O dia estava muito agradável, e que tudo continuasse assim. O casal Connell chegou á Guilda com a pequena Asuka no colo. A mesma, ao ver Lily no balcão do bar, começou a fazer o maior reboliço para alcançá-lo. Bisca levou a filha até seu amigo felpudo que também não achou ruim ao vê-la.

- Olá pequena, tudo bem?

- Tudo sim Lily-kun e com você? – perguntou após dar um abraço forte no gato.

- Estou bem... E ai? Quer brincar do que hoje?

- Serio mesmo Lily? – pergunta Gajeel, fazendo de um prego, palito de dente. – Desde quando gosta de crianças?

- Desde sempre, eu cuidei do príncipe e sempre gostei das crianças e dos exceeds mais novos. Crianças é a alegria da vida de um adulto. Tente experimentar. Hey! Asuka?

- Sim...?

- O que acha do tio Gajeel? – Bisca deu um leve risinho após ouvir Lily chamar assim.

- “Tio” Gajeel? – o Dragon Slayer arqueou a sobrancelha, contendo dentro de si os risos.

- Não é por nada Gajeel, mas, você tem cara que gosta de brincar com crianças, tem todo esse “ar”de valentão, entretanto, não resiste a estes olhinhos inocentes. – disse Bisca, virando Asuka para ele.

Ela inclinou a cabeça ao ver Gajeel e depois voltou ao normal sorrindo para ele. Gajeel não se agüentou e deu um sorrisinho como resposta.

- Vou fazer uma aposta. – disse Lily – Se você passar o dia brincando com Asuka, eu limpo a casa sozinho por uma semana.

- Hey! Não invente coisas assim com a minha filha!

- Não mamãe, eu quero brincar com o tio Gajeel.

- Ótimo! Agora eu sou o tio Gajeel... – e bufou.

- Gajeel, acha que dá conta? – agora foi Alzack que chegou trazendo um pãozinho doce para Asuka comer.

- Obrigada papai. Posso mesmo ir brincar com ele e o Lily-kun, mamãe?

- Se o Gajeel não achar ruim... – agora os quatro olharam para Gajeel.

- Ah! Ta bom! Eu fico com ela! Vamos lá?

Asuka foi posta no chão e ao lado do gigante mago de ferro começa a caminhar. Ela o chama para fora, onde seus brinquedos estavam todos espelhados pelo chão e Lily o acompanha planando com suas asas. Gajeel ignora os risinhos alheios de alguns membros da Guilda e leva a pequena Connell para passear. Ele, no inicio, começou a achar a brincadeira dela chata demais e tediosa demais. Queria logo ir embora, mas, aos poucos começou a imaginar coisas... Como seria brincar com os seus... Filhos?

- Quantos anos tem pirralinha?

- Eu...? Tenho quase sete!

- Nossa! E é essa tampinha! – e começou a rir. Asuka o encarou um tanto brava.

- Oras tio Gajeel, eu posso ser muito forte, sabia?

- Ah... Claro. E por que acha isso? – perguntou ele, sentado de frente para ela enquanto ela arrumava seus brinquedos numa caixa.

- Eu vou te mostrar!

Gajeel revirou os olhos e levantou-se seguindo-a. Lily acompanhava tudo silenciosamente admirado com a tamanha paciência que o amigo poderia ter com crianças. Asuka pegou uma pedrinha qualquer que tinha na rua e a jogou, no mesmo tempo conjurou, de forma bem desengonçada, um estilingue e tentou atira-lo no ar, mas errou. Certamente.

- Oh! Quase! – observou Lily, batendo as patinhas. – Muito bem Asuka.

- Já sabe conjurar magia? – Gajeel encarou o pinguinho de gente, que se enchia de orgulho.

- É, Natsu-san e Lucy-san já viram eu fazer isso. Eles ficaram assim também. Eu quero ser forte igual à mamãe e o papai. Ô tio Gajeel... – e baixou a cabeça. Brincando com algumas pedrinhas do chão.

- Oi pirralinha?

- Acha que tenho chance? – Gajeel sorriu e se agachou para ficar mais ou menos na altura dela.

- Com certeza vai pequena. Por que você tem o que todo Fairy Tail tem. Sabe o que é?

- Uh hm. – e fez “não” com a cabeça. Gajeel usou o indicador para levantar o pequeno queixo da garota. O chapéu a deixava mais fofa que o normal.

- Determinação. Sabe o que é isso?

- É quando você quer algo e... Faz de tudo para isso acontecer? – e inclinou a cabeça, colocando os bracinhos para trás.

- Isso mesmo... Eu tinha sua idade quando meu pai, um dragão gigante – e esticou os braços o máximo que podia e começou a fazer caretas, fazendo Asuka rir – Me deixou, mas, ai, eu aprendi sozinho como é difícil aprender as coisas da vida. O bom é que você tem a sua família e pessoas como eu, que podem te ajudar.

- Você é legal tio Gajeel. – e o abraçou. Gajeel ficou sem reação ao ver o pequenino ser o abraçando de forma fraternal. – Eu vou treinar mais a minha pontaria!

- Isso mesmo...

Passaram o dia inteiro brincando. Gajeel ficou totalmente derretido pela fofura dela e conversam sobre quase tudo. Ela era realmente muito esperta e deixou Gajeel maravilhado pela sensação de ter essa possibilidade... “Será que...? Ah! Não deixa pra lá”, pensou.

Alzack foi buscar filha que já estava morrendo de sono por ter brincado a tarde toda. Gajeel ajudou a pegar os brinquedos e logo no colo do pai, a jovenzinha dormiu.

Gajeel começou a imaginar como seria como pai e ficou analisando quando isso poderia acontecer. Até que, no meio de toda aquela Guilda, ele viu alguém poderia tornar seu sonho realidade. E, seus olhos se encontraram por fração de segundos.

- Lily?

- Sim, Gajeel?

- O que acha de Obake para nome de menina?

- Hm, misterioso... Bonito... Mas, por que?

- Por nada não.

- Fim -