu padrinho? – os olhos de Rony se arregalam e sua face fica branca – o Harry... o Harry está esperando um filho de... Snape.

E desmaia.

- Ok, isso foi exagerado – Draco diz de maneira fria enquanto volta a bebericar o resto de sua bebida.

- Talvez – sinto vontade de me esconder de baixo da mesa diante dos olhares que atraiamos dentro do refeitório graças a ultima ceninha – se não fosse o fato de que ele não sabia que eu saia com Snape.

- Ops? – Draco diz de maneira dissimulada – francamente, normalmente você dá o titulo de melhor amigo por algum motivo. Tem alguma coisa que você conte para o Weasley?

- Ah... muitas coisas, mas entre elas não está o fato de eu estar me agarrando com o homem que foi nosso professor de poções a menos de três anos. Eu estava esperando o momento certo.

- Por mais de quatro anos?

- E aparentemente ainda era cedo – olho sem jeito para o corpo desacordado de Rony ao pé de nossa mesa, e resignado dou entre ombros – de qualquer forma não era como se eu pudesse adiar por mais tempo, ao menos não mais.

- Certo, certo... – mais uma vez Draco mostra toda sua sensibilidade ao cortar o que eu ia dizer – Seus dramas a parte... É melhor eu levar esse ruivo ao centro médico do campos, meu marido e o namorado desse idiota não vão gostar de saber que eu deixei o pobretão jogado no chão sem fazer nada.

Ah é, eu quase me esqueci, Rony não gosta da idéia de eu ser amigo de um Slytherin, não gosta da idéia de seu irmão ter se casado com um Slytherin, mas aparentemente não se importa em namorar um Slytherin...

Como Blaise Zabine, namorado em questão, chamou isso da ultima vez que o tema foi tocado na ultima reunião da família Weasley?

Ah é... Hipocrisia!!!

- Quer ajuda? – me ofereço já sacando minha varinha.

- Nãaaa. Primeira dica para um grávido de primeira viagem, não utilize muito a sua magia a não ser que seja estritamente necessário. Isso pode afetar a formação do bebê.

- Certo – Sorrio diante de mais um raro momento de delicadeza de Draco – te vejo no quinto horário?

- Até lá. – o loiro leva dois dedos a altura da testa e acena – E não se esqueça do que eu falei, não improvise muito, ele às vezes tende a ficar mais irritado com a enrolação do que com a própria noticia, e seja qual for a reação dele, duvido que faça algo que agrida você ou ao bebê.

- Isso espero.

- Eu também – Draco diz antes de levitar um inconsciente Rony – por que se não eu serei obrigado a espancar meu próprio padrinho.

AMDR

Ok, eu consegui contar a minha “bomba” para um Slytherin e minha cabeça não explodiu no processo.

Eu devo conseguir agora contar para o meu Slytherin.

Não é?

Ao menos era o que eu acreditava, ou ao menos o que eu tentava me convencer em todo o dia, e agora que estou nos aposentos de meu... hm... amante.

Ele estava sentado em sua escrivaninha próxima a cama, soterrado por pergaminhos e mais pergaminhos.

E por sua cara não estava nada satisfeito com o que lia neles.

Por que de todas as épocas em que meus filhos resolvem ser concebidos tem que ser em época de provas finais?

Francamente filhinhos, vocês nem nasceram e já parecem ter herdado o meu imã para problemas.

Severus parecia ainda não ter reparado minha presença no quarto, e quando o ouvi bufar pela quinta vez pensei seriamente em sair de fininho e só voltar quando os embriões em minha barriga já tivessem nascido, crescido, e de preferência formados na Universidade particular de Salem.

Mas aparentemente meu primeiro “desejo de grávido” não seria atendido.

- Ficará parado aí a noite inteira ou finalmente dirá há que veio Sr. Potter? Se não, já lhe advirto que graças aos seus sucessores de casa não terei tempo essa noite para lhe dar a devida atenção.

Qual é o problema dos Slytherins, será que são só os que eu conheço ou todos não sabem esperar um minuto para que os de mais se preparem psicologicamente para...

- Se possível, gostaria que dissesse, fosse o que fosse, ainda hoje.

Aparentemente são só os que eu conheço.

- Severus... eu...

As pausas que vieram antes, entre e depois nessas duas palavras pareceram para mim uma eternidade.

- Não me lembro de quando foi a ultima vez quer me vi diante de tamanha mostra de eloqüência, se não tiver nada para falar devo pedir novamente que saia, tenho muito que fazer.

E aparentemente para o Severus também.

Mas não cometerei o mesmo erro que cometi com Draco, não vou me apressar.

Filhinhos, me de coragem para enfrentar mais esse dragão.

- É que o que eu tenho para dizer é bastante difícil – digo esfregando uma mão contra a outra... eca, desde quando minhas mãos suam tanto? – e você não está me ajudando em nada com essa atitude.

