Com o passar dos anos, a tecnologia foi evoluindo mais e mais. Aprofundando-se em várias camadas, focando em vários pontos. A tecnologia tornava-se a fonte de vida dos seres humanos.

Um ponto que também foi aproveitado com o evoluir da tecnologia, foi o mundo virtual, mais especificamente na área dos jogos. O mundo dos jogos tinham uma dinâmica inexplicável, que aos poucos foi tornando-se mais e mais conhecida pelo homem.

Os jogos cresceram mais do que tudo, sua popularidade aumentou. Cabia as pessoas dizerem se isso era um avanço bom ou um avanço ruim.

Acontece que mesmo algo criado para o divertimento, pode ser usado para o mal. Sim... A imagem divertida e alegre que os jogos passavam iria mudar. Tudo isso graças a um homem, um homem chamado de Kayaba Akihiko.

Kayaba conseguiu levar os jogos a um nível completamente diferente, uma realidade virtual que poderia ser criada com um console chamado NerveGear. Era algo novo e futurístico, algo que até alguns anos atrás poderia ser considerado loucura.

Além do poder único de criar uma realidade virtual, tinha uma novidade nesse console, que era algo bem simples...
Ao colocar o NerveGear, você não poderia tirar. E forçar a remoção de tal console, seria a última coisa que você faria na vida.

Além da diferença entre mundos, tinha outra diferença notável no mundo originado pelo NerveGear. Em quase todos os jogos, quando você morre você tem a chance de reviver e voltar ao local onde morreu, ou recomeçar o jogo. Porém, nesse jogo a história era outra, se o HP do seu personagem chegar a 0, você morre tanto no jogo quanto na vida real. Sim. O NerveGear tem uma placa que ao identificar a morte de seu personagem, envia uma carga elétrica que frita o cérebro, matando a pessoa.

Agora que conhecem um pouco da história, que tal adentrarmos esse mundo? Conheçam o mundo de Sword Art Online!

Sword Art Online KnightWalkers - Capítulo 1 - Brilho que nasce na escuridão

Aincrad - 1° Andar - Cidade Inicial

Era a segunda noite após o jogo SAO ter começado oficialmente, na cidade todas as luzes encontravam-se apagadas. As ruas eram iluminadas por altos postes, que por sua vez estavam a falhar. O silêncio predominava pelo local, exceto por uma rua que estava bastante movimentada. O que não significava coisa boa aquela hora.

– Peguem-no!

Passos corridos e pesados eram sons que estavam sendo ecoados pelo vazio da noite. Uma respiração ofegante e assustada, seguida de gritos e berros assustadores. No meio de todo esse caos, via-se um garoto correndo depressa na tentativa de fugir de um ataque de outros jogadores, prováveis membros de uma guilda vermelha, também conhecidas no mundo de SAO como guildas más. O garoto tinha um tamanho considerado mediano, um cabelo grande e enrolado, com olhos aparentemente verdes, porém que ao passar pela luz ficavam azuis

Ao chegar em um beco sem saída, o garoto vira para trás e percebe que os outros jogadores estão se aproximando, num momento de desespero ele dá meia volta na tentativa de ser mais rápido, porém acaba sendo pego por um chute do jogador que apareceu na sua frente após pular do prédio. Aos poucos os outros 4 que estavam juntos chegam, e ambos encaram o garoto com uma expressão de pura maldade.

– Você realmente cansou a gente, magrelinho idiota... - Um dos homens saca sua espada e aponta a mesma para o rosto do garoto que treme de medo - Sua morte podia ter sido evitada, mas você realmente nos irritou com aqueles gritinhos de mocinha!

– Por que querem me matar? O que eu fiz? - Ele grita com lágrimas na ponta dos olhos, segurando-se um pouco para não chorar ali.

– Precisamos apenas de jogadores fortes no jogo, só assim poderemos zerá-lo. E crianças como você, não merecem estar aqui! - O homem levanta a espada e desfere um golpe no garoto que por um movimento rápido consegue esquivar, ato que sacrificou um pedaço de seu ombro.

– Por favor, eu estou aqui apenas para ajudar meus amigos que acabaram sendo aprisionados nesse jogo! Me deixem viver! - Gritos foram dados, o que irritou mais ainda o homem da espada.

– Deixa de ser egoísta! Todos aqui querem algo! - O homem gritou e ergue a espada no ar, começou a desce-la e encarou pela última vez o garoto - Desapareça!

