Only Choice escrita por Lole Masen


Capítulo 1
:Capitulo Um: A Fuga.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo, espero que gostem e se gostarem, amanhã teremos dois capitulos *-*Beijos e boa leitura.



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Capitulo Um:Fuga.

Caminhei até a sacada de meu quarto, que ficava no topo e isolado do resto do castelo Volturi, onde meu pai me escondia por dizer que poderia estar correndo perigo caso descobrissem quem eu realmente era.
Um sorriso maldoso saiu de meus lábios, enquanto eu escutava o silêncio da noite.

Meu pai Aro Volturi dizia que poderia ser perigoso se alguém além de seus.. conhecidos confiáveis soubessem sobre minha existência... Mas como eu poderia saber disso, se nem eu mesma sei quem sou?

Tudo que eu sabia sobre minha espécie eram aquelas histórias aterrorizantes sobre os bebês híbridos que mataram uma vila inteira, e por isso foram condenados a morte pelos próprios Volturi para serem exterminados antes que isso ocorresse com nossa existência e a dos humanos.

Os quais eles mesmo não tem piedade nenhuma em acabar caso eles quebrem as suas regras..

Somente poucos sabiam sobre minha existência, pois assim, segundo Aro, seria mais seguro para mim, já que não poderiam provar que eu não era um monstro como aqueles bebês,..ou eu seria? Não poderia negar que essa duvida me assombrava, e muito.

Eu não poderia saber, já que por 50 anos vivi trancafiada em um quarto isolado do castelo e a única porta e janela eram bem trancadas, e somente aberta quando meu pai Aro, vinha me trazer comida humana, ou sangue humano, a única coisa que ele sempre me disse que me manteria forte, e viva. Ao ver o sangue que ele me trazia, eu tentava não imaginar como ele conseguiu aquilo, pois a resposta era óbvia, ele os matou para me alimentar, para que eu continuasse viva.

Estremeci com meus pensamentos e assim que ouvi passos que eram silenciosos ao ouvido de humanos, mas que para mim, uma meia humana e meia vampira com sentidos aguçados poderia escutar, corri até minha cama ajeitando o longo vestido rosa bebê antigo que eu vestia, enquanto esperava a chegada de minha visita.

Segundos depois a porta foi aberta e meu pai apareceu com um enorme sorriso nos lábios.

–Minha preciosa.

Disse ele enquanto deixava o sangue e a comida humana em cima da penteadeira e vinha até mim, me dando um abraço caloroso e cheirando meus cabelos.

–Olá papai.

Me afastei de seu toque demorado e disfarcei com um leve sorriso.

–Está tudo bem querida, parece abatida.

Disse ele acariciando meu rosto e desviei o olhar suspirando.

–Quando serei livre pai? Estou cansada de viver trancafiada.

Eu disse o que á anos havia sufocado e ele fechou o sorriso e tive medo de seu olhar, eu sabia que essa história o irritava, mas eu queria ser livre, queria ser tratada como uma pessoa normal, eu sabia que poderia fazer isso, e não queria que suas palavras e os medos que ele sempre pois em minha cabeça fossem o correto, pois era a minha existência.

E as vezes eu me perguntava se era mesmo somente por medo que me fizessem mal, que ele temia minha saída, ou seria medo de me perder por conta de meu escudo poderoso,ou meu poder de hipnose que poderia não somente me proteger mas como proteger a todo seu império.

Mas eu não poderia pensar assim, ele era meu pai e fazia isso pela minha proteção, pois me amava.

–Você sabe que não poderia lhe proteger caso descobrissem sobre você, minha preciosa..

Disse ele com um tom estranho e doce, enquanto estava de costas para mim.

Mas pai, eu nunca faria mal a alguém, eu posso me controlar, posso fingir ser normal.

Eu disse com esperanças e firmeza e ele se virou bruscamente com uma expressão lívida e ao notar meu olhar assustado, relaxou e sorriu levemente.

–Eles descobririam querida. Você não poderia se esconder para sempre.

–E não é isso que estou fazendo?

Eu disse estranhando a ousadia em minha voz e aquilo o irritou eu podia ver em seus olhos apesar de sua expressão neutra.

–Já chega, Isabella. Você ficará sob minha proteção e ponto final.

Disse com firmeza e antes que eu pudesse protestar, ele saiu trancando a porta rapidamente e segurei a fúria e o choro com isso. Meu coração batia fortemente enquanto meu peito subia e descia pela a raiva e a dor, senti meu escudo se expandir com isso e joguei tudo que estava em minha penteadeira no chão, ouvindo um rosnado sair por minha garganta pela fúria.

Tentei controlar minha respiração e fui me acalmando aos poucos.

