Sollum escrita por Micaela Salvya


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eh muito propenso a alteracao. Ainda estou incerta quanto aos personagens e sou perfeccionsta. XD



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Aquela sim era a maior festa do ano, o maior evento das sete províncias.

O Baile de Inverno.

O jardins estavam lotados de gente, pessoas por todo lado, e era o único evento em que todos os sete príncipes solteiros apareciam em publico.

Cada príncipe guardava um portão, e ao final das doze badaladas do relógio ao meio dia, os governantes se reuniam na festa para comemorar, enquanto a tarde ainda enganava com seu sol ameno.

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Primeiro Príncipe

Mara estava por alguma razão ainda desconhecida, descontente. Obviamente além de me trazer a tira colo como criada para que eu soubesse meu lugar, a matrona ainda anunciava aos sete cantos que eu era péssima desempenhando tal papel.

Giorgina, sua filha, vinha logo atrás com seu vestido bufante, brilhante e rosa resmungando indignada como nenhum homem tentou aborda-la para corteja-la desde que saíra da carruagem.

Isso, acredite era um recorde.

Revirei os olhos, todo esse dinheiro gasto em brilho, riqueza e comida era simplesmente uma perda de tempo. A festa em si estava linda, mas assim como todo nobre que eu conhecera, a realeza só arranjava mais desculpas para gastar mais da abundancia que eu nunca teria.

Meus olhos vagaram procurando Bluebell. Para variar, minha única amiga havia desaparecido fazendo provavelmente suas coisas de sempre. Missões secretas e perigosas que eu morria de vontade de saber um pouco mais.

E ela era a figura perfeita, ninguém nunca desconfiaria que a jovem herdeira doente e coitada, sempre tão frágil, seria na verdade uma das melhores justiceiras de Sollum.

Bluebell sempre adorou uma aventura, então nutriu uma imagem propicia para realizar seus desejos. Maquinações que somente uma estrategista nata seria capaz de fazer.

Giorgina e Mara decidiram ir na frente, provavelmente com pressa de conhecerem bons partidos que vinham de outras províncias.

Suspirei, a vida era tão fácil para elas. Olhei minhas mãos ásperas e calejadas pelo trabalho duro e cobri com luvas límpidas como o decoro mandava. As luvas nao eram nada praticas, impediam que eu sentisse com o meu tato, sujavam por qualquer coisinha, e me davam a impressão de ser ainda mais prisioneira do que eu já era. O baile de mascaras, na moda no momento, nao se aplicava a damas de companhia e servas, então diversos rostos sorridentes mal se continham com o mistério de usar uma. Eu porem, nao via qualquer graça além do fato de serem apenas mais um acessório caro e luxuoso símbolo de status e riqueza.

Os mais afortunados usavam mascaras cravejadas de pedras preciosas cintilados com pó de ouro, os menos, inovavam com penas, cores e formatos ousados.

De repente nao percebi a gigante pedra musguenta em meu caminho, em meio ao meu devaneio distraída, e tropecei voando no ar por um momento esperando a queda chegar. Mãos, porem, firmes e fortes seguraram meu corpo de cair.

– Me desculpe, senhor. – meus olhos então, encontraram poços azuis de preocupação. Arfei, as roupas brancas límpidas, a espada pronta para ser usada em sua cintura, as condecorações em seu peito largo, me deixaram saber que aquele nao era qualquer um. Sua presença ainda estava ao meu redor, quando me lembrei do meu lugar como uma suposta e mera criada, e tentei me desvencilhar do seu aperto. O homem, entretanto, tomou isto como um sinal de frieza. Seu rosto endureceu em pedra, sem expressão, mas nao me soltou. Seu aperto porem tencionou.

– Eu posso ser extremamente desajeitada. Agradeço a ajuda. – sorri apologeticamente, tentando me soltar de seus braços, mas nao colocando força o suficiente nisto.

