17º Desafio Sherlolly escrita por MandyCillo


Capítulo 1
Encantada - Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

E aí que eu volto em um novo desafio.
O filme em que a história se baseia é um dos meus favoritos. Posso dizer, sem sombra de dúvidas, que já o vi mais de 15 vezes. Alguns diálogos eu sei de cor. hehe

Pra quem nunca viu ou não conhece o filme Encantada, deixo aqui o trailer: http://www.youtube.com/watch?v=gDs0ijmCYf4

Enfim, espero que gostem.



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Era uma vez um reino mágico chamado Andalasia, onde vivia uma rainha má. Egoísta e cruel, ela vivia temendo que, um dia, seu enteado se casasse e ela perdesse o trono para sempre.

Por isso, fazia todo o possível para impedir que o príncipe conhecesse a donzela especial com quem ele trocaria um beijo de amor verdadeiro.

---

Molly era uma linda donzela que vivia em uma casa na árvore, e sempre sonhou em encontrar o príncipe encantado com quem trocaria o tão sonhado beijo de amor verdadeiro. Em uma bela tarde, Molly e seus amiguinhos animais da floresta, estavam fazendo uma estátua de como seria seu príncipe.

-Molly, Molly! Que tal isso para sua estátua? – Um passarinho azul lhe entregou um item para acrescentar a sua estátua do príncipe.

-Ah, é perfeito. Obrigada!

-De nada. – Os passarinhos saíram voando assustados quando o melhor amigo de Molly, o esquilo Toby, os espantou dizendo:

-Vamos! Andem seus bobões, mexam-se! Temos que criar um rosto aqui, enquanto ainda está na memória dela.

-Ah, Toby, foi um sonho tão lindo. Estávamos de mãos dadas, dançando, e... – Molly suspirava enquanto rodopiava pelo cômodo, quando um coelho pulou em sua frente lhe entregando um par de diamantes azuis que serviriam para os olhos da estátua. – E isto para os olhos! – ele falou.

-Azuis? Como sabia? E brilham igualzinho aos dele! –Molly se dirigiu até a estátua e posicionou os pequenos diamantes no lugar dos olhos. –Ótimo. Assim. Sim, é isso! Iguaizinhos!

-Tudo bem. Sim, sim. Agora pode nos mostrar. – Toby pediu a Molly que virasse a estátua para que eles também pudessem ver como ficou o príncipe baseado em seu sonho.

-Apresento-lhes meu verdadeiro amor! Meu príncipe. Meu sonho ganhou vida!

A estátua era feita de diversos materiais, livros, madeiras, uma vassoura, uma garrafa. Seus cabelos eram folhas verdes e seu casaco era azul com algumas flores aplicadas. Tudo estaria perfeito se não estivesse faltando um único “detalhe”.

-Oh, meu Deus! – Molly olhou espantada para a estátua. –Eu não acredito!

Toby subiu no ombro de Molly e perguntou: -O quê? Qual o problema?

-Esqueci de desenhar os lábios!

Um pequeno cervo atrás de Molly perguntou: - Ele tem que ter lábios?

-Oh, mas é claro!

♫♪♫

Quando encontra alguém que é feito pra você...

Precisa ter coragem, saber o que fazer...

-Vocês puxam a calda um do outro? – Um coelhinho puxou a calda do outro que estava ao seu lado.

-Não!

Algo bem mais doce, que todo mundo quer...

Em meus sonhos dou um beijo de amor...

Em um príncipe encantador...

É o que faz o final feliz da história...

E é por isso que os lábios são...

Uma porta para o coração...

Só um verdadeiro beijo diz...

Se achou a pessoa que sempre quis.

-Para encontrar um par de lábios perfeitos, vamos precisar de muito mais ajuda. – Molly caminhou até a janela e cantou para que outros animais pudessem ouvi-la. No mesmo instante apareceram diversos animais, como pombinhas, coelhinhos, passarinhos de diversas espécies, todos empenhados em ajudar Molly encontrar os lábios perfeitos para seu príncipe. Foram lhe entregando vários materiais para compor os lábios, como um pente, um pregador de roupas, uma ervilha, um siri e até uma maça com uma pequena minhoca de hóspede. Infelizmente nenhum material foi perfeito para Molly.

Não muito longe dali, Tom, o príncipe, estava montado em um ogro que ele havia acabado de capturar.

-Cuidado aí embaixo! –Tom gritou, fazendo o ogro despencar no chão a sua frente.

