Namida no iro escrita por Sakura no hana


Capítulo 1
É difícil, seus dois últimos pensamentos!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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-Está pensando o que? Você tem que escutar é seus pais, não ir pelos outros! Você acha mesmo que as pessoas e importam com você?!

-...

-Não presta atenção em nada, do vive morrendo pelos cantos!

-...

- Não sei porque me preocupo com você ainda, já que você não chegará nem na fase adulta, não serve para sua mãe e eu. Aquele “me preocupo” soou bem irônico, mas diante daquelas palavras tão duras, quem iria parar para pensar?

Sua alma chora...

-------------------------------------------------12:00-Colégio--------------------------------------------------------

Andava lentamente com sua mochila branca de ursinhos coloridos. O sinal do colégio havia acabado de tocar para o horário de almoço, mas Mieko estava indo para casa.Parecia pensativa...não ela realmente estava pensativa, pensava em tudo que acontecia em sua vida nesses seus últimos 6 anos. Andava tão distraída que tampouco percebeu que passava em frente do palácio do governo de sua cidade natal, Nagano, local por onde não andava normalmente pelo índice de assaltos que por lá havia.

Aquele caminho era o mais longo para chegar em sua casa por isso ela gostava dele, contudo justamente pelos assaltos constantes ela tomava o digamos “segundo caminho mais longo” rumo sua moradia todos os dias. Mas porque resolveu ir por lá justamente hoje mesmo ciente disso? Nem ela sabia ao certo...não, na verdade ela sabia sim, ela queria demorar ao máximo a chegar em casa, não queria bater de frente mais uma vez com seus pais e começar uma nova confusão sem sentido.

Seu corpo, rosto e pensamentos eram bem bonitos apesar de sofrer com lúpus, doença que havia descoberto a uma semana que possuía, mas que infelizmente foi descoberto já em um estado considerado final, os médicos falaram que se ela fosse ao médico pelo menos a cada três meses ela poderia ter tido uma chance de cura.

Quando o médico falou isso Mieko olhou para mãe de canto de olho, esta parecia mais preocupada em fazer uma enorme bola com seu chiclete de melancia enquanto espreguiçava-se despreocupadamente na cadeira. Afinal por que ela foi a consulta com a garota se ela não estava preocupada com a filha? A verdade é que Mieko era filha de um outro casamento, possuía uma fortuna imensa que seu pai lhe havia deixado antes de morrer num “acidente” de carro, ninguém sabe até hoje ao certo o que aconteceu, acidente ou sabotagem? O fato é que se Mieko morresse também, a herdeira certamente seria sua mãe.

Sra Yamada Sayuri era a mãe da garota com lúpus, uma mulher “fatal”, apesar dos seus 45 anos de idade aparentava ter lá pelos seus 28~32 anos. Porém ela era uma pessoa muito ambiciosa, só pensava no dinheiro, casou-se com o pai de sua filha por dinheiro, o traia constantemente com seu atual marido, juntos planejaram a morte do pai de Mieko a qual não sabe disso, na verdade ninguém sabe como eu já havia dito no parágrafo anterior. O pobre marido morreu sem saber da verdade.

Pois bem, na hora que Mieko passava em frente ao palácio do governo, foi atingida por uma bala perdida, justamente do lado esquerdo do peito, ela não sabia, nem estava percebendo nada que acontecia ao seu redor já que se encontrava pensativa, apenas sentiu uma dor aguda no peito, pôs a mão no local sentiu algo líquido e morno, olhou para mão observou algo vermelho não tão intenso, percebeu que saía muito sangue ali e então caiu, mas antes de chegar ao chão, foi segurada por mãos fortes, era um soldado do exército que a amparava.

Meia hora antes de dar o horário de almoço de um dos melhores colégios de Nagano, o honorável Nagano high school, um individuo bastante perigoso com pseudônimo de “Taka” havia fugido da prisão de segurança máxima e estava provocando o maior terror próximo ao palácio do governo, a tentativa de fuga estava sendo complicada para ele, acabou tendo que chamar mais homens de sua quadrilha para dar conta da quantidade de policiais que lá havia para prende-lo novamente .

