I belong to you escrita por Veritas


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Eleanor & Park, foi, é, e sempre vai ser um dos meus livros favoritos na vida. Eu não sei como descrever a paixão que eu tenho por essa história. Ela é muito importante para mim, de verdade.
O livro mexeu comigo de todas as formas imagináveis.
Eu chorei. Chorei muito. Não porque era triste, mas porque era lindo.
Esse capítulo único que escrevi, é o desejo de uma fã completamente apaixonada pela história.
Eu nunca serei como a Rainbow, nunca terei o majestoso jeito dela com as palavras. Nunca ou descrever Eleanor & Park como ela descreve, mas eu espero que gostem.
Obrigada, Rainbow, por me fazer ter esperança.



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“Se ela tinha saudade?

Queria perder-se dentro dele. Amarrar os braços dele em torno dela feito um torniquete.

Se lhe mostrasse o quanto precisava dele, ele sairia correndo.”

eleanor

Ela voltou. Não tinha como não voltar. Ela não ia voltar para ficar para sempre, mas ia voltar para ele. Ela terminou a escola e passou na faculdade, a vida dela não era mais a mesma. Mas mesmo assim, mesmo que todas as coisas mudassem para ela, Park nunca mudaria. Ela tinha uma tatuagem com o nome dele no coração, e em volta vários outros corações pequenos por pura ironia.

Ela tinha medo de voltar e ele não estar mais lá, e ele tinha todo direito de não estar. Mas ela foi mesmo assim. Ela passou em frente a sua antiga casa, deu uma olhada rápida, mas virou o rosto para não sentir mais medo de voltar para casa o tio.

Eleanor dirigia agora, se Richie passasse por ela, ela podia atropela-lo sem pensar duas vezes, mas ela preferia não pensar na hipótese de ter que olhar aquele rosto que lhe causavam calafrios só de pensar, mais uma vez.

Ela foi até a casa de Park, mas ele não estava lá. A única pessoa que estava na casa era a mãe dele, que chorou muito quando abriu a porta. Eleanor ficou um pouco assustada, porque ela não sabia se ela estava triste ou feliz em vê-la, mas quando a mulher começou a abraça-la, ela teve certeza que estava tudo bem.

- Que saudades, minha menina! - a mãe de Park dizia.

Ela contou sobre a situação que Park se encontrava. Chegou a dizer que Eleanor foi a melhor coisa que aconteceu na vida dele, mas foi a pior coisa quando ela o deixou. E foi mesmo.

- Eu nunca o deixei, não completamente. - Eleanor disse, e a mulher sorriu mais uma vez.

O pai de Park chegou primeiro, e chorou em ver Eleanor também. Ela ficou feliz, mas um pouco constrangida com todos aqueles abraços, nunca tinha recebido tanto carinho de alguém que não fosse Park ou a mãe dela.

Park chegou meia hora depois. A roupa dele estava meio amassada, o cabelo mais bagunçado do que de costume. Os olhos estavam com delineador borrado e mais escuro, mas ainda eram os olhos dele.

Ela sentiu mais um coração ser tatuado no peito, e meio sem jeito, tremendo um pouco, soltou um sorriso.

park

Era ela. Ela estava lá. Ele não sabia o que fazer, ele só conseguia olhar o seu rosto, que não tinha mudado nada. Ela estava tão linda. As roupas estavam mais arrumadas do que as que ela usava antes.

Ele não sentia as pernas, ele só conseguia escutar a batida do próprio coração acelerando. Ele queria correr e beija-la até não conseguir mais respirar. Ela sorriu, e ele não conseguiu sentir mais parte nenhuma do corpo.

Ele ficou parado olhando, até ela começar a fazer cara de preocupada, e ele perceber que estava olhando tempo demais para ela. Ele tentou arrumar o corpo na expectativa de senti-lo, e conseguiu. Mas ele não disse muita coisa.

- Lá fora. Eu to lá fora. - Ele disse meio baixo, e apontou para porta.

Ele saiu que esperou até que ela saísse também. Ela saiu.

- Oi. - Eleanor disse parando do lado dele no jardim, ela estava olhando para o chão.

Ele ficou olhando para ela. Seus cabelos vermelhos brilhavam mais, ela estava mais linda do que nunca. Uma mecha de cabelo caiu de trás da orelha direita dela. Ele colocou a mão no rosto dela, e arrumou a mecha. Ela levantou a cabeça e olhos nos olhos dela.

Tão linda…

Ele pensou. E sem esperar nem mais um segundo, colocou a mão no pescoço dela e a puxou para ele em um beijo intenso e cheio de saudade.

