Uma Brincadeira de Verão... escrita por Yume Tokisaki


Capítulo 5
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Oeeeeee! É, eu resolvi escrever um epílogo. Espero que gostem, mais nada a declarar.
Boa leitura! ^-^



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Quatro anos se passaram desde que o corpo de Ana havia sido encontrado, os dois garotos já tinham seus vinte anos de idade. Nessa tarde quente ambos foram para a fazenda dos pais do loiro, estavam num córrego que tinha ali.

– Carlinhos... coisa mais linda da minha vida...

– O que você quer senhor André? – o outro perguntou desconfiado

– Bem... pega uma toalha pra mim, lá dentro?

Runf! Preguiçoso...

– Vai, por favor...

– Tudo bem, eu vou ir pegar.

O loiro saiu do lugar e caminhou até a casa da fazenda que não estava muito longe dali, enquanto isso o moreno sentou-se na beira da água e ficou olhando o céu com um sorriso nos lábios.

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Ao chegar na porta da residência, o loiro viu um papel encostada na mesma, logo reconheceu a letra do amado.

Você se lembra quando eu disse que gostava de você? Eu me lembro que você ficou dois dias inteiros sem falar comigo, isso nós dois tínhamos nossos 14 anos... eu quero que você siga a trilha dos bilhetes que eu deixei pela casa, por favor... não pare.

O mais velho abriu a porta devagar, olhou a sua volta e viu outro pedaço de papel sobre o sofá, foi até o mesmo e o pegou lendo atentamente.

Nosso primeiro beijo foi um ano depois... eu lembro que estávamos no sofá da minha casa, eu disse que te contaria um segredo e disse pra você chegasse mais perto, você fez isso, eu te roubei um beijo, nunca te vi tão vermelho como naquele dia. Vá para o seu quarto pegar minha toalha...

– Onde é que você quer chegar...?

Mesmo hesitante o jovem foi para seu quarto, abriu um pequeno baú onde as toalhas ficavam, retirou a primeira e logo viu novamente a folha cortada à mão e a letra bem desenhada do moreno.

Sim... eu me lembro da nossa primeira vez, nós já tínhamos 17 e já tínhamos achado o corpo da Aninha, nossos pais já tinham aceitado nosso namoro. Era meu aniversário e eu não tinha te visto o dia todo, à noite quando eu entrei no meu quarto e senti seu cheiro, quando eu acendi a luz e te vi nu na minha cama eu quase enfartei, te juro...

O loiro sorriu ao se lembrar do dia e prosseguiu com sua leitura.

Quando eu te ouvi falar um “Estou pronto agora...” bem baixinho, não aguentei... meu coração ficou tão alegre, agora além de ter o seu coração também teria seu delicioso corpo...

Vá para a cozinha, tem algo especial lá para que você prove mais tarde.

O loiro já estava sorridente com aquilo, mas não sabia o motivo... Não era seu aniversário, dia dos namorados, aniversário de namoro... Por que tudo aquilo? Assim como o outro lhe pediu no bilhete, colocou a toalha sobre o ombro e foi para a cozinha. Chegando lá viu uma tigela sobre a mesa, ao olhar viu um bilhete à frente dela, pegou e o leu.

Nem mesmo o céu, nem as estrelas, Nem mesmo o mar e o infinito... Não é maior que o meu amor, nem mais bonito... vê essa tigela? Olhe dentro dela.

O loiro assim o fez, olhou dentro e seus olhos se encheram de lágrimas ao ver o que era, uma caixinha negra de veludo.

Eu te quero sempre ao meu lado, quero sempre que você esteja presente na minha vida e que me coloque no bom caminho.

– Carlos Almeida Cunha... – a voz do moreno chamou a atenção do loiro para a porta da cozinha – Assim como a massa vai virar um bolo você quer construir uma família comigo? – o mesmo pegou a caixinha com as alianças e se ajoelhou – Você, Carlos, quer casar comigo?

– É claro que eu quero me casar com você! – loiro puxou o amado e o beijou apaixonado

– Hey... eu devia ter colocado o anel no seu dedo.

– A gente tem tempo, muito tempo.

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Logo o dia do casamento chegou, casaram-se na igreja, agora já era permitido e praticamente obrigado por lei. A lua de mel dos dois foi em Dubai, os dois tiraram diversas fotos que guardariam para o resto de seus dias. Três anos depois de se casarem os dois tiveram uma ideia, como nenhum dos dois poderia dar um filho ao outro, resolveram adotar uma criança.

– Vocês gostariam de adotar um menino ou uma menina? – a diretora do orfanato perguntou

– Nós queremos uma menina. – o loiro respondeu prontamente

– Olha... nós temos uma garotinha que chegou semana passada, ela tem oito meses.

– Podemos vê-la? – o moreno perguntou

– Claro... venham comigo.

A mulher se levantou da cadeira onde estava e caminhou pelo orfanato, o casal o seguiu. Entraram em um quarto onde a garotinha repousava, ao notar a presença dos adultos ali, a mesma abriu seus olhos castanhos e os encarou. O casal se encarou por um momento e sorriu em conjunto.

– É essa. – o mais novo disse

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– Papai! – a menina berrava

– Bia...? – o loiro procurava pela garota que havia sido batizada como Ana Beatriz

– Papai!

– Hey baixinha, o que foi? – o moreno pegou a garotinha no colo

– Ah... você está aí. – o mais velho chegou em seguida e viu o marido com a filha no colo em seu jardim– O que foi pequena?

– Nada.

– E por que estava chorando?

– Eu quelia binca com vocês.

– Era só ter chamado filha, você me deixou preocupado. – Carlos beijou a testa da garota

Diculpa...

– Tudo bem... mas eu vou me vingar.

– Vai?

– Sim. – o loiro pegou a filha no colo e deitou-a na grama – Ataque de cosquinha!

– Não! – o mais velho começou a fazer cócegas e a garotinha apenas gargalhava

Os três brincaram ali até que a pequena dormiu, o casal sentou-se na varanda de sua casa e ficaram observando o céu cheio de estrelas.

– Sabe Carlos... ela cumpriu sua promessa.

– Ela sempre cumpria, mas dessa vez vamos cuidar bem dela...

– Com toda certeza, eu cuidarei dela... – o moreno pegou a mão do marido e beijou – mas nunca deixarei de cuidar da minha vida.

– Bobo.

– Eu te amo.

– Te amo mais.

– Isso é impossível. – o mais novo puxou o amado para si e o beijou apaixonadamente

Argh! Papais...

– Bia, o que faz acordada? – o loiro chamou a filha com um gesto de mãos

– Eu tive um pesadelo... – a menininha se deitou no colo do pai

– Filha... quer ouvir uma história? – o outro perguntou

– Unhum..

– Era uma vez, em um tempo muito distante uma princesinha chamada Bia...

Os três ficaram por ali um tempo, quando o sono chegou voltaram para dentro, finalmente ficariam juntos e poderiam brincar juntos por muitos verões, assim como havia sido prometido por eles. Não muito longe dali, uma mulher de negro observou a família entrar em sua residência com um sorriso nos lábios.

– É, nem mesmo a morte foi capaz de quebrar a promessa deles.

Fim!


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Notas finais do capítulo

Bom, foi isso... pedido de casamento meio gay, mas tá valendo. Agradeço aos que acompanharam e favoritaram, aos que comentaram ou non. Beijos!



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