Em um determinado momento a polícia local não estava mais conseguindo dar conta, a cidade estava sendo destruída com todo aquele tiroteio sem fim. Não teve jeito, o exército foi convocado a participar daquela luta sangrenta pelo bem não só da cidade, como também da população em si. Numa dessas trocas de tiros a garota de uma alma tão pura foi atingida por uma bala perdida.

Sim, aquela pobre alma que não tinha culpa de nada, tiralham-ne sua vontade de vive, única coisa que lhe restava, ela não queria morrer, ao contrário, ela queria viver e muito, se possível fosse, para sempre...

Um Tenente do exército que estava escondido próximo do local em que a garota passava foi o único telespectador da morte da garota infeliz. Quando a garota fora atingida, num movimento rápido ele já estava a segurando antes que aquele corpo pequeno e frágil sofresse o choque com o chão.

- GAROTA! GAROTA!-gritava o Tenente- ESCUTA, NÃO FECHA OS OLHOS!-Pega seu rádio chamando a central- PRECSO DE UMA AMBULANCIA URGENTE! UMA GAROTA FOI ATIGIDA! REPITO: PRECSO DE UMA AMBULANCIA URGENTE!!!!

Porque as pessoas mais inocentes, as mais legais, aquelas de bom coração são as que mais sofrem?

-Você está me ouvindo?!- Pergunta sem tentar esconder nem o mínimo do mínimo de preocupação com a garota. Esta apenas o fitava já quase sem vida, aquele brilho sonhador que tinha estava sumindo e junto dele a alma daquela pobre garota ia junto.

Mas de qualquer forma ela não já ia partir? Afinal ela é portadora do lúpus e está no estado final, então não teria problema ela morrendo agora ou um pouco mais tarde certo? Errado, e para onde vai a política do “todos tem que viver tudo até seu ultimo suspiro”? Se for pensar dessa forma, já que todos nós iremos morrer um dia, porque não nos matamos então?

Seus dois últimos pensamentos talvez primeiramente tenha sido um “obrigado” ao homem que tentou te salvar e por último, o quanto aquelas palavras proferidas pelo seu padrasto no dia anterior doeram...

Não deu tempo da ambulância chegar, ela morreu ali mesmo minutos depois do Tenente ter chamado uma ambulância desesperadamente, mas antes de partir, Mieko ainda conseguiu proferir um “obrigada”, aquilo certamente não podia ter ficado somente em sua cabeça, ela sentia a obrigação de agradecer antes de partir. Depois disso seus pequenos olhos amendoados foram fechando-se, um sorriso brotou em seus lábios e finalmente morreu. Sim apesar de tudo, morreu com um sorriso nos lábios.

A ambulância chegou 5 minutos depois da chamada,mas já era tarde, a garota já havia partido. No enterro poucas pessoas compareceram, apenas dois amigos do colégio e seus pais, estes últimos pareciam bem tranquilos com a morte da filha, eu diria até aliviados. A fortuna da garota ficou com a mãe, depois do ocorrido com a filha, ela e o marido parecem ter desaparecidos do mapa.

Não se sabe paradeiro, não se sabe nada, mas ninguém esquece da garota. Todo ano desde sua morte fazem uma espécie de festa em homenagem a ela. Mais tarde seus dois amigos foram procurados, queriam fazer a história de vida dela um livro. Foi um sucesso de vendas. Lendas foram criadas “ela aparece pelo horário de sua morte ali,bem em frente ao palácio”.


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Notas finais do capítulo

Lúpus é uma doença que não se sabe ao certo como começa, mas se for tratado no começo tem uma chance de cura.


Perdão pelo encerramento do capítulo, mas eu não estava conseguindo fechar, essa é uma história que é fácil de se continuar, mas não de se finalizar de um modo perfeito, me desculpem mais uma vez.


Espero que realmente tenham gostado!

Estou totalmente aberta a críticas,elas me ajudaram bastante a melhorar as próximas estórias



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