-Incrível Alteza! É o seu décimo ogro este mês. - Dizia Anderson, seu fiel súdito. –Eu adoro caçar ogros. Grandes, pequenos. Ogros, ogros, ogros...

-Ogros são bons como passatempo, Anderson. Mas... Mas meu coração sonha com alguém que cante comigo.

Em meus sonhos dou um beijo de amor...

Tom pegou Anderson pelos braços e começou a dançar e cantar em cima da barriga do ogro, quando de repente ele escutou uma linda voz cantando junto.

-Está ouvindo isso, Anderson?

-Eu, Não. Não, não ouço nada. – Anderson tentava se recompor. –Nadinha, Alteza.

-Preciso encontrar a donzela que pertence a essa linda voz.

-Não Alteza! Volte aqui! O senhor está alucinando!

-Corra Destiny! –Tom saiu em disparada em seu cavalo atrás da linda voz.

-Ah, droga. Ah, não. Não. Isso não é nada bom. –Anderson se lamentava. –Todos esses anos caçando ogros, tentando evitar que ele conheça uma moça. –Um arrepio lhe passou pela espinha. –Ah, a rainha. Ah, não, a rainha. Ela não vai gostar nada disso! –Anderson retirou do bolso um pequeno relógio que continha uma foto da rainha e ficou ainda mais amedrontado. Foi quando olhou para o ogro e teve uma brilhante ideia.

Tom estava em seu cavalo quando ouviu grandes passos em seu encalço. Era o ogro que Anderson havia soltado para que impedisse Tom de encontrar com a linda donzela.

-Você não vencerá ogro nojento. Esta donzela é minha! –E disparou em seu cavalo atrás do ogro que já o tinha ultrapassado.

---

Enquanto isso Molly estava sentada na janela de sua casa na árvore, com um olhar suspirante.

Toby que estava em seu joelho perguntou: - Querida, acha mesmo que existe esse homem de seus sonhos?

-Ah, Toby. Sei que ele está lá fora em algum lugar.

De repente, sem que Molly percebesse, um grande olho apareceu em sua janela e todos os animaizinhos olharam assustados para Molly e apontavam para a janela tentando avisá-la. – Olhe! Olhe! Olhe!

-Olhe...o quê?

-Olha o meu almoço! –Disse o ogro do lado de fora da janela.

Molly saiu correndo desesperada quando a mão do ogro adentrou a sua janela tentando pegá-la.

-Peguei! – Disse o ogro, achando que era Molly, mas ela conseguiu escapar por uma janela. O que ele havia pegado era a estátua do príncipe, que acabou sendo destruída por suas mãos. –Ah, me enganou! – O ogro saiu em disparada atrás de Molly que já estava andando em cima dos galhos da árvore.

-Era para eu almoçar você!

-Ah, mas não vai mesmo! –Toby pulou na cabeça do ogro fazendo o galho ceder e Molly que estava na ponta do galho começou a escorregar em direção ao chão. Toby dando pequenos tapinhas em sua barriga disse: –Nossa, preciso fazer uma dietinha!

-Meu almoço! –O ogro esticou a mão para alcançar Molly na ponta do galho quando uma espada voou, prendendo o ogro ao galho e impediu que ele pegasse Molly.

-Não tema, bela donzela. Estou aqui! –Tom havia chegado a tempo.

Molly continuava escorregando e Toby segurou um dedo do seu pé na tentativa de impedir que ela caísse, mas foi sem sucesso. Molly pulou em direção a outro galho mais embaixo, fazendo com que o ogro voasse pelos ares. Infelizmente Molly não conseguiu mais se segurar e acabou caindo. Os galhos das árvores foram amortecendo sua queda e ela acabou por aterrissar justamente no colo do príncipe.

-Não acredito! É você mesmo?- Molly disse enquanto olhava apaixonada para o homem a sua frente.

-Sim, sou eu. E você é...?

-Molly.

-Oh, Molly! Vamos os casar amanhã pela manhã!

A mais bela moça eu encontrei...

A cantar...

Este dueto, eu sei...

Sempre lembraremos com ardor...

Que ao amor chegamos...

No amor crescemos...

Pois começamos num beijo de amor.

E saíram cavalgando em direção ao pôr do sol, felizes para sempre.

Será?

---

Do outro lado do reino, a rainha Irene observava a linda cena do casal apaixonado através de sua bola de cristal.

-Ah, então essa é a pequena rata da floresta que pensa que pode roubar meu trono. - Irene se transformou em uma imensa bola de fogo em formato de um dragão e gritou: - Nunca!

