The Only Reason escrita por Mrs M


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

EU QUERIA PRIMEIRAMENTE AGRADECER A Fênix POR TER RECOMENDADO A FANFIC! Eu fiquei super feliz! Obrigada amor, amei sua recomendação!!! E aos outros leitores: que tal seguirem o exemplo dela?! :D



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Enquanto Cato ia na cozinha, eu corri para o banheiro. Tomei um banho quente rápido e logo em seguida vesti um short curto preto e uma blusa longa vermelha. Quando terminei de pentear meus cabelos, sentei na cama e liguei a televisão.

Era bom está bem com Cato. Não era exatamente bem, mas não brigar com ele ou continuar falando com ele era bom. Apesar de saber que isso duraria pouco, era bom aproveitar.

Um trovão pôde ser ouvido e eu dei um pulo de susto. Cato logo entrou no quarto com uma xícara. Ele me entregou e seguiu para o banheiro.

Comecei a mudar de canal várias vezes até parar em um filme de comédia qualquer. Bebi meu chocolate quente e quando terminei coloquei em cima da mesinha ao lado da cama.

– Você está bem? – Cato perguntou, deitando-se ao meu lado já arrumado, preocupado.

– Hãm, sim? Acho que sim – falei, arqueando uma sobrancelha.

– Parece cansada – ele comentou e eu dei de ombros, voltando minha atenção para a TV.

Eu estava realmente cansada. Com escola e trabalho até tarde, quem não estaria? Mas agora é assim, e eu preciso desse emprego.

– Merda! – gritei quando um relâmpago iluminou ainda mais o quarto seguido de um trovão.

Cato soltou uma gargalhada e olhou para mim.

– É melhor dormir.

– Você acha que eu consigo?! – perguntei irritada.

– Tente! – ele apagou a luz do abajur e eu fiz o mesmo.

E logo uma chuva horrível começou a cair.

Aquilo era brincadeira com a minha cara.

Cato... – sussurrei e me aproximei dele.

– O que? – ele sussurrou e eu conhecia bem aquele tom; ele só queria dormir.

Não falei mais nada, agarrei apenas seu braço e encostei minha cabeça em seu ombro.

Eu tenho dezessete anos e tenho medo de relâmpagos e trovões, que vergonha.

***

Acordei com uma vontade menor que uma formiga para sair da cama. Além de está um clima ótimo para continuar dormindo, eu estava cansada e com dor por todo o corpo.

– Não vai sair da cama? – Cato perguntou quando me viu brincando com meus fios de cabelo.

– Vou, só estou procurando a vontade – respondi e revirei os olhos.

Ele saiu do quarto, já arrumado, e eu resolvi que era hora de fazer o mesmo. Mesmo com todo o meu corpo reclamando em dor, tomei um banho rápido e logo estava no andar de baixo. Até sem fome eu estava.

Vamos – chamei Cato e ele desligou a televisão.

– Não vai comer?

– Não estou com fome. Não se preocupe, eu não vou morrer de fome – murmurei e estávamos fora de casa.

Nossa vizinha com seu adorável cachorro acenou para a gente nós fizemos o mesmo. Revirei discretamente os olhos quando Cato começou a falar o quanto o cachorrinho Chuck era fofo.

– Até mais tarde – Cato me abraçou e partiu.

Katniss não estava do lado de fora da escola, então eu segui rapidamente para o meu armário, peguei meus livros e fui para a sala. Minha amiga estava muito ocupada mandando mensagens pelo celular para outra pessoa que nem reparou quando eu cheguei. Apenas sentei ao seu lado e abri meu caderno quando a professora entrou na sala.

***

– Para quem você manda tantas mensagens? – perguntei irritada para Katniss.

Eu já estava cansada de vê-la grudada naquele maldito telefone. Na hora das aulas ela sempre dava um jeito de esconder o celular do professor, no intervalo ela só falava comigo olhando para a porra do celular e agora, mesmo caminhando para o trabalho, essa garota na desgruda disso.

– Para ninguém – ela finalmente (graças a Deus, obrigada Senhor) guarda o celular no bolso de trás da calça e olhou para mim. – Estamos perto da sua casa, que ótimo.

– É, estamos – resmunguei. – Olha Katniss... Não sei se vou trabalhar hoje, então...

– O que aconteceu? Não vai por qual motivo? – ela começou o interrogatório e eu revirei os olhos.

– Eu estou cansada, só isso. Avise as meninas que eu estou me sentindo mal – respondi e comecei a andar para minha casa.

Eu estava realmente cansada e me cabeça parecia que iria explodir a qualquer minuto.

Katinss respondeu apenas um “tudo bem” e logo pegou seu celular novamente.

***

Era por volta das cinco e meia quando Cato chegou em casa. Era estranho ele ou eu chegar cedo, mas eu logo expliquei que não estava confortável para trabalhar naquele dia. Ele começou com as perguntas e eu apenas fui fazer qualquer outra coisa.

