Somos pó e sombras. escrita por Livia Herondale


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

* Esse capítulo é como se fosse a vida da Clary em Idris uns anos atrás.
* O Simon é Caçador só pra avisar..
* Boa Leitura



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*Flashback On*

*** 10 anos antes ***

– Mãe!! Jonathan pegou minha boneca!- dizia uma Clary com seus 7 anos.

– Jonathan! Devolve a boneca para a Clary.- Jocelyn disse entrando na varanda.

– Tá bom mãe. - Jonathan , apenas 1 ano mais velho disse.

Eles estavam no jardim brincando. Um sorriso escapava no rosto de Jocelyn. Mesmo com tantas preocupações e brigas ela vivia feliz no chalé Morgenstern. Mas Valentim estava estranho de um tempo para cá. Não ficava em casa. E quando ficava era grosso com tudo e todos. Ele sabia que a esposa descobrira o que havia feito com a filha, Clary antes de ela nascer. Mas Jocelyn suportou isso calada. Valentim prometeu que iria contar quando a filha completasse 12 anos.

Mas os anos passaram . E cada vez mas brigas vinham. Todos viam o quanto isso afetava Clary, a filha caçula do casal. Jocelyn sabia o quanto ela queria que a família vivesse feliz. Ela agradecera por Clary ter Simon, um grande amigo.

Quando Clary completou 12 anos e Jonathan 13,Valentim reuniu a família. Reuniu a família de Simon e os Lightwood, na época grandes amigos de Valentim.

Ele contou a todos o que Clary era. Ela assistiu a tudo calada. A mãe, Jocelyn não podeira interferir. Não agora. Após tudo , a mesma discutiu gravemente com Valentim. E então resolveu fugir de casa. Ela tinha tudo em sua mente. Mas doía nela saber que deixaria os filhos para trás. Mas ela sabia o que tinha de fazer.

Clary correu para seu quarto antes mesmo de o pai contar tudo. Ela quisera sumir. Ela era como um monstro? Talvez sim. Todos se afastariam dela. Ela se trancou em seu quarto e então ouviu passos atrás dela.

'' Clary sou eu, Simon.''

'' Simon! Vai embora, agora que eu descobri que sou um monstro não quero ninguém por perto!''- ela gritara .

'' Não vou e não vou. Abra , por favor.''

Depois de teimosia e persistência de ambas as partes , Clary cedeu. Naqueela noite ela chorou e o amigo ficou lá, com ela , às vezes fazendo piada, às vezes contando histórias.

No dia seguinte havia recebido a notícia que a mãe tinha fugido. Clary saiu para procurá-la. Ela achara que o motivo era saber que a filha era um monstro.Jonathan, seu irmão não havia saído do escritório do pai. Nem falou com ela depois da noite anterior. Chegou à casa dos Wayland, a última em que ela não havia procurado. Vasculhou tudo. Não achara a mãe em lugar algum. Um rastro sequer. Mas então viu uma pequena porta. Curiosa e com uma ponta de esperança, abriu e viu que era um porão. Um pequeno porão cheio de antigas armaduras. Andou chamando pela mãe e então ela se assustou. Quando olhou mais uma vez viu um anjo. Ela conversara com ele. Viraram amigos. E então , um dia antes de fazer aniversário o pai e Jonathan, agora muito mais afastados dela , fizeram uma viajem rápida. Fora a deixa para libertar o anjo.

Ela já não era a mesma. Estava mais quieta, reservada. Pronta para o perigo. Pronta para lutar com qualquer um. Seus músculos estavam tensos. Como se quisessem uma guerra. Ela não conversava mais com Simon.

Naquele dia , Clary caminhou quieta e rapidamente até a casa Wayland. Havia pego instrumentos necessários para que a mesma conseguisse libertar aquela figura mágica e amigável do porão.

Clary o libertou e antes de Ithuriel, o anjo, voltar ao céu ele disse: '' Clary. Por você sempre estar comigo e ter me libertado, lhe concederei um poder nunca visto antes. Esse mesmo poder será sua arma contra o mal. A sua luta contra sua própria família pelo bem. Use bem. ''.

Ela não tinha entendido nada daquilo. Como assim? Lutar com a família?

Após dias Clary soube o que o irmão e o pai foram fazer na suposta viajem. Aquilo libertou tudo o que tinha sentido no pequeno tempo , desde que ela descobriu o que ela era.

Sentiu como se estivesse sendo despedaçada de dentro para fora. E ali estava o presente de Ithuriel. Asas. O pai e o irmão ficaram boquiabertos. Eles correram para o escritório.Naquela noite Clary arrumou suas coisas e fugiu de Idris. Se soubessem o que ela era iriam mandar matá-la. A Clave nunca viu isso antes. Anotou em um papel qualquer seu número de telefone e então o deixou no quarto de Simon. Mas aquilo não era o suficiente.

'' Simon..

Não me leve a mal, por favor. Eu não tenho escolha. Isso me corrói. Me mata aos poucos. Você deve ter percebido que eu me afastei. Irei lhe explicar por que mais tarde , Simon.

Hoje recebi a notícia que minha mãe morreu. Mas não foi normalmente. Meu pai e Jonathan a mataram. Fizeram uma viajem a poucos dias. Eu descobri algo que nunca imaginei.

Irei viver fugindo. Como deveria ser. Simon, não tente me encontrar. Coloquei meu telefone aí. Sim, mas ligue só quando precisar. Por favor, quero que me entenda. Quero te pedir mais uma coisa : não me julgue em nada. Tente me entender. Entender os meus motivos por estar fazendo isso.

Obrigada por ser sempre o Simon. Espero que você realize tudo o que você quer. Que encontre a felicidade.

Lewis , espero te ver em breve.

Clarissa Adele Morgenstern. ''

*Flashback Off *

Naquela noite Clary acordou ofegante e suada. Aquele sonho. Sempre o mesmo sonho.

Ela vivia o sonho em todas as noites. Todas. O mesmo sonho , ou pesadelo? Ela não sabia dizer. Em uma pequena discussão interna sobre levantar ou não, ela levantou. Andou até a sala. Sofás rasgados, revistas jogadas no chão. Quadros quebrados. A porta solta.

Ela poderia definir a casa em uma palavra: desconfortável. Não havia quartos. Não com camas. Ela arrastara jornais para que a protegessem do chão frio e usou sua jaqueta como se fosse um travesseiro.

Procurou seu celular. 06:00. Ela se perguntou o por que de ter acordado cedo. Enquanto caminhava pela casa para ver se tinha uma cozinha ela deixou seus pensamentos vagarem. Doce engano. A dúvida começou novamente. Clary queria rever Simon. Queria ver sua casa. As árvores da grande floresta. O seu antigo lar.

Por outro lado não sabia como seria recebida. Ela queria vingar sua mãe certo? Errado. Mesmo que a tivessem matado ela não conseguia pensar nela mesmo matando sua família.

Ela decidiu ir. O que teria a ela perder?


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Notas finais do capítulo

Comentários?? Atéééé..



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