Levantando seus olhos pela primeira vez dos papeis, meu amor me encara.

Ai ai, filhinhos, que vocês tenham puxado esses olhos pelos quais me apaixonei tão perdidamente...

Foco Harry, tenha foco.

- Se o que tem a dizer é tão difícil – percebo como ele se esforçava para usar seu tom mais compreensivo – tente simplificar o máximo possível em palavras e depois detalhe.

Lógica... Esse homem me pede lógica quando o meu estado atual e movido apenas por meu lado emocional.

Diabos de mãos que não param de suar, vocês não estão me ajudando.

- Pra você é fácil falar. – murmuro acanhado

- Ora vamos Potter – ele revira os olhos – não acho que exista muitas coisas que você diga que possam me abalar tanto.

Ele se levanta e começa a caminhar em minha direção.

Você não me engana Severus, você tenta demonstrar calma, mas está começando a se preocupar.

Eu te conheço.

Veja filhinhos, quando ele começa a criar covinha apenas no canto direito da boca é por que ele esta lutando para não expressar qualquer emoção.

Aprendam isso desde já, pode ser útil.

- Quer apostar? – o desafio saiu de minha boca um pouco mais alto que um sussurro quando ele finalmente parou em minha frente e envolveu minha cintura.

- Nem que Voldemorte tivesse voltado da tumba. – ele desce sua boca sobre meu pescoço e eu quase desfaleço ao me ver embriagado com o perfume de seus longos e negros cabelos.

- Nesse caso eu estaria falando com, Dumbledore nesse momento. – tento me fazer de forte

- Nem se mais um Weasley tivesse voltado a aumentar a taxa de natalidade do Reino Unido em mais 20%. – suas mãos acariciam levemente minhas costas por cima da roupa, abaixando lentamente até que finalmente conseguem se esconder por dentro de minha camisa e tocar minha pele.

- Já disse para você e Draco pararem de tratar os meus amigos como se eles fossem coelhos e se fosse o caso eu estaria felicitando os novos papais.

- Nem se você tivesse recebido o posto de apanhador no time da Inglaterra. – ouço o riso sufocado seguido de um forte chupão que me arranca um suspiro

- Não fale como se fosse totalmente impossível, e nesse caso eu estaria agora falando com o meu técnico.

- Nem se estivesse grávido.

- ... – ao ouvir essas palavras eu sento todo meu corpo paralisar.

- Nem se... – ao perceber minha falta de resposta abrupta aos seus estímulos ele se afasta ligeiramente mantendo apenas as mãos segurando minha cintura – espere um pouco, é isso?

- Bom, não esperava que o primeiro termo que você denominaria o nosso filho fosse “isso” – Eu sei filhinhos, seu outro papai é de uma delicadeza excepcional – mas... sim, estou grávido.

- Nosso... filho.

Era a vez de Severus ficar paralisado.

Seu agarre em minha cintura havia afrouxado e seus olhos pareciam fitar o nada.

Merlin, quantos neurônios eu conseguir exterminar de uma das maiores mentes do mundo mágico dos tempos atuais com apenas tão poucas palavras?

- Se... Severus... – começo a me desesperar – eu sei que é repentino. Eu mesmo ainda estou um pouco surpreso, mas eu juro que não fiz de propósito. Eu não sei o que aconteceu, talvez eu tenha errado o horário da poção ou... Sei lá!!! O medico disse que às vezes o organismo de algumas pessoas tem mais resistência a alguns tipos de poções e...

- Eu fiz aquela poção sob-medida para o seu organismo. – ele diz ainda de maneira pasmada, sem sequer olhar para mim.

Estou ficando com medo.

Por favor Severus, olhe para mim, estou ficando com muito, muito medo.

- Pois eu... Eu não sei o que aconteceu. Eu só sei que aconteceu e agora se você por acaso...

- Pensão. – solta a palavra no ar como se fosse a solução de nossos problemas.

- O quê? – indignado pulo para trás e para longe daquelas mãos – Eu não quero...

- Pensão. – repete ignorando completamente minha indignação – Eu tenho guardado o dinheiro que uma tia minha acumulou da pensão de um ex-marido e quando morreu deixou para mim. – ele avança em minha direção e mais uma vez segura minha cintura, desta vez com mais força – o meu salário de professor é suficiente para sustentar uma família, mas sempre é bom ter algo mais como apoio.

Família?

Desculpe, mas eu escutei bem?

Ele disse família?

- Como...

- E eu acho que a residência aqui na Escócia está em boas condições, me disseram que na primavera não existe lugar com o ar mais limpo que naquele povoado – seus olhos ainda não olhavam diretamente para mim, mas haviam ganhado um ar mais vivo, mas extasiado – deve ser bom para a gestação e ...

