My Little Cat escrita por MartaTata


Capítulo 17
17. O presente de aniversário / Black decide salvar a White?




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–W...White…–Paralisei. Ela estava olhando para baixo ali: À minha frente. Senti o meu coração bater bem rapidamente.

–Oi… -Murmurou, quase sem voz. Nesse momento, houve um silêncio constrangedor. Durante uns 3 minutos de puro silêncio, eu fiquei apenas a olhá- la.

–O… Que faz aqui? -Perguntei com esperança. Nesse momento, ela me olhou e arregalou os olhos.

–Mas… O que aconteceu com você?! -Ela parecia bem surpresa ao ver a minha cara. Apenas desviei o olhar, suspirando.

–Nada… Demais. -Murmurei normalmente- E… Você? Como vai?

–Bem… -Murmurou mais uma vez. Voltou o silêncio por meros segundos- Ah… Eu…

–...Você? -Fiquei curioso. Nesse momento, ela tirou as mãos de trás das costas, mostrando- me um embrulho.

–É… Para você.–Afirmou, corada.

–Para… Mim?–Não quis acreditar. Era a primeira vez, em tantos anos, que recebia um presente de aniversário de alguém.

–Sim… Desculpe se não ficar perfeito mas… Eu tentei. -Ela deu um sorriso amarelo, e eu apenas abracei- a com força, deixando- a ainda mais vermelha.- B- Black…

–Obrigado.–Murmurei baixinho, enquanto ela ficou para sempre- Por… Se lembrar.

–Você disse… Quando nos conhece- mos, que fazia anos em 2 meses… Então, perguntei à Bell- Chan e à Rosy- San… E sabia que era hoje o seu aniversário…

Sorri de orelha a orelha. Era como se toda a dor tinha sumido apenas com aqueles 5 minutos de conversa.

–Quer entrar? -Falei docemente para ela, que corou um pouco. Ela olhou para o lado.

–Na verdade, preciso de ir… O N está me esperando. -Aquela frase destruiu- me novamente por dentro. Ela apenas veio entregar o presente, não para ficar comigo.

–En… Tendi. -Afirmei, sorrndo forçadamente.

–Bem… Espero que tenha um bom dia de aniversário Black- Kun… -Ela apenas beijou a minha bochecha, e correu com todas as forças para fora do local.

E eu fiquei ali, parado. Refletindo tudo o que havia acontecido.

Finalmente, minutos depois, fechei a porta, e entrei no quarto. Sentei- me à beira da cama, olhando para o embrulho nas minhas mãos.

Ri baixinho ao ver ele embrulhado meio… Coisado. White nunca teve jeitinho para essas coisas, e era normal.

Não tive coragem de abrir o que estava lá dentro. Só por fora, era perfeito, imaginando já por dentro. Minutos depois de olhar para o embrulho quadrado, ganhei coragem e abri cuidadosamente.

A início não entendi. Quando retirei todo o papel de embrulho, colocando ao lado de mim na cama, continuei a olhar. Era uma espécie de livro… Por assim dizer.

Quando olhei para a parte da frente do livro, o meu coração parou por um segundo. Estava uma foto minha e da White, por cima de várias letras, escritas por ela. Era uma pequena frase, que me conquistou no início:

“Para o meu Black- Kun”.

Fiquei parado. A capa tinha milhões de efeitos. Com certeza, ela demorou imenso para fazer tudo aquilo, até porque o livro não era pequeno. Passados uns segundos, ganhei coragem, e abri o mesmo.

Logo na primeira página, estava mais uma foto, de todos os meus amigos. Rosa, Bianca, Cheren, hugh, Nate e ela. Todos numa foto grande, sorrindo para a câmara. Por baixo, cada foto, tinha uma descrição:

“Feliz aniversário Black- Kun!”

Sorri ao observar todos eles na mesma foto, e folheei a primeira página. Logo na seguinte, estava uma foto de cada um deles. Todos haviam assinado na mesma página, com várias frases.

A primeira foto estava Rosa, mostrando a lígua para mim. Na descrição, estava escrito com a letra dela, e a sua assinatura:

“Se a engravidar, meu caro amigo, está fudido comigo”

Corei um pouco, e suspirei rindo. Rosa nunca muda.

Seguidamente, estava Cheren estudando. Aposto que ele não viu que lhe tiraram a foto:

“Melhores amigos para o que der e vier Black!”

Sorri, passando para a 3ª foto da 2ª página. Estava Nate sorrindo de orelha a orelha para a câmara:

“Seu idiota. Seu tremendo atrasado mental mais tarado que uma mula”

Não sei porque, ri alto ao ver a assinatura dele ali, juntamente com a frase. Virei a página, para a 3ª folha, vendo Bianca ali. Ela estava sorrindo docemente para a câmara, piscando um olho, levantando dois dedos:

“Hey Black, relaxe e tenha um bom dia de aniversário.

