Somos pó e sombras. escrita por Livia Herondale


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Eu estou feliz!! Por isso postei!! Qualquer erro avisem!! Não pude revisar o cap.



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Clary percorreu o pequeno espaço entre a casa dos Lightwood até sua casa. Ela estava feliz por Simon ter conseguido amigos. Muito bonitos por sinal..Ela se repreendeu com esse pensamento. Tudo estava igual , exceto árvores que tinham crescido aqui e ali.

Ela adentrou a casa. Continuava com a mesma pintura bege com quadros aleatórios no corredor que levava até a sala. Os sofás estavam intactos, com suas almofadas arrumadas; a mesinha de centro estava ali com revistas e a estante abrigava uma grande quantidade de porta-retratos (N/A: não sei se tem hífen, mas fazer o quê?), muitos vazios. A TV estava desligada e sua tomada estava jogada no chão.

Clary se permitiu ir até os porta-retratos. Pegou sua pequena bolsa e então catou todas as fotos que levara. Fotos de Simon, da família. De tudo que ela amava. Pegou primeiro a foto em que estavam todos juntos; depois procurou pelo porta-retrato com o mesmo tamanho da foto. Clary pensou em chorar mas se deteve; não poderia ser fraca. Não agora. Fez isso com todas as fotos e seguiu para a cozinha. A mesma sem nada mexido. As portas dos armários fechados, a geladeira também e o fogão com uma toalha qualquer em cima de sua tampa.

Ela resolveu sair dali e ir até o andar superior, onde ficavam os quartos dela e do irmão , o quarto de seus pais e um pequeno escritório. Aquele lugar lhe dava arrepios. Subiu as escadas e caminhou até seu quarto. Continuava do jeito que ela se lembrara de ter deixado. Exceto pela pequena chave em cima de seu armarinho velho. Simon teria estado ali? Ela se perguntou. Andou pelo quarto e chegou até a quase cômoda onde ela tinha deixado coisas para Simon. Um lado dela queria que ele não tivesse achado nada , que se esquecesse dela . Porém uma parte dela ficou feliz por ele ter visto que não foi o que aconteceu.

Ela pegou a chavinha e então abriu a gaveta. A mesma rangeu , por estar enferrujada. Clary não a culpou. Seus mangás não estavam ali. Muito menos a carta que ela deixara. Ela fechou a gaveta e saiu do quarto. Tinha uma dúvida na cabeça. Se Simon achou a chave da gaveta, achou a carta que ela deixara para Jonathan. Ele a teria lido?

Marchou reta e decididamente até o quarto do irmão. Ela abriu a porta e viu que tudo estava arrumado. Nada típico de Jonathan. Sua cama feita. Os cadernos empilhados em um balcão pequeno. Os livros estavam nas prateleiras. Livros sobre demonologia.

Ela procurou o tapete em que ela tinha escondido a chave e a carta. Nada estava ali.

Ela queria tirar essa dúvida com Simon. Mas sabia que teria que esperar. Já era quase noite. Só de pensar que ela teria sua confortável e macia cama de volta ela se animou em voltar para seu quarto. Mas suas asas queriam sair. Se libertar. Aí ela lembrou que ela evitava voar. Evitava mostrar o poder que ela tinha.

Seu desconforto a isso era algo que ela tinha que lidar. Resolveu que iria tirar uma pequena soneca. Depois, quando todos estivessem dormindo ela iria voar. Quando chegou ao quarto não pensou duas vezes , caiu em sua cama e adormeceu.

****************************************************

Jace acordou em um horário próximo da meia-noite. Ele estava sem sono. Vestiu uma calça jeans e uma blusa qualquer e desceu sem fazer barulho. Na meia-noite as flores da Praça do Anjo se abriam ( N/A : modifiquei o local pq né?); era um verdadeiro espetáculo. Resolveu ir até lá, vendo que não iria conseguir dormir novamente.

Ele abriu a porta da casa dos Lightwood com o máximo de cuidado. Logo a frente ficava a casa de Valentim Morgenstern. O homem louco que até então era suspeito de todas as mortes no Submundo. Mas então a porta da casa se abriu revelando a mesma menina ruiva . Clary. Jace se escondeu entre as árvores; o que ela estava fazendo fora de casa a uma hora dessa?

Ela não viu Jace; caminhou até a Praça do Anjo, justamente onde Jace iria. Mas ele notou que ela estava seguindo para mais longe. Ele correu para alcançá-la, ele se esgueirava por entre as árvores procurando um esconderijo em que ela não o visse. Ela rodou para ver se alguém estava ali. Não pareceu notar Jace. Ele a olhava curioso.

E então Clary se encolheu e como se fosse a coisa mais normal asas brotaram de suas costas. As penas que estavam mais na ponta tinham manchas de sangue. Nas primeiras vezes Clary sentia dor; muita dor. Mas a experiência valia a pena. Hoje em dia nem incomodava tanto. Mas , dentro dela havia o sentimento que se alguém descobrisse , a mataria.

Ela não iria voar. Tinha decidido. Aqui, pelo menos não. Ela logo recolheu suas asas. Ela voltaria para casa.

Jace estava maravilhado e, ao mesmo tempo chocado com aquilo tudo. Ela podia voar. E então ele a viu recolhendo as asas e então ela se virou ao mesmo tempo em que ele se levantou. Seus olharam se encontraram.

Clary se espantou quando viu aqueles olhos dourados a encarando.Ele tinha visto suas asas? O que diria? A mataria ali mesmo?

Jace viu em seu olhar uma mistura de preocupação, espanto e medo.

– O que você viu?- ela perguntou.- Seja lá o que você tenha visto você não vai falar nada.

– Eu..como assim? Você voa?- Jace perguntou ainda perplexo demais.

– Xiii!! Quem veio com você?

– Ninguém, na verdade eu estava indo para a Praça do Anjo mas você estava correndo então te segui.

– Não conta nada para ninguém , por favor.- ela andou até ele.

– Não irei contar.-ele respondeu.

– Jure Pelo Anjo.- ela pediu.

– Eu juro Pelo Anjo.- ele jurou.- A propósito sou Jace.

– Clary.-ela disse.- Obrigada. Eu..é que tenho medo de contar o que eu sou. As asas e as outras coisas que posso fazer poderiam me matar. A Clave teme o que desconhece, Jace.- no começo ele não entendeu o que ela quisera dizer. O que ela podia fazer? Mas resolveu deixar de lado.

– Quer falar para mim?- perguntou.

– É uma longa história.- ela respondeu.

– Temos tempo. Você está cansada?

– Não. E você?

– Também não. Vem tenho um lugar secreto para que ninguém nos veja.- ele estendeu sua mão e Clary a pegou. Fizeram o caminho inverso e caminharam de volta por entre as árvores.


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Notas finais do capítulo

E aí? Preciso de opiniões boas e ruins para poder continuar! Espero recebê-las ! ='(



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