- Severus – Wooou, para o bonde que alguém caiu. Para o mundo que eu quero descer!!! Tudo o que ele falava começava a me deixar tonto – para um pouquinho eu...

- E Dumbledore sempre deixa algumas bolsas vagas para os filhos dos professores – juro que se isso não fosse contra sua imagem de professor malvado ele estaria dando pulinhos nesse instante – está certo que ainda não foram de muita valia, todos os professores até hoje foram solteiros e nunca tiveram....

- Severus!!! – tento faze-lo voltar a terra.

- Filhos – Segurando meus quadris ele se abaixa lentamente até ficar ajoelhado. Olha com os olhos ligeiramente arregalados para minha plana barriga coberta, e depois descansa sua cabeça contra ela para em seguida murmurar – filho... Um filho.

- Você... não ficou bravo?

- Um filho – apenas repetia.

- Não se sente traído?

- Um filho...

- Severus.

O homem que me abraçava afasta o rosto de mim e desabotoa um pouco minha camisa e olha com êxtase meu ventre.

- Uma família – ele olha quase hipnotizado para minha pele morena e eu só pude sorrir com carinho, como aquele homem pode ser tão belo? – aqui dentro tem uma família.

- Sim Severus – Acaricio seus cabelos lisos e com as duas mãos ergo sua cabeça para me encarar – aqui dentro e aqui fora.

Ele me olha confuso.

- Severus, quer casar comigo?

Ele arregala os olhos surpreso, e por segundos penso que essa era uma idéia que nunca havia passado pela cabeça dele.

E isso me aterrou.

Poderia eu viver sem a certeza de ter ele ao meu lado?

Mas tal duvida não durou muito.

Logo ele soltou uma alta gargalhada, não a cruel ou sarcástica a qual estou acostumado a ouvir, mas uma realmente feliz.

- Se supõem que essa fala deveria ser minha.

- Ora, não sei por que – faço sem querer um bico que deve ter parecido gracioso, pois ele engasgou ao conter o riso.– também sou homem se não se esqueceu, e não sei se você se lembra mas já faz meio ano que eu te convenci a revezar as posições quando...

- Não me refiro a isso, apenas que já que a sua “honra” é a que está em jogo, eu é que deveria fazer o pedido. Mas tudo bem, dessa vez eu deixo você tomar a iniciativa, afinal vocês estão em dois contra um.

- Na verdade – olho para o lado desconcertado – são três contra um.

Olho de canto de olho para o homem ainda ajoelhado e seu rosto se congelou em uma expressão de puro choque.

Ótimo!!!

Mal faço um pedido de casamento, e meu suposto noivo morre antes mesmo de responder.

- Eu te amo... – ele murmura tão baixo que não ouço.

- Como?

- Eu te amo – ficando em pé de repente ele me ergue de sopetão e eu mal tenho tempo de reclamar, Severus simplesmente cobriu meu rosto de beijos e sempre que tinha os lábios livres ele apenas repetia – eu te amo, eu te amo, eu te amo...

Ele me leva a sua cama e me deita nela.

Com grande reverencia ele me observa com tamanho carinho que não consegui dizer nada.

- Eu te amo – ele diz mais uma vez quando se inclina sobre mim – eu amo a vocês três.

- E eu te amo – respondo ao envolve-lo em um forte abraço. – e tenho certeza de que eles também te amarão quando vieram a nascer.

Não é? meus filhinhos?

Diante desse homem tão doce, que outra reação qualquer um poderia ter?


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Notas finais do capítulo

Açucar..... açuuuuuucar... eu nunca fiz um final tão descaradamente açuuuuucarado...

Eca... eca... eca...

Bem, eu sei que essa fic foi curta, mas fazer o que? Eu apenas queria botar para fora essa pequena idéia que tinha na minha cabeça:

“Um confuso Harry desesperado com a idéia de que Severus não poderia aceitar ele e seus futuros filhos”

Isso, e também poder escrever a seqüência que toda a escritora yaoi de HP que se preze tem que escrever uma vez na vida: uma cena em que o Rony desmaia ao descobrir que Harry está saindo com Severus/Draco.

Hua há há há há...

Cof cof... voltando ao tema...

Devo admitir que talvez o moreno mais velho poderia ter sido mais eloqüente, mas raras são as situações em que um “eu te amo” não responde tudo.

Eu tenho umas idéia para mais uma cuuuuurta fic que seria a continuação dessa, mas não penso em sequer digita-la sem ver como será a reação das leitoras com essa fic que acabo de postar.

Resumindo, quem puder mandar sua opinião, diga se gostou, diga se não gostou... Digam que eu deixe de ser vagabunda e volte a me concentrar nas fics que já tenho postadas...

Vocês são sempre quem decidem ^o^

Seja como for, obrigada por terem lido minhas humildes palavras até o fim, os vejo em minhas outras estórias.

Bjs a todos.



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