O mundo todo parou para o garoto, naquele momento de medo, tudo que ele pensou foi que já estava morto e que nada mais aconteceria na vida dele, porém...

– Hey garoto, você está bem? - Um jovem alto, diga-se de passagem aparecera na frente do garoto que até então corria perigo. Tem cabelos curtos e castanhos, tinha olhos azuis bem marcantes no rosto pálido dele.

– Sim, estou... Foi apenas um susto, obrigado por me ajudar... Mas porque me ajudou? - O garoto perguntou surpreso pelo que acabara de acontecer.

– Não ajudei você, apenas eliminei aqueles caras que estavam realmente me enchendo o saco. - O mais alto virou-se para o garoto e encarou-o - Qual é seu nome?

– Eu me chamo Andrew. Andrew GreenHope, e você? Como se chama? - Andrew perguntou recuperando-se do susto, porém mesmo assim ainda estava atento a qualquer movimento suspeito.

– Me chamo Loniath Notore. E já que está bem, vou seguindo meu caminho. - Loniath começou a andar sem ao menos despedir-se de Andrew.

– Espera, é... Você parece ser um cara legal e poderoso, será que poderia me acompanhar? - Andrew perguntou receoso - É que... Eu meio que não sei nada sobre esse tipo de jogo, é o primeiro que jogo desse tipo...

– Resumindo, você é noob? - Loniath virou para Andrew que encarava ele com uma expressão amedrontada.

– Não fale assim... Eu só não manjo muito...

– Noob. - Loniath riu de leve e encarou Andrew.

–Se não vai me ajudar dá o fora. - O grito foi tão alto que Loniath se assustou.

– Relaxa cara, pode vir comigo. Toma isso aqui para te ajudar um pouco. - Loniath arrastou os dedos no ar e abriu uma espécie de menu, onde ele retirou do inventário uma arma com o nome de Bestial Crossbow, ao tocar no nome da arma ela materializou-se na mão de Loniath que arremessou-a para Andrew - Pega, fica com isto.

Andrew segurou a arma que parecia ser revestida em um metal bem forte. Com uma expressão feliz ele abriu a boca em um grande sorriso para Loniath que apenas virou o rosto, sorrindo de canto.

– Agora vamos. - Loniath andou e Andrew estranhou tal dizer.

– Como assim "vamos"? Quer que eu vá com você? Sendo que até agora estava me chamando de noob... - Andrew estranhava a atitude de Loniath que encarou-lhe.

– Então fica pelo resto da vida na cidade principal, quem sabe não te caçam de novo e te matam de uma vez?

– Você é realmente muito cruel, mas entre morrer e andar com um cara assustador que acabei de conhecer. Eu corro o risco. - Andrew sorriu de canto e dirigiu-se ao lado de Loniath.

Loniath arrastou os dedos no ar e mandou uma solicitação de amizade para Andrew, que assustou-se com o pedido.

– É só clicar na bolinha azul... - Loniath falou com desdém na voz.

– Eu sei o que tenho que fazer! - Andrew gritou nervoso e aceitou Loniath.

Aincrad - 2° Andar - Zona Sul da Floresta

– Então 5 homens nossos foram eliminados por um garoto qualquer? - Uma voz bem grossa gritava para algumas pessoas que estavam a sua frente.

– S-Sim senhor... Pelo que parece um desses garotos se tratava de um cara chamado Loniath Notore, ele vem causando bastante problemas. Ele sempre chega ao 6° andar, mas já que não passa dele, sempre fica fazendo ronda nos andares inferiores.

– Como assim? Ele já enfrentou os Boss dos andares abaixo?

Uma outra voz falou na sala, dessa vez de maneira mais calma.

– Bom, se ele chegou ao 6° deve ser óbvio. - Uma voz feminina falou com um tom irônico, ato que foi seguido por uma risadinha da mesma.

– E tinha outro, um menor, chamado Andrew GreenHope, era um novato qualquer. Alguns relatos indicam que ele agora está andando junto de Loniath. - O homem que estava dando as informações foi acertado por uma espada que atravessou seu peito, o que desfez o corpo do mesmo em dados quase no mesmo instante.

– Se esses dois acham que vão matar membros da minha guilda e sair impunes desse jeito, eles estão bem enganados! - O homem da voz grossa se levantou furioso, revelando-se ser bem alto.

Com passos fortes e pesados, o tal homem retirou-se do locao com ódio.

– Esses garotos arranjaram uma confusão e tanto. - A garota dizia novamente, rindo novamente logo em seguida.