Romeo and Juliet escrita por Mah


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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...“Romeu, Romeu? Por que és Romeu? Renega teu pai e abdica de teu nome; ou se não o quiseres, jura me amar e não serei mais um Capuleto.”...

… “Romeu, Romeu? Por que és Romeu? Renega teu pai e abdica de teu nome; ou se não o quiseres, jura me amar e não serei mais um Capuleto”...

Praticava frente a um espelho observando enquanto meu cabelo pedia de uma lado ao outro freneticamente, quando me movia. Aquela cena era vital, eu parecia tão concentrada que tomei um susto quando minha mãe Maria apareceu por trás.

- Ai, mãe! Não faz isso…

- Filha, estava linda. Perfeita, como sempre, mas está na hora de ir a o novo colégio. Ouvi dizer que tem um grupo de teatro. Por que você não tenta?

- Porque, mãe, eu não sei. - Viro para o espelho novamente, encarando meu próprio reflexo. - Acho que eles não vão gostar de mim…

- E por que você acha isso? - Ela põe as mãos em meus ombros. - Sabe? - Levanto a cabeça. - Eles seriam loucos se não gostassem. Tenho uma coisa para você. - Ela me entregou uma caixa. Era uma correntinha com uma coração dourado.

- É lindo, mãe. Obrigada! - Ela me abraça.

Pego minha bolsa chanel rosa e púrpura e enfio meu livro de Romeu e Julieta nela e desço quase correndo. Pego apenas uma maça e saiu com minha scooter amarela. Não havia uniforme no colégio e podiamos usar o que quisermos. Então eu me continha com uma calça skinny rasgada e uma blusa estampada.

O colégio Middle High School era perto e o único em Savannah, então não era difícil de encontrar. Garotos e garotas passeavam pelo campus parecendo concentrados em seus livros, ou uns garotos jogando pôquer.

Estacionei em uma das vagas que tinha por lá. Pego meu livro e começo a ler enquanto espera o sinal da primeira aula.

- Já vais partir? O dia ainda está longe. Não foi a cotovia, mas apenas o rouxinol que o fundo amedrontado do ouvido te feriu. Todas as noites ele canta nos galhos da romeira. É o rouxinol, amor; crê no que eu digo. - Pronuncio.

- É a cotovia, o arauto da manhã; não foi o rouxinol. Olha, querida, para aquelas estrias invejosas que cortam pelas nuvens do nascente. As candeias da noite se apagaram; sobre a ponta dos pés o alegre dia se põe, no pico das montanhas úmidas. Ou parto, e vivo, ou morrerei, ficando. - Um garoto com uma blusa meio verde, uma calça jeans e com as mãos no bolso surgiu em minha frente.

- Você já leu “Romeu e Julieta”? - Ele se senta ao meu lado apoiado no muro com os braços nos joelhos.

- De trás para frente.

- Não conheço muitos garotos que já tenham lido.

- Nenhum. Na verdade.

- Qual é seu nome, Julieta? - Ri. - O que foi?

- Nada, é só engraçado. É Violetta. E o seu?

- Me chamo Diego, nobre donzela. - Apertamos as mãos em um sinal cordial.

O sinal tocou, ele levantou-se e me propoz a mão.

- Obrigada.

- Qual a sua aula?

- Literatura.

- Vou te levar até lá. - Andamos apressadamente até alcançarmos a sala número 201.

- Obrigada, Diego. - Entrei, o professor não chegou ainda, a sala estava uma baderna, mas decidi ficar lendo meu livro numa das carteiras livres no fundo da sala.

Logo um professor entra com uma expressão de medo. Uns garotos que estavam até esse ponto agindo como animais começaram a tacar bolinhas com guspe no professor.

- Alunos, hoje… - Ele olhou discretamente para o grupo de idiotas que ainda tacavam bolinhas. - Vocês podem fazer o que quiserem. - Falou rapidamente. E sentou-se. A diretora apareceu na porta.

- Senhorita, Castillo. Vem falar comigo, por favor. Me levanto lentamente, enquanto todos param e olham. Pego minhas coisas e a sigo. - Violetta? Estou certa?

- Sim, senhora.

- Querida, aquela turma não lhe fará bem. Quer trocar?

- Não, está tudo bem.

- Bom, se quiser, me avisa.

- Tudo bem, obrigada.

- Vai bater o sinal, tem um intervalo se quiser ficara aqui mesmo, vou voltar para a diretoria. - E saiu. Vou para o patio que começa a encher na medida em que as pessoas saiam. Pego o fone bem alto e começo a observar as pessoas. Garotas começam a tocar uma música bem calma e familiar, até agradava o ambiente. Enchia-se com uma sensação de alegria e luminicensia. Um garoto entrou na minha frente tampando o sol.

- Já se esqueceu de mim, Julieta? - Diego se senta ao meu lado. - Conheceu quantas pessoas até agora?

- Duas. A diretora e você. - Ele me olhou estranho.

- Só isso? Vamos. - Levanta e oferece a mão.

- A onde? - Ele me puxa.

- Conhecer pessoas. - Começamos a andar. A ruiva e a morena são da minha sala: Camila e Francesca. - Nós aproximamos.

- Fran.. Cami… Essa aqui é a Violetta.

- Olá! Como vai? - Disseram em unissono.

- Bem. - Respondo divertida.

- Estou levando para conhecer novas pessoas. Já que ela não está na nossa sala, ela está na dos demoníacos. Então, nós vemos na sala.

- Ok.

Andamos mais um pouco.

- Aqueles ali são Marco, Federico e Brodwey. Só o Marco está na sua sala, mas ele está tentando mudar, muda também.

- Vou pensar. E aqueles ali. São os demoníacos. Estão na sua sala. Maxi, Natália, e os dois se agarrando são: Léon e Ludmila, minha irmã.

- Deve ser divertido. - Disse ironica.

- Você não tem ideia. - Ele me seguiu e rimos. Acho que foi alto, por o casal se agarrando parou bruscamente, isso só nos fez rir mais, até que paramos e voltamos a andar. O sinal tocou novamente.

- De volta ao inferno demoníaco.

- A proposta ainda está de pé.

- Veremos. - Volto para a sala. Não havia ninguém. Logo a professora de ciências chega.

- Bom, fico feliz que eles mataram aula, você também é uma dos demoníacos?

- Não, senhora.

- Ótimo, meu nome é Sra. Richard. Vou poder finalmente dar uma aula de verdade. - Passei uma aula inteira aprendendo genética. Bom, logo apos disse:

- Foi uma boa aula, não acha?

- Sim, sei tudo sobre genética… - Disse ironica.

- Faz a lição e se tiver duvida vem falar comigo, tudo bem?

- Claro. - Tocou o sinal de ir embora, me levanto sem pressa. E começo a caminhar lentamente a saída. Logo um sujeito correndo surge do meu lado.

- E ai, Julieta? Como foi a aula com os demoníacos? - Ele me alcança e começa a caminhar do meu lado.

- Foram embora, tive uma aula “particular” de Biologia.

- Não pode ter sido tão ruim.

- Não, magina. Mas se tiver dúvida em genética. Me chamo.


- Agradeço, mas não precisa, minha mãe é uma boa professora. - Saiu emburrado.


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