P.s.- Depois pergunta *a White se dói viu?”

–PORQUE MEUS AMIGOS PENSAM QUE SOU TARADO?! -Berrei, e logo ri um pouco.

Por fim, estava Hugh, cruzando os braços, encostado à parede, de olhos fechados:

“Não estude no seu dia de aniversário. A Liga Pokémon não é um exame seu nerd.”

Sorri ao ver aquele lindo trabalho. No fim, virei a página, e me surpreendi ao ver a White sorrindo docemente, mostrando os caninos. Estava uma frase com a letra dela, seguida da sua assinatura:

“Black- Kun, feliz aniversário!! Quero passar o dia todo com você!!”

Senti- me tão mal ao ler aquilo. Na verdade, eu fora o culpado de fazer a White sofrer assim.

Fui passando as milhares de páginas, fotos, frases e sorrisos da câmara. Estavam até fotos minahs que eu desconhecia totalmente. Umas fotos de nós todos nas aulas; outras na praia; Umas bem antigas. Porém, cada foto era mais bonita que a anterior.

Cada frase fazia- me querer ler mais e mais. Eu… Nucna tinha imaginado receber um presente da White. Muito menos assim.

Cheguei à última página. Paralisei ao ver a White e eu. Ambos abraçados e sorrindo. Na descrição, estava uma simples frase:

“Eu amo- te Black- Kun! Quero passar com você o resto da minha vida.”

Não consegui. As lágrimas já estavam a cair do meu rosto sem eu mesmo comandar. A vista ficou desfocada aos poucos, e as lágrimas aumentaram.

E ali fiquei eu. Retirei tudo o que sentia para fora: Toda a dor, sofrimento, ódio. Queria- a ali: Agora. Queria abraçá- la.

Então, levantei- me, decidido a limpar as lágrimas. Ao levantar- me, algo caiu do livro. Observei um envelope fechado.

Estranhei, e peguei nele. Li a parte da frente, que tinha o meu nome.

ABri cuidadosamente, jogando- me na cama, deitado, lento em voz alta:

“Olá Black- Kun…

...Bem, duvido que você tenha visto o presente, muito menos esta carta. Com certeza, você jogou no lixo porque me odeia… Bem, mesmo que esteja a ler isto, eu adoro você, Black- Kun. Peço desculpa por tudo. Mesmo você tendo culpa, não aguento mais. Tenho saudades suas: Quero voltar para você.

Admito: Estes dois meses, eu fiquei com o N porque quis. Porque ele me contou… De tudo o que você fez”

Parei de ler um pouco. Aos poucos, fui entendendo tudo, e voltei a ler:

“Ele falou que… Você sempre me entregou pelos seus pais. Por isso, tive de ficar com ele. Mas.. Eu nunca acreditei. Só quero saber a verdade. Só quero saber mesmo se você me trocou. Não, não vou ficar brava, só quero saber quem está certo e errado. Nada mais.

Bem… Só quero dizer que espero que tenha um dia feliz, Black- Kun. E apenas quero respostas…

Sayonara, da White- Chan!”

Fiquei parado um pouco.

–Não… -Foi tudo o que murmurei. A raiva estava dentro de mim, mais que nunca.

N, defenitivamente, estava fudido comigo. Acabou- se o Black simpático.

Mal me levantei, dobrei a carta. Só aí reparei que tinha algo no verso. Estranhei, e continuei a ler.

“Escondi esta parte porque… Porque precisei.

Black- Kun, eu imploro… Me salve”

Gelei totalmente. O suor frio escorreu pelo meu corpo.

“N viu eu estava fazendo o seu presente de aniversário… Ele não reagiu muito bem. Foi à dois dias.

Descobri que N é uma pessoa má, você não. Desculpe… Eu acreditei nele.

Mas… Eu não posso fugir. Mesmo que queira, não posso…. Porque…

...Ele sabe que sou a Purrloion.”

Arregalei os olhos. Senti um peso em cima de mim. Porém, continuei a ler.

“Ele me ameaçou. Ameaçou matar você, e falar para todo o mundo que sou a Purrloion. Black- Kun… Você deve me odiar mas… Por favor, me salve. Me tire daqui. Deixe- me voltar a ser a sua irma…

...Por favor”

Fiquei parado. Sem reação. Conseguia passar pela carta, e sentir a mesma meia húmida das lágrimas da MINHA pequena White.

Apenas pousei a carta, com uma cara fria e séria. Olhei as horas e vi que eram 7h da tarde.

–White… Sua idiota. -Murmurei baixinho, saindo do meu quarto- ...Acha mesmo que eu vou deixar o cabeça de merda fazer algo com você?

E dito isso, dirigi- me ao quarto dele, em silêncio.

...Defenitivamente, eu ia matá- lo.





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