The Only Reason escrita por Mrs M


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Eu fiquei muito animada com os comentários de vocês e aqui está mais um capítulo. Nas notas finais tem um link com a foto da Amy...
Bem, boa leitura!



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Se você acha que acordar com o barulho irritante do despertador é horrível, você está completamente certo. Mas acordar com a janela sendo aberta violentamente e o sol invadindo todo o quarto e te deixando praticamente cega é muito pior.

Porra, Cato! Não tinha uma maneira mais carinhosa de me acordar não? – joguei o travesseiro que estava ao meu lado em Cato, mas ele desviou rindo.

– O despertador do seu celular não tocou então eu tive que te acordar.

Não falei nada, apenas me levantei da cama empurrando aquele idiota da minha frente e seguindo para o banheiro. Tomei um banho relaxante. Era impressionante a capacidade daquele garoto de me irritar logo pela manhã.

Depois de vestir uma calça jeans, uma blusa de manga longa vermelha e meus coturnos, desci lentamente afim de não ter que enfrentar mais brincadeiras de Cato.

Assim que coloquei meus pés na cozinha, escutei a voz dele mais alta que o normal:

– Clove, pensa rápido! – e jogou uma maçã para mim; por sorte consegui pegar antes que atingisse minha cara.

– Qual o seu problema?

– Com certeza não é mau humor matinal.

– Você está insuportável hoje e olha que o dia só está começando – falei sentando em uma das cadeiras da cozinha.

– Que horas termina seu expediente? – Cato perguntou, resolvendo mudar o assunto “mau humor matinal” e “brincadeira idiotas”.

– Umas dez e meia, e o seu?

– Deve terminar a essa hora também. Não acredito que vamos nos ver apenas tarde da noite.

– Olha, sei que seu amor por mim é muito grande, mas tudo isso é necessário. – falei e ele gargalhou. – Vamos.

Caminhamos lentamente até a escola onde eu estudava e logo vimos Katniss sorrir para nós.

– Droga. Vai logo antes que ela comece a falar besteiras na sua frente – praticamente gritei empurrando Cato para longe de mim.

– O que? – eu realmente não sabia se ele estava se fazendo de retardado ou ele era mesmo um retardado. Eu preferia a segunda opção. Mas isso não importa agora, já que Katniss chegou ao nosso alcance antes de Cato sair.

– Oi gente! – ela disse com aquela alegria de sempre. – Cato, quanto tempo!

– Verdade, mas depois vocês matam a saudades. Tchau Cato. – falei, o empurrando.

Ele me olhou sem entender nada do que se passava ali, mas ainda assim foi embora. E eu ainda me pergunto como eu fui me apaixonar por ele.

– Relaxa, eu não iria contar seus podres para ele – Katniss falou e passou um dos braços pelos meus ombros.

– Eu não tenho podres.

– Aham!

***

– Eu não estou entendendo nada dessa matéria! – Katniss reclamou.

– Você nunca entende. Vem, deixa eu te ajudar – mas antes que eu pudesse puxar seu caderno para perto, o sinal tocou.

Agradeci mentalmente, não adiantaria explicar as matérias para Katniss; mesmo se falássemos mil vezes, ela não entenderia.

Depois de arrumarmos nossas coisas em nossos armários e bolsas, seguimos para a lanchonete. Eu estava ansiosa e nervosa ao mesmo tempo. A última coisa que eu queria era derramar uma xícara de café quente em cima de um cliente.

– Olá garotas – Glimmer nos cumprimentou ao terminar de calçar seu sapato. FoxFace estava sentada no sofá branco e lia algum livro. – Preparadas para o primeiro dia?!

– Sim! – Katniss exclamou.

– Talvez – falei um pouco baixo.

Antes eu estava tão confiante e quando chega a hora eu meio que travo. Mas eu não iria desistir, não mesmo.

Depois de vesti meu uniforme – que por sinal caiu muito bem em mim – seguimos para fora do quartinho. Já tinha pessoas esperando ser atendidas. Não eram muitas, mas o suficiente para manter nós quatro ocupadas. Após anotar o pedido de dois adolescentes imprestáveis, caminhei até detrás do balcão e entrei o papelzinho a Josh, o cara que cozinha o que pedem. Enquanto ele fazia seu trabalho, me aproximei de FoxFace que estava preparando um café. Ela sorriu para mim como se dissesse ‘está fazendo um ótimo trabalho’ e depois saiu. Também preparei um café, peguei os dois pratos que Josh deixou ali em cima e segui para a mesa que eu estava servindo. Os dois garotos sorriram maliciosamente para mim e eu revirei os olhos.