Ele conseguiu trazer ela de volta.

eleanor

Ainda era o Park dela. Ainda era o beijo dele. Ainda existia amor.

- Eu te amo. - Ela finalmente disse. Finalmente as três palavras rasuradas no cartão postal criaram voz, e saíram pela boca dela.

- Eu sei. - ele disse - Eu também amo você, Eleanor.

Cara, como ele gostava de dizer o nome dela.

park

- Por que você não escreveu? Por que você não ligou? - Ele quis saber, tinha todo o direito.

- Eu não sei, eu não quis que sua vida fosse baseada na minha. Mas, Park, meu amor, eu não consigo ficar longe.

- Eu te perdoo.

E ele perdoava. Ele perdoava quantas vezes fosse preciso, porque Eleanor era sua vida, a vida que ele não queria que fosse baseada nela. Eleanor era o pedaço que o vento tinha levado do seu coração.

- Você pode me odiar se quiser.

- Eu nunca vou te odiar, Eleanor. Eu te amo.

- Eu te amo.

x

Ela contou sobre como as coisas estavam agora. E ele também. Ele deu os parabéns pela faculdade. Ela contou sobre a mãe, e que ela ligava algumas vezes, e que vivia bem em um aparamento pequeno com os irmãos, e que ela tinha arrumado um emprego que possibilitava que eles continuassem vivos, mas que não podia sustentar mais uma pessoa, por isso Eleanor continuava com os tios.

Park contou sobre o completo idiota que ele tinha sido. Ela riu e o perdoou. Ela tinha que perdoar.

Eles contaram sobre as novas vidas, mas ambos sabiam que nenhuma das duas faziam sentido, porque nada fazia sentido quando eles estavam longe um do outro.

- Nós podemos ficar juntos agora, se você quiser, é claro. Você pode ir me ver na faculdade. - Ela sugeriu.

- Eu posso.

- Você vai?

- É claro que eu vou.

É claro que ele vai. Ele vai pra todo lugar por ela.

Ele colocou a mão na cintura dela, e a puxou para mais perto. Envolveu ela em seus braços, e eles ficaram olhando o céu. Ele não queria que ela saíssem dali. Ele não queria deixa-la ir nunca mais. Ele queria que ela ficasse presa em seus braços para sempre. Ele até podia ver a imagem dos dois bem velhinhos, e ela envolvida em seus braços, com os cabelos brancos e não vermelhos.

eleanor

Não havia melhor lugar no mundo do que os braços dele. Era uma mistura de amor, paz e proteção.

- Eu tenho um carro agora. - Ela contou.

Ele sorriu e colocou a boca bem próxima de seu ouvido.

- Ele tem banco te trás?

Ela sorriu. Como ele era ousado. E como ela gostava disso. E como ela queria isso, cada vez mais.

- Tem.

x

Na verdade, eles não foram para o banco de trás. Eles foram para casa da avó do Park, mas também não ficaram escondidos na garagem. Os avós dele tinham ido viajar, e a casa estava vazia, mas as chaves estavam com Park.

Eles entraram. Park levou Eleanor até o quarto onde ele dormia quando era criança e queria passar a noite com os avós. No quarto haviam duas camas de solteiro, Park juntou as duas e puxou Eleanor para si.

Como ela tinha saudade. Como ela tinha saudade dos beijos, do cheiro, da pele. Como ela tinha saudade da sensação de ser tocada por ela. Como ela sentiu falta de seus dedos passeando pelo seu corpo.

Ele deitou a deitou na cama e ficou por cima. Ele a beijava intensamente, como se não quisesse que aquele momento acabasse nunca. E não queria, nenhum dos dois queriam.

Ele tirou a blusa dela e, ela tirou a dele. Não havia vergonha com Park. Ele desabotoou o sutiã branco dela. Ela sentiu um arrepio quando ele os tocou e os encheu de beijos, mas ela não queria que acabasse.

Quando eles já estavam completamente nus, aconteceu. E foi bonito, foi bom, foi como a brisa em um dia quente. Foi como se nunca houvesse existido saudade, ou até mesmo dor. Foi como se ela

nunca tivesse ido embora, como se ontem mesmo eles estivessem segurando a mão um do outro no ônibus da escola.

Nada mudou. Nada nunca mudou, e nunca mudará, porque só existem os dois, sempre só existiram os dois, para os dois. Porque Eleanor é de Park, e Park é de Eleanor.


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Notas finais do capítulo

Aceite todas as formas de amor.