Seu cabelo era negro, sua pele muito branca e algumas pintas, adoráveis devo admitir, se espalhavam pelo pescoço e pelo colarinho do traje formal. As linhas entre seus olhos e em sua testa me levaram a crer que ele estava sempre tenso ou estressado, porem seu ar mudou para divertido e gentil quando percebeu meu leve desconforto ante seu claro escrutínio, apesar de eu ter feito o mesmo com ele momentos atrás.

Sorri outra vez nao resistindo ao seu charme. Seu cheiro era de algo limpo e puro como o ar da manha.

Ele sorriu de volta, muito perto de mim considerando que ele ainda nao havia me soltado.

Pigarreei tentando lembra-lo que aquele abraço estava um pouco próximo de mais, para uma serva e um cavalheiro, e muito longo para um desconhecido.

Houveram varias vezes em que cavalheiros se aproveitaram de damas de companhia, aquilo nao era de longe raro, porem sempre com claro desrespeito e malicia. Alias, era assim como a maioria das servas eram vistas pela sociedade no geral. Porem, aquela fora a primeira vez em toda minha vida que fui encarada com respeito, com exceção de Blue. Nao me julgue por aprecia-lo, ou mesmo por me derreter por dentro ante tal ação que nem mesmo minha própria família tivera comigo.

– Prazer. Alexander, senhorita. – ele se apresentou. Seus olhos sorriram junto com a sua boca e seu charme me cercou. Ele ficava ainda mais atraente sorrindo.

– Cassandra. -passei a mão na testa, me arrependendo logo em seguida de ter dito meu nome. Isso nao era prudente, diversas pessoas ainda esperavam numa fila logo atrás de mim. Olhei ao meu redor e reparei que eu estava exatamente no primeiro portão do jardim da Primeira Casa Provincial. O que eu estava pensando me derretendo por um burguês ou mesmo um lorde com titulo? Me apresentando como se eu fosse uma lady? Mara tinha razão, eu tinha que me por em meu lugar. Eu era uma dama de companhia, e sempre seria uma, o máximo que um homem assim gostaria seria tirar proveito de uma qualquer como eu.– Espere, Alexan...?

Senti a cor varrer do meu rosto.

Alexander? Que vestia um traje branco, condecorado, logo na entrada do primeiro portão? Que parecia mais rico do que qualquer homem que eu conhecera?

Oh meu Deus.

– Eu preciso ir. –me desvencilhei rapidinho e corri em direção do salão. Se Giorgina me visse agora eu estaria muito frita. Ela provavelmente pensaria que eu estava me prostituindo ou algo assim. Pensei comigo, mesmo Cass? Se jogando justo nos braços de um príncipe? Nada ambicioso. Com certeza, como se isso nao fosse impossível.

Só pude sentir os olhos intensos de Alexander Kravnar VI perfurando minhas costas enquanto eu entrava nos famoso jardins reais.

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Segundo Príncipe

Cobri minha face com a mascara simples verde escuro e segui na fila para passar pelo segundo portão do jardim da Primeira Casa Provincial.

Arrumei meu vestido de um igual profundo verde, nervosa esperando que alguém me parasse ou algo assim.

Eu riria com a minha paranoia se eu nao estivesse tão nervosa. Minha pele negra brilhava no mar de peles porcelanas. Assim como só existia uma família influente em Sollum que fosse de origem asiática, os Zacar eram raros.

Se alguém sequer suspeitasse que eu vinha de um lugar tão distante que nem a mente alcançava eu seria executada como uma Modificada em dois tempos.

– Nyla Zacar? – perguntou um homem alto e muito musculoso a minha frente. Seu traje era da alta corte, seus prêmios de guerra em seu peito gigante e até mesmo sua cabeça quase totalmente raspada, estilo militar me fizeram congelar em meu lugar. Ele era alto. Alto, muito alto. Ele nao era magrelo, mas sim espaçoso. E as mangas do traje estavam arregaçadas para que seus enormes bíceps entrassem na roupas, engoli seco. Eu podia dizer que aquele nao era seu traje favorito, por justa causa ele dera um jeito de deixa-lo mais casual, apesar das intimidantes condecorações em seu peito. Ele era atraente, nao em bonito de capa de revista, se é que existia revistas nesse tempo, mas sua presença era tão masculina que eu quase suspirei. Sua pele era beijada pelo sol, morena, seu rosto coberto por uma mascara misteriosa, quando tudo o que eu queria era explorar o homem escondido. Refreei meus pensamentos, eu estava literalmente babando por um homem sem nem mesmo disfarçar.

