17° Desafio Sherlolly - O Melhor Amigo da Noiva escrita por Raura


Capítulo 7
Despedidas


Notas iniciais do capítulo

Aproveitando o tempo que tive, mais um capítulo :3
Quem já assistiu o filme, já imagina o que vem.

boa leitura!



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Estavam sentados numa enorme mesa de jantar, toda a família de Tom estava lá, o noivo cantava uma música para Molly, assim que terminou a performance deu um beijo apaixonado na noiva e todos aplaudiram.

Após a janta a sobremesa foi servida pelos empregados da casa, deram um bolo branco para Molly e de chocolate para Tom.

— Ah eu amo chocolate! – comentou indo com o garfo em direção ao prato de Tom pegar um pedaço, como sempre fazia com Sherlock, ele a impediu antes que garfasse um pedaço do bolo.

— Não faça isso, se quiser eu lhe deu um pedaço – Tom cortou um pequeno pedaço de seu bolo e colocou no prato que havia entre eles para que Molly pegasse.

Depois de servida a sobremesa, as pessoas foram para uma outra sala, algumas serviram-se de café, outras de whisky ou outro destilado que tivesse. Um dos tios de Tom conversava com Molly quando Sherlock apareceu do seu lado.

— Ah, oi, sua esposa está te procurando – disse na tentativa de livrar Molly da companhia dele, pela cara da amiga sabia que não estava nada animada com a conversa que está tendo.

— Muito obrigado! – o senhor saiu a procura da pessoa.

— Muito boa! – Molly agradeceu o amigo e brindaram com os copos que tinham em mãos.

— Será que dá pra gente conversar em particular? É muito importante...

— Sim.

— Vamos? – indicou a porta, quando se viraram para ir nessa direção, as luzes da sala se apagaram.

Sons de flauta preencheram o ambiente.

— Ai não, flautas! – Sherlock deixou escapar baixinho.

— Ai meu Deus! – Molly olhava pela porta em que ia sair, por ela entrou Tom e mais dois amigos seus tocando flauta.

— Ele gosta muito de flauta, toca desde os três anos e pratica todas as noites – a mãe de Tom se aproximou de Molly.

— Toda noite?! – não pode deixar de se surpreender do fato que acabara de descobrir sobre o noivo.

— Sim! Nunca deixa de tocar!

Após a apresentação de Tom e seus amigos, o jantar finalmente tinha chegado ao fim, cada um foi para seu respectivo quarto, Molly tinha acabado de vestir seu pijama quando bateram na porta.

— Entre.

— Oi mãe.

— Eu tenho algo pra você! – sua mãe sorriu e sentou-se na cama, esperou que a filha fizesse o mesmo.

— Que noite mãe! – comentou indo de sentar na cama.

— É para você ter um pedacinho de casa com você – sua mãe mostrou o álbum de fotos que tinha trazido para filha, na capa estava escrito 'Molly'.

— Obrigada mãe! – agradeceu e abriu a primeira página, começou a ver as fotos, as de quando era criança.

— Olha que linda! – sua mãe apontou para uma foto que ela estava com outra garota — É você e Janine, vocês tinham sete anos.

Molly sorriu e continuou a folhear, viu uma foto em que estava junto com seu pai patinando no gelo.

— Lembra disso? Seu pai caiu e quebrou o pulso nesse dia.

— Lembro... Sinto tanta saudade dele – se segurava para não deixar que as lágrimas caíssem Queria que ele estivesse aqui, ele se preocupava tanto, achando que eu não ia me casar... Ah! Roma! – viu uma foto que tirou com Sherlock quando foram passar as férias lá.

— É... agora seu que seu pai estava errado.

— Como assim, mãe?

— É que... Ele sempre teve certeza que você ia se casar com Sherlock.

— Sério, mãe? – ela não lhe disse nada, simplesmente a puxou para um abraço apertado.

— Até amanhã, minha querida – se levantou da cama e deixou Molly com o álbum.

— Boa noite, mãe!

Molly olhou as fotos até que caiu no sono e nem percebeu.

– - - - - - -

De manhã, Sherlock andava de um lado para outro em seu quarto, conversando com John no celular.

— É rápido e indolor, você só tem que dizer.

— Eu não achei a hora certa.

— Não existe essa de 'hora certa', qualquer hora é a hora certa, hora de dizer 'eu te amo, case comigo'.

Sherlock suspirou.

— Tá.

— Você está ai pra quê, Sherlock? Se arrisca, vira o jogo e traz ela pra casa! E pelo amor de Deus, para de fazer ligação internacional que eu também pago!
— Tá bom, obrigado.

Sherlock desligou o celular e ficou entoando 'você consegue' algumas vezes, respirou fundo e saiu de seu quarto, iria falar com Molly. Desceu as escadas e bateu na porta do quarto dela.

— Sherlock!

— Oi Molly, eu pensei que podíamos caminhar e escrever seus votos, o que você acha?

— Boa ideia, vou precisar de ajuda.

A casa onde estavam hospedados ficava afastada da cidade, por toda volta se estendiam campos enormes, os amigos caminharam bastante e pararam na margem de um pequeno riacho.

— O que você pensa, Sherlock? – perguntou se referindo aos votos.

— Penso em várias coisas.

— Eu tentei ser romântica, ser engraçada... Mas não sei se eles têm esse hábito...

— Molly, eu... – Sherlock estava alguns passos atrás da amiga.

— Tentei algo básico, mas ficou chato.

— Eu sou louco por você, só consigo pensar em você e quero passar o resto da minha vida ao seu lado.