Mas ele estava tenso. Como se soubesse de algo e não queria me contar. Talvez fosse coisa da minha cabeça, então eu resolvi ignorar.

E tirando isso, o resto da semana foi uma merda. Eu estava completamente certa quando disse que Cato parecia estar escondendo algo de mim. Quando tudo parecia bem, ele começa a me evitar. Isso, vida, muito obrigada.

Os dias pareciam se arrastar e eu estava cada vez mais cansada. Era como se eu tivesse que carregar eu e mais duas Cloves. Hoje era sexta e eu me senti mais doente do que nunca.

– Garota, você não parece legal – Cato comentou ao me ver descendo as escadas.

Olhei para ele e suspirei alto, como se quisesse perguntar se ele descobriu aquilo só.

Rapidamente ele caminhou até onde eu estava e colocou a mão na minha testa.

– Você não pode ir para a escola assim. Está queimando em febre, Clove!

– E daí? É só uma febrezinha de nada – respondi tentando sair dali e ir para a cozinha, mas Cato não deixou e segurou meus ombros.

– Febrezinha? Você deve está com mais de 38°! Eu vou ficar com você.

– Não pode faltar aula.

– Não posso te deixar sozinha – olhei para ele inocentemente perguntando se aquilo era verdade mesmo. – Não nesse estado. Volta para a cama.

– Não vou para a escola com uma condição – falei, e a cada palavra que saia de minha boca eu me cansava. – Nada dessa história de “volta para a cama” ou que eu nem devo sair do quarto. Eu estou doente, não morrendo.

– Você é teimosa – Cato falou e soltou sua mochila em cima do sofá.

Caminhei até a cozinha e sentei em cima do balcão. Cato parou na minha frente.

– O que vai querer? – ele perguntou.

– Suco – dei de ombros e o observei começar a fazer meu suco.

Eu estava com uma vontade enorme de perguntar a ele o que tinha acontecido para ele me evitar a semana toda, mas não queria estragar esse clima de agora.

– Pegue – ele me entregou o copo com o suco de laranja e eu sorri ao ver o canudinho verde. – Você está bem?

– Se ficar perguntando isso a cada dois minutos, eu juro que saio de casa.

– Desculpe, só quero saber se está bem.

– Estou – murmurei. – Sabe que não precisa ficar comigo, não é? Pode ir para a faculdade, eu ficarei bem.

– Não. Você está com febre... Vou está aqui se precisar.

– Obrigada – sussurrei e coloquei o copo ao meu lado e abracei Cato.

Ele pareceu tentar se afastar, mas logo suas mãos estavam ao redor de meu corpo e sua cabeça apoiada no meu pescoço.

Cato me desceu do balcão e antes que eu pudesse falar qualquer coisa, sua boca estava em cima da minha. Era um beijo feroz, como se nós dois precisássemos daquilo a muito tempo. E nós precisávamos.

Mas eu me separei rapidamente dele e abri a boca, puxando o máximo de ar que eu conseguia.

– Desculpe, acho que essa gripe... – puxei novamente o ar e Cato soltou uma gargalhada.

Suas mãos estavam em minha cintura e ele me puxou para um abraço. Minhas mãos pararam em suas costas, seu queixo estava em cima da minha cabeça. Cato beijou minha testa e depois olhou para mim.

– Acho que sua temperatura está aumentando...

– Eu sei – murmurei e olhei para baixo.

– Vou cuidar de você.

***

Eu estava apenas cansada. E gripada. Nem me importava muito com a febre, mas Cato me fez prometer que eu não iria fazer esforço.

Eram apenas uma da tarde e Katniss me mandava mensagens a todo momento perguntando se eu estava bem.

Eu estou bem. Por favor, não fique me mandando mensagens de segundo em segundo.

Ela logo respondeu.

Mando sim. Você não está fazendo nada mesmo. Cato está com você, não está? É claro que está. É o mínimo que ele pode fazer.

Não respondi. Aquilo era só uma mensagem, mas eu consegui ver o sarcasmo de Katniss escorrendo pelo canto da boca. Eu não sabia o que ela tinha contra Cato. Meu Deus.

– Quer alguma coisa? – meu namorado entrou no quarto e sentou ao meu lado.

– Não.

– Sério?

– Quer saber a verdade? – perguntei e ele arqueou uma sobrancelha. – O que aconteceu? Você praticamente me evitou a semana toda.

Ele suspirou e olhou para a janela. Eu não fui ignorante com ele, nem estava irritada. Perguntei no tom mais calmo que eu conseguia. Se Cato tinha alguma coisa para me, ele contaria agora. E mesmo torcendo para não rolar uma briga entre nós, eu sabia que rolaria. Afinal, nós éramos Cato e Clove, nós vivíamos brigando. Apesar de doer, eu já estava acostumada.

– Você não tem nada para me contar? – ele finalmente olhou para mim e perguntou.

– Hum... Não.

– Nem sobre John? – seu tom foi tão irônico que tive que fechar os olhos e suspirar de indignação.