Um leve sorriso, totalmente sexy, me fez derreter em meu lugar. Era minha impressão ou estava ficando mais quente naquele lugar?

– E então?– ele perguntou.

– Desculpe, como? –reparei que esqueci o que ele me perguntara. Corei recriminando a mim mesma.

– Nyla Zacar é você?

– Pode apostar.

– Como?- seu sorriso se alargou e corei mais profundamente.

– Quero dizer, sim, eu sou Nyla. – eu podia deixar mais obvio que era do futuro?

– Prazer, Nyla. – ele se aproximou então, muito por sinal, colando seu corpo no meu. Ele inclinou a cabeça para que sua respiração batesse em meu ouvido, trazendo um arrepio pela minha espinha. Esse homem! – Pode me chamar de Blake, Blake Kravnar I.

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Terceiro Príncipe

Caeser estava logo a frente. Eu poderia discernir os sons das risadinhas femininas a quilômetros. Suspirei.

Aquele encontro, como todos os outros seria desagradável.

Era obvio que ele nao gostava de mim, nunca gostou. O fato de eu ser prometida ao ser irmão nao ajudava.

Além do obvio outro fator.

Minha mãe sempre tentara estimular qualquer tipo de amizade entre nós, ainda mais porque ambos moravamos na Terceira Província, com pouquíssimos amigos em nosso circulo de amizades. As tantas tentativas foram em vão. Levando em conta que uma Haunre sempre casava com a realeza, era difícil fazer e encontrar amigos no circulo fechado da altíssima corte. Assim fazer amigos sempre fora difícil, ainda mais amigos da mesma idade.

Caeser sempre fora mimado. Egoísta. E depois que cresceu se tornou mulherengo. Os rumores diziam que nao havia homem mais belo em toda Sollum, nao havia também mulher que capturasse a atenção do príncipe por muito tempo.

As mãos de minha mãe seguravam firme em meu cotovelo, me guiando na multidão.

– Caeser, cada dia mais belo, como vai, querido? – ouvi a voz de minha mãe.

– Muito bem, Talisa, e você? Ouvi que Kate conseguiu agarrar um ótimo partido. –ouvi a voz grave e polida de Caeser. Me encolhi em meu canto. Nao fale comigo, por favor. Estas eram as piores vezes, quando ele fingia que nao havia quilos de historias ruins entre nós. – Parabéns, fez um ótimo trabalho com Kate.

– Obrigada, enviaremos convites assim que a data do casamento sair. –disse minha mãe mal contendo a felicidade pela minha irmã.

– Isobel, é sempre um prazer te ver. – estremeci de humilhação por dentro. Era nessa horas que eu era abençoada por ser cega, ver a piedade, ou desgosto ou mesmo falsidade em seu rosto seria ainda pior do que saber que estava lá. Pelo menos eu podia me iludir, dizendo a mim mesma que talvez, só talvez ele nao fosse tão mal.

Claro, e a sinceridade estah clara em seus olhos toda vez que os ve, Isobel, continue se enganando.

Caeser nunca omitiu o fato de me achar menos completa por nao poder ver.

Bem, além da única vez em que ele prometeu me esperar crescer para poder casar comigo, no meu baile de dezesseis, nao houve troca de palavras afetivas entre nós.

– Fiquei sabendo sobre o acidente, Caeser, como está indo? – perguntou minha mãe polidamente a respeito de uma das loucas vingativas ex-amantes de Caeser que resolveu joga-lo da janela do quarto andar. Pelo que diziam ele estava quase entrando em depressão pelo simples fato de ter perdido parte da perna esquerda.