— Sério?

— Sério.

— É tão genérico.

— Genérico?

— Completamente.

— Como pode ser genérico?

— Parece uma coisa que alguém deveria dizer e não o que você realmente sente.

Sherlock respirou fundo.

— Olha Molly, me escuta – segurou nas mãos da amiga — Ninguém me faz rir como você, você é minha melhor amiga e eu só quero ficar com você!

Por meio segundo, Sherlock achou que finalmente ela tinha entendido, então ouviram atrás deles um barulho de panelas, sua mãe, as damas de honra, e mais duas primas de Tom, vinham na direção deles batendo nas panelas.

— O que é isso gente?

— É a despedida de solteiro dela, Sherlock – Mary explicou.

— Vamos passear com ela pelos pubs da cidade, enchemos esse penico com sal – Janine apontou para o objeto nas mãos da mãe de Molly — E vendemos seu beijo para os homens.

As mulheres bateram nas panelas fazendo mais barulho, pegaram Molly pela mão e a arrastaram para a cidade, Sherlock também foi junto, estava frustado, tinha acabado de confessar o que sentia de verdade e Molly não tinha percebido.

– - - - - - -

De carro foram até o centro da cidade até uma rua só de pubs, iam de um a outro, todos entravam fazendo barulho, os homens iam colocando moeda no penico nas mãos de Molly e em troca ganhavam selinhos.

A cada pub que passavam bebiam um pouco, em um deles os homens até fizeram fila, Sherlock acompanhava tudo de longe, bebia pouco, não estava no clima para a despedida. As mulheres estavam no bar pedindo a segunda rodada da bebida quando Molly chocou-se com Sherlock, ele sorriu, pôs a mão no bolso e tirou algumas moedas.

— Só tenho isso – jogou as moedas no pinico.

Um clima estranho pairou entre os dois, porque seguindo a brincadeira, Sherlock teria que beijar Molly, hesitou por um segundo, então encostou de leve seus lábios nos de Molly. Não deixou que ela se afastasse, precisava beijá-la de verdade, mostrar tudo o que sentia. Deixaram que as línguas se encontrassem, o penico nas mãos de Molly foi ao chão, quando afastaram e se olharam nos olhos se deram conta do que tinha acontecido, do que tinha vindo a tona com o beijo.

De longe a mãe de Molly assistiu o beijo dela com o amigo, chegou até a se engasgar com a bebida.

Se abaixaram para juntar o sal e as moedas, estavam recolocando tudo de volta no pinico, nenhum dos dois disse nada.

— Elas vem vindo aí – Sherlock percebeu a aproximação das mulheres pelo bater de colheres em panelas.

Arrastaram Molly para fora do pub com a intenção de levá-la em outro.

– - - - - - -

Sherlock andava de um lado a outro no seu quarto, pensando no beijo que dera em Molly, foi até a janela e abriu-a para entrar um pouco de ar, iria novamente falar com ela, ouviu uma batida na porta e pensou que fosse a amiga, rapidamente foi abri-la.

Não era Molly, e sim Janine, completamente bêbada.

— Não aguento mais, Sherlock – Janine entrou no quarto abrindo o robe que usar — Vamos ficar juntos de novo, pelos velhos tempos...

— Não, não tira isso não.

— Sherlock, eu estou em uma fase muito confusa da minha vida – Janine ficou só de lingerie e se aproximou de Sherlock — Senta aí – empurrou de costas na cama e subiu em cima dele.

— Janine, não faça isso – tentou se desvencilhar dela sem muito sucesso.
— eu bebi muito whisky e preciso de você – Janine beijou-o, ele tentou se levantar, mas só para ficar numa posição mais comprometedora ainda, foi quando viu Molly olhando pela brecha da porta aberta que Janine tinha deixado aberta.

Reuniu toda sua força e jogou Janine de lado e foi correndo atrás de Molly, que depois do que viu pensaria o pior dele, desceu as escadas correndo e foi bater na porta do quarto dela.

— Molly... Sou eu, Sherlock, me deixe entrar por favor.

— Vá embora, Sherlock – ela disse do outro lado da porta.

— Não é o que você está pensando, me deixa explicar.

— Isso não importa agora.

— Importa sim!

— Vá embora, Sherlock!

— Eu vou, mas só de você me disser, por que foi lá no meu quarto... Molly, por que você foi no meu quarto?

— Pra falar daquele beijo.

— Molly, por favor, não casa com ele.

— Esses anos todos, Sherlock...

— Não casa com ele.

— Esse tempo todo... E você diz isso só agora? Como pode fazer isso?

— Eu sei, me perdoa. Deixa eu entrar.

— Não vou deixar.

— Deixa.

— Isso tudo, é só porque você tem medo de me perder. Eu preciso de alguém que eu possa contar sempre, independente do que aconteça. Alguém que me ame de verdade, alguém em quem eu confie – Sherlock não podia ver, mas pequenas lágrimas caiam dos olhos de Molly ao dizer essa palavras — Eu vou casar com Tom amanhã, Sherlock.

Sherlock suspirou, tinha perdido Molly. Não podia mais continuar com aquilo, não podia ser a madrinha dela.

– - - - - - -

No outro dia bem cedo Sherlock colocava suas malas no carro, Molly observava pela janela.

— Sinto muito que tenha brigado com Sherlock, Molly – Tom se aproximou e abraçou-a.

— Sou a melhor amiga dele, ele está com medo de me perder. Ele vai superar.

Ficou ali olhando até que o carro de Sherlock partiu.


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Notas finais do capítulo

O próximo será o último!
:3



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