– Não pense em dizer que eu tive algo com ele, seu idiota. Nós somos amigos, você sabe. Você viu ele!

– Ele te chamou para sair não foi? Por qual motivo não me contou?!

– Quem te contou isso? – perguntei mesmo já sabendo a resposta.

– Katniss – ele respondeu simplesmente.

– O que? O que ela te contou?

– Que você conheceu John no trabalho, se tornaram amigos, ele te chamou para sair mas você recusou pois estava comigo e se eu fizer alguma merda você termina comigo para ficar com ele.

– Mentirosa! – gritei e me virei rapidamente para Cato. - Eu juro que não disse isso.

Espera, por qual motivo eu estava jurando? Talvez para ele acreditar em mim. Mas ele tinha que acreditar em mim!

– Se você diz... – ele deu de ombros.

– Vai acreditar em mim ou em Katniss?

– Ela não é sua amiga?

– É! Mas eu estou falando a verdade! – tossi por conta de tanto esforço só para falar aquilo. – Cato!

– Certo, Clove, eu acredito em você.

Suspirei e joguei minha cabeça para trás.

– Talvez seja isso. Nós não nascemos para fazer o tipo de casal que não briga – falei e soltei uma risada baixa, escutando Cato fazer o mesmo. – Deveríamos voltar a ser o que éramos, sabe? Cada um se importa com a sua vida, mas ainda assim se preocupa com o outro pelo simples motivo de...

– Ainda amarmos um ao outro – Cato completou e olhou para mim. – É por isso que eu estou cuidando de você.

Ele me puxou para um abraço e bagunçou meus cabelos. Revirei os olhos, mas soltei uma risada alta.

***

Acordei com o sol batendo na minha cara. Argh, eu odiava acordar daquela maneira. Me virei para o lado e taquei meu braço fortemente na barriga de Cato, mas foi sem querer.

Ele soltou um gemido assustado e de dor e eu me sentei rapidamente na cama.

– Ai, desculpa – falei.

Cato sentou e piscou os olhos várias vezes até se acostumar com a claridade.

– Poderia me acordar de outra forma?

– Não foi porque eu quis – murmurei e me levantei. – Mas já que acordou, vamos logo se levantar dessa cama.

Cato coçou os olhos e caminhou até o banheiro, mas antes eu o chamei.

– Ei... Você não está chateado por eu não ter contado sobre minha amizade com John antes, não é? – falei baixo e ele deu de ombros.

Eu arqueei uma sobrancelha.

– Só um pouco – e entrou no banheiro.

Era ruim vê-lo assim, chateado. Fico me perguntando se ele também acha ruim me ver chateada.

***

Desci as escadas lentamente, tossindo (o que estava sendo insuportável isso, mas já estava passando) e caminhei até a cozinha.

– Que bagunça – falei quando vi tudo desorganizado no cômodo. Não só a cozinha, a casa toda! – Cato, o que acha de me ajudar a arrumar a casa?

– Não, não sei fazer essas coisas – ele respondeu inocentemente e eu revirei os olhos.

– Eu também não sabia, mas aprendi – eu disse e ele me entregou um suco de laranja; fiz uma careta. – Não quero isso.

– Ainda está doente e com febre, tome – ele sorriu ironicamente. – A propósito, não sirvo mesmo para limpar casa. E acho bom você não fazer muito esforço.

– Se você não quer arrumar essa casa, eu não posso, quem vai fazer? Isso mesmo, ninguém! Agora cale a boca e vá procurar o que fazer. Eu estou melhor, sério.

Ele soltou uma gargalhada e saiu da cozinha.

Terminei de tomar meu suco e comecei a lavar os copos que estavam ali. Ao acabar, coloquei tudo o que estava fora do canto no seu devido lugar e caminhei a cozinha. Cato se encontrava rindo de alguma coisa da televisão e eu comecei a tirar os livros dele que estavam jogados em cima da mesa de centro.

– Cato, você não pode ficar em frente a televisão o tempo todo! – falei enquanto colocava os livros e cadernos dentro da mochila azul escura de Cato.

– Sim, eu posso – ele respondeu simplesmente (e um tanto quando grosso) ainda olhando para a televisão.

– Não, não pode. Sai de casa, vai tomar um banho de sol, você vai ficar doente – falei com toda a ironia que eu tinha e sorri discretamente.

– Você não iria se importar.

– Você não pode ter certeza disso – falei baixinho torcendo para ele não ouvir.

Mas Cato ouviu, já que olhou para mim e deu um sorriso de canto.


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Notas finais do capítulo

Para quem sentiu falta do John, ai está uma citação dele!
O capítulo está grandinho e eu pretendo postar assim até o final da fic, já que temos mais uns cinco capítulos. É, cinco. Eu quero postar os próximos grandes, então eu provavelmente demorarei...
Quem estiver com saudades da Amy, acalmem-se que ela logo chegará de novo por aqui! Hahaha!
É isso, espero que tenham gostado.
Até mais e comentem! Beijos!