Não Me Deixe Ir escrita por Luuh Lune


Capítulo 19
Dezenove




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Cheguei minha casa até que um pouco mais animada, andar dentro de um carro com Luke, é só risada, da escola até aqui ele dirigiu igual um louco, brecava do nada, mas não quando estava em alta velocidade e cantava fazendo umas caretas. Acho que ele fez isso para eu parar de chorar bem, eu comecei a chorar de rir, sério, minha garganta e minha barriga estão doendo por isso.

– promete que não vai mais chorar? – Luke me olha com preocupação

– não prometo nada, mas vou tentar não chorar mais – solto um sorriso meio estranho

– qualquer coisa, só chamar – saio do carro, ele me espera entrar em casa, e depois escuto o carro saindo – preciso almoçar – entro na cozinha, faço espaguete, escondidinho, nhoc, e como tudo isso, faço bastante para sobrar para de noite, depois que comi até meu estomago doer, resolve ver o filme, pego o filme Os Mercenários, começo a dar risada sozinha quando me lembro dos comentários que meu pai faz em cada cena do filme.

Papai chega á noite, mamãe esta na cozinha me ajudando a arrumar á mesa do jantar.

– filha porque não me disse que Brad estava aqui, e que iria jantar conosco? – papai entra em casa acompanhado de Brad

– oi Brad, quanto tempo – mamãe o abraça, mau sabe ela das coisas que ele esta aprontando

– oi dona Monica, como vão as coisas por aqui? – minha mãe o convida para se sentar á mesa, ele se senta e os dois ficam conversando

Não sei o que deu na minha cabeça, mas eu preciso fazer isso

– mãe, eu acho que aconteceu um acidente, posso subir um pouco, já já eu desço – finjo que estou com cólica

– pode sim filha, vai lá – não termino de ouvir o que ela fala e subo correndo para meu quarto.

Chegando em meu quarto tranco á porta, abro minha varanda, pulo para rua, e saio correndo para casa de Cristian, ele esta no quarto, então escalo a varanda dele, estou quase sem forças, tento segurar no parapeito da varanda mas minha mão escorrega e faz um barulho muito alto, e quando penso que vou cair, alguém segura minha mão

– Mel? Você esta bem? – Cristian me puxa para cima, e me conduz para dentro do quarto

– Ninguém sabe que eu estou aqui, prefiro que continue assim – digo respirando rápido, meus pulmões estão ardendo, e estou tremendo muito

– me conta o que aconteceu? – ele me convida para sentar em um sofá que tem em seu quarto

– Brad esta lá em casa, conversando com meus pais como se nada estivesse acontecido, eu disse que não estava bem e que precisava subir, e... – minha voz esta baixa, meus pulmões estão doendo muito

– calma Mel, vou pedir para Molly ir para seu quarto – ele pega o celular dele, que mais parece um tablet – Molly, vai para o quarto da Mel agora, ela precisa de você ... esta bem, tchau, vá para casa ela já esta indo, e aquele loiro azedo vai se ver comigo – Cristian é moreno com olhos verdes e não se dá muito bem com Brad por ele ser loiro e eu amar loiros

– esta bem – me levanto

– quer ajuda para descer? – ele abre a cortina da varanda

– quero sim – fico meio envergonhada, preciso de ajuda pra descer a varanda dele que é bem mais alta que a minha

Ele desce primeiro, eu desço em seguida, toda vez que eu ameaço cair ele volta e me ajuda, quando finalmente chegamos ao chão, me despeço e saio correndo para minha casa e subindo pela varanda, quando chega lá, Molly já esta a minha espera, e mamãe bate á porta

–Mel esta tudo bem? – mamãe pergunta

– esta sim tia Monica, ela só esta com muita cólica, já já descemos – responde Molly me encarando, ela sabe que eu aprontei alguma

– ah Molly, fica para o jantar, e filha não demora, Brad e seu pai estão esperando – escuto passos, acho que ela voltou lá para baixo

– porque procurou Cristian, porque não foi logo á minha casa? – Molly cruza os braços

– ah não sei, foi á primeira coisa que me passou á cabeça – mordo os lábios

– e Brad o que faz aqui? – ela se senta na minha cama, e eu me sento ao lado dela

– ele entrou com meu pai, eu também não sei – suspiro – o que eu faço?

– deixa comigo, ah vejamos, começa a respirar bem devagar, bem devagar mesmo e pega o mínimo de ar que conseguir, isso vai fazer você ficar pálida, fraca, e zonza, fazendo vcoê voltar para o quarto, e não vai ficar tanto tempo com ele – ela se levanta e abre a porta, eu a sigo

Chegando á sala de jantar, meu coração acelera e fica apertado, Brad me olha, e tento não ficar tremendo

– Molly, não sabia que estava aqui – diz papai

– é que eu estava terminando de passar minha apostila á limpo, por isso o senhor não me viu – ela se senta entre eu e meu pai, Brad esta sentando entre ele e minha mãe

– Brad? Achei que tinha coisas mais... importante para fazer – diz Molly o olhando com esnobe

– coisas mais importantes? – pergunta mamãe não intendendo

– ah dona Monica, é que Brad só avisou a Stefany que vinha para Londres sabe? E o único dia que veio ver a Mel foi hoje, depois que... o que aconteceu na escola mesmo Mel? – ela me olha, sinto que meu coração vai explodir

– ele foi buscar a Stefany e a chamou de amor – minha voz sai fraca, fiz o que a Molly disse e estou pálida fraca e zonza

– você o que Brad? – papai o olha nervoso

– Melody – mamãe se aproxima de mim – Molly á leva para quarto, eu faço algo mais leve para ela comer e levo lá em cima

Molly me ajuda a subir, eu me dento, ela abre meu closet e fica vasculhando

– Mel posso usar aquele seu pijama de... acho que é borboleta – ela entra mais ainda

– esta perto da minha bolsa bege – digo abraçando meu travesseiro

Alguns minutos depois mamãe sobe com uma bandeja e um prato com purê de batata e frango desfiado

– Brad quer conversar com você – mamãe se senta ao meu lado, e faz carinho em meu rosto

– fala o que? Eu já sei de tudo, ele não precisa me falar nada – reviro os olhos

– ele falou comigo e com seu pai, explicou que enganaram ele, e tudo, filha conversa com ela – mamãe parece preocupada

– não, eu não vou, ele não quis acreditar nela? Então que fique com ela – começo comer

– e você filha, como vai ficar? – ela limpa uma lagrima que escorre em meu rosto

– vou ganhar a competição de líderes de torcida – agora essa é minha meta

– eu vou junto com você Mel – Molly me abraça

– eu só quero que seja feliz, e se isso te fazer feliz, eu e seu pai lhe apoiaremos – mamãe me abraça e desce com a bandeja.


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