Depois de atender mais sete mesas, eu estava exausta. Quando mais eu fazia minha parte, mas trabalho parecia surgir. Mas eu não reclamava, para falar a verdade aquilo nem estava me incomodando. Enquanto Katniss e Glimmer ainda distribuíam sorrisos e simpáticas para os dois últimos clientes que faltavam a ser atendidos, sentei-me ao lado de FoxFace em uma mesa mais afastada de todos.

– Então, como foi? – ela perguntou sorrindo timidamente.

– É, dá para aguentar – falei e ela gargalhou.

Logo Katniss e Glimmer praticamente se jogaram em cima da gente. Minha melhor amiga reclamou de como alguns garotos também davam em cima dela, mas no seu rosto existia um sorriso do tipo que ela gostou daquilo.

Tivemos uma pausa de vinte minutos para lanchar e em seguida já estávamos com nossos bloquinhos de nota e caneta na mão. Atendi mesas até dar dez da noite e o movimento na lanchonete diminuir. Glimmer, FoxFace e até mesmo Effie disse que eu e Katniss nos saímos muito bem para pessoas que não tinha experiência nenhuma.

Às dez e dez da noite, nós quatro estávamos sentadas em cima do tapete de veludo do quartinho com nossos cadernos em cima da mesinha de madeira. É claro que eu poderia fazer isso em casa, mas preferi fazer aqui. Estava terminando despreocupadamente meus deveres quando a metida da Katniss vem com aquela caneta mega enfeitada escrever o nome de Cato e um coração ao lado no meu caderno. Revirei os olhos e tirei sua mão dali.

– Quem é Cato? – FoxFace perguntou.

– Meu namorado – murmurei ainda olhando para as minhas atividades.

– Cato. Hm... Cato Evans, o garoto que todas as garotas dão em cima dele? – Glimmer soltou rapidamente e eu finalmente olhei para ela, arqueando uma sobrancelha. – Estudamos juntos. Mas não se preocupe, ele parece não ligar para elas.

– Ah – simplesmente falei e voltei a escrever.

Só que eu não consegui mais prestar atenção. Não que eu não confiasse em Cato, pois eu confiava nele mais que tudo. Eu só me sinto desconfortável com esse assunto.

Katniss começou a guardar suas coisas e eu fiz o mesmo, mas parei e olhei para Glimmer.

– Quem é Amy? – acho que ela sabia que eu me referia à amiga de Cato já que piscou algumas vezes antes de começar a falar.

– Amy Smith. Sua mãe é professora na faculdade e seu pai tem uma sorveteria. Ela o ajuda junto com a irmã. As duas e mais algumas metidinhas de suas amigas têm uma banda... Vivem se apresentando em barzinhos ou até mesmo na faculdade. Não gosto muito dela.

– Por quê?

– Ela é metida – dessa vez foi FoxFace quem respondeu e eu apenas balancei a cabeça em sinal de concordância.

Voltei a arrumar minhas coisas.

– Vamos? – Katniss perguntou depois de guardar suas coisas e me ver fazendo o mesmo.

– Sim – falei e me despedi das meninas.

Katniss passou o caminho todo trocando mensagens de textos com alguém e só olhou para mim quando chegamos em frente a sua casa. Nos abraçamos e eu segui para a minha casa. Quando cheguei à mesma, comecei a procurar quem nem uma doida a minha chave dentro da bolsa, mas me dei conta que tinha realmente esquecido dentro de casa. Bufei e sentei-me no batente, abaixando a cabeça.

Depois de alguns minutos, escutei vozes um pouco distantes e levantei a cabeça. Era Cato e sua nova amiga. Levantei e limpei minha roupa.

– Você deve ser Clove. Cato fala muito de você – Amy falou, mas percebi que em seu rosto existia um sorriso falso.

– Legal – falei apenas isso e me virei para Cato, puxando a chave de sua mão. Depois virei-me para Amy e foi minha vez de dar um sorriso falso.

Entrei dentro de casa, mas ainda escutei Cato falar desculpe, ela é sempre assim. Segui para a cozinha; não tinha tempo para ficar conversando com as amiguinhas de Cato.