E ouso dizer “simples fato”, porque ele ainda podia andar, ver, falar, viver e pelo mais cruel golpe do destino, parecer bonito como sempre foi.

O porem, era que ele agora possuía muitas cicatrizes pelo corpo, para andar ele necessitava de um apoio, e pelo tempo em recuperação ele perdera grande parte da massa muscular que ele possuía. Tudo muito recuperável a meu ver. Nao era como ficar cega.

A fama dele, porem, diminuira.

– Estou melhor, Talisa, obrigada. Eu... -ele pareceu considerar continuar, mas pigarreou e prosseguiu. - decidi me casar.

Congelei. Uau. Aquilo era a ultima coisa que eu esperava de alguém como ele. Nunca em toda minha vida eu chutaria que isso era o que ele iria dizer.

– Quero aquietar e me focar no que eu devia estar fazendo antes. Meu dever. - isso era bem verdade, nunca foi segredo o fato da Terceira Provincia ser a pior administrada. Apesar de Sebastian ser o mais novo, o mais imaturo sempre fora o Terceiro Principe. - Conversei com Alexander e sei que o acordo era que ele se casasse com Isobel, mas pensei sobre isso e acho que apesar de nao ser o primeiro filho posso evitar que ela vá para um lugar desconhecido. Ela continuaria na Terceira Província e ainda teria todos os benefícios de uma princesa. Além do mais, nos conhecemos desde pequenos.

O ar congelou em meus pulmões.

Nao. Ele nao estava propondo o que eu pensava que ele estava propondo.

– Nao quero ofender Talisa, mas será difícil conseguir um homem que nao se importe com a... -ele pigarreou.- situação dela da maneira que eu posso oferecer.

– Espere. – quando o ar voltou a correr começou a ficar tão escasso com o meu desespero que meu coração acelerou e agora estava prestes a sair do peito. –Como você ousa me tratar como uma...quase engasguei com a palavra.– mercadoria? –pude sentir as lagrimas próximas. Meu peito constrito. Minha magoa, dor e humilhação gritando em mim.- Me ignorou a vida inteira quando Alexander sempre foi gentil, nunca se quer dirigiu a palavra a mim a nao ser para me machucar e agora que eu sou conveniente quer se casar comigo?

O pior era que eu sabia que minha mãe iria aceitar. Que escolha ela tinha? Que escolha eu tinha? Quando surgiria um melhor casamento do que com um príncipe? Ri amargamente por dentro. Para uma garota cega, mesmo uma Haunre, rica e nova, nunca haveria outro. Engoli as lagrimas. Eu sabia que minha mãe pensou as mesmas coisas do que eu quando seu aperto em meu braço apertou. Como se já pedindo desculpas.

Quem ousaria dizer nao a um príncipe?

– Filha...

– Tudo bem, mãe. Faça o que tenha que fazer. – minha voz soou gelida. Eu me recusaria a fingir que gostava dele, entretanto. – Só nao me peça para gostar disso, ou parecer feliz, porque isso eu me recuso. - Virei a cabeça onde supus pelo sons que Caeser estaria.- Tenha plena consciência que nunca irei nutrir qualquer tipo de sentimento além de desgosto por você. E que o que acabou de fazer, manipulando tudo a seu favor, só serviu para confirmar isso.

Nao esperei pela minha mãe. Me desvencilhei e segui em direção ao jardins. Eu nao era tão boba quanto acreditavam que eu era, mas nao havia outra escolha, havia?

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Quarto Príncipe

Não era possível. Senti no ar o cheiro familiar de metal da cota de malha e sabão limpo e suspirei frustrada. De onde eu conhecia aquele cheiro?

Ajeitei minha mascara azul cobalto e tons de roxo e tentei me equilibrar nas supostas asas transparentes de borboletas, que mais lembravam ridículas fadas, que Cassandra cismara em aderir ao meu traje. É claro que Mara e Giorgina nao faziam ideia que eu estava no Baile de Inverno. Minha madrasta me deserdaria e minha querida meia irmã Gina teria um ataque psicótico. No mínimo.