---

No dia seguinte pela manhã, Molly chegou ao castelo em uma carruagem puxada por belos cavalos brancos. Anderson a esperava e foi abrir a porta da carruagem para que ela descesse, mas Molly se adiantou e acabou acertando a porta no nariz do súdito. – Desculpe! Eu sinto muito! Estou atrasada? – Molly estava vestida com um lindo vestido de noiva. –Espero não estar atrasada!

-Não senhorita. Bem na hora!

Molly estava muito ansiosa e não parava de perguntar se estava atrasada. -Ainda bem! – Saiu correndo em direção ao portão do castelo.

-Ei, querida, espere! Ainda não terminamos seu vestido! –Toby gritou e saiu da carruagem seguido por uma avalanche de animais e atropelaram Anderson que estava no meio do caminho.

Molly subia correndo as escadas enquanto dois coelhos terminaram o laço da cintura e dois passarinhos lhe colocaram a tiara de brilhantes.

-Obrigada! – Molly acenou para seus amigos.

-De nada, Molly!

Depois que Molly passou pelo portão do castelo, Anderson fechou as pesadas portas de madeira na cara dos bichinhos, os deixando para fora. Isso deixou Toby indignado.

-Ei, você pensa que nós somos lixo? Fechar a porta na minha cara!

Já dentro dos jardins do castelo, Anderson corria desesperado atrás de Molly enquanto ela pensava em voz alta: - E pensar que, em poucos instantes, Tom e eu...

-Sim, sim. –Anderson tentava segurá-la a todo custo sem sucesso.

-Que ele e eu... Que nós... –Molly estava radiante com o casamento que estava prestes a acontecer.

De repente a figura sinistra de uma velha apareceu em sua frente assuntando Molly. –Oh, não!

-Que linda noiva!- A velha era baixinha, tinha grandes olhos esbugalhados, somente dois dentes na boca e uma verruga horrorosa na ponta do nariz.

-É muito gentil de sua parte, mas eu... -Molly tentou se esquivar da mulher a sua frente, mas foi impedida.

-Não, não! Vovó tem um presente de casamento pra você.

-Obrigada. Mas devo mesmo ir. Já estou atrasada e...

-É o poço dos desejos, querida.

-Mas todos os meus desejos estão prestes a se realizar. –A velha segurou o braço de Molly e a saiu arrastando em direção ao poço dos desejos.

Enquanto isso, Toby estava em cima do muro do castelo ralhando consigo mesmo.

-Se eu vir aquela cara magra na minha frente de novo, vou... -Toby falava de Anderson quando escutou a voz de Molly lá embaixo e ficou obsevando a cena que se desenrolava.

-Preciso mesmo ir.

-Um só desejo, no dia de seu casamento. É o desejo mais mágico de todos.

O maravilhoso poço dos desejos ficava atrás de algumas árvores dentro do jardim do castelo. A velha senhora conduziu Molly até a beirada e disse:

-Feche os olhos minha querida e faça seu pedido.

Molly se inclinou um pouco em direção ao poço – Isso mesmo. Incline-se, bem perto. Está pedindo alguma coisa? – A velha perguntou.

-Sim, estou. – Molly juntou suas mãos na altura do peito, fechou os olhos e continuou: - E os dois viveram felizes para sempre...

Molly mal tinha terminado a frase quando foi empurrada pela velha em direção ao poço. Toby viu tudo lá de cima do muro e saiu correndo para avisar o príncipe. –Socorro! Tom! Príncipe Tom, precisamos de ajuda!

Ainda ao lado do poço e após dizer algumas palavras mágicas, a velha se transformou na linda rainha Irene. Anderson, seu devoto súdito, veio correndo saber para onde Irene tinha mandado Molly.

-Para onde, minha rainha adorada... Para onde a mandou?

-Para um lugar onde não existe esse tal de felizes para sempre.

Molly continuava caindo no poço sem fim até que se chocou com a água. Começou a ouvir alguns barulhos estranhos, como se fossem sinos. A água continha pequenos cristais que grudaram em seu corpo. –Oh, o que é isso? – Assim que os cristais tomaram todo seu corpo, ela passou a girar descontroladamente como se fosse um redemoinho. Quando parou, ela estava jogada e um lugar escuro, em cima de uma tampa de metal com quatros furos, destes furos saíam feixes de luz incomodando seus olhos. Molly começou a se olhar, estranhando sua nova condição e apesar dela ainda não saber, agora ela era humana.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?



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