– Hey... – ele falou baixinho, chegando por trás de mim e colocando as mãos em minha cintura.

– Hey – respondi no mesmo tom.

– Quer dar uma volta? – Cato me virou da maneira em que eu ficasse de frente para ele, mas eu me afastei e caminhei até a geladeira.

– Está tarde, temos aula amanhã. – andei até o armário e tentei abri-lo, mas eu era baixa de mais. Cato, vendo minha dificuldade, apenas abriu o móvel sem nenhum esforço.

– Você está com ciúmes – era uma afirmação, não uma pergunta. Peguei um pacote de biscoitos e virei-me para Cato.

– Não.

– Sim – ele deu um sorriso idiota de lado.

– Tanto faz – dei de ombros e tentei sair da cozinha, mas meu namorado puxou meu braço um tanto quanto forte demais.

– Vamos dar uma volta na praia, por favor.

– Já falei que temos aula amanhã.

– Clove, não vamos demorar. – ele disse e eu suspirei.

Não sei por que essa obsessão toda de Cato de sair de casa, mas acabei concordando. Joguei o pacote de biscoitos em cima do balcão e segui para fora de casa. Cruzei meus braços tentando espantar o frio, mas não adiantou. E para piorar a situação, Cato tinha que ter a brilhante ideia de ir até a praia.

Ao chegarmos na mesma, sentamos na areia e ficamos calados, apenas escutando o barulho das ondas se quebrando e algumas risadas ao redor.

– Em comparação aos outros casais, nós somos estranhos –comecei, olhando ao redor.

Vi um casal brincando na beirada do mar, outro sentados um pouco ao nosso lado se abraçavam, outro gargalhando e trocando olhares apaixonados enquanto eu e Cato nem chegávamos a nos abraçar para diminuir o frio ou passar o braço pelo ombro do outro de forma carinhosa.

– Ser estranho é legal, não acha? – ele perguntou e percebi que Cato estava olhando para mim, mas continuei olhando fixamente para frente.

– Acho – respondi e vi meu namorado dar um pequeno sorriso antes de voltarmos a ficar em meio a um silencio confortável.

Tinha alguma coisa entalada na minha garganta e eu simplesmente queria me virar para Cato e dizer “Para de ser idiota! Será que dar para ser mais carinhoso comigo? Não que eu me importe com isso, mas eu realmente sinto falta!"

Porém eu apenas perguntei:

– Conhece Glimmer?

– Estudamos juntos. Ela é uma fofoqueira.

– Não fale assim dela – eu disse com um pouco de raiva, mas logo suavizei minha voz. – Por que acha ela fofoqueira?

– Glimmer não pode ver um garoto conversando com uma garota, que ela já vai contar para a namorada do coitado. Aposto que ela fez isso com você.

Olhei irritada para ele.

– Você é realmente um idiota. Vamos embora – levantei-me, limpando minha calça.

– Já? – ele olhou para mim com uma cara que poderia ser considerada fofa, mas eu não caía mais nessa.

– É, já.

Cato se levantou e tentou segurar a minha mão, mas eu continuei andando.

Talvez a idiota da história toda fosse eu por ainda ficar com Cato mesmo sabendo de todas as merdas que ele faz e fala, e saber que ele nunca vai deixar de ser esse estúpido.

Ao chegarmos em casa, fui direto para o quarto e me tranquei no banheiro. Tomei meu banho, me arrumei e, quando sai, vi Cato já arrumado para dormir, deitado na cama. Talvez ele tivesse ido ao banheiro do outro quarto.

Seus olhos estavam levemente fechados; ele não estava dormindo. Eu gostava dessa expressão calma dele, era como se Cato não fosse aquele idiota de sempre e dava valor ao que tinha.

E eu senti um bolo se formar na minha garganta porque eu não queria deixa-lo.


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Notas finais do capítulo

Aqui o link da foto da Amy: http://i.imgur.com/B2GkbxY.png
O capítulo ficou meio grandinho, me empolguei escrevendo ele. Não sei se vocês gostam de capítulos grandes, então resolvi parar por ai, pois acreditem, eu ainda tinha em mente escrever um pouco mais!
Estou pensando em umas coisinhas para o próximo capítulo (coisinha também conhecida com briguinha e ciúmes) mas não sei se vocês gostam disso, então preciso de suas opiniões!
É isso, nos vemos nos comentários! Até o próximo



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