Andei até o banheiro de meu quarto e tomei um demorado banho e ao sair procurei por alguma coisa que não fossem os vestidos antigos e de época que Aro me dava e sorri animada ao encontrar roupas mais normais e atuais, graças a minha amiga Jane, e botei uma calça jeans que se moldava perfeitamente ao meu corpo,uma blusinha vermelha um pouco colada demais mas comportada, uma sapatilha preta e um sobretudo da mesma cor.

Peguei um livro grosso para me manter entretida e suspirei, ao notar minha garganta ardendo e minha barriga roncando, caminhei até a penteadeira onde meu pai havia deixado a comida e rosnei ao ver que eu havia a derrubado no chão por conta de meu excesso de raiva a minutos atrás.

–Que ótimo.. Suspirei irônica e voltei a me deitar.

Horas ou até mesmo dias se passaram, e eu continuava na mesma posição e pressentia que poderia ficar assim pelo resto de minha maldita existência, se não fosse pela fome e a sede que sentia.

Fiquei contente ao ouvir passos se aproximando e sabia que deveria ser meu pai com minha refeição, mas continuei parada para demostrar o quanto estava descontente com minha.. prisão.

Mas me enganei, pois dessa vez não era Aro, a me trazer a comida e sim Alec, meu amigo como sua irmã Jane.

Olhei para o belo rapaz pálido como o resto dos vampiros, corpo magro coberto pela manta negra que todos os Volturi usavam e olhos assustadoramente vermelhos, mas eu já havia me acostumado, aliás,todos ali tinham aqueles olhos, o que mostrava que todos se alimentavam de humanos para se manterem fortes.

–Trouxe sua comida estranha, princess.

Revirei os olhos para seu sorriso divertido, e o apelido princess que ele e sua irmã me deram, pois diziam que eu era a princesa já que meu pai tinham o posto de líder, de rei naquele clã. Andei até ele e senti seus braços me envolverem.

–Obrigada Alec.

Eu disse com um sorriso doce e peguei a comida e a comi em poucos minutos como o sangue, que desceu por minha garganta, me dando um alivio imediato. Fiz minha melhor cara de satisfeita, o que fez Alec rir.

–Sorte que você é linda, princess. Pois isso que come é.. nojento.

Disse ele e ri.

–Não é nojento para os humanos, Alec, apenas para nós vampiros, ou melhor para não meio vampiros e humanos.

Eu disse e até eu ainda me confundia com essa história de híbridos.

Hum..por que Aro não veio me trazer isso?

Perguntei curiosa e ele me olhou por alguns segundos antes de responder.

–Ele.. ele teve que resolver algo fora do castelo, mas voltará ainda hoje.

Disse e assenti demoradamente, eu sabia que essa saída significava uma única coisa, vítimas, mais vítimas para sua lista..Balancei a cabeça para tais pensamentos, mas outra me surgiu.

Meu coração acelerou assim que eu vi minha primeira e talvez única chance de escapar, eu poderia ser livre pela primeira vez e apesar de saber que Aro não se cansaria até me encontrar,se eu conseguir é claro, fugir, aquela ideia não saia de minha cabeça.

Olhei para Alec e ele estava distraído parecendo querer me dizer algo, mas meus pensamentos estavam planejando milhares de maneiras de fugir do castelo, e apesar de injusto Alec seria o primeiro a me fazer sair dali.
Peguei em seu rosto e olhei em seus olhos.

–O- o que está fazendo..?

–Me perdoe Alec.

Eu disse e retirei meu escudo dele, a única proteção que ele tinha de se proteger de anônimos e de mim e fechei meus olhos com determinação e ao abrir novamente o hipnotizei, fazendo o ficar completamente parado.

–Eu irei fugir e você não poderá me deter, e nem mesmo virar até mim até que eu tenha saído do castelo.

Eu disse com firmeza e por conta do hipnotismo, ele balançou a cabeça, concordando como um robô e beijei sua bochecha antes de me afastar e em uma velocidade vampiresca, pegar somente o necessário, que eram pouquíssimas roupas, objetos pessoais e dinheiro escondido em meu guarda-roupa e tacar com nenhum gentileza dentro da bolsa.

Dei uma última e rápida olhada para Alec de costas para mim e corri sentindo lagrimas descerem por meu rosto, era uma mistura de tristeza e alegria, impossível de descrever.

Passei meu escudo por minha volta, impossibilitando que qualquer um ali ouvisse meu coração e nem mesmo meu cheiro e olhei para todos os lados, tentando passar despercebida enquanto cruzava aquele enorme labirinto que chamava de castelo.

Quando consegui sair, faltando somente o jardim para escapar dali escutei passos se aproximando e me joguei nos arbustos, meu coração disparando, e o desespero me tomando, não poderia ser vista. Não agora que eu estava tão próxima de ter minha existência livre de qualquer medo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Devo Continuar?