Pelo menos eu podia confiar em Cass, que se eu pudesse escolher seria minha irmã ao invés da mimada rainha do drama.

Sorri quando pensei em Giogina me vendo assim, para ela eu nao passava de uma leviandade que Mara forçava a permanecer em casa, espalhando rumores de doença contagiosa para que a ultima Stohen legitima nao roubasse o brilho de sua preciosa filha biológica.

Pelo menos dessa maneira eu possuía a oportunidade de sair em festas como essa, disfarçada como uma lady qualquer. Olhei meu vestido que mais parecia um quadro pincelado em diversos tons aquarelados de roxo, azul e violeta. Borboletas pequeninas subiam da barra para a cintura de modo gradual e delicado, maravilhoso. Porem, eu pediria por algo mais discreto se Cass nao tivesse ficado tão animada com a ideia de me vestir de princesa por uma noite. Sendo que ela era quem merecia ter o que era dela por direito. Cassandra era quem devia estar usando essa obra prima.

O cheiro se tornou mais forte quando um homem muito bem apessoado parou logo a minha frente.

– Senhorita, qual é o seu nome? – sua voz era grave e levemente rouca.

Sua postura confiante seria quase militar se sua expressão nao parecesse tão descontraída e relaxada. Seus cabelos castanhos estavam um pouco compridos formando cachos charmosos pela sua testa. Uma cicatriz malvada rasgava seu olho direito em direção a sua orelha, por baixo do tapa olho que ele usava. Seu outro olho era caramelo liquido quase dourado. Seu nariz aquilino era levemente torto, provavelmente quebrado. Seu corpo era esguio, e seus braços eram visivelmente musculosos através do traje formal azul escuro que ele usava. A jaqueta do traje estava aberta na frente revelando a camisa branca também aberta alguns botões e suas calças justas levavam a botas gastas e confortáveis.

– Senhorita... Acquas.

Ele tentou segurar o sorriso. E eu tentei nao encarar a visão do seu peito através dos botões abertos da camisa.

– Este é claramente um nome falso, Senhorita Acquas.

– E como saberia disso? – perguntei levantando o queixo. Ele sorriu mais ainda ante tal ação.

– Porque eu sou um príncipe-governante. – disse ele sorrindo ainda mais abertamente.

– E por acaso isso te faz Deus?- ele gargalhou alto.

– Nao, tem razão, isso nao me faz Deus, mas me deixa saber todos os nomes das nobres famílias de Sollum. E para usar um traje tão ousado como o seu eu diria que seu nome estaria na lista.

Aposto que meus olhos estavam brilhando elétricos, Cass costumava me dizer que ver meus olhos brilharem era como ouvir trovões antes da tempestade. O sinal de que meu temperamento iria explodir.

Quem aquele homem achava que eu era, uma idiota? É obvio que eu sabia que os príncipes-governantes assumiam a guarda do portão de acordo com sua província. Sendo aquele o quarto, ele devia ser Dmitri Kravnar II. Sem dizer que um titulo importante nao te fazia onipotente, onisciente e onipresente.

Um príncipe ainda era um homem, de qualquer maneira.

– Bem, se Vossa Alteza é tão magnificamente dotado de inteligência, então talvez devesse ter suspeitado que se usei um pseudônimo é porque pretendo discrição. -respondi seca.

– Tem razão. Pode me dar a honra de saber seu verdadeiro nome entao, milady?

Cheguei bem pertinho de seu rosto me apoiando em seu peito para olhar em seu único olho aparente quase dourado, a milímetros de sua boca. Ver seu tampão, sua cicatriz e seu ar selvagem tão de perto era malditamente mais sexy do que de longe. O cheiro de sabão limpo e metal abalou meus sentidos.

– Nao.

Continuei a ouvir sua gargalhada ressoando enquanto caminhava para longe dele.

Aquele era o tipo de risada que te fazia sorrir involuntariamente e sonhar em ouvir todas as manhas para sempre.

Sacudi meus pensamentos para longe de mim.

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Quinto Príncipe --->Ezra


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